18 maio, 2007

 

18 de Maio


Dia internacional dos museus


http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu

http://www.ipmuseus.pt/pt/ipm/A3/IH.aspx
http://www.museusportugal.org/
http://www.rpmuseus-pt.org/
http://www.imultimedia.pt/rimus/

http://museusnaescola.eselx.ipl.pt/

http://www.matriznet.ipmuseus.pt/ipm/MWBINT/MWBINT02.asp

Comments:
Visitas a museus aumentaram
em 2006

O número de visitantes aos museus portugueses
aumentou em 2006, de acordo com dados hoje divulgados
pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Um total de 10,3 milhões de pessoas entrou nos 291 museus
existentes em Portugal. Na comparação com 2005, há um
aumento de 6%. Do total de visitantes, quase 2 milhões
dizem respeito a grupos escolares.
Embora haja mais museus de arte, são os monumentos
musealizados que são os mais procurados, seguidos dos jardins
zoológicos, botânicos e aquários.
Quanto aos espectáculos, houve, em 2006, quase 25 mil sessões
com um total de 8,8 milhões de espectadores.
O teatro lidera as preferências desta indústria que gerou
receitas de quase 70 milhões de euros
Já no que toca ao cinema, em 2006, os 479 ecrãs existentes
em Portugal exibiram 860 filmes, dos quais 60% de produção
norte-americana. Quanto ao cinema português, 38 filmes
num ano tiveram quase 3% do total de espectadores.
Apesar de alguns pontos de crescimento, 2006 foi um ano de
desinvestimento na cultura por parte das autarquias. Só na
região de Lisboa, as câmaras reduziram em 22$% a aposta
cultural. No país, só os municípios do Alentejo e do Algarve
aumentaram o investimento na cultura.

RRP1, 21-1-2008
 
Três novos museus vão abrir durante 2008

Apesar de o orçamento para 2008 ser abaixo do que o previsto, se tivermos em conta as premissas do Programa do Governo, Isabel Pires de Lima avança com projectos e a promessa de concluir os Museus de Arte e Arqueologia do Côa e do Douro (ambos prometidos há muito tempo por vários ministros).

No segundo semestre de 2008, a ministra da Cultura conta inaugurar o novo Museu Mar da Língua Portuguesa, em Belém, onde funcionará um centro temático de exposição e comunicação interactiva e "lançar" ainda o futuro Museu da Música-Arquivo do Som que ocupará o Palácio de S. João Novo, no Porto, entretanto adquirido pelo Estado.

No ano que agora entra, a tutelar da pasta terá entre mãos a terceira fase do PRACE que, segundo explicou no Parlamento implica "uma proposta de redução de 97 postos", mas com mais 23 para a área dos arquivos e 178 para os museus.

Dir-se-á que na Cultura, como dizia o próprio ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, em relação às verbas para a área, durante o debate na generalidade do Orçamento de Estado -, que ninguém alimente "ilusões". O aviso de alerta não causou nenhuma surpresa. Ano após ano, o proclamado objectivo dos governos em Portugal tem sido canalizar para a Cultura pelo menos um por cento do bolo orçamental.

Mas a verdade é que nunca nenhum o concretizou. E o orçamento que a ministra Isabel Pires de Lima terá de gerir é de 246,6 milhões de euros. Ou seja, como a titular da Cultura lembrou aos deputados, também ela considera que o seu orçamento, que é 0,4 % do orçamento do Estado, está longe do desejável.

"Reconhecemos que ainda estamos longe da meta traçada para a legislatura de atingir um por cento do OE para a Cultura", lembrou a responsável, "mas também estamos conscientes que o mesmo se deve à prossecução do esforço de consolidação das contas públicas, com o qual o Ministério da Cultura é solidário".

A justificação de ainda não se ter cumprido a promessa é a de que há outras prioridades. O próprio titular das Finanças lembrou que o Programa do Governo refere um por cento para a Cultura, sim, mas "a médio prazo".

DN, 31-12-2007
 
Máscaras que escondem o rosto mas dão a vida

ANA PAGO

É um dos museus mais originais de Lisboa. E do País

No Antigo Egipto a máscara colava-se à múmia e à figura do sacerdote, era usada em sacrifícios rituais. Em África, ela serve os rituais religiosos. Os nati- vos americanos exibem-na para honrar os mortos, gregos e romanos não a dispensavam nos teatros e, hoje, a máscara é ainda sinónimo de folia e Carnaval. "Mas nunca perdeu a função primordial de esconder, de dar outro eu", nota Maria José Santos, a directora do Museu da Marioneta, em Lisboa. Não existe ninguém como ela para explicar que os seus "brinquedos" têm muitas mais faces além da carnavalesca.

"O núcleo de máscaras do museu é ainda pequeno quando comparado com o das marionetas propriamente ditas, mas esperamos vir a receber um núcleo de marionetas orientais pertencente à colecção particular de Francisco Capelo", adianta ao DN gente a responsável, feliz com o rumo que as coisas estão a tomar.

Se tudo correr bem, como se espera que aconteça, irão chegar no mesmo pacote "muitas máscaras orientais", a somar ao espólio de pe- ças africanas, indonésias e do teatro Nô japonês actualmente em exposição. Maria José acredita que esse será mais um passo importante para que os visitantes percebam o lado oculto das peças. O muito que se abre para lá dos materiais e das formas, quer sejam máscaras ou marionetas.

"Hoje em dia, para a população em geral, uma e outra são vistas como algo lúdico que permite um distanciamento do utilizador", explica a directora, acreditando que muito do fascínio desta forma de arte reside precisamente na sua capacidade transformadora: "A máscara esconde o actor, a ma- rioneta é um prolongamento dele, mas a verdade é que, em ambos os casos, é outra pessoa que ali está." Solta e recriada porque assumiu uma alma diferente e se tornou personagem, ao mesmo tempo escondida e revelada.

Desde 2001 que o Museu da Marioneta se instalou definitivamente no Convento das Bernardas para melhor servir as exposições e os visitantes, depois da degradação do espaço inicial (à Graça) ter tornado evidente a necessidade de se avançar para um edifício maior. O projecto iniciado pela Companhia de Marionetas de S. Lourenço (fundada pelo músico José Alberto Gil e a artista plástica Helena Vaz) foi crescendo então. Em breve se tornou o único museu do género no País, com um espólio composto por marionetas de todos os tipos de técnica de manipulação e máscaras das mais diversas partes do mundo.

"A marioneta ainda está muito ligada à infância, tal como a máscara, e há quem as considere mais brincadeira que arte. O que não é, de todo, o paradigma vigente no resto da Europa", constata Maria José Santos. Nas vitrinas, marionetas de água partilham segredos com os cavalos e elefantes birmaneses, os bonecos de vara da Wayang Golek e as sombras de pele balinesas, turcas e chinesas. As cabeças do teatro Bunraku japonês miram quem passa com olhos quase humanos. O Polichinelo francês partilha histórias e feições com o Fausto alemão, a Petrushka russa ou os bonecos de Santo Aleixo. Só mesmo vendo.

"As crianças adoram esta tónica do disfarce e para os idosos uma vinda ao museu é um regresso ao passado", diz a directora, orgulhosa do efeito catárctico das suas máscaras e marionetas. "No final, porém, são os adultos quem mais se maravilha." Talvez sejam eles quem mais precisa de um novo eu.

DN, 2-2-2008
 
Ministro quer reformados qualificados nos museus

LEONOR FIGUEIREDO

Colmatar a falta de vigilantes nos museus com voluntariado qualificado da terceira idade. Foi uma entre as várias ideias anunciadas pelo ministro da Cultura na Assembleia da República, onde se apresentou pela primeira vez desde que assumiu a pasta há cerca de um mês. "Já fui guiado no estrangeiro nessas circunstâncias", explicou José António Pinto Ribeiro. Numa sessão de mais de três horas de questões e esclarecimentos, na comissão parlamentar de Cultura, Ciência e Educação, o ministro deixou mais ideias do que promessas aos deputados, que o bombardearam com perguntas.

Resolver a questão do espaço dos depósitos legais nas bibliotecas com a entrega das obras gravadas em DVD é outro exemplo nesse elenco de ideias ainda pouco definidas. Mas também houve promessas. Perante os deputados, o ministro comprometeu-se a acabar o Museu do Côa até 31 de Agosto, a inaugurar a exposição sobre José Saramago a 23 de Abril na Ajuda, a acompanhar a execução do cumprimento do Estatuto dos Artistas com os interessados [que discordam por não ter sido incluída a Segurança Social], concretizar o acordo ce- lebrado com o ministro brasileiro Gilberto Gil para "fazer um estudo sobre o valor económico da Língua Portuguesa".

Repetiu que "o tripé" da sua política assentará na Língua Portuguesa, no património e no apoio às Artes e Indústrias Culturais. Pinto Ribeiro quer também "alargar o objecto do conhecimento e da cultura à ciência, numa contaminação virtuosa".

Coincidindo com a mensagem da sua antecessora, Isabel Pires de Lima, que defendia a Cultura como uma mais-valia para a área económica, nomeadamente enquanto factor promotor do turismo, o novo governante defendeu que se deve "centrar e recentrar o discurso cultural no desenvolvimento económico e na afirmação internacional da cultura portuguesa". O ministro disse ainda querer desenvolver parcerias com as autarquias, "cujo orçamento [global] é superior ao do Ministério da Cultura". Para isso, tem já marcado um encontro com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a quem proporá "criar uma rede de formadores autárquicos para transformar e dinamizar a paisagem cultural portuguesa".

Perante os deputados, acrescentou que gostaria de explorar esta sinergia com as câmaras na recuperação do património "relevante e prioritário". Falou ainda numa lista, por enquanto incompleta, de 55 monumentos em "situação de risco". Entre eles, a Sé de Lisboa, a Sé de Silves e a Igreja de Caminha, que precisam de intervenção urgente.

Cobrir o território da CPLP com uma rede de escolas portuguesas depois do Acordo Ortográfico foi outra das ideias apresentadas, assim como a procura de parcerias com privados. Sobre o futuro museu Mar da Língua afirmou que "não há certeza de ser possível executar as obras" para estarem concluídas até final do ano. E sobre o CCB disse que estão a ser feitas diligências para a construção de dois módulos novos, de modo a que o centro possa ter o seu espaço expositivo.

Todas estas questões foram dissecadas pelos partidos da oposição. Zita Seabra (PSD) denunciou os subsídios de Natal pagos nos museus depois de 25 de Dezembro e o estado "lamentável" dos mes- mos. Falou da igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja, que demorou quatro anos a restaurar para estar encerrada. Pedro Mota Soares (CDS) falou no Acordo Ortográfico, no entendimento diferente que o ministro tem de Isabel Pires de Lima e dos problemas da Opart.

José Soeiro (BE) disse ao ministro que a frase já conhecida na tomada de posse - "fazer com imaginação, inteligência e rigor" - ainda o iria "perseguir" até ao final do seu mandato.

DN, 20-3-2008
 
Ministério terá verbas para Dia dos Museus

PAULA LOBO

Os Instituto dos Museus e da Conservação (IMC) vai disponibilizar verbas para as comemorações do Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, mas o montante está "ainda a ser definido" com o Ministério da Cultura, disse ao DN o director daquele organismo, Manuel Bairrão Oleiro.

"Com certeza que o 18 de Maio será comemorado, pode é ser mais limitado em função das parcerias e da disponibilidade financeira do IMC", afirmou. Recentemente, numa carta enviada ao novo ministro e subscrita por 28 directores de museus e palácios nacionais, alertou-se para o risco de se suspenderem as actividades, por falta de verbas.

Segundo o director do IMC, o instituto "ainda está a utilizar dinheiro de receitas próprias" para fazer face às despesas correntes dos museus. Ou seja, ainda não recebeu a dotação para funcionamento: 1,3 milhões de euros para o IMC, 13,5 milhões de euros para os museus e palácios. Mas Bairrão Oleiro desvaloriza o atraso e recorda que a questão "envolve também o Ministério das Finanças".

Confrontado com as declarações proferidas quarta-feira pela deputada do PSD Zita Seabra, na interpelação parlamentar ao ministro da Cultura, Bairrão Oleiro negou que tivesse havido atrasos no "pagamento de subsídios de Natal ou ordenados" nos museus tutelados pelos IMC.

"Isso não corresponde à realidade", garantiu, embora reconheça as "dificuldades recorrentes" de orçamentos e de pessoal - em virtude do "número significativo de pessoas aposentadas e não foram substituídas" e da "falta de guardas".

O recurso a reformados para visitas guiadas - defendido na Comissão de Cultura pelo ministro Pinto Ribeiro - é possível, mas "é mesmo necessário contratar pessoal permanente", admitiu Bairrão Oleiro. Quanto às intervenções urgentes, adiantou ao DN que serão candidatas a verbas do QREN de 2009 as obras nos museus de Miranda, Nazaré e Lamego, "um processo que não chegou a ser iniciado pela anterior ministra".

DN, 21-3-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?