01 outubro, 2007

 

1 de Outubro


Dia mundial da música




http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica

http://www.musicatotal.net/
http://www.musica.iol.pt/
http://www.musicanocoracao.pt/Main.html

http://www.casadamusica.com/

http://www.museudamusica-ipmuseus.pt/

http://www.amazon.com/b?ie=UTF8&node=163856011
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Um 'novo' rap para bem falar português

GISELA PISSARRA

Quando os filhos adolescentes da professora universitária e escritora, Clara Pinto Correia, lhe apresentaram o rap que se fazia em Portugal, ela reconheceu, ao contrário do rap que ouvia nos EUA, uma "música extremamente interessante". E teve uma ideia: o rap seria uma arma poderosa para devolver o bom português às pessoas. "O rap português é bem feito e é óptimo para trabalhar a língua: é um sistema de se ser criativo e correcto em português. É impossível fazer rap a escrever mal."

Clara partiu para escrever um rap que chegou às 50 páginas e seria, inicialmente, para ser lido. Depois lançou o desafio ao encenador Carlos Quevedo e ao director musical João Lucas. Lucas apresentou-lhe Sócrates Napoleão, músico, bailarino e actor, oriundo de Cabo Verde, e juntos partiram para a aventura de O Som do Rap, em cena de quinta a sábado, às 23.30, no Teatro S. Luiz.

O espectáculo modificou-se, Clara "aprendeu a cantar" de uma maneira distinta das suas experiências passadas, nos idos de 1975. Uma mistura de reggae, rap, pop e outras influências cruzam-se neste espectáculo que, com as vozes de Clara e Sócrates, assume ser uma grande e crítica viagem às questões da globalização e da sociedade de consumo que "afectam todos".

Clara Pinto Correia assegura: "eu diria que isto é o rap português a atingir a maturidade. É a primeira vez que pessoas de mais de 40 anos, académicos, pegam na ideia do rap e do seu contexto. É provocatório no sentido de estarmos a criar um outro tipo de música.Nós inspiramo-nos no rap, mas há outras sonoridades. As letras são todas feitas com rap - tudo tem sete sílabas e tudo rima. Nós queremos entrar numa forma mais adulta de fazer rap". A escritora quer atrair gente de todas as idades e, partindo do seu estatuto de professora, abrir a universidade à sociedade civil, porque esta é uma proposta "importante, erudita e vanguardista".

DN, 5-10-2007
 
Ministra da Cultura assinala Dia Mundial da Música no Porto

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, celebra o Dia Mundial da Música no Porto, onde visita "worshops" que decorrem nesse dia na Casa da Música e assiste ao concerto final da "Orquestra do Dia".



Seiscentos músicos profissionais e amadores de todo o país participam na "Orquestra do Dia", uma iniciativa do Serviço Educativo da Casa da Música que tem aquele nome por durar unicamente um dia.

A orquestra terá 72 cordas, 29 metais, 55 sopros e 109 percussionistas, havendo ainda 44 instrumentos amplificados, acordeões e harmónicas, um coro de 245 vozes, além de disc jockeys e bailarinos.

O projecto "Orquestra do Dia", a cujo concerto final assiste Isabel Pires de Lima, tem direcção artística do compositor britânico Tim Steiner, que será responsável pela elaboração de alguns dos elementos da partitura que será interpretada.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
 
Net: multa de 155 mil por partilha ilegal de música

2007/10/05 | 15:12

EUA: Jammie Thomas é a primeira condenada nos EUA por não pagar direitos de autor

Um tribunal norte-americano condenou quinta-feira uma mulher a pagar 220 mil dólares (155 mil euros) por ter disponibilizado na Internet 24 canções que descarregou ilegalmente para o seu computador.

Jammie Thomas, 30 anos, tornou-se assim a primeira norte-americana a ser julgada e condenada nos Estados Unidos por disponibilização de temas musicais na Internet sem pagamento de direitos de autor, refere a Lusa.

O tribunal de Duluth (Minnesota, norte), aplicou uma multa de 9.250 dólares (6.546 euros) por cada uma das 24 canções que Jammie Thomas disponibilizou na Internet depois de as ter obtido ilegalmente na rede.

A multa poderia ter ascendido a 150.000 dólares (cerca de 107 mil euros) por canção se o tribunal tivesse considerado que se tratava de uma violação voluntária dos direitos de autor e a milhões de dólares se Jammie Thomas tivesse sido acusada por cada um dos 1.702 ficheiros musicais que foram encontrados no seu computador.

Todos os anos, milhões de utilizadores da Internet partilham ilegalmente ficheiros musicais, prática que a indústria do sector considera uma ameaça aos seus lucros.

Cerca de 26 mil processos judiciais já foram abertos contra a partilha ilegal de ficheiros, mas a maioria dos casos é resolvida por acordo, mediante o pagamento de uma multa de alguns milhares de dólares.

Jammie Thomas foi a primeira pessoa acusada de distribuição ilegal de música na Internet a contestar em tribunal a indústria discográfica, mas a sua determinação custou-lhe mais de 6 mil euros por canção, quando o preço em sítios autorizados como o ITunes é de cerca de 1 euro por tema.

PD
 
Música gratuita é opção apenas para uma minoria

TIAGO PEREIRA

Nos últimos dois dias, ao anunciarem a disponibilização gratuita de música na Internet, os Radiohead e os The Charlatans relançaram a discussão sobre novas formas de distribuição de música, aproveitando mais uma vez as potencialidades dos suportes digitais. Alan McGee, manager dos Charlatans e um dos mais respeitados profissionais da indústria discográfica britânica, afirma que a "sua" banda hoje ganha mais dinheiro com os concertos, merchandise e contratos de publishing que com as vendas de discos. Será este o futuro?

Nuno Gonçalves, dos The Gift, acredita que tais decisões reflectem duas características distintas. Sobre os Radiohead, admite que a banda não terá entre as suas maiores preocupações o resultado financeiro dos discos. Quanto aos The Charlatans, "pode ser um bom método para chegar a um público mais novo, que é muito importante no mercado dos concertos, festivais e merchandising". Ao mesmo tempo, não duvida que "o processo habitual, com a normal edição de discos, mesmo que em suporte digital, deverá manter-se". Tal como a fadista Mafalda Arnauth, que encontra na venda de discos uma "faceta importante da actividade musical, que garante alguma remuneração, ainda que pouca".

A actividade discográfica mais tradicional, apoiada por uma editora e com a distribuição de discos pelos canais habituais continue a ter o seu "espaço privilegiado", diz-nos Mafalda Arnauth: "a equipa que trabalha com um músico traz benefícios, sobretudo na divulgação e promoção". João Teixeira, administrador-executivo da EMI em Portugal, reforça a ideia, afirmando que "estamos apenas perante experiências que não ditam qualquer tendência futura." Rodrigo Cardoso, da Bor Land (uma das editoras independentes portuguesas com maior actividade), acredita que "a música gratuita pode trazer benefícios para os artistas, sobretudo em termos de visibilidade". Mas João Teixeira acredita no valor que uma editora acrescenta a um músico, uma actividade que necessita das "contrapartidas financeiras da venda de discos".

A adopção de novos métodos por parte da indústria discográfica é bem-vinda pelos músicos. Mas a distribuição gratuita levanta dúvidas. David Fonseca assume a curiosidade em conhecer os resultados de iniciativas como a dos Radiohead. "Pode ser algo revolucionário, mas é uma opção apenas para os muito bem sucedidos ou para bandas em início de carreira, que não procuram vender". Nuno Gonçalves remata: "Os The Gift têm a sorte de vender discos. Para os distribuir sem custos é necessária uma forte base de sustentação".

DN, 3-10-2007
 
Música que ensina o povo a lutar contra as doenças

PAULA BORGES

Cantor ganhou o Prémio Goldman Environmental Prize e 150 mil dólares

No Niassa, Norte de Moçambique, como em tantos outros pontos de África, muitas aldeias não têm saneamento básico, não conseguem água limpa ou tratar os dejectos. Aos poucos, a situação vai mudando e Feliciano dos Santos, que cresceu na zona, é um dos responsáveis. Aprendeu cedo a enfrentar e resolver problemas. Foi atacado pela poliomielite, que o deixou com uma deficiência na perna direita, mas não deixou que isso lhe barrasse o futuro. Descobriu que podia usar o seu talento musical para alertar consciências e passar mensagens. "Sempre entendi que a música tinha muito potencial", diz Feliciano, de 43 anos, líder dos Massukos. "A música junta as pessoas e a música tradicional em África, em especial, sempre transmitiu mensagens".

Em 1992, a UNICEF promoveu uma campanha sobre a importância das latrinas e lançou uma canção em que pedia às mães e às avós que ouvissem o apelo. O tema foi um êxito. Foi convidado para se associar à UNICEF, aceitou, mas quis ir mais longe, porque "sabia que tinha muitos desafios pela frente, o acesso à água potável, o saneamento em geral, era preciso explicar os processos de várias doenças".

Os Massukos passaram a cantar formas de manter a água limpa e ajudaram a população a compreender as implicações da falta de saneamento. Feliciano, a esteira do sucesso, criou a ONG "Estamos", que promove o saneamento ecológico, um processo sustentável de baixo custo que utiliza latrinas geradoras de composto para transformar dejectos humanos em fertilizante de alta eficácia. "Nós aparecemos nos cartazes para passar a mensagem, falamos em público dos problemas e isso, muitas vezes, marca a diferença", explica.

Feliciano recorda um episódio que envolveu o então presidente moçambicano, Joaquim Chissano, que o músico tentara envolver numa campanha para realçar a importância de lavar as mãos. Num espectáculo durante um jantar oficial, Feliciano, de microfone em punho, pediu-lhe directamente que participasse na campanha e o presidente aceitou, tendo sido dado, então, "um grande passo", porque a Chissano, juntaram-se o ministro da Saúde e o governador do Niassa e "conseguimos, finalmente, alertar as pessoas para as vantagens de lavar as mãos, um acto que evita 40% das doenças".

Feliciano dos Santos refere que as prioridades dos Massukos estão definidas: "Continuar a promover o acesso à água potável e ao saneamento básico como direitos básicos de qualquer cidadão, apostar na prevenção do VIH/sida - para tomar os retrovirais tenho que beber água, mas qual? - e na prestação de cuidados domiciliários".

A campanha das latrinas continua a correr bem e há seis anos que não se regista um só caso de cólera no Niassa. "Agora estamos também a trabalhar em Maputo", diz, orgulhoso, Feliciano, que espera que o prémio abra caminho a novas reflexões, porque "quando se fala de ambiente e desenvolvimento, muitas vezes esquecemos o que é mais simples".

DN, 27-4-2008
 
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