13 maio, 2007
Se gosta de terra...
...ainda que na Lua...
...aqui vai a oportunidade de negócio da sua vida: 1 hectare a 25€!
http://85.139.129.216/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
http://www.moonshop.com/
http://www.lunarembassy.com/
http://www.geocities.com/moonsayles/
http://en.wikipedia.org/wiki/Extraterrestrial_real_estate
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Americano ganha nove milhões a vender propriedades na Lua
HELENA TECEDEIRO
Dennis Hope diz ser dono de todo o sistema solar, excepto o Sol e a Terra
Os portugueses já podem adquirir um terreno na Lua, com direito a certificado de propriedade e até um mapa para não se enganarem na cratera. É o que garante o americano Dennis Hope, que esteve ontem em Lisboa na inauguração da primeira embaixada lunar neste país. E o negócio deste californiano, de 59 anos, parece ir de vento em popa. Desde que reivindicou a posse dos corpos celestes do sistema solar (com excepção da Terra e do Sol), há 27 anos, já amealhou nove milhões de dólares.
A ideia de vender pedaços de Lua surgiu após o divórcio. Sem dinheiro, a solução caiu do céu: reivindicar a posse dos planetas e suas luas. Para tal, baseou-se numa lei de 1862, que concede a propriedade de terras devolutas ao primeiro que as reclamar. "Senti-me como os europeus de partida para o Novo Mundo", disse Hope à imprensa no hotel Dom Pedro.
O autodenominado presidente do Governo Galáctico aproveitou uma lacuna no Tratado Espacial (1967), que proíbe os Governos de reclamarem território no espaço, mas é omisso quanto aos indivíduos. Registado como dono do sistema solar, comunicou o facto a Washington, Moscovo e à ONU. Não obtendo resposta, iniciou a venda de terrenos na Lua.
Desde então já vendeu 162 milhões de hectares - 4,5% da superfície da Lua. Um negócio que parece absurdo, mas que convenceu estrelas como Tom Cruise e Nicole Kid-man, bem como os ex-presidentes Jimmy Carter e Ronald Reagan. O próprio George W. Bush já tem um pedaço de Lua, para quando deixar a presidência dos Estados Unidos.
Mas quanto tempo falta para se poder viver na Lua? Hope responde prontamente: dentro de 50 a 75 anos, haverá "uma comunidade permanente". Até lá, o californiano promete andar pelo mundo e dar a conhecer o seu negócio. A procura de terrenos lunares, muito apreciados como presente de casamento, já justificou a abertura de embaixadas em países como Reino Unido e Austrália. E agora Portugal.
Quando lhe perguntam se é um vendedor de sonhos, Hope responde que apenas quer criar "uma sociedade sem os males da Terra". E para os criminosos já tem solução: uma prisão no lado não iluminado da Lua.
DN, 11-5-2007, pág. 28
HELENA TECEDEIRO
Dennis Hope diz ser dono de todo o sistema solar, excepto o Sol e a Terra
Os portugueses já podem adquirir um terreno na Lua, com direito a certificado de propriedade e até um mapa para não se enganarem na cratera. É o que garante o americano Dennis Hope, que esteve ontem em Lisboa na inauguração da primeira embaixada lunar neste país. E o negócio deste californiano, de 59 anos, parece ir de vento em popa. Desde que reivindicou a posse dos corpos celestes do sistema solar (com excepção da Terra e do Sol), há 27 anos, já amealhou nove milhões de dólares.
A ideia de vender pedaços de Lua surgiu após o divórcio. Sem dinheiro, a solução caiu do céu: reivindicar a posse dos planetas e suas luas. Para tal, baseou-se numa lei de 1862, que concede a propriedade de terras devolutas ao primeiro que as reclamar. "Senti-me como os europeus de partida para o Novo Mundo", disse Hope à imprensa no hotel Dom Pedro.
O autodenominado presidente do Governo Galáctico aproveitou uma lacuna no Tratado Espacial (1967), que proíbe os Governos de reclamarem território no espaço, mas é omisso quanto aos indivíduos. Registado como dono do sistema solar, comunicou o facto a Washington, Moscovo e à ONU. Não obtendo resposta, iniciou a venda de terrenos na Lua.
Desde então já vendeu 162 milhões de hectares - 4,5% da superfície da Lua. Um negócio que parece absurdo, mas que convenceu estrelas como Tom Cruise e Nicole Kid-man, bem como os ex-presidentes Jimmy Carter e Ronald Reagan. O próprio George W. Bush já tem um pedaço de Lua, para quando deixar a presidência dos Estados Unidos.
Mas quanto tempo falta para se poder viver na Lua? Hope responde prontamente: dentro de 50 a 75 anos, haverá "uma comunidade permanente". Até lá, o californiano promete andar pelo mundo e dar a conhecer o seu negócio. A procura de terrenos lunares, muito apreciados como presente de casamento, já justificou a abertura de embaixadas em países como Reino Unido e Austrália. E agora Portugal.
Quando lhe perguntam se é um vendedor de sonhos, Hope responde que apenas quer criar "uma sociedade sem os males da Terra". E para os criminosos já tem solução: uma prisão no lado não iluminado da Lua.
DN, 11-5-2007, pág. 28
Americano está em Portugal a vender terrenos na Lua por 25 euros o hectare
Dennis Hope, um americano que se nomeou Presidente do Governo Galáctico, está em Portugal para vender terrenos na Lua «com vista para a Terra», um negócio que começou há mais de 20 anos e parece render-lhe milhões.
Num luxuoso hotel de Lisboa, Dennis Hope deu hoje de manhã uma conferência de imprensa para inaugurar a Embaixada Lunar em Portugal, um espaço na internet onde qualquer um pode comprar «a sua propriedade com vista para a Terra» por 25 euros o hectare.
O homem diz ser dono da «única agência imobiliária legalmente habilitada para vender terrenos no espaço» e já negociou certificados de propriedade com mais de 300 mil pessoas.
Entre os seus clientes estão personalidades políticas como Ronald Reagan, Jimmy Carter e George W. Bush e as estrelas de Hollywood Nicole Kidman, Clint Eastwood, Tom Cruise e John Travolta, garante o site www.embaixadalunar.com.
A partir de hoje, também os portugueses podem adquirir uma propriedade por 25 euros o hectare, recebendo como garantia uma Escritura Lunar, uma Constituição, um mapa da propriedade, os Direitos Minerais e uma cópia da declaração original de detenção de propriedade da Lua.
«Não acredito que alguém pense que está realmente a adquirir um hectare da Lua», disse à agência Lusa o jurista da Associação de Defesa do Consumidor (Deco), Luis Salvador Pisco.
«Em termos legais esta é uma situação em que as pessoas não poderão vir a invocar que houve uma burla, porque é demasiado evidente o que se está a passar. Suspeito que nenhum tribunal possa vir a dar razão» a futuros queixosos, alertou o jurista.
No entanto, e de acordo com vários sites na internet, o negócio já rendeu mais de seis milhões de dólares (4,4 milhões de euros) e a Embaixada Lunar garante aos futuros clientes ser impossível vender o mesmo terreno a mais de uma pessoa.
A embaixada fornece ainda informações pertinentes aos futuros proprietários, como a distância da Terra a que ficará o seu novo terreno: 384.400 quilómetros.
O lunático projecto que hoje chegou a Portugal começou em 1980, quando Hope foi ao registo de terras de San Francisco (Califórnia, Estados Unidos) e requereu a propriedade de todo o sistema solar, à excepção da Terra e do Sol.
O americano reclamou a propriedade da Lua e de outros planetas baseando-se numa lei do Velho Oeste norte-americano do século XIX, «que concede a propriedade de terras devolutas as primeiro que as reclamar», explica o site.
Dennis Hope enviou cartas aos governos dos Estados Unidos da América e da Rússia e à Assembleia-geral das Nações Unidas. Sem qualquer resposta às suas missivas, interpretou o silêncio como concordância e hoje afirma ser o «legítimo dono do sistema solar».
«Não faz sentido um particular reivindicar para si a propriedade do sistema solar», sublinha o jurista da Deco, que desconfia da sanidade mental de Dennis Hope.
Lusa/SOL, 10-5-2007
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Dennis Hope, um americano que se nomeou Presidente do Governo Galáctico, está em Portugal para vender terrenos na Lua «com vista para a Terra», um negócio que começou há mais de 20 anos e parece render-lhe milhões.
Num luxuoso hotel de Lisboa, Dennis Hope deu hoje de manhã uma conferência de imprensa para inaugurar a Embaixada Lunar em Portugal, um espaço na internet onde qualquer um pode comprar «a sua propriedade com vista para a Terra» por 25 euros o hectare.
O homem diz ser dono da «única agência imobiliária legalmente habilitada para vender terrenos no espaço» e já negociou certificados de propriedade com mais de 300 mil pessoas.
Entre os seus clientes estão personalidades políticas como Ronald Reagan, Jimmy Carter e George W. Bush e as estrelas de Hollywood Nicole Kidman, Clint Eastwood, Tom Cruise e John Travolta, garante o site www.embaixadalunar.com.
A partir de hoje, também os portugueses podem adquirir uma propriedade por 25 euros o hectare, recebendo como garantia uma Escritura Lunar, uma Constituição, um mapa da propriedade, os Direitos Minerais e uma cópia da declaração original de detenção de propriedade da Lua.
«Não acredito que alguém pense que está realmente a adquirir um hectare da Lua», disse à agência Lusa o jurista da Associação de Defesa do Consumidor (Deco), Luis Salvador Pisco.
«Em termos legais esta é uma situação em que as pessoas não poderão vir a invocar que houve uma burla, porque é demasiado evidente o que se está a passar. Suspeito que nenhum tribunal possa vir a dar razão» a futuros queixosos, alertou o jurista.
No entanto, e de acordo com vários sites na internet, o negócio já rendeu mais de seis milhões de dólares (4,4 milhões de euros) e a Embaixada Lunar garante aos futuros clientes ser impossível vender o mesmo terreno a mais de uma pessoa.
A embaixada fornece ainda informações pertinentes aos futuros proprietários, como a distância da Terra a que ficará o seu novo terreno: 384.400 quilómetros.
O lunático projecto que hoje chegou a Portugal começou em 1980, quando Hope foi ao registo de terras de San Francisco (Califórnia, Estados Unidos) e requereu a propriedade de todo o sistema solar, à excepção da Terra e do Sol.
O americano reclamou a propriedade da Lua e de outros planetas baseando-se numa lei do Velho Oeste norte-americano do século XIX, «que concede a propriedade de terras devolutas as primeiro que as reclamar», explica o site.
Dennis Hope enviou cartas aos governos dos Estados Unidos da América e da Rússia e à Assembleia-geral das Nações Unidas. Sem qualquer resposta às suas missivas, interpretou o silêncio como concordância e hoje afirma ser o «legítimo dono do sistema solar».
«Não faz sentido um particular reivindicar para si a propriedade do sistema solar», sublinha o jurista da Deco, que desconfia da sanidade mental de Dennis Hope.
Lusa/SOL, 10-5-2007
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