21 setembro, 2007

 

21 de Setembro


Dia mundial da pessoa com doença de Alzheimer




http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/349/

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Alerta em Dia Mundial

Apoio domiciliário fraco ou caro e dificuldade em
arranjar vagas em lares, são estes os principais problemas
dos familiares dos doentes com Alzheimer.
A doença é uma
forma degenerativa
de demência
que atinge cerca
de 60 mil pessoas
no nosso país.
Patrícia Paquete,
terapeuta da
Associação Alzheimer
Portugal,
identificou à Renascença algumas das dificuldades das famílias
onde há pessoas afectadas pela doença. “O apoio domiciliário
é uma coisa que já existe por todo o país, mas continua
a ser limitado em termo de horas. Por outro lado, ou o familiar
tem uma boa capacidade financeira para colocar o doente
numa instituição privada ou é muito é difícil vaga numa
instituição de solidariedade social”. É importante manter a
interacção social com os doentes, alerta neste um alerta
neste Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer.
A doença não tem cura, mas há sintomas sociais - a indiferença,
o abandono e a solidão - que podem ser tratados como
sublinha a terapeuta. “Toda a sociedade civil pode tentar
incluir estas pessoas no dia-a-dia, afinal eles já enfrentam
tantas perdas, como as cognitivas e as psicomotoras”.
A doença de Alzheimer, que é a principal causa pela qual os
idosos se tornam dependentes, atinge actualmente 24
milhões de pessoas em todo o mundo.
Segundo estimativas recentes, o número de doentes pode vir
a atingir os 42 milhões em 2020 e os 81 milhões em 2040.

RRP1, 21-9-2007
 
Teste detecta Alzheimer seis anos antes

ELSA COSTA E SILVA

Um simples exame de sangue e já está: pode assim vir a determinar-se o risco de alguém vir a desenvolver a doença de Alzheimer. Cientistas norte-americanos desenvolveram um teste que prevê esta patologia até seis anos antes dos primeiros sintomas e que poderá conduzir a novos tratamentos que possam travar a demência mental logo nos estádios iniciais.

O teste é o resultado do trabalho de uma equipa de investigadores da Universidade de Stanford (Estados Unidos) e usa uma bateria de 18 proteínas, detectáveis no sangue, para determinar o risco de aparecimento da doença. Este exame, afirmam os investigadores num artigo publicado na revista científica Nature Medicine, tem uma precisão de 90%. Mas, por enquanto, o responsável pela equipa científica adianta que devem ser feitos mais estudos para confirmar os dados antes de desenvolver um kit comercial.

Este trabalho corresponde a um grande avanço no diagnóstico da doença. Normalmente, é difícil determinar, à partida, se os ligeiros esquecimentos sentidos pelos doentes vão degenerar num declínio mental inevitável. E a identificação da doença surge, normalmente, apenas pela exclusão de outras causas de problemas mentais.

O ponto de partida para esta investigação foi a relação existente entre as mudanças verificadas no cérebro de pessoas afectadas pela doença e mudanças na forma como as células comunicam entre si. Assim, numa primeira fase, os cientistas mediram os níveis de 120 proteínas usadas pelas célula para comunicar, comparando os resultados entre dois grupos de cinco pessoas com a doença e de cinco indivíduos saudáveis. Os níveis de proteínas revelaram-se significativamente diferentes, indiciando que os cientistas estavam no bom caminho.

De seguida, os cientistas procuraram afinar a sua pesquisa e comparam amostras de sangue de 129 pessoas com sintomas que iam de distúrbios mentais ligeiros e formas severas da doença de Alzheimer. E descobriram 18 proteínas que estão especificamente associadas à patologia. Os resultados foram, de novo, confrontados com as amostras de 92 pacientes a quem já tinha sido diagnosticada a doença, tendo os investigadores conseguido uma correspondência em 90% das situações.

Estas conclusões mantiveram-se mesmo quando foram analisadas amostras de doentes que só desenvolveram a doença posteriormente, num período de dois a seis anos.

DN, 17-10-2007
 
Teste avalia probabilidade
de vir a sofrer de Alzheimer

Um teste que detecta a probabilidade de uma pessoa
vir a desenvolver a doença de Alzheimer está disponível no
Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, mas apenas algumas
pessoas devem fazê-lo.
Para realizar o teste é necessário que exista uma indicação
médica nesse sentido, o que geralmente ocorre “apenas com
pessoas que reúnem determinadas condições, como terem
mais de 60 anos ou possuírem doentes de Alzheimer na família”,
explica, em declarações à Lusa, Tiago Fleming Outeiro.
Este investigador criou há cinco meses uma Unidade de Neurociência
Celular e Molecular, que reúne diversos especialistas
dedicados à pesquisa no campo das doenças neurodegenerativas.
Tiago Outeiro explica que o teste agora disponível “consiste
na determinação dos níveis de 18 proteínas no plasma sanguíneo
em doentes em estádios iniciais da doença”, quando os
sintomas ainda não se manifestaram.
“Quando o teste dá um resultado positivo, a fiabilidade ronda
os 85%, pelo que a pessoa que o fez pode necessitar de
acompanhamento psicológico”, esclarece Tiago Outeiro.
Segundo este investigador, entre o resultado e o surgimento
dos primeiros sintomas podem passar até cinco anos.
O teste “pode vir a ser feito de forma mais generalizada no
futuro”, dependendo da evolução da pesquisa, da divulgação
de informação aos médicos e de uma eventual comparticipação
do Serviço Nacional de Saúde.

RRP1, 6-12-2007
 
ELE É MEMÓRIA MAS NÃO SE RECORDA

Ferreira Fernandes

A foto: dois homens, de costas, caminhando num jardim. O mais alto - reconhece-se nele o Rei de Espanha - tem o braço direito sobre os ombros do outro. Ele fora a casa de Adolfo Suárez, de 75 anos, antigo chefe do Governo espanhol, para o condecorar. Conta o filho de Suárez: "O meu pai não se recorda de ter sido primeiro-ministro. Não reconheceu o Rei mas ficou encantado com o seu carinho." Adolfo Suárez tem Alzheimer há dois anos. Não se recorda que a 23 de Fevereiro de 1981 - ia Espanha a caminho da democracia - ele passava o poder para o novo chefe do Governo, nas Cortes de Madrid. Mas, às 18.21, irrompeu o passado. O tenente-coronel Tejero invadiu o Parlamento com 200 guardas civis, deu tiros para o ar e ordenou: "Todos para o chão." Assustados, os deputados esconderam-se sob os bancos. Excepto três, que não rastejaram: o ministro da Defesa Gutiérrez Mellado, o dirigente comunista Santiago Carrillo e Adolfo Suárez. Este não se recorda. Eu, sim.

DN, 19-7-2008
 
Três jornais diferentes, uma foto mais do que consensual

Espanha. Valor de Juan Carlos e Adolfo Suárez na história do país unem diários

'El País', 'El Mundo' e 'ABC' publicaram a mesma foto 'incorrecta'

Contra as mais básicas regras do jornalismo, os três principais jornais espanhóis, diferentes nas suas posturas editoriais, num momento - ontem - foram unânimes nessa espécie de infracção ao colocarem como foto de primeira página dois homens de costas. Fizeram-no porque sabiam que os seus leitores reconheceriam automaticamente os dois amigos que caminham num jardim- o Rei Juan Carlos e Adolfo Suárez, antigo primeiro-ministro. A notícia justificava-se porque o Rei e a sua família quiseram entregar pessoalmente a Adolfo Suárez as insígnias do Teisón de Oro, mas nada obrigava a que o El País, próximo do PSOE, o El Mundo, conservador, ou o ABC, monárquico, usassem ao mesmo tempo de um certo pudor. Nenhum dos três mostrou directamente a face do "primeiro-ministro da democracia", como lhe chamou o El Mundo, ou "o velho amigo" de "Sua Majestade", como referiu o ABC, ou o homem que "não reconheceu o Rei, mas notou o seu carinho", segundo o El País. Três abordagens, uma só postura: preservar uma importante figura da história do país, que tem Alzheimer, doença que o debilita fisicamente. Protecção confirmada pelas fotos no interior do jornal, que datam de 2002 e 2004 .- P.B.

DN, 19-7-2008
 
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