08 julho, 2007

 

8 de Julho


Dia mundial da alergia


http://pt.wikipedia.org/wiki/Alergia

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Boletim Polínico

Níveis de pólenes com concentrações elevadas em todo o País

Esta semana os níveis de pólenes ocorrem em concentrações elevadas em todas as regiões do País. O alerta vai particularmente para os doentes com alergia aos pólenes de gramíneas.

No Norte do País e região do Porto, os pólenes totais prevêem-se em níveis elevados, com destaque para os pólenes de gramíneas, erva parietária e castanheiro, sendo esperadas concentrações moderadas para os pólenes de gramíneas e baixas para os restantes pólenes.

No Centro do País e região de Coimbra, os pólenes totais encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes de gramíneas, erva parietária e castanheiro, sendo esperadas concentrações moderadas para os pólenes de gramíneas e baixas para os restantes pólenes.

Na Estremadura e região de Lisboa, são observados os níveis polínicos mais elevados, com destaque para os pólenes de gramíneas, erva parietária, eucalipto e castanheiro, sendo esperadas concentrações moderadas para os pólenes de gramíneas e baixas para os restantes pólenes.

No Alentejo, os pólenes totais encontram-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes de gramíneas, erva parietária e castanheiro, sendo esperadas concentrações moderadas para os pólenes de gramíneas e baixas para os restantes pólenes.

Na região do Algarve, os pólenes prevêem-se em níveis elevados, com predomínio dos pólenes de gramíneas, palmeira, erva parietária e castanheiro, sendo esperadas concentrações baixas para estes pólenes, com tendência para redução dos níveis dos pólenes de gramíneas.

Dúvidas

A alergia a pólenes pode ser causa de alergia alimentar?

A sensibilização a um alergénio inalado, como os pólenes, pode ser causa de alergia alimentar. Em indivíduos com alergia aos pólenes existe a possibilidade de reactividade cruzada entre proteínas existentes no grão de pólen, a que os doentes se sensibilizam por via inalatória, com proteínas semelhantes existentes em alimentos de origem vegetal. O resultado é o possível aparecimento de uma alergia alimentar, a frutos e/ou legumes, em doentes com alergia a pólenes, a que se denomina síndrome pólenes-frutos. A manifestação mais frequente é uma forma de alergia oral, que se caracteriza pelo aparecimento de edema, comichão e/ou formigueiro dos lábios, boca e garganta, quando o fruto contacta com a mucosa oral do indivíduo alérgico. Contudo, alguns doentes podem desenvolver reacções muito mais graves. O diagnóstico deve ser efectuado em consulta com médico da especialidade de imunoalergologia. Os pólenes mais implicados são as gramíneas, tanchagens, artemísia, ambrósia e bétula. Os frutos mais frequentemente envolvidos são os pertencentes às famílias Rosaceae, tais como pêssego, maçã, pêra, ameixa, cereja e alperce, e Cucurbitaceae, que inclui frutos como melão e melancia e legumes como abóbora e pepino.|

Para informações mais detalhadas sobre as previsões de níveis polínicos deverá consultar o Boletim Polínico no site da SPAIC em: www.spaic.pt (para o efeito consulte a página com a "informação aeropolínica actual" de cada região).

DN, 9-7-2007
 
Outono seco, cuidados de Verão

DIANA MENDES
PAULO SPRANGER

Nariz entupido, tosse, comichões no corpo, olhos congestionados. A culpa do mal-estar generalizado dos portugueses é do tempo seco e das grandes amplitudes térmicas. Numa altura em que nas prateleiras dos rou- peiros deviam estar as camisolas de lã e que o guarda-chuva devia fazer parte da lista diária de acessórios, usam-se mangas curtas de dia e casacos quentes à noite. "Estamos a viver um Verão atenuado. Por isso, devemos ter os mesmos cuidados", diz o dermatologista José Campos Lopes.

O tempo seco e a grande amplitude térmica (diferença entre a temperatura mínima e máxima no período de 24 horas) estão associados a inúmeros problemas respiratórios e de pele. Quem sofre de alergias, asma, rinite ou conjuntivite alérgica, por exemplo, sente mais as consequências: "As alergias têm uma progressão maior, mas isso não quer dizer que as pessoas não possam constipar-se", ou ter alguns sintomas, diz Mário Morais de Almeida. A temperatura e a ausência de humidade "elevam a probabilidade de haver infecções e de as transmitir", diz o presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.

Teles Araújo, o presidente da Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias, sublinha que "o tempo quente e seco perturba o aparelho respiratório, especialmente o nariz, que serve para humidificar e aumentar a temperatura do ar que vai para os brônquios. Se a amplitude térmica é grande, o nariz deixa de responder. Com tempo frio, por exemplo, há dilatação dos vasos para aquecer o ar e, havendo obstrução nasal, a pessoa tem de respirar pela boca".

O resto já se sabe: o nariz entope, o ar entra pela boca e, com ele, abrem-se as portas ao pó, bactérias e infecções. À constipação podem juntar-se infecções dos brônquios e pneumonias, "menos frequentes nesta altura", acrescenta Teles Araújo. "A tosse, dificuldade em respirar, congestão ocular ou faringite fazem parte do quadro de constipação", sublinha Segorbe Luís, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Em alguns casos, podem surgir hemorragias nasais ou dores de cabeça, mais frequentes nas pessoas alérgicas. É a polinização que prolonga as alergias. Estes doentes, tal como as crianças e idosos com doenças crónicas, correm mais riscos.

O aumento da temperatura e a reduzida humidade secam ainda a pele, "originando frequentemente comichão", diz José Campos Lopes. As pessoas mais sensíveis ao sol também podem ressentir-se com o excesso de exposição sol". A solução "é ter os mesmos cuidados que se tem no Verão. O sol não é tão forte, mas continua a originar problemas", remata.

DN, 9-11-2007
 
Descoberto gene que inibe o combate às alergias

LUÍSA BOTINAS

Uma equipa de cientistas descobriu um mecanismo do qual podem resultar a febre dos fenos e outras reacções alérgicas, por impedir a auto-regulação normal do sistema imunitário.

Os investigadores esperam que a descoberta, divulgada pela revista PLoS Biology, abra caminho ao desenvolvimento de terapias que tratem as alergias através do bloqueio daquele mecanismo. Os autores do estudo são investigadores do Imperial College de Londres, do Instituto Suíço de Investigação sobre Alergia e Asma. A investigação mostrou que um gene conhecido por GATA--3 pode bloquear o desenvolvimento de células T reguladoras no sistema imunitário, ao isolar outro gene. Este, o FOXP3, é fundamental para as células T reguladoras, já que, se for bloqueado, estas deixam de ser produzidas. Sendo capazes de desenvolver terapias que impeçam o bloqueio do FOXP3, os cientistas esperam conseguir que as células T reguladoras voltem a trabalhar normalmente. As células T reguladoras têm uma importância vital para evitar reacções alérgicas em pessoas saudáveis, por manterem as outras células sob controlo e por suprimirem células pró-alérgicas, as Th2 .

Ana Neves, alergologista infantil, no Hospital de Santa Maria, Lisboa, disse ao DN que as conclusões do estudo são "positivas e importantes, uma vez que a descoberta permitirá a intervenção directa nos factores que originam a doença alérgica, obtendo-se assim resultados no quotidiano dos doentes". Segundo aquela médica, "devido a factores ambientais e genéticos, a prevalência das alergias ronda já os 40% da população ocidental".

Nos alérgicos, as células Th2 podem identificar, por engano, como perigoso determinado alergeno, como o pólen. Neste caso, sempre que a pessoa volta a encontrar aquele alergeno, essas células promovem a produção de anticorpos para o atacar, provocando uma reacção alérgica. "A descoberta vai ajudar-nos a compreender como é que as pessoas saudáveis são capazes de tolerar alergenos e o que precisamos de fazer para reinduzir tolerância no sistema imunitário de pacientes com alergias", afirmou Carsten Schmidt, principal autor do estudo e investigador do National Heart and Lung Institute. Os cientistas chegaram às suas conclusões depois de analisarem genes relacionados com as células T reguladoras e a forma como eles interagem, e confirmaram-nas com modelos de ratinhos, mostrando que os geneticamente alterados para exprimirem o GATA-3 em todas as células T revelaram enormes defeitos na produção de células T reguladoras.

DN, 30-12-2007
 
Esta Primavera trará menos alergias

LUÍS NAVES

A falta de chuva no Outono teve uma vantagem: com a menor germinação de ervas, menos pessoas vão sofrer de alergias. "Devido à seca, haverá menor quantidade de pólenes oriundos das ervas", como por exemplo gramíneas e pariatárias, confirmou ao DN Ângela Gaspar, secretária-geral da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).

As alergias dependem da vegetação local e da geografia, pelo que a situação poderá ser favorável em zonas afectadas pela seca de Outono e com poucas árvores. A concentração de pólen na atmosfera é um tema que interessa a muitos portugueses, sobretudo na Primavera. Segundo a SPAIC, em Portugal, 11% das crianças entre 6 e 14 anos, além de 5% dos adultos, sofrem de asma. Isto representa mais de meio milhão de pessoas. A rinite, por seu turno, atinge um milhão. Por isso, o DN publicará regularmente o boletim polínico, a partir de dia 21.

No centro de Espanha, espera-se um ano mais tranquilo para as pessoas que sofrem de alergias. A previsão é da congénere espanhola da SPAIC (a SEAIC) que antecipa menos problemas este ano, devido ao Outono seco. Os espanhóis mencionam a possibilidade de uma Primavera com valores médios de pólen atmosférico iguais a metade dos verificados em 2007.

A Primavera passada, em Espanha, foi a pior dos últimos 30 anos, segundo escreve o ABC, que cita um responsável da SEAIC, Javier Subiza. Este médico espera redução "no número de pacientes com asma nas urgências".

Mas o centro da península é uma região seca, onde o arvoredo é mais escasso do que em Portugal, pelo que a comparação com o nosso País não é imediata. Neste momento, por exemplo, os níveis de pólen de cipreste, árvore que poliniza no Inverno, estão elevados em Portugal, explicou ao DN a especialista Ângela Gaspar. As alergias provocadas por pólenes de árvores são aqui mais frequentes, pelo que os beneficíos do Outono seco irão para pacientes sensíveis a gramíneas, por exemplo.

Há outros factores ambientais nas alergias, como poluição, certos alimentos ou a precipitação. Com menos chuva, por exemplo, a concentração de pólen aumenta. E, nas cidades, as partículas dos motores a diesel podem agravar os sintomas.

DN, 9-3-2008
 
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