24 outubro, 2006

 

Da morte certa


ou de como saber o quando

tal ocorrerá.
De forma científica, pode tentar prolongar a vida melhorando a sua qualidade e o seu termo.
Ou acelerar o processo fazendo o contrário do que deve.

Respondendo correctamente a algumas perguntas em:

http://www.livingto100.com/

pode fazer a aferição do seu devir.

Comments:
"Vida vs. Morte

A VIDA...

A coisa mais injusta na vida é a maneira como ela acaba!


A nossa existência deveria justamente começar pela morte.
Os primeiros anos seriam passados; num lar de terceira idade, até sermos expulsos por sermos novos de mais.
Alguém nos oferecia um relógio de ouro e um Ferrari e íamos trabalhar durante quarenta anos, até sermos suficientemente novos para nos reformarmos.
Aí desatávamos a experimentar drogas leves, álcool e muito sexo até ficarmos miúdos.
Nessa altura poderíamos começar a brincar todo o dia e a gozar o
facto de não termos qualquer responsabilidade.
Finalmente, chegados a bebés, voltávamos para o conforto da barriga da mãe, gozávamos um magnífico banho de imersão durante nove meses e acabávamos com um orgasmo..."

Do muito que circula por aí, de autor que desconheço.
 
Cardeal diz que católicos não devem ter medo da morte

O arcebispo de Lisboa considerou ontem, na habitual homilia pascal, que a noção de pecado incutiu no homem "o medo de morrer", alterando "a própria compreensão" da existência, com a morte a apare- cer "como a negação da vida", quando devia ser a passagem para a plenitude da vida.

"A morte é um processo biológico normal e inevitável, que atinge toda a criação. As consequências do pecado fizeram-se sentir na dimensão psicológica e espiritual da morte, ou seja, na maneira de viver a morte", disse D. José Policarpo na homilia do Pontifical da Ressurreição do Senhor, na Sé Patriarcal de Lisboa.

Entre as consequências do pecado surge "antes de mais, o medo de morrer", quando, "num quadro de justiça não manchada, a morte seria desejada como passagem para a plenitude definitiva da vida".

É necessário, assim, que se recupere "o verdadeiro sentido da vida", dado que será dessa forma que "se resgata a morte e se lhe restitui o sentido de passagem para a vida definitiva", disse D. José Policarpo, acrescentando que "o aspecto mais grave" da alteração verificada no sentido da vida e da morte "é o deixar de se acreditar na vida depois da morte".

"Embora não seja fácil arrancar completamente do coração humano a esperança na vida depois da morte, há em todos os tempos, e hoje são muitos, homens e mulheres que vivem como se a vida acabasse na morte, o que altera profundamente o sentido da vida, a maneira como se vive", afirmou o cardeal-patriarca. Assim, "a morte e ressurreição de Cristo, porque liberta o homem do pecado, redime a morte do seu sentido dramático de fim de vida, e volta a dar-lhe o sentido da passagem para uma vida plena e definitiva".

Se a necessidade de acreditar na vida para além da morte marcou a homilia de ontem, na noite de sábado, na homilia da Vigília Pascal, o cardeal-patriarca já tinha sublinhado que o "dogma da criação é a primeira verdade" da fé dos cristãos. Em alusão às teses opostas do evolucionismo e do criacionismo, a propósito dos 150 anos de Darwin, D. José Policarpo disse que "o campo da ciência é, a partir da realidade conhecida e dos elementos que ela fornece, avançar na compreensão da forma como se foi formando o universo". Já "a fé, baseada na Palavra revelada, acredita que o dinamismo que originou e presidiu a essa maravilhosa harmonia do universo, é a sabedoria criadora de Deus".

LUSA

DN, 24-3-2008
 
Testes genéticos para prever causas de morte
são um logro

Investigadores portugueses consideram que os testes de ADN para detectar as eventuais
causas da futura morte são um logro e um aproveitamento fi nanceiro das pessoas.
Várias empresas mundiais fazem, por pouco mais de 600 euros, uma recolha de saliva para determinar o ADN e, através deste código
genético, as probabilidades que a pessoa tem de morrer de uma determinada doença, como cancro, diabetes, alzheimer ou cardíaca.
Uma notícia publicada recentemente no diário espanhol “El Pais”, intitulada “Quero saber do que vou morrer”, revelava que a empresa oferece, a troco de 985 dólares (636 euros), a qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, um
perfi l genético personalizado que oferece indicadores de risco fi áveis a respeito das probabilidades de uma pessoa estar geneticamente predisposta a morrer de uma determinada enfermidade.
Confrontados com esta oferta de serviços, investigadores
portugueses consideraram, em declarações à Lusa, que este tipo de empresas pode traçar cientifi camente o perfi l genético da pessoa, mas são cépticas em admitir
que esse resultado possa defi nir com exactidão qual a doença que vitimará a pessoa sujeita ao teste, considerando mesmo que
a elaboração de um “horóscopo genético é reprovável”.

Um embuste...

A geneticista Heloísa Gonçalves dos Santos, antiga directora do Serviço de Genética Médica do Hospital de Santa Maria, sublinha não ser “possível fazer uma análise
de todas as doenças e riscos, pois há muitas variáveis”.
Segundo Heloísa dos Santos, as empresas que se dedicam a este tipo de testes “não esclarecem os potenciais clientes sobre a falta de bases científi cas das suas previsões, que se realizam através
da identifi cação de variantes genómicas predisponentes das referidas doenças comuns - multifactoriais - e também de algumas características fisiológicas que estão a ser rastreadas sem que as mesmas e as suas relações com as patologias estejam completamente identifi cadas”.
“É preciso alertar para que a população esteja prevenida para estas aldrabices. É um embuste. Num perfi l de doenças só por acaso é que acertam.
Estes testes de detecção de doenças ditas comuns são uma fantasia que custa caro”, declarou Heloísa dos Santos à Lusa.

Genes não dizem tudo

Opinião semelhante tem Raquel Seruca, investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), para quem “fazer
um teste genético sem indicação médica nem ter doença na família que o justifi que fazer, do ponto de vista médico, é reprovável”.
A investigadora do IPATIMUP lembra que uma pessoa ”não é só o produto dos seus genes”, dando como
exemplo o caso dos gémeos univitelinos (clones naturais
originários de um mesmo zigoto), que partilham exactamente a mesma informação genética e muitas vezes expressam doenças diferentes ao longo da vida.
“Se mandassem sequenciar o genoma, ele era igual e não podiam prever como iriam evoluir ao longo da vida”, concluiu.

A opinião de Feytor Pinto

O Padre Vítor Feytor Pinto, presidente da Comissão Nacional da Pastoral para a Saúde, é favorável à realização dos testes para despistagem de doenças, considerando que a medicina preditiva é positiva.
Vítor Feytor Pinto dá o exemplo da importância da detecção precoce da “Doença dos Pezinhos”, concluindo que “saber que corre o risco de poder contrair determinada
doença e defender-se, é bom. É como um aviso da natureza”, mas “saber do que vai morrer nunca
sabe”.
Quanto ao dinheiro exigido pelas empresas para fazer os testes de ADN, o presidente da Pastoral para a Saúde é crítico: “Outra coisa é criar empresas que assustam as pessoas e cobrar para fazer os exames. Isso é exploração dos medos e é profundamente negativo provocarlhes a angústia e o pânico para lhes tirar o dinheiro”,
criticou, considerando que isto “é uma exploração do ser humano”.

RRP1, 28-5-2008
 
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