22 abril, 2007

 

Sono


Apneia, roncopatias e outras perturbações relacionadas

Comemorou-se dia 21 de Março o dia mundial do sono.
Considerando que mais de 75% dos portugueses se deitam depois da meia-noite e reconhecidas as consequências de tão maus hábitos, talvez no facto se divisem algumas das razões para os maus comportamentos desse povo!

Situando a problemática:

http://laseeb.isr.ist.utl.pt/Istel/Apneia/Apneia.html
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/1517/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sono
http://www.deco.proteste.pt/map/src/412131.htm

Apneia:
http://www.mni.pt/guia/index.php?file=guia-artigo&cod=41
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apn%C3%A9ia_do_sono

Roncopatia:
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/1035/
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/873/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ronco

Tratamento:
http://www.is-cci.com/
http://www.hospitaldaarrabida.pt/custom/template/minisite_noticia.asp?SSPAGEID=42&noticiaid=5
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?391

Comments:
Apneia do sono pode causar acidentes

Sonolência diurna e falta de concentração podem ser fatais

Um número indeterminado de acidentes de viação e de trabalho pode ser causado por pessoas que sofrem de paragens respiratórias graves enquanto dormem (apneia do sono), doença agravada pela obesidade, segundo o especialista João Paço, citado pela Lusa.

No primeiro simpósio do I curso pós graduado sobre «Obesidade, Diabetes, Dislipidemia e Hipertensão», o director da CUF Infante Santo advertiu para a necessidade de um alerta generalizado sobre a doença e sobre os seus efeitos.

«A apneia do sono grave pode levar a períodos de sonolência diurna e falta de concentração, que, por sua vez, pode provocar diversos tipos de acidentes», referiu.

De acordo com este especialista, considera-se que uma pessoa sofre desta doença quando tem paragens respiratórias superiores a 10 segundos, sendo esta considerada muito grave quando ultrapassam os 60 segundos.

João Paço contou que teve um doente, motorista de transporte de passageiros, que sofria de paragens respiratórias durante o sono superiores a 90 segundos, questionando a sua forma física para o trabalho.

As apneias do sono mais frequentes são causadas por obstruções das vias respiratórias superiores, nomeadamente nas fossas nasais e aumentam com a idade e obesidade, sendo que a maior parte dos doentes obesos «são potenciais candidatos a sofrerem da doença».

Durante a paragem respiratória, o organismo deixa de oxigenar pelo que é frequente, nos casos mais graves, que ao acordar a pessoa sinta cansaço e apresente sonolência durante o dia.

Além do alerta para esta doença, João Paço defendeu a realização de um estudo sobre o impacto desta doença, nomeadamente nos acidentes de viação. Este especialista defendeu igualmente que, à semelhança do que acontece em França, a partir de certa idade se exija para a renovação da carta de condução um exame médico que prove se o condutor sofre de apneia do sono.

O exame para a detecção deste problema de saúde, mais frequente nos homens, chama-se polissonografia e permite avaliar, a partir de vários parâmetros, a existência de apneia durante o sono, a sua frequência e duração.

PD, 16-4-2007
 
A falta de sono nocturno poderá contribuir para a pandemia de obesidade

Ana Gerschenfeld

O facto de as crianças não estarem a dormir o suficiente durante a noite poderá contribuir para o aumento do número de crianças e adultos obesos, alerta um investigador na última edição da revista “Archives of Disease in Childhood”.

Shahrad Taheri , da Universidade of Bristol, no Reino Unido, responsabiliza o estilo de vida cada vez mais frequente nos países desenvolvidos – com a disponibilidade crescente de computadores, telemóveis, televisores e outros “gadgets” – pela diminuição da quota de sono dos mais novos, sugerindo que estes aparelhos deveriam ser banidos dos quartos de crianças.

Segundo este cientista, existe um “corpus” cada vez maior de resultados que permitem avaliar o impacto no organismo da falta de sono. Estes resultados mostram nomeadamente que o encurtamento do período nocturno de sono dá origem a perturbações do metabolismo, o que poderá contribuir para o desenvolvimento da obesidade, resistência à insulina, diabetes e doenças cardiovasculares. Mesmo duas ou três noites consecutivas sem dormir podem ter consequências profundas a este nível.

Um dos estudos realizados nesta área sugere que a falta de sono aos 30 meses de idade poderá estar associada ao aparecimento da obesidade aos sete anos. Isto poderá ser devido a uma “programação” inadequada das regiões do cérebro que regulam o apetite e o consumo de energia pelo organismo. Também na adolescência a falta de sono poderá perturbar o metabolismo, devido à maior necessidade física de dormir durante este período de desenvolvimento.

Um outro trabalho, já referido nesta secção (ver “Falta de sono quase duplica risco de obesidade em crianças e adultos”, 12/07/2006) mostrou que a falta de sono faz aumentar a produção pelo estômago de ghrelina, uma hormona que estimula o apetite, e reduz a produção de leptina, hormona supressora do apetite. Mais precisamente, os níveis de ghrelina (a hormona que nos “diz” para comermos) revelaram ser cerca de 15 por cento mais elevados nas pessoas que dormiam apenas cinco horas por noite quando comparadas a pessoas que beneficiavam de oito horas de sono. Pelo contrário, os níveis de leptina (hormona que nos “diz” para pararmos de comer) acusavam uma diminuição de 15 por cento nas pessoas com apenas cinco horas de sono nocturno.

Segundo Taheri, estas e outras perturbações hormonais provocadas pela falta de sono poderão estar na base de uma maior apetência por alimentos ricos em calorias. Para mais, salienta ainda, a falta de sono desencadeia um ciclo vicioso: provoca cansaço, o cansaço faz diminuir a actividade física, o que leva a gastar menos energia, o que pode conduzir à obesidade, que por sua vez provoca perturbações do sono.

“Dormir mais e melhor provavelmente não será a única resposta para a pandemia de obesidade”, conclui o especialista, “mas os efeitos do sono deveriam ser levados a sério, visto que mesmo uma pequena mudança do equilíbrio energético do organismo pode ser benéfica”.

JP, 23-10-2006
 
Distúrbios do sono aumentam risco de depressão em 40%

DIANA MENDES, em Madrid

30% dos portugueses têm problemas em dormir, o que afecta a sua saúde

Os mais novos acham que é um desperdício de tempo. Os mais velhos não têm tempo para o fazer. O sono, porém, é essencial para reparar a energia gasta durante o dia e todos os factores que o limitam são prejudiciais a nível físico e mental. Os distúrbios do sono afectam 30% da população portuguesa, uma faixa que tem um risco acrescido de 40% de ter uma depressão ou uma perturbação de ansiedade, de acordo com Eduard Estivill, director da Clínica de Sono Estivill no Instituto Universitário de Dexeus, em Barcelona.

Horários irregulares, trabalho por turnos, abuso de estimulantes, alimentação incorrecta são erros cometidos um pouco por todas as casas portuguesas. E são geralmente os motivos para que praticamente um em cada três portugueses sofra de insónia. O médico Eduard Estivill, que já efectuou diversos estudos na área do sono, explicou ao DN que "70% das pessoas que dormem mal é por terem más rotinas". Dormir mal ou durante poucas horas tem reflexos a nível físico, mental e laboral: "Esta faixa da população tem grandes perdas de concentração e memória, é mais irritável e tem mais riscos de depressão e ansiedade", refere.

Uma vez que a falta de horas de sono também debilita o sistema imunitário, estas pessoas "são mais propensas a enfermidades, além de que a sua pele regenera muito menos, o que explica as olheiras, por exemplo". No trabalho, o risco de acidente é 10% a 20% superior devido à fadiga e ao cansaço. Também no aspecto económico há gastos a considerar, uma vez que "estas pessoas gastam 20% mais dinheiro público em visitas ao médico e em fármacos".

95% das insónias são tratáveis

Mais de 20 razões explicam o aparecimento de insónias, desde a toma de estimulantes, passando pela depressão e outras doenças. No entanto, poucas pessoas sabem que "a insónia é tratável ou controlável em 95% dos casos", refere o especialista. "As pessoas têm de consultar um médico especialista. A questão é que ainda há pouca informação e esta é uma especialidade nova."

O tratamento pode até passar pela simples aprendizagem de técnicas de relaxamento, embora haja casos que implicam uma terapêutica com medicamentos. Eduard Estivill constatou em diversos estudos que 80% das pessoas que sofrem de insónia não recebem qualquer tipo de tratamento e que outros 10% se automedicam com fármacos sem receita médica, o que conduz a erros frequentes. "Portugal tem muitos especialistas de qualidade nesta área."

A jornalista viajou a convite da Philips

DN, 24-9-2007
 
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