11 setembro, 2006

 

Minas de ouro de Castromil:


dos romanos à actualidade.

Como, sendo escravo, mulher ou criança, servir de mão de obra à procura de mais riqueza por parte dos poderosos romanos.
Ou como, na actualidade, a quimera se mantém na prospecção de novos filões.

Embora muito superficial, pois que gostaria de poder ter ido bem mais fundo, valeu a pena como experiência e enriquecimento pessoal.
E dá para pensar, perante a vida sofrida de tanta gente, na questão a ponderar:
- que tenho feito da minha ?

Para rever e aprofundar:

http://www2.fc.up.pt/pessoas/allima/Castromil/content.html

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GOLPADAS EM GRANDES NEGÓCIOS

ALEXANDRA MACHADO

Os principais 'golpes' foram em bancos
Era uma simples apresentação de resultados. Em Janeiro de 2005, Jardim Gonçalves anunciou o que se aguardava havia uns tempos. O nome do seu sucessor. Escolheu Paulo Teixeira Pinto, seu "fiel" secretário-geral, que haveria de assumir o seu novo posto em Maio desse ano. O estado de graça de Paulo Teixeira Pinto acabou cedo e, pelo meio, os estilhaços de uma oferta pública de aquisição (OPA) mal sucedida sobre o BPI.

Jardim Gonçalves não mostrava dúvidas: Teixeira Pinto era uma escolha positiva para todos. "Para o banco, para os seus accionistas, para os seus clientes e para o sector financeiro." Da parte de Paulo Teixeira Pinto era prometido a continuidade da estratégia do banco. Na mesma conferência, no entanto, Jardim Gonçalves disse tudo: como presidente do conselho superior do BCP manteria uma acção relevante na tarefa de "escrever a história do BCP".

A história do BCP continua a escrever-se e em muitas páginas. Depois de uma OPA lançada e falhada sobre o BPI, naquela que foi a sua tentativa de se afastar do espectro do seu antecessor, Paulo Teixeira Pinto tem agora de medir forças com o seu "tutor". Jardim Gonçalves quis fazer aprovar junto dos accionistas mais poderes para o seu conselho, Paulo Teixeira Pinto quis destituir os administradores mais ligados ao ex-patrão, ou alargar o conselho para que a balança pendesse para o seu lado ou ainda mudar o modelo de governação do BCP, acabando com o órgão que dá poder a Jardim Gonçalves. Nada se decidiu. Para 27 de Agosto está marcada nova reunião de accionistas. Até lá o BCP volta a ser protagonista de um dos mais sérios desafios entre gestão e accionistas, no que pode até redundar num golpe palaciano.

Sai Américo Amorim

Não seria a primeira vez. O BCP tem histórico nestes assuntos. Jardim Gonçalves é um verdadeiro mestre em jogos de poder. Ganhou, em 1991, a guerra com Américo Amorim, que o tiha convidado para a presidência do BCP aquando da sua formação, em 1985. Jardim Gonçalves estava, na altura, à frente do BPA (Banco Português do Atlântico), e Américo Amorim desafiou-o. Conta Magalhães Pinto, no livro A OPA, que Jardim Gonçalves já estava a trabalhar na criação do novo banco, quando ainda se encontrava à frente do BPA, do qual levou uma mão- -cheia de quadros quando saiu. Em 1985, o BCP começava a operar. Mas não durou muito tempo a convivência de Jardim Gonçalves com o accionista Américo Amorim. O presidente do BCP fez aprovar em assembleia de accionistas, em 1989, a blindagem dos estatutos, no âmbito da qual se limitou os direitos de voto a 10%. Ora, Amorim tinha 20%. As divergências estratégicas para o banco entre os dois também jogaram a sua cartada, na ruptura que atirou Amorim para fora do BCP, em 1993, com um acordo "chorudo" mas que punha fim ao seu sonho de permanecer durante muitos e bons anos no núcleo accionista do Banco Comercial Português. Volta agora a falar-se no regresso de Amorim ao capital do BCP, em força, depois de ter sido comunicada a participação qualificada da Sonangol. São conhecidas as afinidades de Amorim com os "amigos" angolanos.

Em 1993, Amorim sai, finalmente, do capital do BCP, com mais-valia, mas contrariado.

O caso do BPA e as OPA

O "golpe" mais célebre do engenheiro será, sempre, a ofensiva sobre o BPA. Jardim Gonçalves conhecia bem o BPA, afinal tinha sido presidente da instituição de 81 a 85. Num Verão, que para o sector financeiro passou a ser o Verão quente, em 1994, Jardim Gonçalves apanhava o mercado de surpresa, lançava uma OPA (oferta pública de aquisição) sobre o BPA, que estava em processo de reprivatização. O Estado era maioritário. O BCP cometeu vários erros processuais, mas não eram necessários. Eduardo Catroga resolveu o assunto: não autorizava a OPA. O primeiro ataque à instituição que era agora presidida por João Oliveira (que tinha sido ultrapassado na luta por esse cargo pelo próprio Jardim Gonçalves uma década e meia antes) não resultou. O BCP voltou à carga. Meses depois, já com a lição mais bem estudada, com um preço mais atractivo e com o "sim" do Governo, lança nova OPA. Esta segunda tentativa mereceu a oposição de um dos accionistas privados, que dava pelo nome de Belmiro de Azevedo. Na primeira fase de privatização, o patrão da Sonae tinha comprado, através da sua holding pessoal, uma posição no BPA que lhe garantia a maior participação individual na estrutura accionista. Conseguiu juntar mais um grupo de accionistas para combater a OPA, mas não foi suficiente. Perdeu esta batalha.

Belmiro 'vs' Pinto Migalhães

Foi, no entanto, com as acções do BPA que garantiu o reforço na Sonae. Belmiro de Azevedo vendeu essas acções, que estavam na sua carteira pessoal, à Sonae, ficando com liquidez para acorrer a um aumento de capital de 15 milhões de contos que pretendia realizar na Sonae. Esse aumento de capital foi suspenso por duas vezes, por intervenção de accionistas minoritários que o consideraram abuso de poder, com prejuízo para esses mesmos minoritários. A contestação chega da família Pinto de Magalhães, aquela cujo patriarca entregou a gestão da Sonae a Belmiro de Azevedo e lhe doou acções que lhe garantiram uma posição de 16% naquele que acabou por ser o início da tomada de controlo da Sonae. Depois da morte do banqueiro Afonso Pinto de Magalhães, Belmiro tenta comprar a posição da família, não consegue, mas garante um acordo que lhe dá a paridade no capital social. Depois aconteceu o episódio do aumento de capital, que Belmiro queria realizar a um valor superior à cotação no mercado, o que inibiria os outros accionistas de acorrerem a esse aumento, diz quem conheceu o processo.

As relações com a família, em particular com as filhas de Afonso Pinto de Magalhães e com os genros, não eram das melhores. Piorou com a acção em tribunal que acabou por ser resolvida por um acordo entre as partes, em 1992. Belmiro de Azevedo afastava em definitivo a família Pinto de Magalhães da esfera de decisão da Sonae. De acordo com Filipe Fernandes, no livro sobre os empresários do séxulo XX, "desde os anos 80 que as relações com a família Pinto de Magalhães passaram a ficar turvadas, apesar de, até 1993, os contactos com Carolina Pinto de Magalhães, a vúva do banqueiro, terem sido de bons amigos".

Champalimaud cobiça BPA

António Champalimaud foi o empresário de encantos e desencantos. Sempre fez o que considerou que devia fazer, mesmo que isso implicasse um desagrado nacional, como aconteceu quando vendeu todos os seus activos financeiros ao Santander. Ao nome de Champalimaud ficarão ligados dos mais mediáticos processos judiciais. O caso da herança Sommer, que opôs Champalimaud aos seus irmãos, quis clarificar as partilhas dos bens deixados pelo seu tipo Henrique Sommer. Champallimaud teve de se afastar do país, para não ser preso, e comandou os seus negócios de longe. Mas, no final, regressou vitorisoso. Tal como fez em vários capítulos da sua vida. O golpe palaciano, no entanto, foi outro. E também envolve uma instituição bancária. Criado por Cupertino de Miranda, o BPA foi sempre um banco cobiçado (acabou por ser engolido pelo BCP). Champalimaud foi um dos cobiçadores. Num encontro em Paris, em 1970, acerta com Cupertino de Miranda uma tomada de posição no BPA, de 22,4%. Como não chegava a uma posição maioritária, Champalimaud acertou com o intermediário do negócio - João Rocha - a compra da sua participação, de 10%. Em segredo. Cupertino não gostou e quis desfazer o negócio. Marcello Caetano faria reverter a operação, sob o argumento de que se estaria a concentrar excessivamente o sector bancário. Champalimaud tinha o Pinto & Sotto Mayor.

Berardo também perde

A idêntica golpada se assistiu na Vidago, Melgaço e Pedras Salgadas, à altura detida maioritariamente por Sousa Cintra. Segundo contou, em tempos, o Expresso, Joe Berardo foi convencido por Sousa Cintra a vender-lhe a sua posição na companhia de águas. Cintra, diz Berardo, chorou no meio de uma caldeirada, na tentativa de convencer o comendador a vender-lhe as acções que detinha na VMPS, com o argumento de que queria a empresa na totalidade para garantir o futuro da família. Berardo vendeu. E Sousa Cintra também. Aproveitou a operação, que envolveu, também, a compra da participação que João Rendeiro detinha na VMPS, para vender o controlo da empresa à Jerónimo Martins. Berardo e Rendeiro foram para os tribunais, pedindo indemnizações, com o argumento de que a venda à Jerónimo Martins já estava a decorrer quando Sousa Cintra comprou a posição dos dois accionistas minoritários. O tribunal não lhes deu razão. E Sousa Cintra concretizava assim uma compra e venda de mestre.

Os casos não são exaustivos e muitos são histórias do passado. Mais recente, ainda se podia falar da crise na Caixa Geral de Depósitos, entre António de Sousa e Mira Amaral, onde este quase ficou com a presidência do banco, criticando o gestor que com ele dividia a liderança. O Governo acabou a disputa. Saíram os dois do banco.

DN, 11-8-2007
 
Canadianos compram mina de ouro em Penedono

ANA SUSPIRO

A empresa mineira canadiana Colt Capital comprou a concessão para a exploração de ouro na mina de Penedono aos espanhóis da Rio Narcea. Esta concessão, atribuída em Outubro de 2004, ainda se encontra em fase de pesquisa e exploração.

O investimento total na aquisição, segundo revelou ao DN, o presidente da Colt, Bedo Kalpakian, ascendeu a 100 mil dólares canadianos (cerca de 70 mil euros), mas a companhia mineira vai investir mais 200 mil euros no desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa de minério, usando a perfuração com brocas diamantes contratada junto do INETI.

As condições do acordo com a Rio Narcea, que vendeu as operações que tinha em Portugal, prevêem ainda a entrega de 1% das receitas até um milhão de dólares (745 mil euros), a título de royalties caso a mina chegue a avançar para a produção de ouro, o que depende da descoberta de quantidades com valores comerciais.

O contrato com o Governo português, que termina em Outubro de 2009, prevê igualmente que o Estado venha a receber uma percentagem de 4% das receitas da eventual comercialização de ouro, para além das licenças anuais de exploração e uma garantia de 50 mil euros.

A Colt, que é uma empresa júnior na área da exploração de minérios, está à procura de novas oportunidades de investimento em Portugal nesta área, estando especialmente interessada na prospecção e pesquisa de ouro, prata, cobre, zinco e chumbo. A empresa é mais um dos grupos canadianos que têm vindo a entrar nesta área em Portugal, detendo agora as posições mais importantes no sector.

A compra da Rio Narcea Gold Portugal começou a ser negociada este ano, um negócio que, nada teve a ver com a aquisição da própria empresa espanhola pela Lumin.

Historial

A pesquisa de ouro regressa a Penedono cerca de meio século depois da desactivação das minas. Estas dispõem, de acordo com a Colt, 13 veios, mas, até ao momento, apenas os veios 2, 3 e 6 foram explorados.

Agora, a empresa canadiana pretende centrar os trabalhos no veio 5 que nunca foi investigado. Para tal, a Colt Capital adquiriu já três brocas de diamante, para levar a cabo a exploração de um programa de perfuração de mil metros, e pretende ainda aproveitar os quatro pequenos furos já efectuados pela Rio Narcea.

DN, 18-9-2007
 
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