31 março, 2007

 

31 de Março


Dia nacional do doente com AVC



http://pt.wikipedia.org/wiki/AVC

http://www.igc.gulbenkian.pt/sites/soliveira/

http://www.hoops.pt/saude/saude-avc.htm

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Doença cardiovascular pesa mais em Portugal

DIANA MENDES

Os custos das doenças cardiovasculares são maiores em Portugal do que noutros países europeus, "especialmente porque a incidência de AVC continua a ser mais alta, disse ao DN João Morais, médico cardiologista. Dados de um estudo europeu de 2005 mostram que, em média, os países despenderam 372 euros per capita com estas doenças, mas o especialista acredita que, à sua proporção, Portugal terá gastos superiores.

Em 2006, contaram-se cerca de 50 mil casos de acidente vascular cerebral no País, metade dos quais fatais. Quando não mata, a doença é "extremamente debilitante e tem custos elevados directos e indirectos", diz o membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

O coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares, Ricardo Seabra-Gomes, disse ao DN que os indicadores têm melhorado. "De 2004 para 2005, a mortalidade por doença isquémica desceu 20%, de 16 para 12 mortes por 100 mil habitantes abaixo dos 65 anos." A morte por AVC decresceu 11,5% , de 13,1 para 11,6 casos por 100 mil.

Apesar de os números estarem a melhorar, as doenças do aparelho circulatório continuam a ser responsáveis por 34% das mortes em Portugal e são a principal causa de morte também na Europa. De forma a combater este problema, a Sociedade Europeia de Cardiologia elaborou a Carta Europeia para a saúde do coração, um documento assinado também pela homóloga portuguesa.

O objectivo da carta, a aprovar pelos Estados membros da UE ainda este ano, é informar a população sobre este problema, "mas também influenciar o Governo a implementá-la", frisa João Morais. Um dos objectivos será "divulgar a carta juntos dos médicos. Até ao final do ano, esperamos que as administrações regionais de saúde e os centros de saúde já tenham conhecimento".

Mais tarde, o alvo será o público, sobretudo "estudantes do ensino superior ou em idades associadas a alguma consciência". O ataque será dirigido ao tabaco, à alimentação incorrecta e ao sedentarismo. "Esperamos que até 2008 saia uma decisão com impacto", afirma. Exemplos seriam "a criação de espaços de lazer e de exercício físico para jovens, a proibição de alimentos lesivos nas escolas ou a abolição, em definitivo, do tabaco, em escolas e hospitais".

Seabra-Gomes refere que, "se a carta for subscrita, os países terão obrigação de a cumprir". Para o responsável, várias entidades "podem unir-se para sensibilizar e para que se poupem vidas e recursos".

DN, 26-9-2007
 
Centenas de AVC podiam ser evitados

2007/11/23 | 16:54

Se os pacientes fossem assistidos aos primeiros sintomas, revela estudo

Centenas de acidentes vasculares cerebrais (AVC) poderiam ser prevenidos todos os anos se os pacientes que sofrem os primeiros sinais fossem assistidos prontamente por especialistas clínicos, revela um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, noticia a Lusa.

O estudo, publicado no Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry, revela que quase dois terços dos pacientes que sofreram um Ataque Isquémico Transitório (AIT) ou um pequeno acidente vascular reversível esperam por uma consulta com pessoal médico certificado mais do que o máximo de sete dias recomendados pelo ministério da Saúde britânico.

Os AIT caracterizam-se por um súbito enfraquecimento de um dos lados da face e do correspondente braço e aumentam drasticamente as hipóteses de uma pessoa sofrer um AVC de maior dimensão dias depois do início dos sintomas, com estudos anteriores a afirmarem que o risco é de uma para quatro possibilidades.

Além da óbvia importância de serem tratados cedo, a investigação sugere ainda que o acesso a especialistas clínicos demora pelo menos o dobro do tempo que deveria.

«As nossas descobertas sugerem que estes padrões não estão a ser cumpridos e que os pacientes com AIT deveriam idealmente ser acompanhados devido ao risco de ataques em dois dias, se não no próprio dia do início dos sintomas», afirmou Craig Smith, do grupo do Departamento de Neurociência da Universidade de Manchester, que conduziu o estudo.

O grupo acompanhou 711 pessoas que tiveram um AIT ou mini-AVC por três meses para referenciar o seu risco de trombose, ataque cardíaco ou morte.

Dos 711 pacientes, 25 sofreram um AVC mais forte, enquanto 100 tiveram pelo menos mais um episódio de AIT no período que se seguiu ao primeiro e três pessoas morreram.

«Esta taxa foi relativamente baixa porque estas pessoas foram imediatamente acompanhadas após o AIT inicial», disse Smith, referindo outros estudos que afirmam que 10 por cento dos pacientes podem ter um acidente maior nos dias seguintes aos mini-acidentes.

O AVC mata três portugueses por hora. Na Europa, mata 500 mil pessoas por ano.

PD
 
40% da população em alto risco de AVC ou enfarte

DIANA MENDES

Estudo no SNS refere prevalência de 61% em utentes
Um estudo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia revelou que 39,3% dos portugueses conjugam uma série de factores de risco para ter enfartes, AVC, problemas renais ou diabetes. Entre os utentes do Serviço Nacional de Saúde com uma média de 58 anos, a prevalência da síndrome metabólica aumenta para os 61%, de acordo com um estudo apresentado no simpósio da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

A síndrome metabólica, que afecta 48,5% das mulheres e 32,8% dos homens (estudo Valsim), é o que Pedro Marques da Silva define como "doença dos bocadinhos. A pessoa tem o colesterol (bom) reduzido, um pouco de gordura, de triglicéridos a mais. É a doença dos quases. O doente está quase a ter um enfarte, uma trombose", diz o presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose. Este cocktail de factores de risco aumenta cinco vezes o risco de diabetes, triplica a probabilidade de trombose ou enfarte e duplica as mortes por estas causas.

No estudo realizado nos centros de saúde, nenhum dos dados foi positivo. Se não, veja-se: Em média, o índice de massa corporal era de 28,4, indicador de excesso de peso grave, e 32% dos inquiridos tinha um índice de 30, sinónimo de obesidade.

O perímetro abdominal, ou obesidade central - as barrigas proeminentes - era superior a 97,8 centímetros em 80% dos casos. De acordo com a International Diabetes Federation, os riscos começam quando as mulheres têm mais de 80 e os homens mais de 94 centímetros. Mas Europa e EUA não estão de acordo neste critério. Os EUA definem que as mulheres devem passar os 88 e os homens os 102 para estar em risco.

Pedro Marques da Silva, um dos envolvidos no estudo, analisou os portugueses com os dois critérios. Assim, segundos os americanos, "a síndrome metabólica abrange 32% dos inquiridos: 52% são mulheres". O estudo refere também que 67% sofriam de hipertensão arterial e que 71% tinham níveis de colesterol (HDL) preocupantes.

Triplo do sal do mar na comida

Os especialistas confirmaram uma relação directa entre estes factores de risco. O índice de massa corporal aumenta com a obesidade central, hipertensão e colesterol. "Os dados são um enorme desafio à saúde pública. Estes doentes têm risco de trombose, diabetes, doenças renais, enfartes do miocárdio com todos os custos envolvidos". A hipertensão "não é o único factor de risco cardiovascular. O número de AVC deve-se muito à nossa alimentação, sobretudo ao sal", diz. Os portugueses consomem o dobro do sal recomendado e a redução "não é possível em dois anos". Além do pão, há alimentos com teores de sal elevadíssimos. Tão elevados que "chegam a ter o triplo do sal da água do mar". É o caso da charcutaria, queijos e enlatados. O especialista defende que o sal seja substituído pelas ervas aromáticas.

DN, 26-11-2007
 
Número de AVC diminui

O número de acidentes vasculares cerebrais (AVC) está a descer no nosso país, fruto dos esforços de prevenção.
Este dado é conhecido hoje, data em que se assinala o Dia Nacional do Doente com AVC.
“Tem havido sempre uma redução paulatina e lenta do número de acidentes vasculares cerebrais”, refere José Ferro, director do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria.
Este especialista explica que “os esforços de prevenção só se vêem uns anos depois” e sublinha que devem continuar.
“Se houver um melhor controlo da hipertensão e se as pessoas que são detectadas como hipertensas iniciarem o tratamento, isso vai ter enorme repercussão no número de AVCs”, diz, referindo, por outro lado, que o envelhecimento da
população não ajuda neste combate, uma vez que “a idade também é um factor de risco de acidente vascular”.
Os sintomas do AVC podem variar, mas há três a que todos devemos estar atentos: boca ao lado, falta de força num braço e dificuldade em falar.
“Se aparecerem de forma repentina, deve ligar logo ao 112 e chamar o INEM, para o transportar para o hospital mais próximo, que irá injectar um produto que dissolve os coágulos de sangue e volta a abrir as artérias”, esclarece Jorge Ferro.
Este médico do Hospital de Santa Maria insiste ainda na necessidade de se evitar os acidentes vasculares cerebrais, apesar de ser “sempre a mesma conversa”.
“É preciso fazermos a luta permanente da prevenção, que é
muito aborrecida porque é sempre a mesma coisa, mas que é medirmos a tensão arterial, reduzir a quantidade de sal que comemos, que é quase o dobro da média europeia, saber se temos diabetes e tratá-la, não fumar, tratar o colesterol se ele estiver elevado, ter uma dieta mediterrânica, andar ou
fazer uma actividade física semelhante em meia hora por dia
pelo menos e consumir com moderação as bebidas alcoólicas”,
refere o clínico.

RRP1, 31-3-2008
 
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