24 abril, 2007

 

23 de Abril


Dia mundial do livro

Há algum assomo de esperança: parece que os portugueses passaram a ler um pouco mais !

http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro

http://www.iplb.pt/pls/diplb/!main_page?levelid=595

http://www.apel.pt/default.asp?s=12147

http://catalogo.bnportugal.pt/#focus

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Livro

Dia Mundial assinalado
por todo o país

O Dia Mundial do Livro é hoje assinalado, um pouco
por todo o país, com iniciativas ligadas à promoção da leitura
e, em Lisboa, a data é mesmo aproveitada para o arranque
da "Cidade do livro".
Mobilizaram-se para as celebrações do Dia - Dia Mundial do
Livro e dos Direitos de Autor, de sua denominação completa -
Câmaras Municipais, bibliotecas, escolas, livrarias e organismos
de um modo ou de outro ligados ao Livro.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor foi declarado
pela Conferência Geral da UNESCO em 15 de Novembro de
1995.
A data escolhida, 23 de Abril, dia de São Jorge, evoca uma
tradição catalã, segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem
às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem
em troca um livro.
Por outro lado, a 23 de Abril de 1616, faleceram dois dos
vultos maiores da história da Literatura: William Shakespeare
e Miguel de Cervantes.
O “Lisboa Cidade do Livro” é um projecto que decorrerá até
31 de Maio. São mais de cem eventos entre conferências,
exposições, cinema, iniciativas de rua, saldos. Para isso, a
câmara associa-se a um conjunto largo de instituições públicas
e privadas - uma "congregação" de várias vontades.
O vereador da Cultura José Amaral Lopes afirmou-se "feliz
por ser o livro motivo de união de esforços", uma iniciativa
que é um exemplo de como "passar dos discursos à prática",
na medida em que "há muito a fazer quanto à promoção do
livro e da leitura".
Entre os vários eventos, e para além dos ciclos de palestras,
acontece "Os livros do Carmo e da Trindade". Organizada
pelos Livros Cotovia, este evento é uma "venda de livros
manuseados de livros em saldo".
Outra feira que acontecerá no dia da abertura do certame, é
a "rua do livro", organizada pela UEP e que decorrerá na Rua
Augusta.
Estas feiras e iniciativas visam "encaminhar para a Feira do
Livro" que decorrerá de 24 de Maio a 10 de Junho.

RRP1, 23-4-2007
 
Estudo

Há mais portugueses a ler

São dados animadores aqueles que o Observatório das
Actividades Culturais está a recolher sobre os índices de leitura
dos portugueses.
O estudo começou a ser feito em Dezembro do ano passado e
deverá estar concluído em Dezembro deste ano.
Os primeiros dados avançados, esta manhã, pela ministra da
Cultura indicam que, nos últimos dez anos, o índice de leitura
dos portugueses aumentou cerca de 60%.
Segundo a governante, tal número está relacionado com o
grande investimento ao nível de qualificação dos portugueses,
que foi feito nos últimos 30 anos, e ainda com o esforço
do Ministério da Cultura no desenvolvimento da rede de
bibliotecas e na promoção da leitura.
Isabel Pires de Lima adianta ainda que este aumento é particularmente
significativo nas classes alta e média alta.
Neste Dia Internacional do Livro, a ministra da Cultura, num
pequeno-almoço com editores, recusou ainda a ideia de que
se publicam demasiados títulos no nosso país. “Se há oferta é
porque há procura”, sublinha.
Segundo os dados do estudo Consumidor 2006, que a Marktest
divulgou a meio da semana passada, já são mais de três
milhões os portugueses que lêem livros (ou, mais exactamente,
que leram um livro no mês anterior ao telefonema da
empresa de estudos de mercado).
Ler continua a ser um comportamento minoritário, uma coisa
que acontece a menos de metade da população continental
com mais de 15 anos.
A boa notícia do estudo que a Marktest divulgou na semana
passada é que, em relação a 1996, a proporção de leitores
em Portugal aumentou 58%: há dez anos, só 23,5% dos inquiridos
disseram que sim quando lhes perguntaram se tinham
lido algum livro no mês anterior.

RRP1, 23-4-2007
 
Dez anos depois, o livro continua sem retrato fiel

ISABEL LUCAS e LEONOR FIGUEIREDO

"Amanhã [hoje] gostaria de saber números concretos quanto à facturação e à distribuição desses números por géneros e canais de venda. São fundamentais para trabalhar." O desejo de Carlos da Veiga Ferreira, presidente da União dos Editores Portugueses (UEP), não será totalmente satisfeito quando hoje forem divulgados os dados preliminares de um estudo sobre o sector do livro em Portugal, a que o DN teve acesso.

Há uma ausência total de números oficiais desde 1998 e os dados a divulgar hoje na Biblioteca Nacional, em Lisboa, ainda não conseguem dar o retrato fiel do mercado, apesar de ter números mais precisos.

No último ano alvo de estudo, 2005, o volume de negócios no sector livreiro atingiu os 381 milhões de euros, número oficial que terá crescido, em 2007, para os 500 milhões - este um dado oficioso, revelado recentemente por uma empresa de estudos de mercado espanhola. É que, em Portugal, o sector do livro é o único que não é tratado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), facto que é contestado por Carlos da Veiga Ferreira. "Devia ser o INE a tratar estes dados. Não vejo razão para que este sector fique de fora."

O INE tem a informação mas não a pode divulgar e esse sigilo é, na opinião do responsável pelo estudo, o sociólogo e investigador José Neves, "uma limitação grave para se ter conhecimento do sector".

Os dados dos últimos dois anos não foram disponibilizados, verificando-se serem também poucas as editoras que registam (não é obrigatório) a sua marca como propriedade industrial, salienta o relatório elaborado pelo Observatório das Actividades Culturais (OAC), entidade à qual o Ministério da Cultura encomendou o estudo.

Entre 2000 e 2005, o mercado registou, só na área da ficção, um aumento superior a 30%, facto que parece plausível a Veiga Ferreira. Menos credível, aparentemente, é a facturação global nessa mesma área (80 milhões de euros) - "parece-me escasso". Foi em 2005, altura em que a maioria dos livros publicados (35%) pertencia às áreas da língua, linguística e literatura, surgindo em segundo lugar (25%) as ciências sociais e em terceiro (18%) as generalidades. Do total anual, 69% dos livros publicados eram em português e os restantes traduzidos.

Trabalham no sector 3600 empregados, confirmando-se que os meses com maiores picos de vendas são Setembro (livros escolares) e Dezembro (Natal).

Em resumo: Portugal importa livros da União Europeia e exporta para os PALOP. No último ano apurado pelo relatório, a Sociedade Portuguesa de Autores recebeu de direitos de edição literária 1,4 milhões de euros.

No final são avançados dados positivos do sector: diversidade de oferta cultural, entrada de capital financeiro, empresas mais profissionalizadas, mais promoção e marketing, projecção internacional de autores portugueses.

Pontos negativos? A falta de conhecimentos e formação profissional, fragilidade financeira de editores de pequena e média edição, elevada percentagem cobrada pelas distribuidoras às editoras.

Face à escassez dos dados, o responsável do observatório explica que "o mais importante virá com a segunda fase do estudo, onde se reunirá toda a informação para ser trabalhada conjuntamente".

DN, 25-1-2008
 
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