02 maio, 2007

 

1 de Maio


Dia mundial da asma


http://pt.wikipedia.org/wiki/Asma

http://www.apa.org.pt/

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Cientistas descobrem gene ligado à asma

Um grupo de cientistas identificou um gene que está associado ao aumento da asma infantil. Analisando mais de duas mil crianças, uma equipa internacional de cientistas identificou um gene chamado ORMDL3, que se encontra em maior quantidade nas células sanguíneas das crianças que sofrem de asma. De acordo com os resultados deste estudo, publicados na última edição da revista Nature, as crianças que transportam uma variante específica deste gene têm 60% a 70% mais probabilidades de desenvolver asma.

Os investigadores também identificaram marcadores genéticos no cromossoma 17 que parecem alterar os níveis de ORMDL3, embora ainda não saibam exactamente como é que isto acontece.

"Estas descobertas não explicam completamente como aparece a asma, mas dão-nos informação para tentar perceber a complexa conjugação de factores genéticos e ambientais que provocam a doença", afirmou a investigadora Miriam Moffatt, da Imperial College, de Londres. O professor William Cookson acredita que estes resultados são, até agora, a prova mais evidente de que a genética influencia a asma.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas analisaram a composição genética de 994 crianças com asma, comparando-as a 1243 não asmáticas.

A asma é a doença crónica mais comum na infância, afectando 10% a 12% das crianças nos países desenvolvidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, há 300 milhões de asmáticos em todo o mundo. Um milhão deles são portugueses.

DN, 9-7-2007
 
Asma duplica em 10 anos e já afecta um milhão

SUSANA MARGARIDO, Guarda
PAULO SPRANGER

Na última década duplicou o número de doentes com asma, doença que atinge já um milhão de portugueses, entre eles mais de 10% das crianças portuguesas. As causas são sobretudo atribuídas ao estilo de vida e à poluição, dentro e fora de casa, e reflectem-se a nível mundial, com aumentos que oscilam entre os 30 a 50% a cada dez anos. Na evolução da doença "o ambiente pesa ainda mais que a genética", afirma Agostinho Marques, director da Faculdade de Medicina do Porto, que participa no XXIII Congresso de Pneumologia, na Guarda.

Agostinho Marques atribui ainda outras causas ao crescente número de casos, como o tabaco e "a melhoria dos padrões de conforto da população". "A asma é relacionada com um factor de poluição que é um ácaro que vive em casa, que come a nossa pele e desenvolve-se onde se escama a pele, como a cama, ou o quarto. O ácaro tem condições de vida ideais de 21 a 22 graus, que são as nossas condições de conforto." As alcatifas e brinquedos de pelúcia já têm vindo a ser abolidos da decoração da casa, mas segundo o especialista, "é preciso ter outros cuidados com o tratamento do quarto, e cada vez que se muda a roupa da cama aspirar muito bem o colchão, ou não ter animais domésticos", medidas que se aplicam a todas as famílias, como prevenção.

A mortalidade associada à asma tem vindo a diminuir em Portugal, caindo 27,2% entre 2003 e 2004, segundo o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias. Também os internamentos hospitalares sofreram um decréscimo de 8,6% no mesmo período, dados justificados por Agostinho Marques: "A população trata-se melhor e os meios e a educação também são melhores."

Os números contrariam a tendência geral do total das doenças respiratórias, que são já a terceira causa de morte por doença em Portugal.

DN, 10-11-2007
 
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