29 maio, 2007

 

19 de Maio


Dia mundial das hepatites


http://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatite

http://www.nghd.pt/hepatites.php

http://www.hepato.com/port_novaentrada.html

http://www.soshepatites.org.pt/sos/

http://www.souonumero12.org/

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Tumores e cirroses vão disparar com hepatite C

DIANA MENDES

A hepatite C vai fazer disparar o número de casos de cirrose e de tumor maligno do fígado no espaço de dez anos. Fernando Ramalho, hepatologista do Hospital de Santa Maria, diz que o aumento da incidência destas doenças será de 62%, porque os casos ainda são detectados tardiamente", alerta. A somar a isto está um aumento esperado de 500% nas necessidades de transplantes para estes doentes, o que significa que "muitas pessoas podem morrer antes de obterem um órgão".

Em Portugal, estima-se que haja 150 mil doentes com a variante C da hepatite. No entanto, "apenas 20% são diagnosticados a tempo", refere o médico. A tempo de evitar uma cirrose ou um cancro, neste caso. A falta de rastreio a estas doenças e a ausência de sintomas levam as pessoas a procurar tardiamente os médicos. Só o fazem quando há poucas alternativas ao transplante.

As doenças do fígado afectam actualmente 400 mil portugueses, somando os casos de hepatite C, B (120 mil) e as que têm origem num consumo abusivo de álcool, cerca de 130 mil. Mas há outras menos frequentes. Se a hepatite B está a baixar devido à utilização da vacina, os casos ligados ao álcool tendem a aumentar nas camadas mais jovens.

Num País onde o consumo parece estar a abrandar ligeiramente, de uma forma geral, há um aumento entre as mulheres e os mais jovens. Este comportamento precoce e de abuso será a causa de doenças hepáticas graves em 8% a 12% dos jovens portugueses daqui a dez anos, estima o hepatologista Fernando Ramalho. "O número de pessoas entre os 15 e os 17 anos a beber tem aumentado, o que significa que, daqui a dez anos, terão problemas graves". Uma das explicações está no facto de os mais jovens não conseguirem metabolizar o álcool como um adulto.

Actualmente, há 1,3 milhões de portugueses que bebem demasiado, 800 mil dos quais alcoólicos dependentes. São estes números que colocam Portugal no top três europeu do consumo de álcool per capita. E se "a bebida contribui para 2% a 3% do PIB, as doenças derivadas do alcoolismo têm um custo equivalente a 5% ou 6%", diz o médico. A cirrose, que consiste na formação de nódulos (tecido fibroso) num fígado antes saudável, é apenas a ponta do icebergue.

Os limites para a bebida

Se há vozes que dizem que um copo de vinho faz bem ao coração, é preciso recordar que um copo é mesmo um copo. "Temos de voltar ao conceito antigo em que se bebia um pouco à refeição", salienta o médico.

Estela Monteiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Hepatologia, estabeleceu os limites: as mulheres podem consumir, no máximo, 40 gramas de álcool por dia e os homens 50 a 60", refere. Convertido em vinho, significam três decilitros para a mulher e cinco para o homem. "O excesso de álcool está na base de 65% das cirroses no País", refere a médica citando estudos.

A solução para o problema, entre os mais jovens, passa pela educação. "As pessoas não sabem que podem estar mais predispostas geneticamente do que outras aos efeitos negativos do álcool", alerta Fernando Ramalho. "Não é preciso ficar bêbedo para ter doenças do fígado". Beber muito num dia é bastante pior do que pouco todos os dias.|

Os problemas são silenciosos. Começa-se com uma hepatite alcoólica e, ao fim de dez anos sensivelmente, a situação progride para uma cirrose, após lesões sucessivas. Os sintomas deste problema são o cansaço, olhos amarelos, hemorragias, edemas dos membros inferiores, entre outros. Quem bebe demasiado deve, por isso, fazer os check ups regulares para detectar eventuais problemas.

Os médicos lembram ainda que o excesso de peso é outro factor de risco para as doenças do fígado. Estes temas serão debatidos de 6 a 8 de Março no Primeiro Congresso Português de Hepatologia, em Lisboa.

DN, 5-3-2008
 
Novo método para estudar melhor vírus da hepatite B

O recurso a um novo método, pulverização com água, permitiu a um grupo de investigadores holandeses e norte-americanos estudar a estrutura molecular do vírus da hepatite B e compreender melhor o mecanismo de infecção. Acreditam poder, no futuro, bloquear a produção do vírus

Investigadores recorrem à pulverização

Um grupo internacional de investigadores caracterizou a estrutura e composição do vírus da hepatite B através de um novo método de pulverização, permitindo assim uma melhor compreensão do seu mecanismo da infecção.

Este foi o resultado de um estudo realizado por investigadores holandeses e norte-americanos publicado na edição de ontem da revista PNAS, da Academia de Ciências dos Estados Unidos.

Devido às suas grandes dimensões, a estrutura molecular do vírus tem sido difícil de estudar por métodos convencionais.

Foi por isso, e para este projecto em especial, que Charlotte Uetrecht e Albert Heck, da Universidade de Utreque, e colegas em Amesterdão e nos EUA desenvolveram um espectrómetro de massa modificado que pode pulverizar o vírus intacto.

Em resumo, o método consiste em pulverizar o vírus com água através de uma carga eléctrica de alta tensão - semelhante ao princípio da transmissão por espirros do vírus da constipação - e separar depois o vírus da água, possibilitando o seu exame individual.

Com este método, os cientistas conseguiram observar a estrutura molecular e a composição do vírus da hepatite B, que pode causar graves danos ao fígado humano. Na sua perspectiva, isso torna possível, no futuro, bloquear a produção do vírus e, desse modo, combater a infecção.

A tecnologia desenvolvida pode também ser usada para identificar outros vírus, como os que podem eventualmente ser usados como armas por terroristas. A espectrometria de massa é uma tecnologia que permite identificar moléculas, sendo utilizada, entre outras aplicações, para fazer despistagem de drogas e identificar vestígios de tinta em investigações médico-legais.

O vírus da hepatite B, descoberto em 1965, transmite-se através do contacto com o sangue e fluidos corporais de uma pessoa infectada, da mesma forma que o vírus da imunodeficiência humana (VIH), mas é mais infeccioso. - Lusa

DN, 30-7-2008
 
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