04 agosto, 2007

 

Jogos mundiais militares


Ainda assim, vivos...



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JOGOS MUNDIAIS MILITARES

MANUEL CARLOS FREIRE

Portugal participa com delegação de cinco atletas
A cidade indiana de Hyderabad é a sede dos próximos Jogos Mundiais Militares, em Outubro, e onde Portugal participa com uma delegação de cinco atletas masculinos nas modalidades de tiro e atletismo de meio-fundo.

João Costa (primeiro-sargento da Força Aérea, tiro) é o cabeça de cartaz da selecção portuguesa, que integra ainda António Santos e José Faria (majores do Exército e da Guarda, respectivamente, ambos no tiro), Jorge Pinto e José Ramos (cabo e soldado da GNR, os dois no atletismo). À excepção de Jorge Pinto, todos eles participaram em edições anteriores dos Jogos, prova que evoca o ambiente dos Jogos Olímpicos por reunir num mesmo país as diferentes provas escolhidas (sendo que há modalidades militares que não existem no universo civil).

O chefe da delegação portuguesa, a quem cabe transportar a bandeira nacional na cerimónia de abertura dos Jogos a 14 de Outubro, é o coronel Aníbal Gonçalves (Força Aérea), director da Comissão de Educação Física e Desporto do Ministério da Defesa.

A dimensão da comitiva portuguesa foi condicionada pelas restrições financeiras. "Nos segundos Jogos [Zagreb, 1999] levámos 87 atletas", depois das quatro dezenas que participaram na primeira edição, em Roma (1995), lembrou Aníbal Gonçalves ao DN. Mas a elevada qualidade dos atletas militares - muitos dos quais, como o queniano Paul Tergat, também dominam as competições civis - faz com que Portugal não aspire sequer a uma medalha.

João Costa é atleta olímpico e espera obter um bom resultado. "Não vou para ganhar medalhas. Quem vai, treina e tem meios para as alcançar. Vou lá para fazer o melhor", disse o militar, cujo treinador é o da Federação de Tiro e com o qual só está quando é convocado para as provas civis. "O tiro é um hobby. Treino ao fim-de-semana num campo municipal, na Figueira da Foz [área de residência], e às vezes vou à base da Ota fazer treino para as provas militares", referiu, acrescentando que nesta unidade militar não há condições para treinar as disciplinas olímpicas de tiro (carreiras de 50 metros, por exemplo). Apesar disso, é um dos melhores atletas da modalidade na variante de pistola.

"Nos Jogos Mundiais não houve medalhas, mas nos Campeonatos Mundiais que se realizam todos os anos já tivemos algumas", recordou o chefe da comitiva. Hipismo, esgrima e, principalmente, o atletismo de meio-fundo - com António Leitão, Ezequiel Canário, João Campos, Alberto Maravilha, João Junqueira - foram as disciplinas onde em tempos já se subiu ao pódio.

José Ramos e Jorge Pinto foram os seleccionados para correr as provas de 5000 e 10 000 metros, se possível as duas provas em função do calendário. O primeiro começou a treinar a sério no Belenenses, tendo como treinador o campeão Carlos Lopes. No currículo, e para lá dos campeonatos militares, tem a participação nos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e Sydney (2000), em vários Campeonatos mundiais e europeus ou Taças da Europa. As vitórias que alcançou em várias destas provas nunca lhe permitiram aspirar a resultados idênticos nas competições militares internacionais. "Os atletas são muito fortes", reconheceu.

Corredor de pista, estrada e corta-mato, o soldado da Guarda já foi atleta do Sporting, Benfica, Maratona e da Conforlimpa - tendo integrado a selecção nacional de atletismo por 43 vezes. Na Índia, "se houver meia-final [em função do número de atletas que participar] e conseguir chegar à final, já é bom", admitiu Ramos.

Jorge Pinto, 34 anos, é o mais novo da comitiva e participa pela primeira vez nos Jogos Mundiais Militares. Atleta federado, começou a competir a sério em 1997, tendo vestido as camisolas do Sporting de Braga, Núcleo Desportivo da Silva (Barcelos) e Skoda. A tropa, para onde entrou em 1992 e onde viria a encontrar José Ramos e Alberto Maravilha, deu-lhe a motivação que não tinha até então para levar o atletismo a sério. As vitórias que já obteve ocorreram maioritariamente em provas populares, sendo uma das últimas na São Silvestre da Covilhã.

José Faria, como João Costa e António Santos, também compete com pistola de grosso calibre (.32) em provas de precisão e velocidade - onde o tempo, além da pontaria, é essencial. Treina irregularmente durante a semana na carreira de tiro do Estádio Nacional, quando o trabalho na Brigada de Trânsito lhe permite. Campeão de tiro das Forças Armadas em 1995, ano em que ganhou "tudo o que havia para ganhar" (incluindo provas de carabina), também treina em casa: tem aí uma carreira de tiro de ar comprimido e, principalmente, um simulador com base num laser acoplado à pistola.

Mas ter condições de treino a sério é fundamental: "É incrível como [João Costa] chega a um nível daqueles sem treinador", assinalou José Faria.

António Santos, que há poucas semanas participou nuns campeonatos de tiro em Mafra, também não tem treinador. E as funções militares não ajudam. "Uso óculos para computador durante a semana (sou auditor de finanças). No amadorismo, há um percurso onde se pode ir mais além ou não", constatou. Como tal, não acalenta quaisquer esperanças de atingir os primeiros lugares nos Jogos da Índia: "Os atletas que temos encontrado nas provas civis são atiradores da mais alta craveira mundial".

DN, 4-8-2007
 
Atletas nacionais partem amanhã

MANUEL CARLOS FREIRE

Comitiva portuguesa é uma das mais pequenas destes Jogos Mundiais

Parte amanhã, para a cidade indiana de Hyderabad, a delegação portuguesa que vai participar nos Jogos Mundiais Militares, a realizar na próxima semana.

Chefiada pelo coronel Aníbal Gonçalves, a delegação é composta por cinco militares: os majores António Santos (Exército) e João Faria (GNR), o primeiro-sargento João Costa (Força Aérea), o cabo Jorge Pinto e o soldado José Ramos (ambos da GNR). Os primeiros três competem no tiro com pistola e os restantes dois na prova dos 5000 metros.

Portugal terá uma das delegações mais pequenas - a comitiva do Quénia, além dos 26 atletas, integra mais 43 elementos - entre as que vão competir na versão militar dos Jogos Olímpicos, dadas as restrições financeiras em que o país vive. Mesmo o Luxemburgo envia uma comitiva de sete membros.

A cerimónia de abertura da quarta edição dos Jogos Mundiais Militares, organizados pelo Conselho Internacional do Desporto Militar, realiza-se domingo. A de encerramento terá lugar no domingo seguinte.

DN, 12-10-2007
 
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