03 setembro, 2007

 

Lixo eléctrico e electrónico


Como gerir e tratar a crise dos REEE


http://www.ricoh.pt/about_ricoh/news/REEE.xhtml

http://www.anreee.pt/inter/index.asp

http://www.amb3e.pt/

Reportagem Electro Trocados

http://www.videos.iol.pt/consola.php?projecto=27&mul_id=8393429&tipo_conteudo=1&id_conteudo=894309&tipo=2&referer=1

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Consumidores vão saber o que
fazer a resíduos electrónicos

A Amb3E, entidade gestora de resíduos eléctricos e
electrónicos, vai realizar uma campanha para informar os
consumidores sobre o destino a dar aos seus equipamentos.
A campanha vai ser porta a porta, segundo explica o director
geral da Amb3E, Lamy Fontoura. “Vamos, pelo menos, ao
domicílio de quatro milhões de portugueses, informando o
consumidor de que os retalhistas onde compram os seus produtos
estão devidamente informados das suas responsabilidades
ambientais e podem encaminhar esse tipo de resíduos”.
Ao mesmo tempo, a Associação Portuguesa de Gestão de
Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos vai realizar
acções junto dos retalhistas em campanhas que vão prolongar-
se por 2008 num investimento que deverá rondar os
seis milhões de euros.
De referir que ainda não é este ano que Portugal vai cumprir
as metas definidas nas directivas europeias.
De acordo com a Amb3E, 2007 deverá fechar com 20 mil
toneladas recolhidas, ou seja, metade do indicado pela União
Europeia.

RRP1, 4-9-2007
 
Equipamento electrónico
recolhido em shoppings

Uma das associações que gerem a reciclagem de equipamentos
eléctricos está a colocar em cinco espaços comerciais
contentores para colocar torradeiras, secadores ou telefones
velhos.
No "ponto electrão" poderão ser colocados os equipamentos
eléctricos e electrónicos em fim de vida que não tenham
mais de 55 centímetros, excluindo ainda microondas, lâmpadas
incandescentes e tubulares, explicou à Lusa fonte oficial
da Amb3E.
Assim, poderão ser colocados nestes contentores torradeiras,
secadores, escovas de dentes eléctricas, rádios, telemóveis,
varinhas mágicas ou pequenos televisores.
Nesta fase, os "ponto electrão" estarão disponíveis nos centros
comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, no
Cascaishopping (Cascais/Sintra), no Norteshopping
(Matosinhos) e no Gaiashopping (Gaia).
"Ao longo do próximo ano, iremos intensificar esta iniciativa
em várias grandes superfícies e outras de média dimensão,
com a frequência compatível com a adesão dos consumidores",
disse Vítor Sousa Uva, responsável da associação Amb3E.

RRP1, 19-12-2007
 
Reciclados três quilos de lixo eléctrico por pessoa

RITA CARVALHO

Electrodomésticos, computadores, telemóveis ou lâmpadas. Este ano deverão ser recicladas 30 mil toneladas de equipamentos eléctricos e electrónicos, o que equivale a três quilos por pessoa. O aumento é grande em relação a 2007, mas ainda não chega para cumprir os objectivos nacionais: quatro quilos por habitante.

Só desde o ano passado é que os cidadãos podem entregar para a reciclagem os seus aparelhos quando deixam de funcionar. Devem fazê-lo quando compram um aparelho equivalente novo ou entregando-o num centro de recepção. Nas câmaras em que existe recolha de 'monos', devem solicitar esse serviço. Se estiverem perto de um centro de recepção, os cidadãos podem entregar directamente o aparelho, sem qualquer custo.

Este será o primeiro ano completo de actividade das duas empresas responsáveis pela recolha e encaminhamento para reciclagem destes resíduos. A Amb3E estima atingir 20 mil toneladas e a ERP Portugal nove mil. No entanto, a maior entidade gestora ainda ficará aquém das suas obrigações que prevêem a recolha de 31 mil toneladas. "Estamos satisfeitos com os resultados. Mas temos de ter em conta que ainda estamos a meio da implementação da rede de centros de recolha," explicou ao DN Lamy Fontoura, da Amb3E.

No início do ano havia 12 locais da Amb3E onde os portugueses podiam entregar os seus resíduos; em Janeiro haverá 120, exemplifica. Contudo, Lamy Fontoura reconhece que para o cidadão ainda não é fácil cumprir esta obrigação ambiental pois há zonas do País sem pontos de entrega.

Para a ERP as exigências do Estado são menores, pois a sua licença abrange um universo menor. Este ano a empresa afirma que está em condições de cumprir as suas obrigações. "Contamos recolher perto de nove mil toneladas, o que nos permitirá cumprir a nossa licença", afirma Ricardo Neto, responsável da empresa, referindo-se ao contrato assinado com o Ministério do Ambiente. No total, os resultados alcançados pelas duas empresas que asseguram que os aparelhos eléctricos e electrónicos colocados no mercado são, posteriormente, enviados para reciclagem, não chegam para cumprir a directiva comunitária. Bruxelas quer que todos os países recolham quatro quilos de resíduos por cidadão. Meta difícil de alcançar porque o sistema começou tarde em Portugal e ainda não atingiu a velocidade de cruzeiro.

Os portugueses ainda estão pouco informados sobre o que têm de fazer e alguns retalhistas que colocam os aparelhos novos no mercado ainda se recusam a aceitar o velho em troca do novo, como a lei exige. Nestes casos, resta ao cidadão estar informado e atento e ser exigente.

DN, 9-12-2007
 
Visita a uma fábrica que produz... matérias-primas

RITA CARVALHO

O DN foi perceber como funciona o circuito de recolha e gestão dos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE) e explica-lhe como é que os velhos aparelhos são totalmente desmantelados, descontaminados e enviados de volta para o circuito fabril

Aqui tudo é feito de forma rápida. E do computador que ainda agora chegou às mãos de Helena já só restam pequenas peças. O corpo da máquina foi despedaçado por esta russa dinâmica e minuciosa que, mesmo debaixo da pressão causada pelos vários olhos que a observam, não se atrapalha. Desaparafusa, abre, parte com o martelo, retira plástico, metal, cobre, alumínio, fios e até filamentos de ouro que existem na motherboard e são depois colocados em diferentes recipientes.

No final do processo, cada material é pesado, armazenado, para ser encaminhado para um destino diferente. O metal para a Siderurgia Nacional, plástico, alumínio, cobre e, outros materiais que podem voltar a servir de matéria-prima, seguem para os recicladores.

Na 2nd Market, empresa que faz o desmantelamento e a descontaminação de equipamentos eléctricos e electrónicos, os resíduos chegam em camiões, são pesados, separados por categorias, e armazenados. Frigoríficos e arcas, computadores, televisões, monitores, lâmpadas ou pequenos electrodomésticos como varinhas mágicas, secadores de cabelo ou aspiradores enchem as várias divisões desta unidade industrial em Canas de Senhorim, enquanto aguardam o desmantelamento.

O processo é todo feito manualmente e varia de resíduo para resíduo. Nenhum computador é igual ao outro, explica António Moreira, responsável da empresa. "Costumo explicar aos colaboradores que aqui chegam para trabalhar que isto funciona como uma fábrica de montar televisores. Mas o processo é ao contrário. Em vez de montar, desmontamos", acrescenta.

Cada colaborador - quase sempre mulheres, mais minuciosas e talhadas para este tipo de trabalho - acompanha o desmantelamento de um aparelho do princípio ao fim. E o computador que está agora nas mãos de Helena é dos que "dão luta". Cabelo loiro apanhado num rabo de cavalo e fato azul, Helena vira e revira o aparelho, tentando descobrir a melhor forma de o abrir e separar em pedaços.

Ao lado, outra colaboradora desmonta um modem, enquanto uma terceira senhora, protegida por detrás de uns óculos, limpa e destrói um cinescópio, a parte traseira dos televisores tradicionais. Com uma espécie de mangueira, aspira o chumbo do vidro, um resíduo perigoso, e separa-o do resto do aparelho com um arame quente.

O circuito que trouxe este computador, televisor ou modem até aqui começa bem mais atrás. E exige a colaboração dos consumidores, que devem entregar os seus equipamentos eléctricos e electrónicos quando estes deixam de funcionar. Podem fazê-lo na loja no momento de comprarem um novo, pois os distribuidores são obrigados a receber os equipamentos velhos, nos ecocentros das autarquias ou noutros centros de recepção espalhados pelo País. A maioria das câmaras possui também um serviço de recolha de "monstros", accionado pelo telefone, e que transporta os equipamentos mais volumosos até aos ecocentros.

DN, 27-7-2008
 
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