26 junho, 2007

 

Júlio Pereira


O músico



http://www.juliopereira.pt/index.htm

http://www.myspace.com/juliopereira

http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_Pereira

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Júlio Pereira em viagem pelos quatro cantos do globo

DAVIDE PINHEIRO

Cada novo disco de Júlio Pereira é uma autêntica caixa de surpresas, pela invulgaridade dos sons apresentados e a maneira como os mesmos são concebidos. Os instrumentos variam como quem troca de camisa e as latitudes são resultado de viagens que o músico vai realizando numa carreira rica em discos, mas também em colaborações.

O novo Geografias é espacialmente pouco definível pela quantidade de destinos para os quais remete. O autor define-o como a memória de tudo o que fez: "Neste caso das viagens, culturas e instrumentos que vão ficando cá dentro e que saem grande explicação na minha música." Apesar de quase sempre ter estado ligado à música tradicional, Júlio Pereira importou muitos outros sons neste disco, com a diferença de ter ido" buscar outras coisas, diferentes das do passado".

Geografias representa também um regresso ao bandolim enquanto instrumento privilegiado de criação, o que não se trata propriamente de uma novidade. Ficamos, no entanto, a saber que o bandolim foi a sua "primeira grande viagem pela mão do seu pai quando soube quando queria ser músico". Quanto ao cavaquinho que o popularizou, ficou "muito fascinado" por esse instrumento, mas a falta de interesse em se repetir a experiência levou--o a gravar "coisas diferentes", contrariando recomendações do mercado.

Em 1992, quando gravou O Meu Bandolim, Júlio Pereira deu asas à sua necessidade de "andar a saltitar". Entretanto, dedicou-se a outros trabalhos, como a produção, e o bandolim ficou para trás, mas o fascínio não terminou. "É um instrumento de que eu gosto muito e nos últimos anos foi o que mais evoluiu na Europa", diz-nos com grande convicção.

Impensável, para já, é o regresso ao universo do rock, por onde passou com os Petrus Castrus, tendo gravado o histórico Mestre (1973). Ainda assim, precisa "dessa energia e do power que pode agitar 100 mil pessoas num estádio".

Entre as vozes que participam em Geografias, contam-se Sara Tavares e Marisa Pinto (Donna Maria). A escolha deveu-se ao facto de "a Sara Tavares ser a minha companheira porque considero a voz dela um instrumento" e a "Marisa Pinto ter gravado uma nota que a Sara não conhecia". O resultado foi "um arranjo para duas vozes".

Mesmo assim, Geografias é instrumental "porque todo o projecto é assim". Júlio Pereira aprofunda a questão dizendo que "uma canção tem características específicas e uma men- sagem", enquanto que aqui "não há nada em concreto, o que suscita as mais variadas reacções".

DN, 25-6-2007
 
Júlio Pereira em viagem pelos quatro cantos do globo

DAVIDE PINHEIRO

Cada novo disco de Júlio Pereira é uma autêntica caixa de surpresas, pela invulgaridade dos sons apresentados e a maneira como os mesmos são concebidos. Os instrumentos variam como quem troca de camisa e as latitudes são resultado de viagens que o músico vai realizando numa carreira rica em discos, mas também em colaborações.

O novo Geografias é espacialmente pouco definível pela quantidade de destinos para os quais remete. O autor define-o como a memória de tudo o que fez: "Neste caso das viagens, culturas e instrumentos que vão ficando cá dentro e que saem grande explicação na minha música." Apesar de quase sempre ter estado ligado à música tradicional, Júlio Pereira importou muitos outros sons neste disco, com a diferença de ter ido" buscar outras coisas, diferentes das do passado".

Geografias representa também um regresso ao bandolim enquanto instrumento privilegiado de criação, o que não se trata propriamente de uma novidade. Ficamos, no entanto, a saber que o bandolim foi a sua "primeira grande viagem pela mão do seu pai quando soube quando queria ser músico". Quanto ao cavaquinho que o popularizou, ficou "muito fascinado" por esse instrumento, mas a falta de interesse em se repetir a experiência levou--o a gravar "coisas diferentes", contrariando recomendações do mercado.

Em 1992, quando gravou O Meu Bandolim, Júlio Pereira deu asas à sua necessidade de "andar a saltitar". Entretanto, dedicou-se a outros trabalhos, como a produção, e o bandolim ficou para trás, mas o fascínio não terminou. "É um instrumento de que eu gosto muito e nos últimos anos foi o que mais evoluiu na Europa", diz-nos com grande convicção.

Impensável, para já, é o regresso ao universo do rock, por onde passou com os Petrus Castrus, tendo gravado o histórico Mestre (1973). Ainda assim, precisa "dessa energia e do power que pode agitar 100 mil pessoas num estádio".

Entre as vozes que participam em Geografias, contam-se Sara Tavares e Marisa Pinto (Donna Maria). A escolha deveu-se ao facto de "a Sara Tavares ser a minha companheira porque considero a voz dela um instrumento" e a "Marisa Pinto ter gravado uma nota que a Sara não conhecia". O resultado foi "um arranjo para duas vozes".

Mesmo assim, Geografias é instrumental "porque todo o projecto é assim". Júlio Pereira aprofunda a questão dizendo que "uma canção tem características específicas e uma men- sagem", enquanto que aqui "não há nada em concreto, o que suscita as mais variadas reacções".

DN, 25-6-2007
 
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