02 abril, 2007

 

2 de Abril


Dia internacional do Livro Infantil

"A mensagem deste ano foi pedida à escritora neozelandesa
Margaret Mahy.
As boas histórias "devolvem-nos a nós mesmos", fazendo "o
mundo de todos os dias alterar-se um pouco", diz a autora.
"São feitas de palavras e todos os seres humanos sonham
ter aventuras com as palavras", sustenta Margaret Mahy,
distinguida em 2006 com o Prémio Hans Christian Andersen
do International Board on Books for Young People (IBBY), o
mais importante galardão atribuído a um autor de literatura
para crianças e jovens.
Margaret Mahy é autora de livros para crianças, romances
juvenis, poesia e textos dramáticos e uma das mais premiadas
escritoras da Nova Zelândia.
Admitindo que "há hoje muitas maneiras de contar uma
história" e que "os filmes e a televisão têm histórias para
contar", a autora sublinha que estes não usam a linguagem
"da maneira como o fazem os livros".
"Mergulhar nos livros à procura de alguma coisa, lendo-os e
relendo-os, faz parte da viagem de cada leitor. A aventura
do leitor consiste em descobrir uma história tão vibrante
que o transforme como que por magia", considera.
"Cada leitor vive para esse momento em que, de súbito, o
mundo de todos os dias se altera um pouco, abre espaço a
uma nova piada, a uma ideia nova, àquela nova possibilidade
que é dada a uma determinada verdade de se exprimir
pelo poder das palavras", acrescenta.
Margaret Mahy, de 70 anos, era bibliotecária quando decidiu
dedicar-se a tempo inteiro à escrita, em 1980. Conclui a
sua mensagem com uma pergunta: "A leitura é verdadeiramente
apaixonante, não acham?".

RRP1, 2-4-2007

http://www.iplb.pt/pls/diplb/!main_page?levelid=637

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Leitura: Hábitos aumentaram desde 1997, mais jornais

Os portugueses passaram a ler mais nos últimos dez anos, mas a maioria lê muito mais jornais e revistas do que livros, segundo um estudo que será hoje apresentado em Lisboa.

O estudo foi feito pelo Observatório das Actividades Culturais e será apresentado na conferência do Plano Nacional de Leitura, a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian.

O documento, intitulado «A leitura em Portugal», traça uma panorâmica exaustiva dos hábitos de leitura dos portugueses e é o primeiro do género em dez anos, dado que o último data de 1997.

Desta vez, a investigação incidiu sobre um universo de 7,5 milhões de habitantes, residentes no continente, com 15 anos ou mais, que sabem ler e escrever, e do qual foi retirada uma amostra de 2.252 indivíduos.

O estudo revela que 57 por cento dos portugueses (cerca de 4,2 milhões de habitantes) lê livros, mas a média é de duas a cinco obras literárias por ano.

Apenas sete por cento lê anualmente entre 11 e 20 livros, excluindo livros escolares.

Apesar de, nos últimos dez anos, ter havido um aumento de sete por cento da leitura de livros, os jornais (83 por cento) e as revistas (73 por cento) são os suportes preferidos dos portugueses.

Segundo o estudo, são sobretudo as mulheres que lêem livros (64 por cento contra 49 por cento dos homens), têm entre 15 e 24 anos, o ensino médio e superior e são maioritariamente estudantes (87,5 por cento).

A maioria (96,3 por cento) gosta de ler em casa, mas apenas 45,8 por cento dedica diariamente cerca de meia hora à leitura, seja de livros, jornais ou revistas.

Nove em cada dez inquiridos dizem possuir livros, sobretudo enciclopédias, livros escolares, culinária/decoração e romances de amor.

A preferência vai para livros de autores portugueses e só depois escritores estrangeiros traduzidos para português.

Apesar da maioria dos portugueses dizer que tem livros em casa, as bibliotecas pessoais são muito parcas: sem contar com os livros escolares, trinta por cento diz ter em casa entre 21 e 50 livros.

O início de aprendizagem da leitura acontece entre os seis e sete anos e os incentivos para que os inquiridos lessem mais na infância foi feito sobretudo pelos pais e pelos professores.

Para 49,6 por cento dos leitores portugueses, os livros infantis e juvenis foram o género mais importante para que gostassem de ler.

Nove em cada dez que gostavam de ler na infância continuaram a fazê-lo ao longo da vida, mas não é por isso que despendem mais dinheiro em livros.

É que 32 por cento dos portugueses são pequenos compradores, por comprarem anualmente entre uma a cinco obras literárias.

Os grandes compradores são aqueles que adquirem em média um livro por mês e esses somam apenas 4,9 por cento.

E 51,4 por cento dos leitores de livros disse não ter comprado qualquer obra literária ao longo do último ano.

Se são as mulheres que lêem mais livros, também são elas que mais compram, sejam pequenas, médias ou grandes compradoras.

E nesta equação de compra, quanto maior é a formação escolar dos portugueses maior é o número de livros que compram e quanto mais velhos, menos livros adquirem.

A compra de livros pela Internet é considerada residual, já que mais de noventa por cento diz que nunca compra livros por aquela via.

Dos 7,5 milhões de portugueses, cerca de 352 mil (4,7 por cento) não lêem jornais, revistas ou livros. A leitura cinge-se a recibos, facturas, marcas e preços de produtos e legendas de televisão e filmes.

Ainda assim, este valor é substancialmente reduzido se comparado com o cenário de há dez anos, quando se verificava que 12,4 por cento dos inquiridos não liam nem livros, nem jornais ou revistas.

Os inquéritos deste estudo foram realizados entre Novembro de 2006 e Janeiro deste ano.

Diário Digital / Lusa 23-10-2007
 
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