17 maio, 2007

 

Dia da espiga


Quinta-feira da ascenção

para a Igreja Católica, comemorado com feriado em diversos concelhos do país.

http://www.geocities.com/TheTropics/2058/espiga.htm

http://ubista.ubi.pt/~apombo/tortosendo/ascensao.htm

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"Qualquer dia deixo de ceifar flores do campo"

ROBERTO DORES e KÁTIA CATULO

O que tem Alice Morgalho que Irene Sousa não tem? A primeira vendeu ontem de manhã todos os molhos de espiga à porta do Mercado Municipal de Setúbal e a segunda esteve o dia todo à entrada da estação de comboios do Cais do Sodré (Lisboa) sem vender "quase nada".

"Em Lisboa já são poucos os que ligam a esta tradição", desabafa a florista, esclarecendo que só "os mais velhos" é que dão importância ao Dia da Espiga, que hoje se celebra. Qualquer dia, avisa a feirante, vai deixar de andar pelos campos a "ceifar" papoilas ou ramos de oliveira para compor os bouquets de dois euros que vende pelas ruas da capital todas as quinta-feiras de Ascensão.

Até porque é cada vez mais difícil encontrar flores do campo: "Antigamente, bastava ir a Amadora ou a Almada, agora eu e o meu filho temos de ir até Vila Franca de Xira ou a Benavente", conta Irene Sousa, explicando que os prédios vão tomando conta dos terrenos baldios.

O dia correu melhor a Alice Morgalho que, em menos de uma hora, vendeu duas dezenas de molhos de espiga à porta do Mercado de Setúbal. "Se soubesse tinha feito mais alguns cestinhos, mas tive receio de não vender tudo, porque a quinta-feira de Ascensão é só amanhã [hoje]." Menos sorte teve Marta Dias, de nove anos, que ontem pediu ao pai para comprar um molho de espigas, mas chegaram tarde. O que vale é que Alice Morgalho prometeu regressar hoje com ainda mais cestos de flores para vender a cinco euros aos que cumprem esta tradição.

DN, 1-5-2008
 
Atropelada mortalmente quando apanhava espiga

JOÃO BATISTA, Santarém

Um carro despistou-se, ontem, pelas 17.30, e foi atropelar duas crianças e duas mulheres, uma das quais teve morte imediata. Estavam a apanhar a espiga num campo de trigo e papoilas à entrada da aldeia de Correias, concelho de Rio Maior, à beira da Estrada Municipal 583.

Rosalina Ribeiro, de 67 anos, foi a vítima mortal do acidente, em que ficaram feridas a sua sobrinha, Fernanda Marques, de 57 anos, e as duas netas desta, de 6 e 10 anos.

Segundo a GNR, tudo aponta para o excesso de velocidade como a principal causa do acidente. O acidente teve lugar a meio da tarde, numa recta com boa visibilidade na Estrada Municipal 583. A condutora, com 55 anos, residente em Achete, concelho de Santarém, deslocava-se na direcção da entrada da aldeia, vinda do lado de Rio Maior. O que causa alguma estranheza neste acidente é que, neste troço, a Estrada Municipal 583 é uma recta, com boa visibilidade e não havia qualquer marca de travagem no pavimento.

Lídia Ribeiro, irmã da vítima mortal, e mãe e neta das restantes vítimas, disse ao DN que só não foi também atropelada, porque recusou o convite para ir com o grupo para o campo. "A minha irmã veio convidar-me para ir com elas, mas eu disse que ia lá ter depois de rezar o terço na capela da aldeia e quando lá cheguei já tinha acontecido a desgraça", contou, momentos após a tragédia.

A condutora ficou em estado de choque e foi transportada para o Hospital de Santarém, juntamente com as três vítimas do atropela- mento.

A menina de seis anos, que estava a andar de bicicleta na berma da estrada, sofreu ferimentos graves --traumatismo craneano e pelo menos uma perna partida -, e o seu diagnóstico era ainda reservado. A sua irmã, de 10 anos, e a avó, de 55 anos, tiveram apenas ferimentos ligeiros.

De acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro de Santarém , ao local deslocaram-se três corporações de bombeiros voluntários - as de Rio Maior, Alcanede e Pernes-, com 16 elementos, apoiados por cinco viaturas e pela VMER do Hospital de Santarém.

DN, 2-5-2008
 
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