29 maio, 2007

 

Cannes


Mais um festival de cinema



http://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_de_Cannes

http://www.canneslions.com/home/index.cfm

http://www.beyond.fr/villages/cannes.html

Comments:
Filme romeno leva Palma d’Ouro

“Quatro Meses, Três Semanas e Dois Dias”, do realizador
romeno Cristian Mungiu, foi o vencedor da Palma de Ouro
da 60ª edição do Festival de Cinema de Cannes.
Na entrega dos prémios realizada este domingo, o destaque
foi para este filme cujo enredo se passa no final do regime
comunista de Nicolae Ceacescu e que conta a história de
duas jovens amigas e das dificuldades por que passam quando
uma delas faz um aborto ilegal.
O Grande Prémio foi para “The Mourning Forest”, do realizador
japonês Naomi Kawase, e o Prémio Especial da 60ª edição
do Festival de Cannes foi atribuído ao norte-americano Gus
Van Sant, pela sua película “Paranoid Park”.

Outros Galardões

Melhor Realizador: Julian Schnabel, por "The Diving Bell and
the Butterfly".
Melhor Actor: Konstantin Lavronenko, pelo seu desempenho
em "The Banishment", do russo Andrei Zvyagintsev.
Melhor Actriz: Jeon Do-yeon, pelo seu papel em
“SecretSunshine” (Coreia do Sul).
Melhor Argumento: Fatih Akin, realizador do filme “The Edge
of Heaven”.
Camera d´Or (prémio para a melhor primeira obra):
“Jellyfish”, uma produção israelita dirigida por Etgar Keret e
Shira Geffen.

Scorsese filma história com português

Em Cannes, o realizador norte-americano Martin Scorsese,
falou do seu novo filme. “Silence” começa a ser rodado no
próximo Verão e conta a história dos missionários católicos
no Japão, sendo que um deles é português.
Sebastião Rodrigues é
um missionário jesuíta
português que, juntamente
com o padre
Francis Garrpe, viaja
para o Japão no século
XVII para ver como
decorre a evangelização.
A história foi escrita por Shusaku Endo, um autor japonês do
século XX de origem católica, numa marca que, de resto,
está presente em toda a sua obra que agora inspira Scorsese.
O realizador de sucessos como “Taxi Driver”, “Gangs de Nova
Iorque” ou “Entre Inimigos” quer começar a filmar “Silence”
no Verão. Uma película que fala das perseguições aos cristãos
japoneses.
Um facto que indigna o missionário Sebastião Rodrigues, que
se revolta com o poder nipónico, que quer expurgar o país de
todas as influências estrangeiras.
Scorsese, numa entrevista dada em Cannes à Associated
Press, diz que este filme vai levantar muitas questões sobre
as culturas estrangeiras que tentam dominar outras.
Sem se referir directamente à política norte-americana no
Iraque, o realizador concluiu que “Silence” será “uma lição
para os americanos”.

RRP1, 28-5-2007
 
Júri "antiamericano" beneficia Europa e Ásia

EURICO DE BARROS, em Cannes

"Não vai haver nenhum prémio para os americanos neste festival", augurava uma jornalista italiana do Corriere della Sera no domingo à tarde, pouco tempo antes do anúncio dos prémios pelo presidente do júri, o realizador britânico Stephen Frears. "O [realizador italiano] Marco Bellochio detesta os americanos e deve ter feito campanha contra eles desde o início", explicou.

Em cheio. Três dos quatro filmes que representavam os EUA na Selecção Oficial - os excelentes Zodiac, de David Fincher, e No Country for Old Men, dos irmãos Joel e Ethan Coen, bem como o desenfreado Death Proof, de Quentin Tarantino -, ficaram por premiar, descaradamente, na edição dos 60 anos do Festival de Cannes. Apenas foi concedido a Gus Van Sant o Prémio do 60.º Aniversário, "pela sua carreira", disse Stephen Frears, que não pelo filme que mostrou, o indiferente Paranoid Park. E foram também muitos os que estranharam que um prémio destes não tivesse ido para um realizador mais consagrado que Van Sant.

Ontem, um português habitué dos bastidores do Festival de Cannes confirmou ao DN o "antiamericanismo" de Bellochio, reforçando as palavras da jornalista do Corriere. A que se juntaram ainda as de um colega lusófono, que fez notar a presença no júri da actriz e realizadora canadiana Sarah Polley, também ela "fortemente antiamericana". Faz-se assim alguma luz sobre o escancarado "antiamericanismo" da premiação de Cannes 2007, e o seu pendor europeu e asiático. Que teve os seus defensores, caso do Libération, que ontem se congratulava com "o tratamento modesto" dado pelo júri ao cinema americano. Mas se Fincher os os Coen tivessem ganho a Palma de Ouro, em vez do também merecedor romeno Cristian Mungiu, não teria parecido nada mal.|

DN, 29-5-2007
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?