30 maio, 2007

 

30 de Maio


Dia nacional da prevenção do cancro da pele


http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+de+pele/cancrodapele.htm

http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/328/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cancro_(tumor)

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Cancro de pele conta com mais 10 mil casos por ano

Rita Carvalho

Todos os anos há mais 10 mil casos de cancro de pele em Portugal. Entre eles estão 800 novos melanomas, altamente perigosos e que, em 20% dos casos, são fatais. Na origem destes números, que têm crescido nos últimos anos, está a exposição exagerada ao sol. Um excesso que pode resumir-se a uns escaldões na infância mas que, 30 anos mais tarde, pode potenciar um melanoma.

Como os comportamentos de risco parecem manter-se, nomeadamente junto dos adolescentes e dos adultos mais jovens que promovem o culto do corpo bronzeado, os números deverão continuar a crescer nos próximos anos. Estas previsões foram referidas ontem em Lisboa por especialistas em dermatologia e doenças oncológicas, a propósito da apresentação do Dia Europeu da Prevenção do Cancro de Pele, que decorrerá no dia 8. Nesta altura, as pessoas poderão fazer o seu rastreio em 40 hospitais de todo o País.

Ano após ano, os casos de cancro na pele têm subido 6 a 7 por cento entre os portugueses, apesar das inúmeras campanhas de sensibilização da população. E nos dias de hoje estão a pagar-se os erros cometidos no passado, às vezes há 20 ou 30 anos. Altura em que não se conheciam tão profundamente os efeitos nocivos da exposição prolongada aos raios solares e as consequências de escaldões e queimaduras do sol.

O aparecimento do melanoma, e ao contrário dos outros tipos de cancro de pele menos violentos, está associado a situações agudas e não a uma exposição solar crónica e regular. Por isso, os especialistas alertam para os riscos que crescem exponencialmente na época balnear e que podem ser combatidos com a alteração de comportamentos.

Tais como a ida para a praia nas horas de sol mais forte (das 11 às 16 horas), a não utilização de roupas adequadas e chapéu, e ainda a aplicação desadequada do protector solar. Os especialistas alertam para as condições correctas de aplicação destes cremes que devem proteger a pele de agressões maiores. Defendem a aplicação regular, antes da exposição ao sol (antes de sair de casa se for para a praia) e a escolha de um índice ajustado à cor da pele (o 30 é o mais aconselhável), que deve manter-se todo o Verão e não ser reduzido. O creme deve ser bem espalhado e utilizado noutras situações de lazer para além da praia. Por exemplo, as crianças devem fazê-lo na escola, em dias de sol mais forte.

Outra típica situação agressiva e que foi levantada ontem por Osvaldo Correia, secretário-geral da Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo, prende-se com situações agudas. Como férias passadas no Brasil, Caraíbas, ou outro destino exótico, cada vez mais na moda, e onde as pessoas se expõem durante muito tempo a um sol muito mais forte do que aquele a que estão habituados. «Aqui as horas recomendadas para a exposição ao sol são diferentes das de Portugal. As pessoas, como não estão informadas, apanham um escaldão logo no primeiro dia de férias», disse.

Mas nem todos os tipos de pele estão sujeitos aos mesmos perigos. Os grupos de risco são compostos por pessoas com pele clara e sardenta, cabelo ruivo ou louro, olhos azuis ou verdes e que apresentam dificuldade em bronzear-se. O risco aumenta se as pessoas tiverem muitos sinais espalhados pelo corpo e antecedentes de melanomas em familiares.

Os especialistas consideram que a tendência para o aumento de casos de melanoma deverá manter-se nos próximos anos. Estimativas que se prendem com a análise da realidade actual. Um inquérito feito junto da população mais jovem, demonstrou que 85% dos jovens com idades entre os 16 e os 24 anos já tinham apanhado um escaldão. Na camada etária superior, até aos 40 anos, a percentagem foi de 77%. Ou seja, tendências que indiciam que esta curva ascendente se vai manter no longo prazo.

Doenças profissionais

Mas sol e queimaduras solares não são sinónimo de praia para todos. Os especialistas alertam para a necessidade dos que trabalham ao sol se protegerem. Agricultores, pescadores e trabalhadores da construção civil, como os imigrantes de Leste, pouco habituados ao sol forte.

DN, 1-6-2006
 
Portugueses testam arma contra melanomas

DIANA MENDES

Investigação nacional pode dar resposta a cancro metastizado

Um quinto dos cancros mais graves da pele (melanomas) sem cura

Os melanomas são curáveis em 90% a 95% dos casos quando detectados numa fase inicial. Mas esta taxa de sucesso não é real: um quinto dos casos permanece sem cura, apesar de a mortalidade cair todos os anos. Esta área da oncologia, e em particular dos melanomas metastizados, pode beneficiar da intensa investigação em curso. Um grupo de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) está a apresentar resultados promissores com duas substâncias: uma delas trava o crescimento do cancro, a outra mata as células malignas.

Os dois compostos foram identificados por cientistas portugueses do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC, que uniram esforços com investigadores de Espanha e Estados Unidos, revela a Lusa. Um deles é a berberina, substância considerada anti-inflamatória e usada em suplementos alimentares. A molécula conseguiu travar em apenas 24 horas o crescimento das células malignas, resultados que já foram publicados no Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.

Um segundo composto extraído de uma planta da família da papoila conseguiu eliminar 70% a 80% das células no espaço de seis a oito horas. A toxicidade é conhecida, visto que ambas as substâncias já eram usadas noutros produtos. Esta última molécula tem ainda a vantagem de ser menos tóxica para as células normais como para as tumorais, avança ainda a agência Lusa.

Ribas Santos, dermatologista e membro da direcção da Liga Portuguesa Contra o Cancro, explica ao DN que, tratando-se de ensaios em laboratório, ainda "é demasiado cedo para conhecer a eficácia e a segurança dos métodos. No caso dos produtos naturais, temos de ter em conta que têm de ser sintetizados para se saber qual a substância química que está a actuar". Os ensaios em animais estão previstos para o próximo ano.

Um outro estudo desenvolvido por médicos norte-americanos , e que foi publicado no New England Journal of Medicine, já deu provas em humanos. No caso, utilizaram-se linfócitos T (células do sistema imunitário), que foram previamente clonados e depois injectadas no paciente. Um doente que tinha menos de um ano de vida, sobrevive há dois sem sinais da doença. "Neste caso, aumenta-se o número de anticorpos para defender o organismo, antes debilitado", diz o médico.

Actualmente, os cancros em fase precoce são tratados com uma cirurgia, mas "nos outros casos, resta-nos a quimioterapia e a imunoterapia, com resultados modestos. Todos os novos métodos e novas possibilidades são bem vindas", remata.

DN, 21-6-2008
 
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