31 julho, 2007

 

Doença bipolar


Mais um traço da personalidade portuguesa?



O que é:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dist%C3%BArbio_bipolar
http://www.janssen-cilag.pt/disease/detail.jhtml?itemname=bipolar
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?419

As últimas:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=834739&sec=3

Ajuda:
http://www.adeb.pt/

Comments:
Doença bipolar leva à perda
de tecido cerebral

Os doentes bipolares sofrem perdas de tecido cerebral
nas áreas que controlam a memória, o reconhecimento
facial e a coordenação, segundo estudos desenvolvidos no
Reino Unido.
Um estudo citado hoje pela imprensa inglesa refere que os
pacientes perdem, ao longo do tempo, funções cerebrais. A
perturbação bipolar é caracterizada pela alternância entre
períodos de depressão e euforia.
Na investigação da Universidade de Edimburgo foram examinados
cérebros de 20 pacientes com perturbação bipolar e
outros tantos de voluntários sem a doença.
Os resultados mostraram que há sempre perda de uma
pequena quantidade de tecido cerebral, o que suporta a
ideia de que a função cognitiva está debilitada nos pacientes
bipolares de meia-idade.
Mas a perda de massa cinzenta, onde os sinais nervosos são
processados, é maior entre os doentes bipolares e, de entre
estes, as maiores perdas foram registadas nos que sofreram
mais episódios de euforia e depressão.
O coordenador da investigação, Andrew Mcintosh, referiu que
o estudo não mostrou se estas perdas são causa ou consequência
da doença.
Por um lado, os repetidos episódios podem afectar o cérebro
e levar ao enfraquecimento das funções cerebrais, mas por
outro o stress e os factores genéticos podem provocar episódios
mais frequentes e mais perda de cérebro, segundo o
investigador.

RRP1, 23-7-2007
 
Um quinto dos doentes bipolares tenta suicídio

DIANA MENDES

A doença bipolar é uma patologia de foro psiquiátrico que se caracteriza pela alternância de estados de humor, afectando 600 mil portugueses. No entanto, é na fase mista que a doença é perigosa para os doentes, "calculando-se que 20% ou mais tentem o suicídio", disse Luísa Figueira, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Durante a fase de mania (ou hipomania, menos grave), os doentes tendem a cometer excessos: podem fazer mais compras, conduzir demasiado rápido, ter comportamentos sexuais de risco, entre outros. A auto-estima aumentada e os comportamentos excessivos podem ser perigosos, mas "normalmente são incompatíveis com o suicídio", refere a psiquiatra. Na fase da depressão, o desânimo, desmotivação e falta de forças também não o permitem. "É na situação mista que há um maior risco de suicídio e quase todos os doentes bipolares passam por este estado", refere. Razão para que a doença precise de um acompanhamento adequado.

Em Portugal, calcula-se que 6% da população tenham doença bipolar, "mas apenas 1% tem a forma mais grave, que é a doença bipolar tipo 1. A doença é geralmente diagnosticada ao fim de dez anos, por ter contornos difíceis de distinguir. A doença é confundida, por vezes, com a depressão ou esquizofrenia. Por vezes, apesar de já terem tido episódios de depressão, os doentes ainda não passaram pela fase de mania, razão que leva os especialistas a considerar que os depressivos podem ser potenciais doentes bipolares.

O mais importante é, porém, controlar a doença, com uma combinação de anti-depressivos, anti-psicóticos ou estabilizadores de humor. Luísa Figueira considera que, em Portugal há um bom acompanhamento destes doentes e que os médicos estão preparados para diagnosticar a doença. Mesmo que o doente seja seguido por um médico de família, "tem de ser acompanhado por um psiquiatra, porque é uma doença complexa e imprevisível", diz.

A doença bipolar é composta por ciclos, mas é difícil prever quando vão acontecer. Uma pessoa pode estar numa fase maníaca ou depressiva durante horas, meses ou até anos. Os medicamentos ajudam "a pessoa a ter uma vida normal, apesar de poderem surgir crises no tratamento".

Acontecimentos traumáticos ou a utilização de estimulantes podem precipitar a doença, "que tem uma componente biológica importante".

Durante o III Congresso Nacional de Psiquiatria foram apresentadas as linhas orientadoras em relação ao tratamento da doença: "Fizemos um guia dos fármacos a aplicar em cada fase e com provas dadas", guia que foi desenvolvido por vários especialistas e que teve em conta estudos internacionais, conclui Luísa Figueira.

DN, 17-11-2007
 
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