03 junho, 2007

 

Futebol


Para quem quer ser dono de uma equipa:

http://www.myfootballclub.co.uk/

http://www.donosdoclube.com/

e fazer a sua gestão a contento.

Talvez consiga obter resultados como estes:



http://www.maisfutebol.iol.pt/

Comments:
Os adeptos que querem ser accionistas

ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

Não é a utopia política, é a utopia quixotesca, admite o impulsionador do projecto, de na era dos bilionários assaltarem os principais clubes ingleses, um grupo de adeptos tentar passar para a administração. "Todos juntos podemos ter mais dinheiro do que o senhor [Malcolm] Glazer [proprietário do Manchester United]", diz ao DN William Brooks. A ideia quixotesca do copywriter na área do marketing é simples: reunir, numa primeira fase, 50 mil pessoas que queiram investir 5o euros e comprar um clube. Um pequeno clube, de preferência para todos gerirem em rede, através da rede (Internet).

"Se quiser, pode ser uma luta virtual dos adeptos contra o poder real dos bilionários que tomam conta dos clubes para fazer dinheiro", explica o antigo jornalista, de 36 anos. E que nem dão cavaco ao sustento emocional (e financeiro): os adeptos. E aqui entra então a questão da utopia política. "A ideia é democratizar o poder, ter 50 mil pessoas, os donos do clube, a decidir todas as grandes questões, como o treinador, o plantel, o sistema táctico da equipa. Para um adepto, estas possibilidades são o céu."

A ideia de William Brooks chega a ser comovente, para um adepto de futebol que se alimenta de emoção, mas tem um lado prático. "É óbvio que no dia-a-dia é preciso tomar mil decisões e não seria possível colocar a votação pequenas minudências como pintar de azul as paredes do balneário", prossegue. E explica: "A ideia é manter a equipa que está no clube que se decidir comprar e que esta mantenha o trabalho que fazia. Os accionistas decidirão apenas as grandes questões do clube. Nem se trata de mudar o equipamento, ou as cores da bandeira." E lá se vai então o conceito dogmático.

Até quarta-feira, dia da última actualização, o sítio na internet onde funciona a angariação de accionistas (www.myfootballclub.co.uk) registava já 28,694 pessoas registadas. "Dessas pessoas só tenho o nome e o e-mail, não sei de onde vêm. Mas pela frequência do sítio na internet, constato que 80% chegam do Reino Unido, há uma grande procura na América, na Austrália e na Irlanda. De Portugal já recebemos 500 visitas", informa Brooks.

É esta uma das alavancas do "sonho": um rede solidária de pessoas pelo Mundo que queira construir um projecto conjunto - e isto numa era em que a alta finança se intromete no Jogo, não necessariamente para fazer amigos, digamos. "Uma das vantagens é as pessoas poderem envolver-se através da internet. Por exemplo, um português pode oferecer-se para ser olheiro e descobrir-nos uma nova pérola da Madeira como Cristiano Ronaldo", diz entusiasmado William Brooks, que tem um sonho.

DN, 1-6-2007
 
AS NOITES LOUCAS DOS JOGADORES

As palavras de Miguel não revelaram nada de novo. Não por ele, pela classe. Toda a gente sabe que os jogadores saem à noite e grande parte deles fuma. O lateral, que a uma rádio admitiu tudo isso, só veio trazer para a actualidade uma questão tão velha quanto o futebol. "Os jogadores têm direito a vida pessoal e a sair quando quiserem", diz, por exemplo, Fernando Mendes. "Eu saía três vezes por semana e joguei até aos 36 anos. Esta é uma polémica portuguesa."

O antigo lateral-esquerdo diz que ninguém tem direito a roubar a vida social aos atletas. "Em Inglaterra até saem todos juntos. Em Portugal, se apanham um jogador na noite numa quarta-feira é o fim do mundo." Um ponto também sublinhado pelo médico Domingo Gomes. "Os jogadores são jovens e por isso têm de ter uma vida social, familiar e sexual normal. Têm é de o fazer com regras. Um atleta que sai à noite e que no dia seguinte vai repousar não perde nada com isso", diz.

Domingos Gomes tem até uma opinião curiosa. "Prefiro um jogador que sai à noite a um que não sai", garante. "O jogador que sai, toda a gente sabe o que faz. O que não sai fica em casa, leva para lá não se sabe quem e faz todo o tipo de asneiras." Por isso é que Octávio Machado tem uma opinião radical. Para ele, profissional que é profissional deita-se cedo e ponto final. "O Miguel é o que é e sai à noite. Se não saísse, em vez de estar no Valência estava no Manchester United ou no Real Madrid", diz.

O treinador recorda os brasileiros Ronaldo, Adriano ou Ronaldinho, que baixaram o rendimento desde que se tornaram noctívagos incorrigíveis. O que representou em todos eles um aumento considerável de peso. Também Portugal, de resto, viveu exemplos semelhantes: a saída após o Portugal-Brasil em Londres, no qual Deco teria sido apanhado com uma prostituta por uma televisão de circuito interno; ou as saídas após o Portugal-Azerbaijão, para a discoteca portuense Via Rápida, que valeram os afastamentos de Costinha e Maniche; ou também o castigo a Targino (V. Guimarães), Paíto e Ricardo Chaves (Sp. Braga), Ávalos (Nacional), N'Doye (Coimbra), todos por saídas nocturnas; a carta apreendida a Luisão (Benfica); ou então, recuando no tempo, Rubens Júnior e Serginho, dispensados do FC Porto em momentos diferentes devido à agitada vida social; ou ainda as saídas nocturnas de António Oliveira e seus adjuntos no Mundial 2002, que eles diziam ser apenas passeios na praia.

Jorge Silvério, psicólogo desportivo, diz que tem de haver tempo para tudo. "O cansaço da rotina de treino provoca uma espécie de esgotamento no atleta, que se traduz na falta de energia, tensão e irritabilidade. As saídas nocturnas permitem fugir dessa rotina", garante. "O ideal é procurar um ponto de equilíbrio. Se calhar, se o Miguel não saísse à noite tinha caído no tal esgotamento e não era o jogador que é."

Mais uma vez Octávio Machado irrompe com uma opinião radical. "Estão stressados? Que vão passear com a mulher para o jardim." O treinador dá um exemplo: Paulo Futre, de quem se diz ter sido perseguido na noite portuense pelo então adjunto de Artur Jorge. Octávio recusa falar disso, mas admite que domesticou o génio do craque. "O Futre vinha cheio de vícios. Só para se ver, o colega de quarto no Sporting era o António Oliveira, um rebelde e uma má influência. Nas Antas atribuiu-se-lhe logo o Frasco como colega de quarto. E vejam no jogador que o Futre se tornou no Porto."

Domingos Gomes atalha que os radicalismos são perigosos. "Os atletas têm de ter pelo corpo um carinho especial", diz. "Cada pessoa tem um biorritmo próprio, mas há que perceber que os cigarros e o álcool têm influência imediata sobre órgãos vitais para o desempenho físico: a parte hepática e a área pulmonar. Se o fizerem com moderação, porém, isso não se vai notar no rendimento."

DN, 5-10-2007
 
40 portugueses no sofá a mandar num clube

ANTÓNIO PEDRO PEREIRA

Gastaram 50 euros para ajudar a gerir o Ebbsfleet
Alexandre Vicente é um dos 40 portugueses que mergulharam no My Football Club, o projecto comunitário que juntou já 23 mil membros através da Internet e se prepara para finalizar a compra do Ebbsfleet United, modesto clube inglês (em Portugal, jogaria nos regionais ou numa imaginária V Divisão). O informático fala de "utopia" da "devolução do clube aos adeptos" como alavanca de motivação para investir parcos 50 euros e poder participar na gestão de uma equipa de futebol. E não é um jogo de computador, é a realidade.

"Costumo jogar todos os simuladores de futebol, os jogos de management", diz ao DN para explicar a inclinação por um projecto ímpar e que pretende colocar nas mãos dos administradores-adeptos a gestão de um plantel de futebol - das transferências aos treinadores - e do próprio clube - dos patrocínios ao nome ("deve ser a primeira votação, para mudar o nome. A direcção decidiu esta ano mudar de Gravesend & Northfleet para Ebbsfleet United e os adeptos não gostaram", revela a propósito).

Alexandre, de 27 anos e residente no Porto, chegou ao projecto através de um amigo. "Quando vi a ideia fiquei logo interessado. E pagar 50 euros por ano [é o valor da subscrição, a renovar anualmente] para entrar nestas decisões todas não é caro", prossegue, sem se centrar demasiado naquilo que pode fazer sozinho.

"O clube vai ser gerido por uma democracia, eu sozinho não posso mudar muito. Vai haver um sistema de votos e teremos de nos submeter à vontade da maioria", explica.

Para já, ainda não houve votações. "Estamos à espera que se formalize a compra do Ebbsfleet. Espera-se que fique concluída até ao Natal, até porque em Janeiro abre-se o mercado de transferências", assume. E, para já, "a prioridade é conhecer o clube". "Vamos poder ver os jogos do clube através do sítio na Internet, vão colocar entrevistas com os jogadores e os treinadores. Só assim poderemos decidir que jogadores queremos ou não", adianta. E William Brooks, gestor e mentor do projecto, confirma: "Os membros vão poder ver todos os jogos do Ebbsfleet, talvez não em tempo real, mas com algum atraso."

Portanto, o próximo mês e meio será determinante para o plantel do Ebbsfleet United. E para o treinador, sempre sujeito à erosão dos resultados, como historicamente o tem comprovado o futebol. "Com este projecto, substituir o treinador é delicado", defende Alexandre Vicente. E passa a explicar: "Como somos nós a tomar as decisões, de quem joga a que táctica se usa, será muito complicado chamar nomes ao treinador. Se falhar, falhamos todos."

E para dar uma ideia do envolvimento no projecto, o adepto do Benfica deixa uma imagem. "Se daqui a uns anos defrontássemos o Benfica? Provavelmente torceria pelo Ebbsfleet", ri-se.

À espera de novidades, Alexandre já tem um projecto a breve prazo: "Organizar uma expedição a Kent com os outros membros portugueses para ver um jogo e conhecer o clube in loco", conclui.

DN, 20-11-2008
 
Agora em Portugal - Quer ser dono de um clube por 50 Euros!?

16 Fevereiro, 2008

Lembra-se da iniciativa «My Football Club», em que cerca de 50 mil adeptos juntaram-se para comprar um clube inglês? O projecto chegou a Portugal e apresenta moldes semelhantes. Em www.donosdoclube.com, pode descobrir os pormenores sobre o conceito que promete criar condições para a entrada no capital de um emblema da Liga portuguesa.

Quer ser dono do Benfica, F.C. Porto ou Sporting? Escolher treinador, comprar e vender jogadores, decidir a táctica e os eleitos para cada jogo? A empresa Global Key espera, através de «Donos do Clube», oferecer essa possibilidade a quem estiver disposto a pagar 50 euros.

Em suma, os promotores da iniciativa têm como objectivo juntar 100 mil adeptos e garantir uma verba a rondar os 4 milhões de euros. Dos 50 euros por utilizar, 10 serão para a gestão do projecto e auditorias constantes à contabilidade. O depósito irá manter-se por um ano, até tornar-se possível a compra de um clube com projecção em Portugal.

Em Inglaterra, os adeptos que aderiram ao «My Football Club» assistiram a negociações com vários emblemas, mas a aposta acabaria por recair no Ebbsfleet United, do quinto escalão. O treinador manteve-se, mas teve de passar a obedecer aos desejos dos adeptos, em relação à formação da equipa para cada fim-de-semana. Nesta altura, a equipa está na 8ª posição do seu campeonato. A decisão mais recente dos adeptos passou pelo acordo com a Nike para fornecer os equipamentos para a época 2008/09.

«Não faltam treinadores de bancada»

Bruno Nunes, um dos promotores da iniciativa «Donos do Clube», delineou os contornos do projecto, em conversa com o Maisfutebol: «Os pré-registos continuam a aumentar todos os dias, apesar de só termos aprovado a campanha de marketing esta semana. Os registos com pagamento de quota começarão a 25 de Fevereiro.»

«Sendo o nosso objectivo, não sei se será viável chegar aos 100 mil utilizadores. Estamos a negociar com algumas marcas, que pretendem entrar futuramente no clube a adquirir, para tentar chegar aos 4 milhões de euros por outros meios. Acreditamos que será possível, mas é muita gente. Em Inglaterra, chegaram aos 50 mil utilizadores. O mínimo-limite para nós avançarmos será os 40 mil», considera Bruno Nunes.

Os responsáveis pelo projecto encontram dois factores de motivação. A frágil situação financeira de vários clubes portugueses e a enorme quantidade de treinadores de bancada no nosso futebol. «Penso que conseguiremos entrar num clube da Liga, se conseguirmos chegar aos 4 milhões de euros, até pelas notícias de problemas de liquidez que chegam todos os dias. Treinadores de bancada não faltarão em Portugal, agora de vão aderir ou não, vamos ver. Se gastam 50 euros por um jogo de computador, um simulador como o Championship Manager, podem apostar neste projecto», considera.

Os promotores do «Donos do Clube» depositam nos adeptos a responsabilidade de decidir se irão escolher a equipa para cada jogo: «Isso vai ser decidido pelos próprios utilizadores, quando chegarmos a esse ponto. A decisão chegará até à equipa técnica e contratação de jogadores, o resto logo se vê. Agora, vamos arrancar com publicidade no Estádio do Dragão, na Luz e em Alvalade, nos shoppings de Lisboa e Porto. Temos de olhar para a realidade, a viabilidade desportiva do clube também é importante. Se será o Boavista, o E. Amadora, o Farense, o Alverca, logo se vê.»

Fonte: overdadeiroportugal.blogspot.com
 
'Site' quer juntar adeptos para comprar clube da primeira Liga

RUI MARQUES SIMÕES

A empresa Global Key anunciou ontem o lançamento do site Donos do Clube (www.donosdoclube.com), através do qual pretende juntar 100 mil adeptos e avançar para a compra de um clube de futebol da primeira Liga portuguesa.

"O projecto é inédito em Portugal, mas não o é na Europa" contou, ao DN Sport, Bruno Nunes, director da Global Key, confessando, depois: "Baseámo-nos no exemplo recente do Ebbsfleet United Football Club" [equipa da 5. divisão inglesa que foi comprada por um grupo de adeptos, que se juntou através do site My Football Club - ver caixa].

Cada interessado pode fazer o pré--registo no site até dia 25 deste mês. Aí, o registo terá de ser oficializado, com o pagamento de uma quota de 50 euros (depositada num banco a designar posteriormente, pois a parceria ainda está a ser discutida). Segundo Bruno Nunes, o objectivo é juntar 100 mil pessoas (ou quantificar 100 mil registos), no espaço de um ano, para passar à aquisição da percentagem maioritária das acções um clube. Consumado o processo, os adeptos passariam a tomar parte activa na gestão desportiva e financeira do clube.

Para tal, a equipa em questão terá de ter uma Sociedade Anónima Desportiva. O director da Global Key aponta para a Primeira Liga: "Tendo em conta as condições financeiras do futebol português, não será complicado comprar um clube de primeira, que não os três grandes". Esclarecendo que "terá sempre de ser analisada a viabilidade da equipa em questão", Nunes lembra que pretenderão comprar um emblema "que esteja bem".

Se reunir os 100 mil adeptos, o Donos do Clube junta quatro milhões de euros para o negócio (10 dos 50 euros de quota vão para a gestão do site). Ainda assim, admitindo não saber "que sucesso vai ter" a iniciativa, Bruno Nunes assume a possibilidade de adquirir um clube mais pequeno, a exemplo do Ebbsfleet, caso não se juntem as 100 mil pessoas pretendidas. Se os membros do Donos do Clube decidirem não avançar com o negócio, "receberão o dinheiro de volta", explica o responsável.

De acordo com Bruno Nunes, a Global Key "é uma empresa de gestão de sites de conteúdos online", responsável pelas páginas informativas www.camisola10.com, www.rosa10.com e www.teen10.net.

Por isso, a promoção publicitária do projecto Donos do Clube será feita essencialmente online, nos três sites do grupo. Ainda assim, o responsável admite expor a iniciativa "em centros comerciais e nas imediações dos estádios dos principais clubes nacionais".

Ontem, sem que a promoção do projecto tivesse ido além dos sites do grupo, o Donos do Clube "já tinha 100 pré-registos", congratula-se o director da Global Key.

DN, 9-2-2008
 
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