09 abril, 2007

 

Fotografia


Arte e comunicação



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Comments:
As imagens são decisivas

José Carlos Abrantes
provedor@dn.pt


Uma fotografia de Spencer Platt foi notícia várias vezes nos últimos tempos: num carro descapotável, um grupo de jovens passeia num bairro de Beirute. Um dos jovens parece estar a fazer fotos num cenário de devastação, pois o local havia sido bombardeado minutos antes pela aviação israelita. Trata-se de uma imagem que arrebatou o prémio da World Press Photo, uma prestigiada distinção para os fotojornalistas. Mas a razão que levou os jornais a utilizarem-na novamente foi outra: a imagem, afinal, tinha um sentido muito diferente do que lhe fora atribuído.

"O descapotável desliza na paisagem surreal e fumegante, as mulheres têm aspecto de top model e o motorista parece sair de um anúncio de Hugo Boss. Turistas ricos a verem a desgraça alheia, metáfora do mundo contemporâneo?

Mas, segundo conta o Financial Times, a revista libanesa L'Agenda Culturel decidiu investigar quem eram as personagens desta fotografia e descobriu-as. E a narrativa que lemos na imagem cai por terra.

Era domingo. O condutor e duas das mulheres são irmãos, chamam-se Maroun e vivem numa rua próxima. Outra mulher é vizinha. Segundo explicaram à revista cultural, não estavam a fazer 'turismo de guerra' , como sugere a imagem, mas apenas a ver os estragos, para avisarem os parentes. As personagens dizem que a viatura foi fotografada de forma a parecer mais luxuosa. Trata-se de um mini-Cooper, que o condutor pediu emprestado à namorada para, acompanhado pelas irmãs, constatar se havia estragos na sua casa. As testemunhas afirmam ser de classe média."

Este texto do jornalista do DN Luís Naves explica como a atribuição de um sentido definitivo a uma imagem é uma tarefa muito delicada e, quase sempre, vazia de sentido. Por natureza, as imagens são, segundo quem as lê, coisas diferentes. A peça de Luís Naves tem também um detalhe muito importante na versão da Rede: tem autoria repartida entre o jornalista e o autor da imagem, Spcencer Platt, prática que deveria ser obrigatória e, infelizmente, não é. Esta foi uma das fotografias de relevo nestas últimas semanas.

Na imprensa escrita, o papel da imagem é decisivo. Não só as imagens são numerosas como também são escolhidas a dedo, (quase...) sempre, de formas profissional e muito cuidadosa. Mesmo que não tenha legenda, o que é raro, uma imagem de imprensa nunca vem "pura". Ela tem um enquadramento, ocupa uma determinada posição face ao texto, é mais ou menos destacada dentro da página em que a colocam. Hoje, as edições em linha permitem publicar fotografias e vídeos outrora impossíveis de utilizar pelos jornais.

A edição das imagens tem uma longa tradição que passa pela montagem de cinema, pela fotografia como disciplina artística e jornalística, pela aplicação das técnicas digitais. Dificilmente nos lembramos que o cinema, nos inícios do século XX, alterou as relações entre as imagens, e entre as imagens e o texto escrito. Mais tarde, nos anos 20, começou a ver-se como os sons (palavras, ruídos e música) alteram o sentido de uma imagem. Mais tarde os investigadores e pessoas do terreno começaram a perceber que o sentido não está apenas nas imagens. De facto, as leituras que o público faz são decisivas. Não podemos por isso dizer em absoluto: esta imagem significa isto.

Na imprensa, esta dimensão é particularmente importante. Podemos ilustrá-lo com exemplos recentes do Diário de Notícias. Uma fotografia de praia ilustra, assim, uma notícia sobre o Plano Estratégico de Turismo (DN, 5 de Abril). Uma imagem de um glóbulo de sangue acompanha o artigo "A globalização ajuda a propagar doenças" (4 de Abril). São dois exemplos em que a imagem e o texto escrito funcionam em conjunto, como é regra na imprensa. As imagens, de sentidos múltiplos, tornam-se mais precisas pelo texto da notícia ou pela simples legenda. Quando David Luiz, Shakira, o cardeal Saraiva Martins, Sócrates aparecem, é a imagem que adquire a primazia na leitura (todos na primeira página do DN de 5 de Abril). Estas quatro personalidades "cabem" nas dimensões do jornal (30 cm x 39 cm), que acolhe ainda uma imagem do TGV, batendo o recorde de velocidade sobre carris. Como pretender que as imagens são como a realidade, quando a realidade não cabe nessas dimensões? Conta-se que Picasso, interrogado por quem lhe contestava "deformações", terá pedido, ao contestatário, a fotografia da mulher. "Não sabia que a sua mulher é tão pequena!", terá dito face à fotografia, tipo passe. Isto apesar da aura "realista" que as fotografias de identificação possuem.

As imagens sugerem-nos as coisas que representam. Porém, o seu significado resulta de uma negociação: uma parte das imagens é feita pela pessoa que olha as imagens, pelas suas representações, pela sua cultura, pelos seus preconceitos. Por isso devemos ser prudentes quando pensamos que uma imagem tem um significado universal. Aliás, muitas vezes, na leitura das imagens a norma... são os desvios.

DN, 10-4-2007, pág. 11
 
Google já tem site de fotos «geolocalizadas»

2007/05/31

Que arquiva centenas de milhar de fotografias tiradas pelos internautas

A Google anunciou esta quinta-feira ter comprado o sítio espanhol de partilha de fotos Panoramio, que arquiva centenas de milhar de fotografias tiradas pelos internautas com as suas coordenadas geográficas exactas, noticia a Lusa.

As fotos do Panoramio já estavam, desde o início do ano, ligadas ao sítio de fotografias por satélite Google Earth, precisou a Google.

O grupo de Internet indica que espera conseguir integrar, nas suas páginas de cartografias, fotografias tiradas pelos internautas. O Panoramio ultrapassou recentemente a barreira do milhão de fotos geolocalizadas.

A Google fortalece-se assim na área fotográfica frente ao seu rival Yahho!, e ao seu sítio fotográfico Flickr, cujos utilizadores podiam também localizar geograficamente as fotografias e enviá-las para o Google Earth.

O Panoramio, lançado em Outubro de 2005, afirma ter 300 mil utilizadores inscritos (números de Março) e tinha em Fevereiro quatro milhões de utilizadores únicos para trinta milhões de páginas visitadas.

PD
 
Marinheiro de fotografia célebre foi identificado

JOSÉ MÁRIO SILVA

A 14 de Agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt captou, na Times Square, em Nova Iorque, aquele que se tornaria um dos beijos mais famosos do século XX (pelo menos tão famoso como o que Robert Doisneau fixou, cinco anos mais tarde, junto ao Hotel de Ville, em Paris). No meio da multidão que celebrava, eufórica, a notícia da rendição dos japoneses, passo decisivo para a vitória dos aliados na II Guerra Mundial, Eisenstaedt descobriu um marinheiro a beijar, de forma arrabatada e cinematográfica, uma enfermeira em pose de abandono feliz.

Assim que foi publicada na capa da revista Life, a imagem correu mundo e tornou-se rapidamente um símbolo da alegria do cidadão comum quando apanhado pela vertigem da História, neste caso o fim de um pesadelo que tinha começado, para os americanos, com o ataque japonês a Pearl Harbour, em Dezembro de 1941.

Além do seu poder enquanto ícone, a foto de Times Square continha um mistério. Com a pressa, Eisenstaedt esqueceu-se de anotar os nomes dos protagonistas e durante mais de 60 anos a respectiva identidade continuou a ser matéria de disputa. Candidatas a "enfermeira" houve pelo menos três: Greta Friedman, Barbara Sokol e Edith Shain. Nenhuma delas confirmada, talvez porque o rosto da mulher ficou praticamente oculto pelo punho fechado do homem.

Já o "marinheiro" permite comparações fisionómicas e anatómicas mais precisas. Dos 11 americanos que reclamaram, ao longo dos anos, a autoria do beijo, houve apenas um que chegou a ser apontado como o verdadeiro, em 2005. Chamava-se George Mendonça e teve a "aprovação" do Naval War Col- lege, a partir de uma análise das suas tatuagens e cicatrizes.

Agora, porém, uma nova abordagem, feita por Lois Gibson, uma reputada retratista forense, aponta para Glenn McDuffie. A especialista da Polícia de Houston, famosa por ter identificado mais criminosos suspeitos do que qualquer outra pessoa na história dos EUA, já tinha fortes indícios de que McDuffie era o "tal" mas quis ter a certeza, comparando o rosto dos potenciais "marinheiros" com o homem da foto. "Pela análise da estrutura dos ossos faciais, eliminei todos os outros candidatos. Para mim, esta identificação é definitiva", garante Gibson.

Hoje com 80 anos, McDuffie, que luta contra um cancro, não queria morrer sem que alguém confirmasse a sua pretensão. Em Agosto de 1945, ele estava à espera do metro quando ouviu a notícia da rendição nipónica. "Fiquei tão feliz que saí para a rua. Quando vi a enfermeira, corri para ela e beijei-a." O par não trocou sequer uma palavra. "Depois do beijo, voltei para o metro e segui para Brooklyn."

DN, 6-8-2007
 
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