10 julho, 2007

 

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E a saga continua...

Desta vez e até aquela data serão nomeadas as maravilhas naturais.

Depois uma comissão de sábios escolherá as 21 que irão à votação final e universal para a escolha das 7 maravilhas.

http://www.natural7wonders.com/

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DEPOIS DOS MONUMENTOS, A NATUREZA

KÁTIA CATULO

Conhecidas as novas maravilhas do planeta, chegou a hora de eleger as sete belezas naturais do mundo moderno. A Fundação New 7 Wonders anunciou sábado no Estádio da Luz, em Lisboa, que irá começar agora a organizar uma nova eleição para determinar quais as formações naturais mais populares.

"Só daqui a uns bons anos", porém, serão conhecidas as preferências dos eleitores que vão participar neste concurso à escala planetária. O aviso partiu de Tia B. Viering, porta-voz da fundação suíça, esclarecendo que cibernautas de qualquer canto do planeta poderão nomear os seus favoritos. Basta, portanto, aceder ao site www.natural7wonders.com e seleccionar sete monumentos naturais que gostaria de ver entre os vencedores.

Segundo o responsável, a primeira fase "deste longo processo" ficará concluída no dia 8 de Agosto do próximo ano (08/08/08). A partir daí a fundação do cineasta suíço Bernard Weber irá convidar uma equipa de especialistas para elaborar uma lista com os 21 candidatos.

E só depois de concluído este procedimento é que os cibernautas poderão eleger as novas 7 Maravilhas da Natureza. "Ainda é cedo para saber quando poderão ser divulgados os vencedores e em que país será a realizada a cerimónia", advertiu Tia Viering, não esclarecendo, contudo se a Unesco irá fazer parte do painel de especialistas que vão elaborar a lista dos candidatos.

Recorde-se que a agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) quis demarcar-se da campanha lançada por Bernard Weber para escolher as 7 novas Maravilhas do Mundo Moderno. "Esta campanha respondia a critérios e objectivos diferentes dos da Unesco no domínio do património", esclareceu ontem à agência France Press Sabida Williams, porta-voz daquela organização da ONU com sede em Paris. A lista do património mundial da humanidade da Unesco conta com 851 sítios e inclui não só monumentos, mas também os conjuntos arquitecturais mais vastos, como centros de cidades, paisagens criadas pelo Homem e meios naturais.

Resta ainda saber se Portugal irá criar também um concurso para eleger as suas maravilhas naturais. "Por enquanto não existe qualquer iniciativa no sentido de criar um concurso a nível do País", explicou Miguel Velhinho, da New7Wonders Portugal, entidade que organizou as 7 Maravilhas de Portugal. Mas isso não significa que o evento à escala nacional não se repita: "Qualquer entidade ou empresa pode candidatar-se e organizar um evento semelhante ao das maravilhas portuguesas", rematou Miguel Velhinho.|

Torre de Belém já é muito conhecida mundialmente

Ao fim da tarde a Torre de Belém parece uma ilha no meio do Tejo e há até quem aproveite para molhar os pés nas ondas que morrem na pequena praia que a enquadra. Natacha e José percorrem com os filhos o tabuleiro que liga terra à entrada do baluarte. Lisboetas, são mais um dos muitos casais que aproveitaram o dia ameno, para ir até ao relvado em frente ao Tejo. "Nem sequer sabíamos que a Torre de Belém tinha sido escolhida como uma das sete maravilhas portuguesas. Já agora quais são as outras?", questionam curiosos. Iniciativas como a da eleição das maravilhas patrimoniais de um país servem "quanto mais não seja para divulgar o património", embora este seja dos monumentos mais conhecidos internacionalmente, conforme disseram ao DN dois turistas espanhóis provenientes da Andaluzia. "Não sei se este marketing todo serve para alguma coisa. Deveria servir para as autoridades gastarem mais na conservação, pois este não parece que esteja assim tão bem", diz José. Para Natacha, a questão do preço dos bilhetes para visitar monumentos nem se põe. "Se pagamos cinco euros para irmos ao cinema porque não haveremos de pagar para conhecer o património?"|- L.B.

Alcobaça abriu portas na noite em que foi eleito

O Mosteiro de Alcobaça ofereceu um presente aos seus visitantes logo que foi conhecido o resultado da votação. Na noite de sábado, entre as 21.00 e as 23.00 quem estava ou passava por Alcobaça pôde visitar o mosteiro sem pagar entrada. A oferta não estava anunciada, confirmaram ao DN, no monumento, mas "assim que soubemos abrimos as portas e ligámos as luzes". Muita gente aproveitou e o mosteiro teve visitantes até às 23.00.

"Fomos uns felizes contemplados", exclamava, ontem à tarde, Idalina Oliveira, frente à entrada monumental, por constatar que haviam sido três os conjuntos arquitectónicos contemplados na sua região. Não votou, como a maior parte das pessoas que o DN ouviu em Óbidos, Alcobaça e Batalha, mas afirmava-se contente com o resultado. Mora em Caldas da Rainha, onde é auxiliar de acção médica no hospital local. Para si, Alcobaça "é um dos mais bonitos [monumentos] por dentro, por fora é a Batalha". Ambos fazem parte dos seus passeios de tempos livres e, como morou no estrangeiro, sempre que tem amigos ou conhecidos que vêm de fora leva-os a fazer o percurso de Óbidos a Alcobaça. Vai até à Batalha e retorna pelas praias da Nazaré e da Foz do Arelho.

Esta, como outras turistas, entre os nacionais e os estrangeiros (às centenas a entrar ao mesmo tempo, porque os meses de Julho, Agosto e Setembro são muito fortes em termos de turismo na região) diziam ter pena que outros monumentos tivessem ficado de fora. É o caso da Torre dos Clérigos ou da Casa de Mateus, ou do núcleo medieval da Universidade de Coimbra. Este com fortes ligações aos monges de Alcobaça. |- J.R.

Mosteiro dos Jerónimos tem os bilhetes caros

Sentada nos degraus da fachada do Mosteiro dos Jerónimos virada para o Tejo, a família Serrano (avós, pais e neto), de Lisboa, olha para o Centro Cultural de Belém ali bem perto. "Estivemos lá para tentar ver se conseguíamos conhecer a colecção Berardo, mas desistimos. A fila era tão grande que viemos embora". Nos Jerónimos desta vez ainda não entraram. Apesar de tudo, concordam que esta é uma obra fundamental da arquitectura manuelina. O monumento cujo risco inicial é de Boitaca, é uma das sete maravilhas eleitas pelos portugueses. "Não assisti na íntegra ao espectáculo do Estádio da Luz mas ainda consegui ver que o Taj Mahal foi um dos escolhidos. Era um dos meus preferidos. Com a escolha do Cristo Redentor é que eu não concordo nada. Para isso, deveríamos nós portugueses também ter concorrido com o Cristo-Rei", disse o pai. "Estas coisas das eleições das maravilhas não passam de operações de marketing muito bem montadas. Se elas servissem para incentivar verdadeiramente as pessoas a conhecerem o património, então as entradas deveriam ser a preços simbólicos ou até gratuitas. Veja, no CCB há filas para entrar. Aqui não", acrescenta. "Isto não é novidade nenhuma", diz o avô. "Aqui tudo se paga, nada é de graça. Ora então, façam lá as contas. Para uma família como a nossa, o total dos bilhetes ficaria por 13.50 euros, que de contas sei eu bem. Isto já já um almoço", acrescenta. Ali ao lado, Luga, Sebastian e Juan Miguel são três amigos , naturais de Jérez de la Frontera que querem uma foto com o mosteiro em fundo. "É muito bonito. Sobretudo o estilo arquitectónico", diz Juan Miguel. "Espanha também tem Alambra, em Granada. Não foi escolhido, pois não?"|- L.B.

Berço da nacionalidade é orgulho dos portugueses

Em termos turísticos o castelo de Guimarães vende por si só e a classificação como uma das Sete Maravilhas de Portugal pouco alterou ontem o número de visitantes. Mais de 200 mil pessoas passam anualmente pelo local. "É como ir a Meca para os muculmanos. Não há português que aqui não venha pelo menos uma vez na vida", afirmou ao DN Arlindo Leite, funcionário da loja do Paço dos Duques, mesmo ali ao lado. Maria Augusta Sousa é um exemplo. É emigrante no Canadá desde 1969 e aproveita as férias para passear pelo seu país de origem. Em Guimarães já esteve "várias vezes". O local é "muito histórico e berço de todos os portugueses". Opinião partilhada pelo portuense Emílio Silva: "Faz parte da nossa identidade". A mulher, Arcelina Vale, explicou a razão de visitarem o castelo várias vezes: "É um monumento que não chateia ver e está muito bem situado na parte velha da cidade." Um dia depois da eleição das Sete Maravilhas, Maria Júlia Pinheiro e Augusto Pinheiro, um casal de Vila Nova de Famalicão, fizeram questão de voltar. A Torre de Menagem é o que mais os fascina, embora toda a vista envolvente seja "muito agradável". À saída da Torre , Germano Silva e Claudino Neto, naturais do Brasil, apontaram a vista que o castelo oferece como "uma coisa belíssima". Hugo Lourenço, de Vila Verde, foi visitar a fortificação pela primeira vez por causa da nomeação. Junto às muralhas, Fernando Salgado, do Porto, classificou o Castelo de Guimarães como "o símbolo do nosso país".|- A.T.

Pena é de paragem obrigatória

Sarah e Aidine Hughes são irmãs. Vieram da Irlanda do Norte e estão pela primeira vez a Portugal. Escolheram Sintra e o Palácio da Pena como um dos pontos de paragem obrigatória e foram logo presenteadas com uma fila de espera de mais de 40 minutos, antes de entrarem no monumento, idealizado pelo rei D. Fernando II. "Gostámos bastante do Palácio, só não gostámos de estar à espera tanto tempo para comprar os bilhetes. Porque é que só tinham uma pessoa a atender", perguntam.

António Santos Ramos veio com a família, mulher, filha e neto, de Alcobaça. "Lá também temos coisas muito bonitas. Viemos a Sintra, mas não foi por causa de ter sido escolhida como maravilha nacional. Nós também temos o Mosteiro. É para a troca", diz a filha, LaSalete. António, além de ter pago o bilhete da visita comprou um livro sobre o Palácio. "Gosto de ler e tenho tempo", diz. "Para uma visita de uma hora e com bilhetes a 4,5 euros, devíamos ter um guia a explicar", sublinha a filha LaSalete.

Para D. Cecília, visitar a Pena é uma grande emoção. "É tudo muito bonito", diz esta portuguesa com sotaque brasileiro, que saiu do nosso país com oito anos, e ficou-se pelo Rio de Janeiro, já lá vão 60. "Também estou muito feliz com a escolha do Cristo Redentor. Votei muitas vezes pela Internet. Como a gente diz lá no Brasil, vesti a camisola", explica antes de entrar no palácio.|- L.B.

Óbidos ganha pelo conjunto

Óbidos estava cheia de turistas ontem à tarde. Não por ser uma das sete maravilhas desde sábado à noite, mas porque "já é muito conhecida no País e no estrangeiro". José Rodrigues, um dos condutores de charrete, julga, no entanto que "mais este título é importante" e vai "aumentar, ainda mais, o número de visitantes". O dia de ontem nem estava muito bom por causa do vento forte que se sentia. Mesmo assim já tinha dado a volta turística com as suas éguas várias vezes e ouviu as pessoas "satisfeitas por Óbidos ter sido uma das maravilhas eleitas". João Faria e Maia trabalha na companhia aérea dos Açores (SATA), passeava com um grupo no núcleo da vila, mesmo junto ao astelo. Tal como Maria de Deus, que o acompanhava, julga que Óbidos "foi eleita por ser muito bonita" e que "foi no conjunto arquitectónico que as pessoas votaram, não só no castelo". A povoação fica dentro das muralhas, por isso, " tem que ser o conjunto", diziam Paulo Gomes, gestor de contas, e Ângela Cardoso, engenheira civil, de Espinho, no dia em que levavam a filha ao campo de férias.|- J.R.

Batalha teve campanha forte

A campanha foi forte pelo Mosteiro da Batalha. Na pastelaria Oliveira, fronteira ao largo do monumento, os empregados ainda trazem o crachá, com o eu em inglês, seguido de um coração, a dizer: "Eu amo a Batalha". Maria Filipe continua a exibi-lo, no seu posto dentro do balcão. E votou, na Batalha, claro! E em mais seis. "Eram sete eu votei em sete". Optou pelos três eleitos na região, mais Almourol, Guimarães, Monsaraz e o Templo de Diana. Diogo Marques e Hélder Almeida são duas vozes dissonantes neste tipo de votação. Estudantes de Design Gráfico em Caldas da Rainha, Diogo é natural de Mafra e Hélder de São João da Madeira. Dizem que as maravilhas resultaram de um "concurso sensacionalista", tal como "estão os media em Portugal". Preparavam-se para visitar o Mosteiro da Batalha de que gostam. Masjulgam que as pessoas votaram nestes monumentos, como a Batalha, porque "é onde as escolas levam os alunos em visitas de estudo" e lhes ensinam que "é um símbolo da independência" que simboliza a vitória sobre os espanhóis.

DN, 9-7-2007
 
Ria de Aveiro é candidata às 7 Maravilhas Naturais do Mundo

A Ria de Aveiro é candidata à eleição das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, onde Portugal já está representado pelo vale do Douro e Ilhas Selvagens. A votação decorrerá ao longo de um ano e meio e os resultados serão divulgados em 2010.
«Pretendemos promover à escala global o excepcional recurso que a Ria constitui», afirmou o presidente da Região de Turismo Rota da Luz, Pedro Silva, acrescentando que a candidatura «releva o potencial turístico» de Aveiro e toda a zona dos canais.

A competição, promovida por uma fundação, sedeada na Suíça, já se encontra a decorrer na sua página da Internet e apresenta, até ao momento, 168 locais e monumentos naturais de todo o mundo, a grande maioria (78) do continente americano. A Europa está representada por 31 locais, dois dos quais nacionais.

Apesar da entrega da candidatura, a Ria de Aveiro ainda não consta da lista, actualizada duas vezes por dia, uma vez que, de acordo com o regulamento, qualquer pessoa pode propor um local, mas só os que possuem um comité oficial de suporte poderão integrar a lista de finalistas.

Contudo, segundo a Rota da Luz, está a ser criado esse mesmo comité, reunindo organizações públicas e privadas da região, que, «numa acção conjunta, procura difundir o conhecimento global» daquele sítio natural.

A primeira fase da competição é uma votação online até 31 de Dezembro, de onde sairá um grupo de 77 locais mais votados pelos cibernautas. Destes, um painel de especialistas mundiais irá seleccionar 21 finalistas, estando o anúncio agendado para Janeiro de 2009.

DD 01-02-2008
 
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