03 julho, 2007

 

1 de Julho


Dia da Força Aérea




http://www.emfa.pt/www/index.php?fsh=1

http://www.emfa.pt/www/po/afa/

http://www.aefa.pt/

http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_A%C3%A9rea_Portuguesa

http://walkarounds.home.sapo.pt/

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General escolhe aviação civil

MANUEL CARLOS FREIRE

O general Francisco Baptista saiu da Força Aérea no início deste mês para trabalhar numa companhia aérea privada, tornando-se o último e mais graduado das quase três dezenas de pilotos militares que já deixaram as fileiras em 2007.

Segundo os dados a que o DN teve acesso, o número de pilotos-aviadores que deixaram as fileiras no primeiro semestre deste ano é quase 50% superior à média - cerca de 20 por ano - das últimas duas décadas. A grande maioria são oficiais jovens e de baixa patente, sendo Francisco Baptista o terceiro general a optar por pilotar aviões comerciais nos últimos anos, segundo actuais e antigos oficiais da Força Aérea. Mas o número cresceu significativamente em 2007 porque agora houve vários coronéis a optar pela aviação civil.

A decisão de Francisco Baptista - que coincidiu com a celebração do Dia da Força Aérea e com a suspensão temporária (por falta de pilotos) do helicóptero estacionado na região autónoma da Madeira - surge como mais um alerta de que a Força Aérea, insistem as fontes, está a atingir "limites críticos" no seu funcionamento. Recorde-se que o ramo só tem quatro pilotos comandantes na esquadra dos aviões de transporte Hércules C-130 e que, nos Açores, as duas tripulações dos helis EH-101 fazem turnos de 24 horas dia sim dia não, com os custos pessoais e familiares que isso implica.

Acresce que se for ultrapassado o limite de 12 horas de voo diárias, imposto a nível internacional, tem de avançar a tripulação de reserva para realizar nova operação no mesmo dia - ou então ela não é realizada, assinalam as fontes.

Francisco Baptista foi promovido ao generalato em 2006, depois de comandar a base aérea dos Açores e de ter estado colocado no quartel-general da NATO em Bruxelas. Segundo algumas fontes, a proibição de continuar a voar nos caças Alpha Jet por parte das chefias da Força Aérea foi outra das razões que levou o major-general a deixar as fileiras. O militar, com 53 anos de idade e 33 anos de serviço militar, era adjunto do tenente-general responsável pelas Operações no Estado-Maior-General das Forças Armadas.

De acordo com uma alta patente, o facto de um general - novo, ainda com uma carreira militar pela frente - optar pela aviação comercial comprova que este mercado oferece condições irresistíveis. Porém, e ao contrário do que pode suceder com os pilotos mais novos, a este nível não se fala só de condições materiais mas de "estabilidade pessoal e familiar".

Por outro lado, o não ter horários nem as condições de trabalho de que gozam os pilotos (engenheiros, mecânicos...) civis junta-se ao sentimento de que os militares são "maltratados" pelo poder político e não têm o reconhecimento da sociedade civil, frisou um ex-oficial, acrescentando: "É uma injustiça! É insustentável [para] quem tem uma família para alimentar e uma vida para viver."

DN, 11-7-2007
 
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