11 setembro, 2007

 

Revolucionário?! Reacionário!?


Afinal a culpa é da cabeça!




http://pt.wikipedia.org/wiki/Reacion%C3%A1rio

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Ser de esquerda ou direita também está no cérebro

FILOMENA NAVES

Há diferenças na actividade cerebral

Ser conservador ou liberal, ou ser de direita ou de esquerda, para usar uma linguagem mais próxima da visão portuguesa acerca desta oposição, corresponde a perfis cognitivos distintos e, garantem agora os cientistas, a funcionamentos cerebrais diferentes também.

Essa é a conclusão de um estudo de investigadores dos Estados Unidos, que testaram a performance de um grupo de voluntários, estudaram as sua actividade cerebral por EEG (electroencefalograma) e descobriram que os conservadores tendem a reagir de forma conservadora a novos estímulos, enquanto os outros têm respostas mais inovadoras perante estímulos diferentes.

Nada de novo? Longe disso. É que a diferença entre os dois tipos de respostas é perfeitamente visível nos registos do EEG. E a equipa até identificou a zona do cérebro que gera essa diferença. É o córtex cingulado anterior, uma pequena estrutura localizada no interior do cérebro, atrás do lobo frontal, que parece estar associada a certas memórias que permitem à mente humana reconhecer as situações em que é necessário alterar o comportamento habitual.

De acordo com os resultados do estudo, que foi coordenado por David Amodio, da universidade de Nova Iorque e publicado na Nature Neuroscience, "as pessoas de esquerda" apresentam quase o dobro da actividade das "de direita" nesta estrutura cerebral.

O estudo envolveu 43 voluntários que, numa primeira fase, responderam a um questionário de personalidade para determinar o seu perfil. Depois foram sujeitos a uma experiência muito simples: frente a um computador, tinham que carregar num de dois botões consoante lhes fosse apresentada a letra M ou a W. Os sujeitos tinham apenas meio segundo para reagir a cada visualização (eram 500 ao todo) e em 80% delas a letra apresentada era sempre a mesma.

De acordo com os resultados obtidos pela equipa, os voluntários mais conservadores carregavam 47% mais vezes no botão correspondente à letra mais frequente, quando a letra apresentada era a outra. Ou seja, a sua resposta era "conservadora" perante o novo estímulo visual. Já os "os esquerdistas" apresentavam uma margem de erro bem menor, com apenas 37% de respostas ao contrário.

Para os investigadores isso demonstra que uns e outros têm perfis diferentes de resposta a novos estímulos. Que isso se "veja" na actividade cerebral, é a grande novidade desta trabalho, que levanta a hipótese de um dia, quem sabe, se poder prever quem vota à direita, e quem vota à esquerda com um simples EEG.

DN, 11-9-2007
 
O cérebro, esse grande detector de erros

Como a massa cinzenta lida com o erro humano

Sempre que os seres humanos reconhecem um erro que cometeram, uma misteriosa onda eléctrica atravessa o cérebro. Segundo um artigo publicado na revista Der Spiegel, esse sinal poderia explicar os fenómenos da intuição, do próprio reconhecimento do erro e da adição.

Segundo Markus Ullsperger, do Instituto de Pesquisa Neurológica Max Planck de Colónia, os erros são uma das mais valiosas fontes de conhecimento. "O nosso cérebro tem a capacidade fascinante de detectar erros, e se eles já ocorreram antes, de aprender com essa experiência".

Nos anos 90, Michael Falkenstein, um neurofisiólogo de Dortmund, detectou que, cem milissegundos após uma pessoa cometer um erro, há uma diminuição de voltagem na ordem dos dez milivolts num conjunto específico de células nervosas.

Esta descoberta marcou o início do estudo da forma como o cérebro lida com a detecção de erros, abrindo o caminho para o aparecimento de várias teorias sobre, por exemplo, porque certas pessoas hesitam enquanto outras tomam decisões de forma confiante, e porque é que podemos evitar cometer um determinado erro baseado puramente naquilo a que chamamos instinto.

O cérebro tem um função correctiva do erro, e também uma função avisadora. Quando reconhece que uma acção pode não conduzir ao resultado desejado, esse reconhecimento pode expressar-se numa sensação vagamente incómoda.

Markus Ullsperger e os seus colegas estão apostados em descobrir o funcionamento deste mecanismo, usando um scanner de ressonância magnética nuclear em voluntários que se submetem a um teste de reconhecimento de letras, enquanto lhes são medidas as ondas indicadoras de erro, na área do cérebro onde as células nervosas estão particularmente activas. Chegar-se-á assim à duplicação da anatomia do processo de detecção cerebral do erro.

DN, 24-9-2007
 
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