22 maio, 2007

 

22 de Maio


Dia nacional da luta contra a obesidade


http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade

http://www.obesidade.online.pt/
http://www.adexo.pt/
http://www.speo-obesidade.pt/

Solução:

http://www.spco.pt/
http://obesidade.com.sapo.pt/

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=873926&sec=3
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=265166&idselect=10&idCanal=10&p=200

http://www.registodopeso.net/

http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/Comunicacao/Intervencoes/20071211_MS_Int_Obesidade.htm

Comments:
Ministro da Saúde quer todos os ministérios no combate à obesidade infantil

16.05.2005 - Lusa

O ministro da Saúde defendeu hoje o envolvimento de todos os ministérios no combate à obesidade infantil, por considerar que este é um problema em que toda a sociedade deve estar empenhada. Portugal é o segundo país europeu com maior taxa de prevalência de obesidade infantil.

Correia de Campos falava aos jornalistas no final da sessão de abertura do seminário "Obesidade Infantil: uma nova epidemia", que decorre em Lisboa. O encontro, organizado pela associação portuguesa para a defesa do consumidor (DECO), pretende retratar a obesidade infantil através de contributos de especialistas nacionais e internacionais.

Para Correia de Campos, que presidiu à sessão de abertura do seminário, a obesidade infantil "é um problema que deve envolver todos os ministérios, tendo em conta as suas múltiplas causas".

"A Saúde enquanto pasta deve empenhar-se na resolução deste problema mas também a Educação, a Indústria, o Comércio e a Economia", defendeu.

O ministro considerou também que o Plano Nacional de Saúde - que está definido até 2010 - é o instrumento privilegiado do sector da Saúde para dar resposta à obesidade infantil.

Correia de Campos disse que uma das principais prioridades no combate à obesidade infantil passa por identificar a origem deste problema, sabendo, nomeadamente, o porquê de as crianças portuguesas estarem com excesso de peso.

Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso, tendo mais de 30 por cento dos menores com idades entre os sete e os 11 anos com excesso de peso e obesidade.

Em 2004, existiam na Europa 14 milhões de crianças em idade escolar com excesso de peso. Três milhões eram obesas.
 
99% das crianças tomam pequeno-almoço errado

DIANA MENDES

Depois de acordar, quase todas as crianças tomam pequeno-almoço. A notícia seria boa se as escolhas não recaíssem sobre bolachas, batatas fritas e bolos. Segundo um estudo, só uma em 27 500 crianças cumpre as regras de nutrição e não acrescenta açúcar a alimentos que já o têm em excesso. Estes erros ajudam a explicar o facto de uma em três crianças portuguesas sofrer de obesidade.

"A escolha não é da criança. É de quem lhe dá o pequeno-almoço", disse ao DN Fernanda Mesquita, nutricionista e coordenadora do estudo do Gabinete de Investigação em Nutrição do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, que é hoje apresentado. A maior parte das crianças (93%) toma a refeição em casa. Aí as escolhas são dos pais, mas parte do problema está "nas cantinas das escolas, que vendem tudo, até leite com chocolate. Houve uma escola que disse que não podia mudar a oferta porque a concessão era mais barata", lamentou.

O estudo realizado no âmbito do projecto Bom Dia Planta, que envolveu 27500 crianças entre os 6 e os dez anos em Portugal, permitiu concluir que apenas 12,4% das crianças fazem um pequeno-almoço com produtos saudáveis, mas não inteiramente. "As crianças nunca deviam comer alimentos com açúcar. É um escândalo, por isso temos tantos diabéticos. O açúcar que os alimentos têm é suficiente, mas elas põem-no no leite, iogurtes e até no leite com chocolate", frisa.

Outro erro comum é o excesso de horas em jejum. Quase 85% das crianças passa pelo menos onze horas sem comer, desde a última refeição até ao pequeno-almoço. "As crianças não devem passar mais de oito horas sem comer. É mau para o cérebro, porque ao fim desse período começa a consumir glucose dos músculos", explica, realçando que um copo de leite antes de dormir é uma solução simples.

Numa refeição que deve englobar 20 a 25% das calorias diárias, as escolhas passam pelas bolachas (57%), batatas fritas (11%) e pelos bolos (27%), quando o mais correcto é comer "pão com creme de barrar vegetal, fiambre ou queijo, leite, fruta, iogurtes". Os cereais são uma má opção, com excepção da aveia, "porque têm muita gordura e açúcar". O estudo feito em todo o País, permitiu concluir que, "em Lisboa, as escolhas são melhores, porque há mais programas de educação e informação".

DN, 29-5-2007
 
UE ameaça proibir anúncios a 'fast-food'

ELSA COSTA E SILVA

Se a indústria alimentar não deixar voluntariamente de publicitar comida não saudável para crianças, a Comissão Europeia "não terá outra alternativa senão adoptar legislação restritiva". A afirmação é de Markos Kyprianou, comissário europeu para a Saúde, que, em entrevista ao DN, explica que a prioridade actual, tendo em conta a política de combate à obesidade infantil, é ainda tentar um "compromisso voluntário" com os produtores.

O problema, explica o responsável europeu, é que "as pessoas não vivem hoje em bolas de segurança onde as possamos proteger". Por isso, e tendo em conta que existe a Internet e a televisão por satélite, "adoptámos como abordagem tentar que a indústria voluntariamente pare de anunciar comidas não saudáveis para crianças pequenas", como a fast-food. O compromisso ainda não foi alcançado, mas os produtores "sabem que, se fizerem isso, não teremos outra alternativa senão adoptar legislação restritiva no futuro".

Outra matéria importante para o comissário europeu da Saúde é "formar e educar pais para que saibam dizer 'não' aos filhos". A proposta comunitária de combate à obesidade infantil - uma realidade com "números preocupantes na Europa, onde há 21 milhões de crianças obesas ou com excesso de peso" - passa por uma combinação de estratégias. Para além da formação e do controlo da publicidade, Markos Kyprianou quer ainda uma "nova formulação de produtos, de forma a termos ofertas saborosas e também mais saudáveis".

E, para que o consumidor saiba o que está comprar nessa matéria, uma nova legislação, para ser publicada ainda durante a Presidência Portuguesa da União Europeia, vai tornar os rótulos dos produtos mais legíveis e simples de entender. Outra questão que está em cima da mesma é a possibilidade de tornar obrigatória a informação nutricional, nomeadamente a indicação de qual o valor calórico e teores de açúcares e gorduras. O comissário recorda que, em Julho, entra em vigor a obrigação de os produtores provaram primeiro que determinado produto tem alguma vantagem em termos de saúde antes de o publicitarem.

No que diz respeito à obesidade infantil, que todos os anos afecta em toda a Europa mais 200 mil crianças, há ainda que mudar os hábitos: "Temos de introduzir o exercício físico nas escolas de uma forma mais activa e através de jogos divertidos", garante Markos Kyprianou. Esta é apenas uma recomendação, já que a matéria é da competência dos Es- tados membros, mas o comissário alerta para o problema actual: "O exercício não pode ser uma obrigação. O que acontece agora é que as crianças que mais precisam são as que tudo fazem para evitá-lo porque se sentem envergonhadas e não conseguem competir com os outros", conclui.

DN, 18-6-2007
 
Coração sofre com barriga grande

Investigadores da Universidade do Texas afirmam que cinturas demasiado largas, quando comparadas com o tamanho das ancas, estão na base de uma maior propensão para doenças cardíacas em idades precoces. Este estudo vem confirmar outro anterior que já referia que barrigas salientes ou demasiado largas eram um indicador-chave para estudar doenças cardíacas, contando mais do que o peso geral.

O estudo envolveu 2744 pessoas e sugere que uma cintura superior a 81 centímetros, no caso das mulheres, ou de 94 centímetros, no caso dos homens, representa um "significativo" aumento do risco de doença. Os cientistas usaram radiologia para descobrir sinais precoces de arteriosclerose, um dos problemas que mais consistentemente antecede doenças cardíacas graves. Descobriram que alguns centímetros a mais na cintura, mesmo que o peso corporal se mantenha dentro dos padrões normais, aumenta o referido risco. As pessoas que tinham proporções mais desajustadas entre as ancas e a cintura eram as que apresentavam depósitos calcários mais acentuados, um sinal de arteriosclerose.

Mesmo quando outros factores de risco estavam presentes, tais como pressão arterial elevada, diabetes ou idade avançada, a ligação com a largura da cintura continuava a ser visível.

DN, 15-8-2007
 
Excesso de peso pode ter origem em vírus comum

SUSANA SALVADOR

Uma equipa de cientistas norte-americana veio dar uma nova leitura à ideia de que a obesidade é a epidemia do século XXI, ao mostrar que o excesso de peso pode ser provocado por um vírus comum e, em última análise, ser contagioso. O adenovírus-36 (Ad-36), responsável por infecções respiratórias e conjuntivites, consegue transformar células estaminais humanas em gordura, concluiu a investigação laboratorial da Universidade de Luisiana.

"Não estamos a dizer que um vírus é a única causa da obesidade, mas este estudo dá-nos provas sólidas de que alguns casos de obesidade podem envolver infecções virais", afirmou a responsável pela investigação, Magdalena Pasarica, apresentada no encontro anual da Sociedade Americana de Química. "Nem todas as pessoas infectadas vão tornar-se obesas", acrescentou.

O Ad-36 já tinha sido apontado como o culpado do aumento de peso em animais e uma investigação anterior da mesma equipa da Universidade de Luisiana tinha mostrado que a prevalência do Ad-36 em obesos é maior que em pessoas com peso normal: 30% dos primeiros tinham-no, contra apenas 11% dos outros. "Gostaríamos de identificar os factores que predispõem alguns obesos a desenvolver o vírus e, talvez, encontrar uma forma de os tratar", afirmou.

Os investigadores usaram as células estaminais - que podem transformar-se em qualquer célula do corpo humano - de tecido gordo de homens e mulheres que se submeteram a uma lipoaspiração. Metade destas células foram expostas ao Ad-36 e, uma semana depois, os cientistas verificaram que se tinham transformado em células de gordura, ao contrário do que aconteceu com as amostras que não tinham sido infectadas.

O estudo laboratorial permitiu também perceber que quanto maior é a quantidade de vírus introduzido, maior é o aumento da gordura. "Mais, estas células acumulam lípidos mais rapidamente", afirmou Pasarica. Os cientistas identificaram o gene específico dentro do Ad-36 que parece ser responsável pelo aumento da produção de gordura, o que poderá servir de base a futuras terapias antiobesidade, com uma vacina ou tratamento anti-retroviral.

O excesso de peso é uma verdadeira epidemia. Segundo os números mais recentes, 53,4% dos portugueses têm peso a mais. Destes, 13% são considerados obesos. A situação nas crianças é também assustadora: 30% dos menores portugueses apresentam excesso de peso, 10% dos quais são obesos. Para evitar fazer parte destes números, a melhor solução passa por uma boa alimentação e a prática de exercício físico.

DN, 23-8-2007
 
Gordura pode ter origem viral

O adenovírus-36 (AD36), um vírus bastante comum,
conhecido por causar infecções respiratórias, pode também
estar relacionado com a obesidade. A conclusão é de um
estudo da Universidade do Louisiana, nos Estados Unidos.
A investigação aponta para a possibilidade de a obesidade
poder ser contagiosa e, por isso, também poder ser combatida
através de uma vacina ou tratamento antiviral.
Até agora, sabia-se que, quando se introduz no organismo, o
AD36 pode causar infecções respiratórias, gastroenterites e
conjuntivites, assim como outros problemas de menor gravidade
e duração.
Os novos dados obtidos mostram que este mesmo vírus também
pode transformar as células principais do tecido adiposo
em células de gordura. Foi ainda identificado um gene específico
(E4Orfl) presente no adenovírus que parece estar na
origem deste efeito.
Em declarações à imprensa norte-americana, Magdalena
Pasarica, uma das investigadoras, esclareceu: “Não garantimos
que um vírus seja a única causa da obesidade, nem que
todas as pessoas infectadas engordam, mas o nosso estudo
dá-nos uma prova sólida de que alguns casos estão relacionados
com as infecções virais”.
Esta não é, de resto, uma ideia nova. Investigações anteriores
já tinham associado o adenovírus à obesidade em animais,
demonstrando que frangos e ratos infectados com o
AD36 engordavam e duplicavam a sua camada de gordura.
Nesta nova investigação foram usadas células estaminais
adultas de tecido de gordura de pessoas submetidas a uma
lipoaspiração. Metade destas células foram expostas ao vírus
e, após uma semana, a maioria converteu-se em células de
gordura.
Os cientistas estimam que até 30% das pessoas obesas e 11%
de indivíduos magros possam estar infectados com o AD-36,
pelo que o passo seguinte dos investigadores será identificar
quais os factores que levam algumas pessoas a ganhar peso.

RRP1, 22-8-2007
 
Obesidade aumenta casos de cancro

Investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicaram um estudo de grandes dimensões que mostra existir uma ligação entre a obesidade das mulheres e a possibilidade destas desenvolverem cancro. O trabalho, liderado por Gillian Reeves, aponta para que o excesso de peso produza 5% dos casos de cancro no país.

Um estudo internacional, publicado na semana passada, chegou a uma conclusão semelhante.

"Estimamos que ter peso a mais ou ser obesa representa cerca de seis mil dos novos 120 mil casos de cancro entre mulheres de meia idade ou mais idosas no Reino Unido", explicou Reeves, citado pela BBC. Este número, adiantou o investigador, não está distribuído de forma uniforme. Dois terços dos novos casos de cancro ligados à obesidade são do útero ou da mama.

Outra constatação é de que o excesso de peso não basta, mas este está também ligado à idade da mulher. Por exemplo, o risco de cancro da mama surge com ligação à obesidade apenas depois da menopausa. Segundo uma investigadora de cancro, Sara Hiom, "muitas pessoas associam o excesso de peso ao risco geral de saúde, mas não fazem uma ligação específica ao cancro".

O estudo foi publicado pela Associação Médica Britânica e debruçou-se sobre os casos de 45 mil pacientes, num total de um milhão de mulheres britânicas.

Na semana passada, tinha sido publicado um estudo internacional com conclusões semelhantes. Entre os cancros potencialmente ligados ao excesso de peso contam-se o do útero, esófago, fígado e ovários, além de leucemia e cancro do pâncreas, entre outros.

O problema da obesidade atinge 23% das mulheres britânicas, sendo que mais de um terço das inglesas (34%) têm peso a mais.

DN, 8-11-2007
 
Peso a mais pode reduzir risco de algumas doenças

Um estudo norte-americano concluiu que algum peso em excesso reduz o risco de morrer devido a certas doenças crónicas ou a alguns cancros. Contudo, os especialistas alertam: alguns quilos a mais não é sinónimo de obesidade, uma doença que tem várias outras associadas.

De acordo com a investigação do Centro para o Controlo e Prevenção das Doenças dos Estados Unidos, publicada na revista Journal of the American Medical Association (JAMA), alguns quilos a mais parecem proteger de cancros como os pulmões, pele ou linfomas. E dão ainda uma protecção extra em caso de infecções respiratórias ou doenças crónicas, porque fornecem uma reserva de energia. O mesmo acontece nas recuperações de cirurgias.

São boas notícias, mas os especialistas sublinham que estas conclusões não mudam outro facto: a obesidade, considerada a epidemia do século XXI, continua a estar na origem de problemas cardiovasculares, diabetes e outras doenças.

DN, 10-11-2007
 
Entrevista a João Breda (coordenador da Plataforma Contra a Obesidade): "Há muita literatura que arrasa o peso a mais"

FILOMENA NAVES

Uns quilos a mais podem mesmo fazer bem à saúde, como diz um novo estudo americano?

À partida, e como diz a própria definição, que é definida pelo índice de massa corporal (IMC), o excesso de peso está mais relacionado com uma série de doenças crónicas. Há uma literatura científica arrasadora que mostra que ter excesso de peso é mau para a saúde.

Então o excesso de peso é sempre nocivo para saúde.

Excesso de peso é peso a mais. Consideramos sobrepeso quando o IMC está entre 25 e 30 e obesidade quando ele é superior a 30. Ambos são excesso de peso e isso é mau para a saúde, não há nenhuma dúvida sobre isso. Depois, há algumas nuances. Um atleta pode ter excesso de peso pelo IMC e não ter gordura, e há tipos de gordura que são mais nocivas que outras.

Como encara então um estudo como este?

Temos de ter algumas reservas sobre ele. Não o conheço, mas o estudo é publicado numa boa revista (o Journal of the American Medical Association, JAMA) e, portanto, acredito que esteja bem feito. Mas não podemos tirar conclusões assim demasiado rapidamente. Temos centenas, milhares de estudos que demonstram que a obesidade está associada a várias doenças crónicas, mortalidade precoce e perda de anos com qualidade de vida.

Os dados foram recebidos com alguma polémica na comunidade internacional...

Nós também lhe colocamos sérias reservas. Sabe-se, por exemplo, que uma pessoa que tem excesso de peso, quando perde peso - e não são precisos muitos quilogramas - ganha logo imenso em termos de saúde: na tensão arterial, nos riscos de enfarte do miocárdio ou de um AVC (acidente vascular cerebral). Não é com base num estudo, por muito bom que ele seja, que vamos alterar a nossa actual visão sobre esta questão.

Isto pode ter um efeito contraproducente em termos de mensagem sobre as consequências do excesso de peso?

Pode, claro, mas um estudo como este também agita as águas e vai estimular mais estudos. E isso é bom. O nosso trabalho na Plataforma passa sobretudo pela prevenção. Isto não atrapalha o nosso trabalho.

E para os portugueses, qual é a mensagem?

A que já era. Uma das prioridades é reduzir a prevalência do excesso do excesso de peso, designadamente no que respeita à obesidade infantil. Um terço das crianças portuguesas têm excesso de peso. Nos adolescentes, é um quarto.

DN, 11-11-2007
 
Obesos passam a ter
ajuda por telefone

A linha Saúde 24 passa a ter, a partir de hoje, um
serviço de aconselhamento sobre obesidade. O serviço começa
experimentalmente e está disponível através do número
808 24 24 24.
Se pensa que poderá ter uns quilos a mais ou um problema de
obesidade, tome atenção, pois há quem o possa ajudar. A
linha Saúde 24 pode aconselhá-lo e até dar encaminhamento,
dependendo da região do país.
“Podemos dar indicação sobre, por exemplo, como medir
eficazmente o seu perímetro abdominal e depois, com base
nisso, ver o nível de risco em que estão”, explica João Breda,
coordenador da Plataforma contra a Obesidade, segundo o
qual há muitos casos em que simples mudanças no comportamento
podem mudar a vida de uma pessoa.
O objectivo é “actuar na obesidade infantil e nas pessoas que
têm alguns quilos a mais, não sendo ainda obesas”, adianta o
responsável, que quer que estes portugueses tenham uma
ajuda mais eficaz dentro do Sistema Nacional de Saúde.
Entre as crianças, a obesidade é já uma preocupação nacional.
A Associação Portuguesa de Nutricionistas acusa a maioria
das empresas que organizam festas para crianças de servirem
alimentos poucos saudáveis.
No geral, a obesidade infantil está intimamente ligada aos
maus hábitos alimentares, horários de alimentação desadequados
e à falta de exercício físico. Se não for tratado, o
problema pode trazer consequências graves no futuro. Em
Portugal, estima-se que cerca de 30% das crianças dos sete
aos nove anos tenham excesso de peso. Destas, 11% são obesas.

RRP1, 2-1-2008
 
Portugueses têm peso a mais

Mais de metade
dos portugueses tem
excesso de peso, uma
realidade que afecta mais
homens que mulheres, - a
conclusão consta de um
estudo nacional apresentado
hoje.
A tendência para o excesso de peso em indivíduos entre os 18
e os 64 anos tem vindo a aumentar, divulga esta investigação
sobre a prevalência de excesso de peso e obesidade na população
portuguesa entre 2003 e 2005.
Os dados recolhidos indicam que, entre a população masculina
dos 18 aos 64 anos, 60,2% tem peso a mais. Nas mulheres
a percentagem é de 47,8%. Uma tendência que contraria o
cenário de outros países, onde, por norma, são as mulheres
as mais afectadas.
Numa comparação com o inquérito anterior, referente a
1995-1998, o excesso de peso/obesidade na população portuguesa
aumentou quatro pontos percentuais, passando de 49,6
para 53,6%.
O aumento justifica-se com uma maior alimentação hipercalórica
(gorduras e açucares simples) e menor actividade física.
O estudo nacional mostrou ainda que a prevalência da obesidade
é mais significativa entre os indivíduos casados ou em
união de facto (17,8%).
Da totalidade da amostra, 44,2% apresentava peso normal,
2,2% baixo peso, 39,4% excesso de peso e 14,2% obesidade.
Comparando com outros países europeus, Portugal apresenta
taxas de excesso de peso/obesidade semelhantes à Espanha,
mas superiores à Holanda, França e Suécia.

RRP1, 25-1-2008
 
Maioria dos obesos não se trata

Nove em cada dez portugueses com excesso de peso ou obesos não são tratados, correndo um risco elevado
de problemas cardiovasculares.
Os dados são do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde e revelam que apenas 38% dos doentes com obesidade grave recorrem a ajuda médica.
Os números que não surpreendem Jácome de Castro, endocrinologista
do Hospital Militar de Lisboa, para quem a obesidade ainda não é olhada como uma doença.
“Grande parte das pessoas ainda não procura os médicos pela
obesidade. É muito frequente vermos doentes que nos procuram
por doenças da diabetes, da tiróide, da supra-renal, e que têm obesidade, mas para eles não é um problema”, descreve, sublinhando que “há médicos, tal como há doentes, que não estão ainda verdadeiramente sensibilizados para
este problema”, diz o médico.
Jácome de Castro defende, por isso, que há que fazer “uma
ponte para pensar que a obesidade é uma doença crónica e perigosa”.
O excesso de peso, alerta o especialista, “condiciona o aparecimento da diabetes, da hipertensão, do colesterol alto,
faz aumentar o risco do enfarte do miocárdio, aumenta as mortes por doença cardíaca e aumenta as mortes por acidente vascular cerebral”.

RRP1, 5-3-2008
 
Portugueses caminham pouco

Andar a pé faz bem, mas nem por isso está nas preferências dos portugueses, que são os que menos “caminham“ na Europa.
Os dados constam de um estudo da Agência Europeia do Ambiente, segundo o qual Portugal é também o país europeu onde menos se anda de bicicleta.
Em média, um português caminha, por ano, 342 quilómetros,
enquanto os luxemburgueses, recordistas das caminhadas,
andam 457 quilómetros por ano.
De bicicleta, a história repete-se, com Portugal a ocupar o
terceiro pior lugar, correspondente a 29 quilómetros por pessoa por ano. Os “camisolas amarelas” são a Dinamarca (936
quilómetros) e a Holanda (848 quilómetros).
As desculpas para o comportamento dos portugueses são muitas,
mas os obstáculos também. Susana Fonseca, da organização
ambientalista Quercus, diz que as políticas de ordenamento do território deveriam levar em consideração a proximidade
dos vários serviços, de modo a levar as pessoas a deslocarem-se a pé.
“Há tarefas que temos de cumprir no nosso dia-a-dia que convém que as consigamos fazer relativamente próximo, sem haver grandes deslocações”, defende, sugerindo que as escolas e os locais de emprego, por exemplo, não sejam muito longe dos locais onde as pessoas habitam.
Além disso, a sindicalista considera importante criar
“espaços mais agradáveis para andar a pé” nas cidades.

RRP1, 5-3-2008
 
Portugal é o país da UE onde menos se anda a pé

Portugal é o país da Europa onde menos se anda a pé, percorrendo cada português, em média, por ano, 342 quilómetros, segundo um estudo da Agência Europeia do Ambiente, citado pela organização ambientalista portuguesa Quercus.

«Portugal apresenta o quinto pior resultado da Europa dos 27 no que diz respeito ao aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE) associadas ao sector do transporte, com um aumento de 96 por cento (entre 1990 e 2005), só ultrapassado por países como a República Checa, Chipre, Irlanda e Luxemburgo», adianta a Quercus, citando o mesmo relatório.

Os luxemburgueses são quem mais anda a pé (457km), sendo que os europeus, em média, andam 382 quilómetros por ano.

«Quanto ao uso da bicicleta, Portugal ocupa o terceiro pior lugar com uma média baixíssima de apenas 29 quilómetros por pessoa/ano, ao passo que nos países que apresentam melhores resultados neste indicador, os seus cidadãos usam a bicicleta para percorrer, em média, 936 quilómetros (Dinamarca) ou 848 quilómetros (Holanda). A média comunitária é de 188 quilómetros por pessoa/ano», refere a organização ambientalista.

Diário Digital, 5-3-2008
 
Nove em cada dez portugueses com peso a mais não são tratados

DIANA MENDES

Nove em cada dez portugueses com excesso de peso ou obesidade não estão a ser tratados ou aconselhados por profissionais de saúde, correndo risco elevado de problemas cardiovasculares. "Muitas vezes, os doentes só vão ao médico quando já têm complicações. Noutros casos, não são acompanhados devidamente pelos médicos", diz o endocrinologista Jácome de Castro.

O trabalho desenvolvido pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, em parceria com a Abbott, alerta para a ausência de tratamento adequado entre os portugueses com peso a mais, neste caso 53,6% da população entre os 18 e os 64 anos.

Cerca de 88% dos inquiridos, com índice de massa corporal (IMC) acima de 25 (acima de 30 é considerado obesidade) disseram não ter apoio profissional. Só os doentes com obesidade grave procuravam ajuda (38% contra 7,8% dos casos menos graves), sobretudo junto do médico de família. "Este era o cenário que não queríamos encontrar, mas temíamos que existisse", diz o endocrinologista do Hospital Militar de Lisboa.

O problema da obesidade ainda não é visto como uma doença, à semelhança da diabetes ou da hipertensão arterial. "É o parente pobre destas doenças, quando é o círculo do meio, o denominador comum de muitos casos destas doenças", alerta. Estudos anteriores já provaram a ligação destes problemas. Os homens obesos têm o dobro da incidência de hipertensão, e níveis de triglicéridos e colesterol três vezes superiores aos que têm peso normal. Nas mulheres, o panorama é igualmente grave. "O excesso de peso acarreta um aumento enorme do risco de diabetes, colesterol alto, hipertensão e problemas cardiovasculares como o AVC ou enfarte. Por isso, as pessoas deviam ser tratadas precocemente", avisa o médico. Uma das soluções passa por "medicar bem cedo as pessoas com peso elevado, antes de se tornarem obesas ou obesas mórbidas".

O estudo refere que apenas 5,6% dos doentes toma medicamentos para o problema, uma percentagem demasiado baixa. "Os fármacos não são comparticipados. Mesmo com a redução do preço continuam a custar 40 euros por mês. Não tenho dúvida de que poucas pessoas os tomem por influência do preço." Se Portugal seguisse o exemplo de muitos países europeus, que comparticipam esta medicação a 100%, teria outros ganhos ligados à redução de tratamentos das patologias associadas à obesidade. "Basta uma pequena redução do peso para haver um grande impacto na redução de casos de outras patologias", lembra Jácome de Castro.

O estudo feito em 79 farmácias do País e que envolveu quase mil inquiridos, concluiu que apenas um terço sabia o que era o índice de massa corporal (relação peso/altura). |

DN, 5-3-2008
 
Portugueses são os europeus que menos andam a pé

RITA CARVALHO

Cada português anda menos de um quilómetro a pé por dia. A distância percorrida por ano por cada um fica--se pelos 342 quilómetros, contrastando com os 457 dos luxemburgueses e os 382 da média europeia. Por cá, hábitos saudáveis e ecológicos, como andar a pé ou de bicicleta, ainda são raras excepções.

As conclusões são do último relatório da Agência Europeia do Ambiente, que coloca Portugal como o país onde menos se anda a pé ou se usa a bicicleta como transporte. Enquanto os outros europeus percorrem em média 188 quilómetros por ano de bicicleta, os portugueses não chegam aos 30.

Pelo contrário, continuamos a optar pelo transporte individual, preferindo levar o carro para o trabalho em vez de irmos de comboio, autocarro ou metro. Comparando o uso do automóvel em 1990 com 2004, concluímos que subiu dos 54,6% para os 68,7%. No mesmo período, usámos menos o comboio e o autocarro.

As consequências destes hábitos reflectem-se na saúde e no ambiente. E, em última instância, na carteira. Quanto mais longe ficarmos das metas fixadas no Protocolo de Quioto de redução das emissões de CO2, maior será a factura a pagar.

O relatório da Comissão Europeia (CE) mostra que, em matéria de poluição proveniente do sector dos transportes, apresentamos o quinto pior desempenho dos 27. Apesar de reconhecer o esforço dos países no uso de biocombustíveis, carros eficientes e na utilização dos transportes públicos, a CE admite que as medidas não estão a ser suficientes para inverter as tendências.

DN, 6-3-2008
 
Consulta de obesidade pára em vários hospitais

DIANA MENDES

Doentes vão poder ser operados em hospital à escolha

As consultas para tratamento da obesidade estão paradas em vários hospitais do País. De acordo com Carlos Oliveira, presidente da Associação de Doentes Obesos e ex-obesos de Portugal (ADEXO), "os hospitais estão a parar de fazer consultas para controlar as listas de espera para a cirurgia", evitando a emissão dos vales--cirurgia. Esta solução, encontrada pelas administrações hospitalares, permite ainda cortar custos, uma vez que o "Estado ainda não está a pagar às unidades por esta cirurgia".

O responsável deu o exemplo do Hospital de São José, que parou a consulta até conseguir dar resposta às solicitações. O mesmo acontece com o Hospital do Barlavento Algarvio, Guarda, Almada e Santo António. "Em Faro, estão a efectuar-se cirurgias sem preparação e seguimento dos doentes", nomeadamente a nível de nutrição, ou psicologia", condições que têm de ser cumpridas de acordo com os critérios definidos pela Direcção-Geral da Saúde.

No final de 2007, estavam em lista de espera por esta intervenção 2240 doentes. A lista de inscritos caiu ligeiramente, mas o tempo de espera era de 14 meses, mais 3,3 do que em 2006, de acordo com dados do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC). Este é um dos muitos enviesamentos referidos por Carlos Oliveira. O pro- blema disto é que "há muitas outras pessoas que podiam ser tratadas sem cirurgia e que estão a ser prejudicadas", refere.

A ausência de uma tabela de pagamento aos hospitais por esta cirurgia também não tem ajudado, apesar de se falar nisso há anos. "Para tratar a obesidade é necessário haver equipas multidisciplinares. Temos de ter psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas, anestesistas, entre outros médicos, a tratar as pessoas. E os hospitais não querem assumir esse custo", denuncia.

Unidades vão fechar

Tanto Carlos Oliveira como Alberto Galvão-Teles, coordenador da Comissão Nacional de Avaliação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade, estão de acordo no facto de as cirurgias não estarem a seguir as melhores práticas. "Há equipas sem preparação e sem as condições técnicas exigidas", diz Carlos Oliveira, membro consultivo da comissão. Galvão-Teles pretende que a cirurgia só venha a ser feita nos "bons centros, por isso, as condições vão ser legisladas".

O médico diz que há dezenas (incluindo privados) a fazer a cirurgia, mas admite "que muitos possam fechar. Temos de garantir que os cirurgiões façam pelo menos 25 operações/ano. A mortalidade e a morbilidade sobem se não houver prática. Há hospitais que fazem dois ou três por ano!" No caso da cirurgia de bypass, a mortalidade atinge 4% a 5%.

Em breve haverá novidades quanto às regras e financiamento das operações, com "pacotes diferentes por tipo de cirurgia. Galvão-Teles diz que os doentes "vão ser acompanhados por médicos de família e poderão escolher o hospital onde vão ser operados.

DN, 30-3-2008
 
Pode a matemática prever a hipótese de se ser obeso?

Resultados variam consoante o modelo matemático aplicado

Somos o que comemos. À força de tanto repetido, o dito ganhou força de verdade científica. Mas a matemática vem agora dizer que talvez não seja bem assim. Uma investigação feita com base na chamada teoria dos sistemas dinâmicos vem mostrar que dois irmãos gémeos idênticos com estilos de vida perfeitamente iguais podem ter diferentes pesos e quantidades de gordura corporal diversa.

O estudo foi conduzido por dois investigadores do Nacional Institutes of Health (NIH) e os resultados, que são apresentados na última edição do jornal científico PLoS Computacional Biology (publicado pela Sociedade Internacional de Biologia Computacional, com acesso online gratuito em www.ploscompbiol.org), mais que uma certeza, lançam a dúvida sobre a ideia consensualmente aceite de que os hábitos alimentares e a prática de actividade física são factores soberanos na diferenciação da massa corporal e do peso de cada indivíduo.

O estudo demonstra que, seguindo uma determinada classe de equações, o modelo apresenta um número infinito de diferentes resultados de peso e gordura, ainda que os imputs de alimento e os outputs de energia sejam rigorosamente os mesmos. Dito de outro modo, este modelo matemático diz que mesmo entre gémeos idênticos que copiem mutuamente os seus comportamentos diários, ingerindo a mesma quantidade e qualidade de alimentos e despendendo depois o mesmo tipo de energia, há variáveis por determinar que influenciam decisivamente a compleição física de cada um.

O problema começa quando, no mesmo estudo, se mostra que, considerado outra classe de equações, as variáveis alimentação e actividade física são as únicas que conseguem diferenciar o resultado final do modelo.

O mesmo é dizer que estamos perante a abstracção de um modelo matemático que carece agora de experimentação que possa afinar resultados e dissipar dúvidas. Tudo para responder à questão de base enunciada por este estudo, perante o cenário de proporções epidémicas traçado pelos actuais números da obesidade: quais os factores determinantes sobre o peso corporal e a sua estabilidade? Em concreto, estes investigadores pretendem determinar se um tratamento de obesidade deve ser aplicado repetidamente ao longo da vida a um sujeito de risco, ou se basta que a intervenção se mantenha apenas até que um determinado objectivo de redução de massa corporal seja atingido. Como exemplo, o estudo coloca a questão sobre se a perda de gordura através de liposucção é ou não permanente. E é neste tipo de conclusões que os modelos matemáticos se contradizem: pelo primeiro, uma intervenção do género produzirá resultados permanente; pelo segundo, conclui-se que o corpo acabará por voltar à forma inicial.

DN, 31-3-2008
 
Portugal, o país das dietas…

Mais de metade das portuguesas estão em dieta permanente, apesar de quase 30% delas terem o peso ideal.
Muitas recorrem a suplementos alimentares, um negócio que só no último ano vendeu quase 850 mil unidades.
Apesar de não existir ainda uma investigação a nível nacional
sobre os comportamentos que os portugueses adoptam para perder os quilos indesejados, estudos parciais mostram que "mais de metade das mulheres estão a tentar manter ou perder peso", revelou Pedro Teixeira, secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO).
Muitos entram no ciclo vicioso dos suplementos alimentares:
depois de experimentar um produto que não resultou, recorre-se ao mais novo suplemento à venda no mercado ou a um produto recomendado por um amigo. Segundo dados da consultora IMS Heatlh sobre suplementos para emagrecer, existem no mercado português "cerca de 80 marcas activas".
A mesma fonte adianta que os meses da Primavera são sinónimo de lucro para as empresas, atingindo uma média de 280 mil vendas trimestrais. Nos meses de Inverno, as vendas descem para os 180 mil unidades adquiridas trimestralmente.

Nenhum estudo mostra que suplementos resultem

Todos os estudos científicos realizados a suplementos alimentares para emagrecer; apesar do elevado número de vendas,
garantem que nenhum resulta, lembra o secretário-geral da
Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade.
Pedro Teixeira garante que não existe "nenhum suplemento no mercado para ajudar a emagrecer que seja útil, eficaz e seguro". O facto de não existir fiscalização sobre estes produtos leva a que não haja qualquer garantia de que "o que está dentro da embalagem corresponde ao que está descrito na rotulagem".
No ranking mundial dos países com maiores taxas de obesidade,
Portugal fica em 88º lugar numa tabela que avalia 194 países. Já no que toca ao excesso de peso, os portugueses estão em 73º lugar.

RRP1, 3-4-2008
 
Dormir pouco e ver
muita televisão engorda

As crianças que dormem menos de 12 horas e que vêem muita televisão têm maior tendência para ter peso
excessivo antes da idade escolar, conclui um estudo norteamericano.
“Esta é uma nova prova de que existe uma relação entre o sono e a obesidade, a qual pode afectar crianças de tenra idade”, concluem os cientistas da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, que publicaram o estudo hoje, na revista “Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine"
O estudo baseou-se em informações das mães sobre os hábitos dos seus filhos, bem como em medições directas do seu peso e estatura.
O efeito do pouco tempo de sono é reforçado pela televisão e o estudo permite determinar que as crianças que dormem menos e vêem muita televisão têm maiores probabilidades de ser obesos.
“Os dois comportamentos, independentes ou em combinação,
envolvem risco”, explicou Elsie Taveras, autora principal do estudo.
Os cientistas estudaram 915 crianças, das quais 586 dormiam
uma média de 12 horas ou mais por dia e 329 dormiam menos de 12 horas.
Entre as que dormiam mais de 12 horas a incidência de obesidade
era de 7% aos três anos de idade, mas entre as que dormiam menos era de 12%.
Quando considerada a permanência em frente à televisão durante duas ou mais horas diárias, a percentagem de obesos subiu para 17%.
De acordo com Elsie Taveras, “é possível que a explicação esteja no efeito que tem o sono ao nível hormonal”.
Em estudos anteriores, baseados em adultos, já se tinha concluído
que as pessoas privadas de sono produzem uma hormona que promove a sensação de fome e menos leptina, outra hormona que transmite a sensação de saciedade.
Por outro lado, ver muita televisão aumenta o risco de obesidade porque reduz o tempo de exercícios e a consequente
eliminação de calorias, além de que a televisão promove a
alimentação a horas irregulares, assim como a ingestão de comida rápida, segundo os cientistas.

RRP1, 8-4-2008
 
Governo não se mexe na aplicação de medidas

O presidente da ADEXO, a Associação de Doentes Obesos
e Ex-Obesos, acusa o Governo de, um ano depois
do anúncio, não ter posto em prática as medidas de
combate à obesidade.
A denúncia surge na véspera do Dia Nacional da Luta
contra a Obesidade com Carlos Oliveira a lembrar que
continua por lançar o concurso para os privados fazerem
cirurgias de colocação de bandas gástricas e que
não foram aumentados os valores a pagar pelo Serviço
Nacional de Saúde às clínicas privadas. Em síntese,
“nada foi feito ao nível dos investimentos, nem de
contratações, para dar resposta ao SIGIC”, o Sistema
Integrado de Gestão dos Inscritos para Cirurgia.
“O SNS paga aos hospitais públicos cerca de 4.800 euros
pela colocação de bandas gástricas e, na lista do
SIGIC, estava com um preço de 2.200/2.300 euros. Ora,
nenhuma entidade privada faz, por metade do preço,
esta operação”, garante o presidente da ADEXO.
Carlos Oliveira recorda que “aquilo que o Governo
anunciou há um ano foi que iria equilibrar esta lista
e colocar tudo ao mesmo preço, para que as privadas
fi zessem essas operações e reduzir efectivamente as
listas de espera. Isto foi dito há um ano e, até agora,
nada foi feito”.
Entretanto, a lista de espera para uma cirurgia à obesidade
está a aumentar. No fi nal de 2007, contava com
quase três mil doentes

RRP1, 23-5-2008
 
Preocupado com os crescentes casos de portugueses afectados por obesidade mórbida, o Governo anunciou, a 11 de Novembro último, que iria financiar a 100% as cirurgias de colocação de bandas gástricas.

Volvidos seis meses, tudo continua na mesma, não se passou nada - nem um único cidadão obeso viu a sua qualidade de vida melhorada ao abrigo da medida popular proclamada aos quatro ventos, mas que afinal não foi concretizado.

Este faltar à palavra dada é grave por dois motivos.

Em primeiro lugar, porque para a esmagadora maioria dos 2250 obesos que estão em lista de espera, a comparticipação parcial de 2900 euros é curta de mais para uma cirurgia que custa 8500 euros.

Em segundo lugar, porque o Executivo deveria ser uma pessoa de bem e a sua palavra valer ouro.

É por este caso e outros iguais a este que a credibilidade dos políticos está em baixa e que a taxa de abstenção nas eleições nacionais tem sido cada vez mais elevada.

O episódio da promessa aos obesos que não foi cumprida é um mau exemplo, que fica mal ao Governo e à Direcção-Geral da Saúde, no Dia Nacional Contra a Obesidade que se assinala amanhã. Uma falha que a Oposição se encarregará de juntar à manutenção das Scut a fazerem jus ao nome (ou seja, sem custos para o utilizador) e ao não aumento dos impostos, como promessas eleitorais não cumpridas.

DN, 23-5-2008
 
Governo não paga colocação de banda gástrica a 100%

PEDRO VILELA MARQUES

Obesidade custa cerca de 800 milhões de euros anuais ao Estado
Em seis meses, o Estado não pagou na totalidade qualquer banda gástrica. A Associação de Doentes Obesos acusa o Governo de desrespeitar a medida avançada no final do ano passado pelo director-geral da Saúde anunciando que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ia pagar na totalidade aquelas cirurgias realizadas em hospitais públicos.

Em 11 de Novembro de 2007, o Governo comprometeu-se a financiar os cerca de 4500 euros necessários para colocação das bandas em doentes que sofrem de obesidade mórbida, quase o dobro do montante que comparticipava até então - 2900 euros. De acordo com o presidente da Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO), precisamente seis meses depois do anúncio de Francisco George, continua tudo na mesma. "Desde então nada foi feito ao nível de investimentos ou contratações", reconhece Carlos Oliveira.

O presidente da ADEXO garante que o Estado continua a pagar apenas os 2900 euros que comparticipava até aqui. Ou seja, esta verba, "além de ser insuficiente para muitos dos cerca de 2250 pacientes em lista de espera para colocação de bandas gástricas realizarem a cirurgia, não atraiu um único hospital privado para fazer esta operação". Segundo Carlos Oliveira, ainda não foi aberto um único concurso para colocação dos anéis que visam reduzir o estômago dos obesos, "já que nenhuma entidade se interessa quando a comparticipação é apenas de 2900 euros, em vez dos 4500 anunciados, para uma cirurgia que custa cerca de 8500 nos privados, o que não pode ser suportado por ninguém que precisa de recorrer ao Serviço Nacional de Saúde".

Fica assim posto em causa o objectivo do Ministério da Saúde, divulgado no ano passado pelo então ministro da Saúde Correia de Campos, de permitir que "mais hospitais públicos e privados se interessem pela cirurgia através do aumento do financiamento da operação de colocação da banda gástrica". O DN questionou o director-geral da Saúde sobre as razões que travaram a medida até à data, mas Francisco George remeteu os esclarecimentos para Alberto Galvão--Teles, coordenador da Comissão Nacional de Avaliação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade, contacto que se revelou impossível até ao fecho da edição.

De acordo com dados do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), no final de 2007 estavam em lista de espera para esta intervenção 2240 doentes. Face a estes números, o SNS definiu os 14 meses como o tempo de espera para a realização de uma cirurgia de colocação de banda gástrica. Aquilo que Carlos Oliveira rotula de média adulterada. "O Governo pega nos tais cerca de 2240 pacientes e divide-os pelos 24 hospitais portugueses que diz estarem habilitados para fazer esta intervenção, o que dá esse tempo médio. Mas aquilo que devia ser feito era analisar caso a caso. A média devia ser feita por hospital, porque no caso de Faro há uma lista de espera de 280 pessoas e só foram realizadas 15 cirurgias num ano. Isto dá um tempo de espera de 17 anos", exemplifica o presidente da ADEXO, que adianta que no caso do Hospital de Santo António, no Porto, a lista de espera só diminuiu à custa de desistências dos doentes que procuraram outras instituições para fazer a operação.

Em Portugal, e segundo os mais recentes dados divulgados, 53,6% da população é obesa ou tem excesso de peso. Desse universo, segundo a ADEXO, cerca de 400 mil pessoas sofrem de obesidade mórbida, tendo sido colocadas cerca de quatro mil bandas gástricas nos últimos nove anos. Especialistas afirmam que a obesidade custa 500 milhões de euros anuais aos cofres do Estado e podem mesmo chegar aos 800 milhões de euros em 2025.

DN, 23-5-2008
 
Bandas gástricas vão ser pagas a 100% no privado já neste Verão

PEDRO VILELA MARQUES

Director-geral da Saúde não anunciou quanto custa a medida ao Estado

O Ministério da Saúde vai passar a pagar no total as cirurgias de colocação de banda gástrica em hospitais privados já a partir deste Verão, mas apenas a doentes que venham das listas do Serviço Nacional de Saúde (SNS). A medida foi anunciada ontem pelo girector-geral da Saúde, à margem das actividades que assinalaram em Lisboa o Dia Nacional da Obesidade.

Francisco George garantiu ao DN que o documento, a ser apreciado e votado na Direcção-Geral da Saúde na quarta-feira, já estava a ser preparado há vários meses e visa resolver os casos a que SNS não consegue dar resposta. "O serviço hospitalar público é a resposta natural ao doente, mas no caso dos centros hospitalares de referência não conseguirem dar resposta, o privado será um recurso de complemento", informou Francisco George, sem divulgar os gastos.

O director-geral da Saúde defende que "o processo de prevenção e controlo da obesidade deve mobilizar os sectores público e privado". No entanto, no caso dos hospitais privados habilitados a realizarem as reduções de estômago (as chamadas cirurgias bariátricas), apenas serão comparticipadas na totalidade as operações dos pacientes que forem encaminhados pelas unidades de saúde públicas.

Este documento exige que as denominadas Unidades de Tratamento de Obesidade, em hospitais públicos ou privados, tenham obrigatoriamente que dispor de uma equipa médica multidisciplinar. O hospital que se propuser a integrar aquela futura plataforma terá de dar uma garantia de, pelo menos, 125 cirurgias por ano e um cirurgião com uma experiência acumulada de 80 cirurgias bariátricas.

O coordenador da Comissão Nacional de Avaliação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade já tinha informado na sexta-feira o DN que "na próxima semana iriam ser emitidas circulares sobre esta matéria". Na altura, Alberto Galvão-Teles reconheceu que nesta área tudo é feito de forma lenta, o que foi confirmado ontem por Fernando George, durante o Fórum Europeu da Obesidade. "Esta luta [contra a obesidade] é muito difícil, mas desde 2006 temos registado avanços todos os anos", salientou o director-geral da Saúde, que se referia ao facto de em 2007 o SNS ter realizado 963 cirurgias para colocação de banda gástrica, mais do triplo do que em 2006. Na mesma linha, Isabel do Carmo, presidente do Conselho Científico da Plataforma contra a Obesidade, salientou ao DN que no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, já não existe lista de espera para estas operações.

O Fórum Europeu da Obesidade, que decorreu nos últimos dois dias em Lisboa, foi organizado pela Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO). Para o presidente, Carlos Oliveira, "estamos quase parados naquilo que devem ser medidas políticas em relação ao tratamento dos cerca de um milhão e setecentos mil doentes com obesidade neste País". Na sessão, o presidente do Observatório Internacional de Obesidade, Philip James, defendeu o fim da publicidade a comida pouco saudável dirigida às crianças e a sobrevivência da alimentação mediterrânea.

DN, 25-5-2008
 
Obesidade infantil quase imbatível após os 11 anos

ALFREDO MENDES

Saúde. Estudos revelam que daqui a 20 anos os filhos morrem antes dos pais

Especialistas alertam para o acentuado aumento da doença

A obesidade pediátrica está a aumentar em Portugal, e em menores cada vez mais novos. Acresce que uma criança que atinja os cinco/seis anos com sobrepeso tem 50% de hipóteses de se tornar num adulto obeso. A partir dos 11 anos, é quase impossível reverter o processo: as hipóteses rondam os 80%, salientou ao DN a pediatra Carla Rego, presidente da organização do 18.º Encontro Anual do European Childhood Obesity Group, a decorrer no Porto.

Sobre a doença crónica que reúne especialistas internacionais, a investigadora considerou assustadoras as taxas de obesidade infantil, que afectam as crianças em termos fisiológicos, psicológicos e sociais. Trata--se de patologias diversas como diabetes, hipertensão, dislipidemia, problemas cardiovasculares, alteração das gorduras do sangue e mesmo determinados tipos de cancro.

A massa corporal excessiva, acentuou Carla Rego, faz com que a criança e o adolescente tendam a não gostar da sua imagem, isolando-se, tristes. E daí a dificuldade de inserção nos grupos, a falta de auto-estima, o baixo rendimento escolar, as depressões e, até, os suicídios. Dados recentes indicam que daqui a 20 anos "poderemos ter filhos a morrer antes dos pais". Ou seja, sublinhou Carla Rego, "estamos a antecipar para a idade pediátrica, dos zero aos 18 anos, as doenças inerentes à velhice".

Sabe-se, ainda, que uma mãe obesa tende a ter filhos obesos, que vêm a ser adultos obesos, pelo que se torna vital saber como quebrar este ciclo vicioso. A presidente deste encontro médico precisa que, "até ao sexto mês do bebé, a alimentação deve ser, em exclusivo, o leite materno".

A abordagem terapêutica é incompatível com o ministrar de fármacos, impondo-se a mudança de comportamentos. Ainda que existam crianças com propensão para a acumulação de gorduras, devido a factores genéticos, a verdade é que o sedentarismo e a abundância de alimentos calóricos contribuem para o progredir da doença.

DN, 6-6-2008
 
Escolas vão integrar mais 500 alunos autistas e multideficientes

PEDRO SOUSA TAVARES

Educação Especial. Secretário de Estado anunciou reforço de unidades especializadas

Fenprof revela hoje dados críticos da Sociedade de Neuropediatria

Cerca de 500 alunos autistas ou com multideficiência serão integrados, no próximo ano lectivo, em unidades especializadas nas escolas públicas, anunciou o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. No total, ficarão abrangidos 714 autistas (mais 43% do que este ano) e 1204 multideficientes (mais 30%). Os agrupamentos contarão com 137 unidades dedicadas ao autismo, quase o dobro das actuais, e 220 à multideficiência.

Valter Lemos elencou ainda outras medidas, como a formação especializada de pessoal auxiliar - que diz estar já "a decorrer" -, ou a promessa de que muitos dos 5000 docentes em funções nesta área serão integrados definitivamente no grupo da Educação Especial, actualmente restrito a 2200 profissionais. Porém, frisou que a reforma da educação especial, prevista no decreto-lei 3/2008, passa também pela "melhor identificação dos casos", defendendo a opção do Governo em usar como referencial a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), da Organização Mundial de Saúde.

De acordo com um documento entregue ontem pelo director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, Luís Capucha, dos 49877 alunos que este ano lectivo integraram este subsistema - cerca de 3,9% de toda a população escolar -, "deverão estar a ser erradamente identificados como tendo necessidades educativas especiais de carácter permanente cerca de 27 mil".

Este tipo de estimativas tem sido criticado por especialistas em educação especial, como Miranda Correia, que numa entrevista ao DN em Fevereiro acusou o Governo de, influenciado pela CIF, excluir dificuldades de aprendizagem associadas a desordens, como a dislexia e a discalculia.

As unidades especializadas criadas nas escolas abrangem um conjunto restrito de áreas de actuação: intervenção precoce, autismo, multideficiência, cegueira ou visão reduzida, surdez. Mas Valter Lemos classificou como "uma aldrabice" a acusação de que o sistema exclui outras desordens como a dislexia, garantindo que esta é "reconhecida".

O que provoca as disparidades nos cálculos, disse, são diagnósticos "que não são verdadeiros" e problemas de aprendizagem para os quais há "outras respostas, como currículos alternativos, cursos de educação e formação ou os territórios educativos de educação prioritária".

Contactado pelo DN, Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, considerou no entanto que o "erro" do Governo, ao recorrer à CIF, é precisamente a exclusão destes últimos casos: "A incidência de alunos com necessidades educativas especiais vai muito além do que está definido na CIF", disse . "E se forem acompanhados, não precisam de ser empurrados para currículos alternativos".

A Fenprof, que entregou no Parlamento um abaixo-assinado a pedir a suspensão do decreto 3/2008, promete divulgar hoje depoimentos "críticos" de entidades como a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria".

DN, 6-6-2008
 
31% das crianças e jovens são obesos

Primeiro estudo de obesidade com expressão nacional

Foram analisadas 5708 crianças e adolescentes dos dez aos 18 anos

Um estudo nacional sobre obesidade infanto-juvenil revelou indicadores de excesso de peso e obesidade em 31% das 5708 crianças e adolescentes analisadas.

A investigação, a apresentar sábado numa iniciativa organizada pela Plataforma Nacional contra a Obesidade, foi desenvolvida pela dietista Joana Sousa no âmbito do seu doutoramento em Saúde Pública (ramo de Nutrição e Saúde Pública), na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.

A epidemia da obesidade pediátrica é um flagelo que afecta em todo o mundo 155 milhões de crianças em idade escolar.

Segundo a investigadora, não há actualmente em Portugal nenhum estudo de base nacional que caracterize os indicadores de excesso de peso e obesidade em crianças e adolescentes, existindo apenas um estudo nacional realizado em crianças entre os sete e os nove anos, em que se verifica uma prevalência de excesso de peso e obesidade de 31,5%.

O trabalho agora realizado, explica a dietista Joana Sousa, é o primeiro estudo de obesidade infanto-juvenil realizado em Portugal, com representatividade nacional, em crianças e adolescentes com idades entre os dez e os 18 anos.

No estudo, foram analisadas 5708 crianças e adolescentes entre os dez e os 18 anos, estudantes dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário oficial de Portugal continental, matriculados no ano lectivo de 2005/2006.

O estudo indica que existe um indicador de prevalência de pré- -obesidade em Portugal de 22,6% e que 1292 casos em estudo preenchem os critérios de excesso de peso. Já no que respeita à obesidade, 445 crianças e adolescentes do total de casos analisados preencheram esse parâmetro, o que permite concluir que há um indicador de prevalência de obesidade em Portugal de 7,8%, que atinge, na maioria raparigas.

DN, 20-6-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?