20 outubro, 2007

 

20 de Outubro


Dia da internet




http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet

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Conteúdos na Internet preocupam reguladores

CATARINA VASQUES RITO
INÊS DAVID BASTOS

Vários organismos europeus de supervisão dos media estão preocupados com a forma como vão regular os conteúdos nas novas plataformas, como a Internet ou os telemóveis, cujas regras estão ainda por definir. E avisam que é preciso ter um olhar mais atento para os conteúdos dirigidos às crianças. Estes foram dois dos desafios futuros que representantes de quatro reguladores europeus - Itália, França, Inglaterra e Portugal - apontaram ontem durante a Conferência Anual promovida pela Entidade Reguladora portuguesa (ERC), que termina hoje em Lisboa.

"Não saberemos como será uma próxima campanha eleitoral com o recurso da Internet. Isto vai colocar um problema muito difícil. Já existem regras instituídas para a televisão, rádio e imprensa, mas não para a Internet. Só a China conseguiu controlar a net, mas o regime daquele país é muito diferente do nosso", alertou Corrado Calabro, presidente do entidade reguladora italiana (AGCOM), durante a sua intervenção no painel "Os Caminhos da Regulação - Dificuldades e Desafios Globais".

Para o representante do regulador inglês, Jeremy Oliver, uma das soluções de supervisão passa pela "criação de mecanismos de auto-regulação entre os fazedores de conteúdos e os reguladores".

Também Daniel Proença de Carvalho, ex-ministro da comunicação social e actual presidente não executivo da PT Multimédia, reconheceu que é preciso estar atento aos conteúdos na net. "Hoje temos acesso a vários conteúdos em diferentes plataformas como a Internet, telemóveis, jornais ou televisão. A evolução foi muito rápida. São novos desafios que se colocam aos reguladores."

As crianças e os deficientes

A regulação dos conteúdos dirigidos aos mais pequenos foi outro dos temas que esteve em destaque. França e Inglaterra foram os que manifestaram maior preocupação em travar conteúdos violentos e imagens pornográficas.

"Temos que ter em consideração as crianças, protegendo-as de conteúdos menos apropriados, considerando ainda mais o desafio que é agora a Internet", avisou o regulador inglês. Também Agnès Vincent-Deray, dirigente do Conselho Superior do Audiovisual francês (CSA), avisou que é "importante proteger as crianças de conteúdos abrasivos". Esta responsável defendeu ainda que um "dos maiores desafios dos reguladores nos próximo anos" será o de fazer com que a televisão e a rádio sejam acessíveis a todos, sem excepção, ou seja, que chegue também aos deficientes visuais e surdos.

Azeredo Lopes, presidente da ERC, disse que "tem de haver uma monitorização equilibrada dos conteúdos" e "restrições de liberdade de programação" e chamou "raça estranha" aos jornalistas por conseguirem sobreviver apesar das dificuldades que enfrentam nos dias de hoje face à precariedade no emprego.

DN, 25-10-2007
 
Internet aproxima cristãos

É a Internet um perigo ou um instrumento positivo para
a igreja na promoção das suas ideias? O tema esteve em cima
da mesa na conferência organizada pelo Centro de Reflexão
Cristã.
“Realidades e possibilidades que se abrem à Igreja através da
utilização da Internet” foi o tema da conferência organizada
pelo Centro de Reflexão Cristã.
O objectivo passava por convidar os cristãos a pensar sobre o
instrumento que mais possibilidades oferece no campo da
comunicação actual.
A reflexão aponta no sentido de existirem duas dimensões na
concepção e participação na “rede portuguesa”: “uma postura
institucional e outra informal, e noutra medida uma intervenção
individual e outra colectiva”.
Ana Vicente, vogal do Centro de Reflexão Cristã ouvida pela
agência Ecclesia, diz que se nota “nos últimos cinco anos, uma
evolução tecnológica do meio por parte de diferentes congregações
e confissões religiosas”. Nota, no entanto, que existe
uma “grande quantidade de expressões individuais, talvez
amadoras também, que utilizam os blogs para expressar a sua
opinião”.
São duas dimensões da utilização da rede que são “positivas”,
mas nota-se “uma desarticulação entre ambas”, aponta Ana
Vicente, que exemplifica com o facto de existirem blogs de
discussão interconfessional que “são conhecidos dentro da
blogosfera, mas não têm uma articulação com os sites institucionais”.
A reflexão na conferência indicou que os portais e os sítios são
mais utilizados pelas instituições e os blogs sobretudo por leigos.
A Internet “já é um bom cartão de visita”, diz Ana Vicente,
que acrescenta: “em nada enfraquecia a Igreja torná-lo mais
interactivo”.
A informação potenciada pelo meio “está já disponível”, afirma,
dando exemplo das Encíclicas ou Cartas Pastorais disponíveis
na Internet. No entanto, a “reflexão é que falta”.

RRP1, 18-2008
 
A INTERNET E O FAR WEST

João César das Neves
professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp..pt

A Internet é a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade. Existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida que numa grande parte dos blogs, mensagens, comentários e sites de debate dominam o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e prístina estupidez.

Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.

Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.

A Internet apareceu como um grande melhoramento das formas tradicionais de contacto, mas veio a revelar-se, em muitos casos, uma mistura entre carta anónima e jornal de parede, onde se podem proclamar impunemente as suspeitas mais implausíveis ou descarregar as irritações mais viscerais. Cada gestor de um site sente-se com autoridade de um director de jornal e capacidades de um estúdio de cinema, ambas reduzidas à estatura do seu ego. Isso cria potencialidades maravilhosas e muita gente faz coisas admiráveis. Mas também se podem expandir os preconceitos e ideias feitas, teorias mirabolantes ou ódios de estimação, tudo admissível porque aquele é o seu espaço, com regras por ele definidas. A enorme influência do meio só confirma essa atitude.

Isto mostra que ainda se vivem os tempos heróicos, a fase dos pioneiros, a idade selvagem da internet. Como na época áurea do Far West, cada um faz a sua lei e não há limites nem procedimentos estabelecidos. Se há muitos feitos notáveis e heróicos, também todos os abusos são admissíveis, porque manifestam a suprema liberdade. O factor decisivo da Internet é de facto a liberdade. Mas a liberdade descontrolada e irresponsável torna-se embriagante e destruidora. O nosso tempo diz ansiar pela liberdade radical, mas depois quer justiça, segurança, direitos.

Assim a Net revive um drama antigo da civilização. O grande psiquiatra austríaco Viktor Frankl (1905-1997) disse que os EUA deveriam construir em Los Angeles uma "Estátua da Responsabilidade", para compensar a de Nova Iorque. A liberdade só floresce se apoiada no esteio dos valores e da cultura. Ao longo dos séculos todas as sociedades se esforçam por elaborar um edifício cultural e tradicional de valores que defenda o espaço pessoal da liberdade. A tradição, que tantos vêem como um entrave, só existe como protecção crucial dessa autonomia.

Perante um choque, como ao nascer de um novo continente ou forma de comunicação, a tradição é pulverizada. Então, no Far West e Internet, como nas revoluções, uma sociedade vive algum tempo com uma estrutura cultural mínima, que não chega para orientação. Nessas fases da História, e enquanto não se criam novos quadros de referência, vêm ao de cima os instintos mais básicos e boçais. É isso que por enquanto se vê na Net, apesar dos esforços intensos que um dia conseguirão civilizá-la.

Aqui surge outro problema. Muitos espantam-se por sociedades avançadas e sofisticadas tolerarem tais comportamentos. O que leva a Alemanha de Bach e Goethe a ajoelhar-se diante de Hitler? Serve-nos de aviso a afirmação de S. Bernardo: "Não há nada tão firmemente estabelecido na alma que a negligência e o tempo não enfraqueçam" (De Consideratione, I, ii, 2).

RRP1, 26-11-2007
 
Internet é o novo mercado das séries de televisão

FILIPE FEIO

O fenómeno do vídeo na Internet entrou numa nova fase, que está a revolucionar o mercado da televisão. Depois de sites como o YouTube terem generalizado o consumo de vídeos amadores, realizados pelos próprios internautas, são agora os profissionais do meio audiovisual que começam a investir na Net, aliciando os consumidores mais jovens (cada vez mais afastados do pequeno ecrã) a assistir a séries produzidas propositadamente para a Web.

Quarterlife , uma série criada pelos veteranos norte-americanos da televisão e do cinema Edward Zwick and Marshall Herskovitz, estreou-se na rede social virtual MySpace a 11 de Novembro, registando uma média de 250 mil visualizações para cada um dos primeiros oito episódios de oito minutos (totalizando perto de 2 milhões de visualizações).

"Romper o modelo tradicional de distribuição de televisão através de uma série produzida especificamente para a web tem sido surpreendente e desafiante, mas não poderíamos estar mais satisfeitos com o interesse que já conquistámos", afirmou Herskovitz.

Tanto, que a série não se vai ficar pela Net. Quarterlife vai chegar ao pequeno ecrã, através da cadeia norte-americana NBC, mas só depois de terminar na web, no início de 2008. Na televisão, a história de 36 episódios vai ser contada em seis parte de uma hora.

"A Internet funciona como uma incubadora", explicou Nuno Bernardo, da beActive, a produtora responsável pela série Diário de Sofia . "Se queremos comunicar com o público juvenil e adolescente, temos de o conquistar no meio em que ele passa mais tempo, e no qual está habituado a consumir entretimento", afirmou ao DN.

Mas nem sempre o objectivo é, necessariamente, fazer com que as séries cheguem à televisão. Não é isso que, hoje, parece determinar o seu sucesso.

Roommates conta a história de oito jovens mulheres, ex-colegas de quarto na universidade, e que vivem em Los Angeles. O formato de ficção da norte-americana Fox Interactive Media, ao jeito de um reality-show, é o primeiro co-produzido com o site MySpace. A série inicial de 45 episódios de três minutos cada terminou a 21 de Dezembro, e obteve mais 5 milhões de visualizações. As imagens incluíam uma integração de produtos da Ford, e de outros anunciantes, que vão continuar presentes na segunda série, já em produção.

A verdade é que o meio permite chegar a uma audiência extremamente vasta e espalhada pelo mundo inteiro. É esse o argumento de outra rede social, o Bebo, sediada na cidade norte-americana de São Francisco, que justifica o sucesso na angariação de jovens utilizadores com a série Kate Modern, um drama contado em episódios de um a três minutos.

Quando, em Julho, os responsáveis incitaram a as televisões britânicas a olhar para o site como um potencial parceiro, as estações tiveram dúvidas. Mas, agora, demonstrado o elevado interesse dos anunciantes (impressionados com a forma como o site é capaz de chegar aos adolescentes e jovens adultos, cada vez menos ligados à TV), a indústria do audiovisual está a mudar de ideias.

O Bebo vai passar a dar aos seus 40 milhões de utilizadores acesso gratuito aos programas de 15 televisões diferentes, incluindo BBC, CBS e Channel 4, que começam também a investir em conteúdos para a Net.

"A Web não é apenas uma forma de distribuir televisão. Temos de repensar a ideia de que se algo tem sucesso vai para a BBC1. Temos de pensar que algo tem sucesso se tiver sucesso no YouTube", afirmou Ashley Highfield, responsável pela área de novos media e tecnologia da BBC.

DN, 27-12-2007
 
TUDO O QUE HÁ... ESTÁ NA INTERNET?

João Lopes
Crítico

Suponha o leitor que acompanhou a noite dos Óscares e descobriu, com algum espanto, que houve um filme chamado Ultimato (The Bourne Ultimatum) que ganhou nada mais nada menos que três estatuetas: melhor montagem, melhor som e melhor montagem sonora. De facto, num palmarés tão distribuído, é uma pequena proeza arrebatar três Óscares (Este País não É para Velhos, eleito melhor filme, conseguiu apenas quatro).

Suponha ainda que quer conhecer esse filme, acabando por descobrir que ele está disponível num site americano, de nome ZML (www.zml.com) que disponibiliza 1700 títulos. E por um preço tentador: o download de Ultimato custa 2,99 dólares (cerca de 1,97 euros). Pelo mesmo preço, encontram-se Expiação, Os Simpsons: O Filme, Transformers, etc., etc. Por que não? Há apenas um pequeno detalhe: o ZML é ilegal.

Este é um dos sites citados num curioso artigo da revista The Economist (21 de Fevereiro), precisamente sobre a encruzilhada tecnológica, legal e económica a que Hollywood chegou. Já não se trata da discussão académica, ainda que pertinente, sobre o grau de "verdade" estética de um filme quando passa do tradicional ecrã de uma sala escura para um qualquer ecrã caseiro (ou portátil...). O que está em jogo é da ordem da mais básica sobrevivência: como adaptar e fazer evoluir uma indústria que, para todos os efeitos, ainda vive através de modelos gerados por outros conceitos formais e, obviamente, outros tipos de mercado?

Nem sequer é possível reduzir todo este imbróglio a uma cruzada global contra a pirataria na Internet. Afinal de contas, não foi a greve dos argumentistas (resolvida poucos dias antes da realização da cerimónia dos Óscares) um movimento que veio questionar, justamente, as regras da nova economia gerada pelos circuitos de difusão na Internet? Não vieram os argumentistas dizer que esses circuitos estão a alterar tudo, incluindo os seus direitos de autor?

Vale a pena sublinhar o óbvio. Ou seja: que os dramas informáticos da indústria cinematográfica são apenas um caso particular de toda uma gigantesca reconversão tecnológica (e também económica, simbólica, política...) que está a rasgar os campos tradicionais da expressão humana. Veja-se, por exemplo, o domínio das artes plásticas. Uma outra revista, ARTnews, dedica a sua capa de Fevereiro àquilo que chama "os mais novos novos media". Para falar de quê? Pois bem, de todo um admirável mundo novo em que, da arte da performance à abertura de uma galeria, tudo ou quase tudo pode acontecer na Internet.

Já não basta falar em "multimedia". Aliás, em muitos casos, a palavra "multimedia" passou a ser o símbolo (mais ou menos "chique") de discursos artísticos e jornalísticos completamente desligados do que vai acontecendo à nossa volta. Já não se trata apenas de assistir ao cruzamento eufórico das linguagens e tecnologias, mas de perceber (ou, pelo menos, tentar perceber) que todas as nossas crenças mais fundas estão a ser postas à prova. Desde o que seja olhar para uma imagem até ao que significa escrever para comunicar. Escrever? Sim, escrever: a nossa relação literária com o mundo também está a mudar.

DN, 2-3-2008
 
EUA: Jornais ganham leitores graças à Internet

Contrariamente às previsões que anunciavam um abandono dos leitores de imprensa escrita em favor da Internet, os jornais ganharam leitores nos Estados Unidos, segundo um relatório publicado segunda-feira.

«Os observadores tinham tendência para ver a tecnologia como uma força de democratização dos média e o jornalismo tradicional como estando a caminhar para o declínio», diz o relatório do centro de pesquisas Pew Research.

«Mas mesmo com esta multiplicação de fontes, há mais leitores a consumir o que é produzido nas antigas salas de redacção da imprensa escrita», acrescenta o relatório, que estudou 70.000 artigos de jornais, sítios da Internet e emissões televisivas e radiofónicas.

Enquanto que a circulação dos jornais diários impressos caiu 2,5 por cento em 2007, os leitores mais que duplicaram. «Se tivermos em consideração a audiência constituída pelos leitores exclusivos dos sítios dos jornais na Internet, que está em pleno crescimento, temos uma audiência global de imprensa que se fixa em alta, e não em baixa«, pode ler-se no relatório.

Na Internet, os «velhos» media evoluíram consideravelmente, passando de uma simples reprodução na web das suas publicações escritas para sítios interactivos e inovadores.

DD / Lusa, 18-03-2008
 
Está a Internet à beira do fim?

Pedro Fonseca
jornalista

O acesso à Internet por banda larga vai atingir este ano os 415 milhões de clientes, resultando em 1000 milhões de utilizadores a nível mundial. Os números avançados esta semana pela consultora Strategy Analytics antecipam que serão 621 milhões em 2012.

Os acessos por DSL lideram, mas novas tecnologias como fibra óptica ou WiMax vão destroná-la, bem como ao cabo, nomeadamente na Ásia. Apesar do número elevado de assinantes na Coreia do Sul e Japão, é a China quem atrai mais atenções. Em Março, a consultora chinesa BDA anunciou que o país já tinha ultrapassado os Estados Unidos e liderava os acessos à Net.

Eram 210 milhões no final de 2007, a cinco milhões de distância dos norte- -americanos. Mas, com 200 mil novos interessados por dia, não tardou a confirmar-se a previsão. Em Abril, o China Internet Network Information Center garantiu que o país já tinha a maior população mundial online: 221 milhões de utilizadores no final de Fevereiro.

Outra tendência é o aumento dos bloggers na região asiática. De acordo com um estudo da McCann junto de 17 mil entrevistados em todo o mundo, 70 por cento dos inquiridos na China, Taiwan e Coreia do Sul afirmaram participar em blogues. Nos Estados Unidos ou no Reino Unido, essa percentagem baixa para 26,4 e 25,3%, respectivamente.

Também o tipo de conteúdos ricos (multimédia) inserido nos blogues é usado crescentemente, validando a recente análise da WebSite Optimization de que o tamanho médio de uma página web triplicou desde 2003, passando de uns meros 94 kilobytes para 312 Kb. Só entre Dezembro de 2006 e o mesmo mês de 2007, uma página web média (analisadas as mil mais vistas) passou de 250 Kb para 310 Kb. Mas, ao contrário do que se possa esperar, o acesso em banda larga foi ligeiramente mais rápido: de 2,8 para 2,3 segundos entre Fevereiro de 2006 e o mesmo mês do ano de 2008. De 2000 a 2005, o volume total de ficheiros multimédia aumentou em mais de 600%, tal como o tamanho médio dos vídeos, por exemplo. Em 1997, 90% tinha menos de 45 segundos, mas, uma década depois, a média é de 192 segundos. Com esta tendência de crescimento de utilizadores e de conteúdos multimédia que sobrecarregam as redes, para onde vai a Internet?

Segundo a operadora AT&T, sem novos investimentos nas infra-estruturas, o limite de capacidade física será atingido dentro de dois anos. O alerta não é novo e o apocalipse da Internet tem sido avançado várias vezes desde os anos 90. Jim Cicconi considera que o vídeo e os conteúdos gerados pelos utilizadores estão a pressionar as redes. "O vídeo será 80% de todo o tráfego em 2010, quando é 30% agora", refere o vice-presidente da AT&T.

"Dentro de três anos, 20 lares normais vão gerar mais tráfego do que toda a Internet actual", pelo que são necessários 55 mil milhões de dólares nos próximos três anos só para a infra-estrutura nos Estados Unidos, aumentando para cerca de 130 mil milhões em todo o mundo. Ficará este dinheiro disponível quando os países apostam na banda larga como factor de competitividade?

DN, 1-6-2008
 
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