moleskine

Arquitectura & Habitat Humano

Quercus lança site sobre Construção Sustentável

Comemora-se hoje o dia Mundial do Habitat Humano e o dia Mundial da Arquitectura, este ano dedicado ao tema “Arquitectura sem Emissões”. Comemora-se ainda, em simultâneo, o dia Nacional da Água. A Quercus considerou estas comemorações como a oportunidade excelente para lançar um site alusivo ao tema “Construção Sustentável”.

www.quercus-construcaosustentavel.com

De entre os vários impactes que influenciam negativamente o ambiente, estão os relacionados com a construção e utilização dos edifícios: a produção de resíduos, o consumo de energia, as emissões de CO2 e o consumo de recursos naturais, entre eles, a água.
O ambiente construído é indispensável à vida humana, sendo necessário intervir neste sector de forma a que as várias áreas influenciadas pelo ambiente construído, possam ir ao encontro de um desenvolvimento mais sustentável do País.
A título de exemplo, em Portugal, no que se refere ao consumo de energia, 40% da energia consumida (DEGE, 2005) verifica-se na utilização dos edifícios, estando na base das emissões de CO2 e outros poluentes que afectam negativamente o ambiente.
Outro exemplo é o consumo de água, cujo uso doméstico representa cerca de 8% do consumo total, com cerca de 40% de perdas devido a deficiências na rede e a procedimentos desajustados dos consumidores. A maior porção da água que cada português gasta por dia é em sua casa, sendo utilizada nas torneiras (41%), no banho (39%) no autoclismo (11%), na lavagem da roupa (7%) e da loiça (2%) (PNUEA, 2001). É fundamental pôr em prática soluções que alterem esta tendência de utilização excessiva ou incorrecta, contribuindo de forma significativa para a sustentabilidade dos recursos hídricos do país.
Estes impactes podem ser minimizados se considerados na fase de planeamento e construção de um edifício. Optar por uma construção eficiente, privilegiando soluções construtivas que promovam a conservação de energia e minimizem os consumos a este nível e optar por equipamentos que funcionem através de energias renováveis e não poluentes, diminuindo as emissões de gases com efeito de estufa, são alguns exemplos.
A adopção de sistemas que permitam a reutilização de águas residuais, é também outra possibilidade. A água proveniente do duche e da lavagem da loiça e da roupa (águas cinzentas1) pode ser reutilizada noutros usos para a casa, como nas descargas dos autoclismos, na lavagem de pavimentos e na rega dos jardins, permitindo reduzir a quantidade de água retirada aos rios e aos aquíferos, com consequências positivas para a manutenção das suas funções ecológicas e para a conservação dos recursos.
Assim, este site pretende reunir informação acerca do ambiente construído sob vários indicadores de sustentabilidade para a construção, que foram divididos em: ordenamento do território, ar, água, construção, energia, resíduos e conforto.
Pretende-se ainda que o utilizador possa, para além de consultar informação sobre o sector da Construção em Portugal, enviar dados, e interactivamente através deste site, contribuir com alertas para situações positivas e/ou negativas na construção no nosso país.
Outro dos objectivos é divulgar empresas que pelas suas práticas e/ou produtos contribuam para uma construção mais sustentável. Para além disso, pretende-se promover um conjunto abrangente de actividades científicas realizadas em parceria com Universidades, instituições ligadas à investigação e à educação e disponibilizar uma agenda de eventos actualizada
O público-alvo são os consumidores em geral, os promotores e projectistas, associações e indústrias da Construção, empresas, feiras, congressos, organismos públicos e outras entidades.
O site será actualizado e completado com o decorrer do tempo, apresentando novas situações e novos dados pertinentes sobre o sector da construção em Portugal.
Esperamos que este projecto de site sobre “Construção Sustentável” entre nas nossas casas, nos informe e acima de tudo nos sensibilize para uma mudança de comportamentos nesta área, tão responsável por impactes ambientais negativos e tão indispensável ao habitat humano!

Lisboa, 01 de Outubro de 2007