01 outubro, 2007

 

1 de Outubro


Dia nacional da água




http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua

http://museudaagua.epal.pt/museudaagua/

http://www.apda.pt/


Decreto-Lei n.º 93/2008, D.R. n.º 107, Série I de 2008-06-04

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional

Segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio, que estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos

Comments:
Por causa do Plano Nacional de Barragens

LPN alerta para o risco de incumprimento das metas europeias de qualidade da água

01.10.2007 - 12h07 PUBLICO.PT

Portugal arrisca-se a não conseguir cumprir a meta europeia sobre qualidade da água por causa das novas dez barragens previstas no Plano Nacional de Barragens, alerta a Liga de Protecção da Natureza (LPN) hoje, no Dia Nacional da Água.

“O recente anúncio de um Plano Nacional de Barragens (...) é a machadada final nas boas intenções da Directiva-Quadro da Água e no trabalho que tem vindo a ser feito pelo Instituto da Água”, escreve a LPN em comunicado. Este está a identificar as pressões e desenvolver indicadores para avaliar a qualidade ecológica da água para, posteriormente, serem aplicadas medidas de preservação.

A organização lança críticas ao Ministério do Ambiente e acusa-o de ser um “ministério fantoche” por se limitar “a validar as decisões do Governo, independentemente dos impactes que as mesmas possam ter sobre o património natural”. A LPN sublinha que a energia produzida em grandes barragens não pode ser considerada como energia verde.

A LPN lembra o anúncio do encerramento do processo de infracção à construção da barragem do Baixo Sabor e a “contínua propaganda dos PIN (Projectos de Interesse Nacional)”.

Os ambientalistas consideram que o Plano Nacional de Barragens evidencia “que existem inúmeras alternativas à construção da barragem (no Baixo Sabor) que há muito estavam a ser planeadas à porta fechada”.

A resposta da LPN passa pela aposta “no desenvolvimento económico fundado numa defesa dos valores naturais inigualáveis que ainda temos”, “no aumento da eficiência energética, redução dos consumos e produção de energia nos locais onde ela é consumida, recorrendo a fontes renováveis de baixo impacto”.

A LPN diz que as “barragens têm impactes negativos sobre a qualidade da água, saúde dos ecossistemas aquáticos, reduzem as pescas na zona dos estuários e região costeira, aumentam a erosão costeira e podem mesmo ter emissões de dióxido de carbono superiores às que seriam evitadas pela não utilização de combustíveis fósseis”.

Através da Directiva-Quadro da Água, Directiva 2000/60/EC, de 23 de Outubro, a “União Europeia organiza a gestão das águas interiores de superfície, subterrâneas, de transição, e costeiras, tendo em vista a prevenção e redução dos seus níveis de poluição, a promoção da sua utilização sustentável, a protecção do ambiente, a melhoria do estado dos ecossistemas aquáticos e a atenuação dos efeitos das inundações e das secas”, segundo um texto da Comissão Europeia. As suas metas devem ser cumpridas, o mais tardar, em 2015.
 
Quercus alerta para a necessidade de proteger os recursos hídricos

Hoje dia 1 de Outubro a Quercus- Castelo Branco visita com alguns jornalistas diversos locais no distrito de Castelo Branco no sentido de alertar para uma maior necessidade de proteger este precioso recurso que é a água e os ecossistemas aquáticos.

A água doce é um recurso precioso, básico e essencial à vida sob todas as suas formas, assumindo, por isso, particular relevância a necessidade da sua preservação. Os recursos hídricos encontram-se no topo das preocupações ambientais. A crescente escassez de água, o rápido aumento populacional, levam a que muitos se questionem se os recursos de água doce poderão vir a ser fonte de conflitos internacionais durante este século. Portugal, por exemplo, partilha 48 % das suas reservas de água com Espanha.

Poluição provoca graves prejuízos ambientais e sócio económicos

A poluição da água alem de afectar todo o ecossistema aquático traz graves implicações sócio económicas. Os peixes migradores de água doce são o grupo de fauna mais ameaçado em Portugal. Ao nível do turismo, na passada época balnear algumas praias fluviais do distrito apresentaram análises de má qualidade, impossibilitando a sua utilização. No rio Ocreza existe uma praia construída há vários anos sem poder ser utilizada devido a continua má qualidade da água. A água poluída implica gastar mais dinheiro no tratamento desta para ser utilizada para consumo humano.

Albufeira de Santa Águeda – Plano de ordenamento não sai do papel

A Albufeira de S.Águeda (Marateca) vai ser um dos locais hoje visitados. Esta área cujo uso principal é o abastecimento público, tem o seu plano de ordenamento (POASAP) aprovado desde 2005. Até a data de hoje o plano não foi implementado no terreno. As falhas são diversas, desde a falta de fiscalização à inexistência de sinalética e dezenas de infracções ao regulamento. No local a falta de civismo faz-se sentir e o lixo abunda em toda a envolvente da albufeira. O gado continua ilegalmente a beber água no espelho de água. A pesca e as actividades lúdicas realizam-se sem regras e sem respeitar o zonamento definido no plano de ordenamento, pondo e causa os valores naturais de fauna e flora da zona..
A Quercus faz um apelo ao INAG e restantes entidades responsáveis no sentido de promoverem a urgente implementação do plano de ordenamento.

Quercus apela as Autarquias e as Empresas gestoras de Águas

A Quercus lança um apelo para que as entidades responsáveis promovam esforços no sentido de resolver os problemas de mau funcionamento das ETAR, e de completar as redes de saneamento básico.

Quercus faz apelo aos cidadãos e empresas

Para poupar este recurso essencial, promovendo a redução, racionalização e reutilização deste recurso. Eliminar, substituir ou reduzir o uso de agro tóxicos, detergentes, e outros produtos que causem impacto no meio aquático são algumas acções que todos podemos e devemos realizar.
A Quercus faz também um apelo aos cidadãos no sentido de Alertarem as autoridades sempre que presenciarem situações de poluição e degradação do meio aquático.


Castelo Branco, 1 de Outrubro de 2007

A Direcção Regional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
 
Água engarrafada substitui a da torneira

RITA CARVALHO

Três quartos dos portugueses consomem água engarrafada, embora a da rede tenha boa qualidade para consumo. Um fenómeno social em expansão, que também se verifica noutros países, e que não reflecte a evolução da qualidade de água, com melhorias consistentes nos últimos anos. É o ambiente que sofre com esta opção. Milhares de toneladas de plástico são consumidas para produzir embalagens e muitas emissões CO2 para a atmosfera são feitas durante o transporte da água.

A conclusão é de um estudo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), divulgado ontem, que demonstra que o uso da água engarrafada para uso alimentar está generalizado em três quartos da população. Na mesma sondagem, 15% das pessoas afirmam comprar sempre água engarrafada; 59% reconhecem fazê-lo algumas vezes, ou seja, alternando o recurso à torneira com a garrafa. Só 25% respondem não à pergunta: "Costuma comprar água engarrafada?"

Esta conclusão vai ao encontro de outras já reveladas por estudos anteriores e pode ter várias interpretações. Em 2007, um estudo da Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente mostrou que cerca de 40% dos portugueses recorriam à água engarrafada por não confiarem na que circula nas redes públicas de abastecimento. Uma percepção que não corresponde à realidade e que sai bem mais cara.

O IRAR considera que esta explicação não pode ser aplicada a todas as pessoas que no estudo agora conhecido afirmaram consumir água de garrafa, até porque os inquiridos podem dizer comprá-la no supermercado e, em casa, consumi-la, simultaneamente, com a que vem da rede. "Há o desejo de consumir um produto diferenciado, como é o caso da água engarrafada de nascente ou da água com gás, que, não sendo necessariamente de melhor qualidade, tem sabor e imagem distintivas", afirma o IRAR. Além disso, acrescenta, "a pressão do marketing relativamente ao produto água engarrafada também contribui naturalmente para estimular o seu consumo". Os dados da indústria provam que este é um bem em expansão.

É no Algarve e Alentejo que mais pessoas usam água de garrafa, o que poderia reflectir uma pior percepção da qualidade da água de abastecimento público". No entanto, é no interior norte do País e em sistemas de abastecimento de menor dimensão, e não no Sul, que a qualidade baixa.

Impactos no ambiente

Os defensores do ambiente estão preocupados com esta opção e apelam ao consumo da rede. As vozes de protesto contra a água da garrafa surgem das organizações não governamentais e circulam na Net. Hélder Spínola, presidente da Quercus, fala ao DN do enorme impacto na produção de resíduos de embalagens, muitas não encaminhadas para reciclagem. "Além disso, o transporte deste bem contribui bastante para a emissão de CO2 e para as alterações climáticas." Para a Quercus, não há razões para tanta desconfiança, pois, "tirando casos pontuais, na generalidade a água para consumo humano tem boa qualidade". Os ambientalistas deixam a dica: "Ponha a água da torneira no frigorífico e verá que o sabor a cloro desaparece."

DN, 9-1-2008
 
EPAL e IGESPAR tratam doenças do Aqueduto das Águas Livres

LUÍSA BOTINAS

O Aqueduto das Águas Livres, um dos monumentos mais emblemáticos da capital portuguesa e notável obra de engenharia do século XVIII, está a ser objecto de obras de conservação urgentes que incidem sobre sete pontos específicos da estrutura onde foram diagnosticadas patologias sérias, após um levantamento, em 2006, que monitorizou pedra a pedra.

Os trabalhos decorrem desde o final de 2007 ao abrigo de um protocolo de parceria público-privada entre a EPAL, Empresa Portuguesa das Águas Livres, e o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, ontem assinado.

As obras foram divididas em duas fases e resumem-se à denominada área monumental do aqueduto, situada sobre o vale de Alcântara e o Bairro da Serafina. Na primeira fase a ser intervencionada, estão a ser reparadas fissuras e fracturas detectadas nos grande blocos de calcário. Além disso, os técnicos da empresa Nova Conservação, a que foi adjudicada a empreitada, sob a orientação do IGESPAR, procedem à remoção de líquenes e outro tipo de vegetação, limpam incrustações e preenchem lacunas ou elementos deslocados que, se não forem atempadamente reparados, poderão constituir uma ameaça.

No final de Dezembro, foram realizadas obras de estabilização de dois grandes blocos de pedra, junto à Calçada dos Mestres, através do reforço interno e selagem das "lesões" com argamassa de restauro.

Os trabalhos de conservação da primeira fase, avaliados em 300 mil euros, vão prosseguir ainda com a colocação de uma estrutura de grandes dimensões (um bailéu) sobre o troço do aqueduto que se eleva no vale de Alcântara, o que permitirá executar em segurança as intervenções previstas nos alçados norte e sul do aqueduto. A segunda fase das obras enquadra outro tipo de intervenções de conservação e manutenção da estrutura sem, contudo, terem carácter de urgência . De acordo com o director do Departamento de Obras da EPAL, Francisco Serranito, trata-se de trabalhos que incluem actividades programadas, estudos e projectos especifícos, cujo montante de investimento necessário ainda não está definido, mas que, numa estimativa aproximada, poderá chegar a dez milhões de euros. A cooperação alargada entre a EPAL e a IGESPAR representa para Elísio Summavielle, presidente do instituto público, "um avanço positivo para a salvaguarda do património e poderá ser mais um passo para se concretizar a ideia tantas vezes abordada da candidatura deste monumento a património da Humanidade".

DN, 9-1-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?