18 março, 2007

 

Doença vibro-acústica


Hipersensibilidade sonora às baixas frequências

Não será nova mas a atenção sobre a mesma começa a dar os primeiros passos.
E as suas consequências podem ser graves ao nível cardíaco e respiratório.

http://dn.sapo.pt/2007/03/12/sociedade/vibroacustica_e_nova_doenca_hipersen.html

http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/pne/v12n1/v12n1a03.pdf

http://www.acusmarte.com/wp/a-doenca-vibroacustica/

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=322903

Comments:
Rever as páginas 22 e 23 do DN de 12 de Março de 2007.
 
Ruído mortal

O ruído provocado pelo tráfego automóvel na União
Europeia causa 40% mais mortes por ataques de coração e
hipertensão do que a poluição do ar, conclui um estudo da
Organização Mundial de Saúde.
O relatório, redigido por Kim Rokho, e a que a agência Lusa
teve acesso, está na sua fase preliminar e refere-se a dados
recolhidos em 2000, ano em que é atribuída ao ruído nas
estradas dos países da União a perda de 211.096 anos de
vida, unidade em que é apresentado o resultado do estudo.
Nesse mesmo ano, foi atribuída à poluição atmosférica a perda,
por parte dos então cerca de 450 milhões de habitantes
da UE, de 151.000 anos de vida, o que indica que o ruído
teve consequências superiores em 40%.
O estudo não contabiliza o número de mortes atribuídas à
poluição sonora, mas uma projecção feita pela Lusa conclui
que teriam morrido 9.060 pessoas em 2000, no caso das vítimas
terem falecido todas com 55 anos de idade.
O número de mortes aumenta ou diminui consoante as pessoas
atingidas sejam mais velhas ou mais novas. Para o cálculo
foi tida a esperança de vida média calculada para aquele
ano, entre em homens e mulheres, na União Europeia, que
foi de 78,3 anos.
Ao falecerem com 55 anos, cada uma das supostas vítimas
mortais do ruído teria perdido 23,3 anos de vida relativamente
à esperança de vida para aquele ano. Dividindo o total de
anos perdidos pelo período a menos que cada pessoa viveu,
chega-se aos 9.060 mortos.
O trabalho, desenvolvido pela delegação da OMS em Bona, na
Alemanha, tem por objectivo dar aos Estados-membros da UE
metodologia de orientação em matéria de ruído e reunir
dados preliminares sobre as consequências do ruído na saúde
humana na Europa, diz o relatório.
Como ruído ambiental foi considerado, além do barulho normal
que as pessoas fazem quando comunicam entre si, o que
é provocado pelo tráfego rodoviário, comboios, aviões e actividades
de lazer, como discotecas ou parques de diversão.
Quanto às consequências, foram avaliados os impactos causados
ao nível das doenças de coração, dificuldades de compreensão,
surdez, zumbido nos ouvidos, distúrbios no sono e
o incómodo sofrido em suposto período de descanso.

RRP1, 9-7-2007
 
O Ruído Mata!

Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) com dados de 2000 refere que na população da União Europeia o ruído foi responsável pela perda de 211 mil anos de vida, valor 40% superior às perdas da responsabilidade da poluição atmosférica (151 mil anos de vida).

Hélder Spínola*

Embora o estudo não contabilize o número de mortes atribuídas à poluição sonora, a Agência Lusa fez uma projecção que conclui que nesse ano teriam morrido prematuramente mais de 9 mil europeus devido ao excesso de ruído.
Este estudo coloca Portugal como o terceiro país mais afectado pelo ruído na UE, com 27% da população atingida. Só a Holanda (34,7%) e a Itália (34%) estão numa situação pior. A hipertensão e os enfartes de miocárdio são as principais complicações de saúde, relacionadas com o excesso de poluição sonora, que conduzem a esta mortalidade prematura e à perda de anos de vida.
Mais uma vez o tráfego automóvel está na origem de um dos mais graves problemas ambientais com fortes impactes negativos na saúde pública. Para além da poluição atmosférica, o excesso de automóveis nas nossas cidades é também responsável por um outro factor de degradação da qualidade de vida e de mortalidade prematura – o ruído. É cada vez mais evidente e urgente a necessidade de retirar o tráfego automóvel do interior dos centros urbanos e apostar nos transportes colectivos. É uma questão de ambiente, de saúde pública e sobrevivência.

* Presidente da Direcção Nacional da Quercus

BE, 18-7-2007
 
Ruído é mortal

Pelo menos 50 mil pessoas morrem por ano de ataque cardíaco, devido a poluição sonora, na União Europeia.
De acordo com um estudo que hoje vai ser divulgado em Bruxelas,
os custos financeiros da poluição sonora, ao nível dos cuidados de saúde, pode atingir pelo menos 40 biliões de euros por ano na União Europeia.
Segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso, indica
também que outras 200 mil pessoas passam a sofrer todos os anos de doenças do coração.
O estudo produzido pela Federação Europeia para os Transportes e Ambiente, calcula que em 25 países da União, a maioria da população, está regularmente exposta a índices
de ruído acima dos 55 decibéis ou mais.
Para se ter uma noção do tipo de ruído, a Organização Mundial
de Saúde estipula que o limite de ruído ambiental, a partir do qual começa a ter efeitos negativos para os humanos é de 55 decibéis, valor esse que se situa entre o provocado por um aguaceiro e uma conversa entre duas pessoas.
Por isso, o estudo recomenda que a União Europeia altere a legislação, de modo a que o ruído da circulação das rodas no asfalto, baixe para 71 decibéis em 2012, prosseguindo para uma descida gradual até 2016.

RRP1, 28-2-2008
 
Metade dos portugueses exposta a níveis de ruído perigosos

RITA CARVALHO

Em Portugal ainda não foi estudado o impacto na saúde das populações
O tráfego rodoviário expõe mais de cinco milhões de portugueses a níveis de ruído excessivos e considerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nocivos à saúde. O relatório da Federação Europeia para os Transportes e Ambiente foi conhecido ontem e estima ainda que na Europa morram por ano 50 mil pessoas devido a doenças cardiovasculares causadas pelo excesso de decibéis que advém do ruído dos automóveis.

Os dados relativos a Portugal são de 2004 e demonstram que a exposição ao ruído afectava nesse ano mais um milhão de habitantes do que em 2000. Enquanto nos outros países se tem reduzido a quantidade de cidadãos expostos a níveis de ruído prejudiciais (acima dos 55 decibéis), em Portugal tem aumentado. Na Holanda, por exemplo, o número baixou para metade em quatro anos.

A OMS diz que o limite de ruído ambiental a partir do qual começa a haver efeitos negativos para os humanos é 55 decibéis. E é a um nível de ruído superior a este que está sujeita a maioria dos portugueses que vivem nas grandes cidades, embora não se consiga estimar quantos. Se tivermos em conta que a partir dos 60 decibéis 20% das pessoas podem morrer de ataque cardíaco - probabilidade avançada pela Federação Europeia para os Transportes e Ambiente - conclui-se que o risco para a população das zonas urbanas é enorme.

"A maioria dos europeus vive em cidades e, desses, uma grande parte junto de vias por onde circula tráfego ruidoso, um problema que tem sido subestimado e ignorado" pelas autoridades, alerta o documento.

A legislação em vigor já estabelece níveis de ruído máximo que devem ser respeitados. Em zonas sensíveis (hospitais, habitação e escolas), o ruído não pode execeder os 55 decibéis. À noite, tem de baixar para os 45. Nas zonas mistas, - com serviços e habitação-, de dia o ruído pode chegar aos 65, pois as pessoas não ficam aí expostas durante muito tempo.

A lei obriga ainda os municípios a elaborarem mapas de ruído que são depois incluídos nos planos director municipal. Aí são identificadas zonas mais problemáticas e previstas medidas de diminuição do seu impacto.

Apesar de ser uma obrigação legal, a Agência Portuguesa do Ambiente não tem noção de quantas autarquias já a estão a aplicar, pois presta apenas apoio técnico, sendo os documentos validados pelos municípios. "Mas sabemos que estão a fazê-lo gradualmente, à medida que são revistos os PDM", explica Dília Jardim.

Plano de ambiente e saúde

O Plano Nacional de Acção de Ambiente e Saúde, aprovado em 2007, pretende avaliar o impacto dos problemas ambientais na população. No ruído, a prioridade é concentrar esta informação e, posteriormente, traçar medidas e estratégias que minimizem os níveis e protejam as populações.

Na base da definição do risco para a saúde tem de ser tido também em conta, para além do nível concreto do ruído, o incómodo que este provoca nas pessoas em geral. "Há outros factores, não físicos e bastante complexos, que potenciam estes problemas de saúde", acrescenta Dília Jardim.

DN, 29-2-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?