14 novembro, 2007

 

14 de Novembro


Dia mundial da diabetes




http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes

http://www.apdp.pt/default.asp
http://www.spedm.org/

http://www.comunidadediabetes.com.pt/Website/content/default.aspx

http://www.gastronomias.com/diabetes/index.htm

Comments:
Portugueses estudam terapia para impotência

A descoberta de uma terapia para a disfunção eréctil nos diabéticos é o objectivo de um inédito projecto de investigação que vai ser realizado por dois especialistas portugueses e já mereceu uma distinção pela European Society for Sexual Medicine.

"Inevitavelmente, o diabético, mais tarde ou mais cedo, vai sofrer de disfunção eréctil, que resulta de uma quebra na vascularização", afirmou o urologista Pedro Vendeira, que lidera este projecto juntamente com a bióloga Carla Costa. Os dois investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto receberam 30 mil euros da European Society for Sexual Medicine para financiar uma investigação que pretende estudar melhor este problema, de forma a lançar novas perspectivas para o seu tratamento.

"Numa fase inicial, pretendemos ver o que se passa em termos moleculares. Sabe-se que o tecido peniano está alterado, pelo que pretendemos testar uma forma de obter células novas, indiferenciadas, a partir da medula óssea, que permitam revitalizar o tecido peniano", resumiu o investigador. A ideia é "pegar em células saudáveis que se encontram na medula óssea e colocá-las onde são precisas". Numa primeira fase os investigadores vão trabalhar com ratos de laboratório e, caso os resultados permitam, a segunda fase envolverá seres humanos.

DN, 16-11-2007
 
Apenas um em dez diabéticos controla a doença eficazmente

DIANA MENDES

Educação alimentar é essencial para evitar complicações da diabetes

Mil bolos-reis desapareceram ontem num ápice na Baixa lisboeta. Bolos que, em vez de açúcar, tinham mais adoçante e que, em vez das frutas cristalizadas, traziam mais frutos secos. O bolo azul, assim chamado, é a prova de que é possível os diabéticos comerem doces na quadra natalícia sem desregular os níveis de glicemia. Num panorama em que apenas uma em cada dez pessoas controla eficazmente a doença, é essencial "que os diabéticos voltem às aulas", afirma José Manuel Boavida, o director clínico da Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP).

O responsável acredita que apenas "10% a 15% dos diabéticos conseguem controlar a doença". E esse controlo passa pela adesão à terapêutica, prática de exercício físico, controlo dos níveis de glicemia e por uma alimentação equilibrada. O problema é que a diabetes é uma doença complicada, em que cada atitude tem uma consequência na saúde de cada um. É isso que urge aprender: os diabéticos têm de saber como sobem os níveis de glicemia depois de comer um determinado alimento e isso varia de pessoa para pessoa".

A diversificação da alimentação é um factor essencial neste processo, bem como o controlo dos rótulos dos alimentos. Um acto que pede educação: "Há uma grande iliteracia, um dos principais inimigos do tratamento da diabetes", avança José Manuel Boavida. "Hoje, os jovens começam a saber contar hidratos de carbono, proteínas e a estar informados sobre o que estão a comer, mas muitas pessoas não sabem o que são estes nutrientes nem como os quantificar. A doença tem um raciocínio complexo: se tiver o açúcar em níveis altos, não posso comer isto ou aquilo."

E como saber o que evitar e controlar os níveis de glicemia? "Frequentando os cursos da associação, por exemplo. Aí, as pessoas são ensinadas, por exemplo, a saber onde estão as gorduras. Muitas vezes, nem damos conta que estão lá."

Formação prevista no plano

O responsável refere ainda que "o Estado podia providenciar essa formação, uma vez que é uma das batalhas previstas no programa nacional de controlo da diabetes", sublinha. Uma das ferramentas que podiam ser utilizadas são as consultas de nutrição. Estes cuidados podiam contribuir para a diminuição das complicações da doenças. "Apenas 10% dos custos associados à diabetes se devem aos medicamentos e pelo menos 70% estão ligados às cirurgias, hemodiálise, tratamentos aos olhos", entre outras intervenções.

O evento de ontem do bolo azul, assim chamado por aludir ao símbolo da campanha internacional Unidos pela Diabetes, foi organizado pela APDP e pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, com apoio da Lilly (farmacêutica). A ideia surgiu no último fórum. "Concluímos que os diabéticos têm de se defender e tratarem-se a eles próprios". Mesmo no Natal, é possível comer bolos mais saudáveis e com óptimo sabor.

DN, 15-12-2007
 
Complicações da diabetes baixam 50%em oito anos

DIANA MENDES

Jovens diabéticos são um dos grupos que menos controla a doença

As complicações agudas relacionadas com a diabetes baixaram 50% em apenas oito anos, um sinal de que a doença tem sido mais controlada pelos próprios doentes e pelos seus médicos. O decréscimo significa que "o programa de controlo da diabetes tem sido eficaz", afirma Rosa Gallego, coordenadora do núcleo de diabetes da Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral.

Antes do programa de controlo da doença ter sido operacionalizado em 1998, a taxa de episódios do chamado "coma diabético" e hipoglicemia era superior a 100 por 100 mil diabéticos, quando em 2004 baixou para pouco mais de 50, segundo um artigo publicado pela médica na revista da associação.

Jorge Caldeira, director do serviço de diabetologia do Hospital de Santa Maria, lembra os ganhos que tem havido nas consultas da especialidade e na formação de médicos. E os doentes já beneficiam de uma estrutura de apoio na educação terapêutica. Por isso sabem melhor como corrigir e vigiar o seu problema de forma mais precoce.

A cetoacidose diabética (formação de corpos ácidos semelhantes à acetona), vulgarmente designada por coma diabético, é uma das complicações mais graves. Geralmente deve-se a um descuido na dieta e tratamento com insulina e afecta, sobretudo, os casos de diabetes tipo 1. Esta crise pode também ser a primeira manifestação da doença, que atinge crianças e jovens na maior parte. Jorge Caldeira avança que esta complicação pode, na pior das hipóteses, desencadear episódios de coma, embora não sejam frequentes hoje em dia.

"Quando a doença é mal tratada, os diabéticos perdem água, formam--se substâncias ácidas, começam a vomitar e a sua respiração fica alterada, profunda e rápida", explica o médico. Outros sintomas como a dor, rigidez muscular e turpor mental podem atingir níveis tão preocupantes que levam à perda de consciência.

Grupos de risco

Estes episódios de cetoacidose são a causa de mais de dois mil casos de internamento de diabéticos em Portugal, embora um doente possa ter de ser internado várias vezes no mesmo ano. Em 2001, registaram-se 2161 internamentos, um número bastante inferior aos 2562 de 1999.

Rosa Gallego alerta que existem grupos de pessoas que correm mais riscos e que "têm de ser ajudadas a fazer o seu auto-controlo para prevenir situações graves. A maior parte dos casos são de adolescentes com diabetes tipo 1, que não querem ser tratados, o que tem a ver, em parte, com a fase de crescimento".

DN, 28-2-2008
 
Médicos vão ter formação específica para tratar diabetes

DIANA MENDES, em Basileia

Os médicos vão ter formação específica ao nível da diabetes e da educação do doente com a patologia, de acordo com José Manuel Boavida, o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes. E é possível que a formação seja obrigatória. "Está a ser feito um manual com um currículo mínimo nestas matérias e um manual de boas práticas." Actualmente, há grupos de trabalho dedicados a várias áreas, prevendo-se que, em 2009, "os médicos iniciem a formação".

O endocrinologista José Luís Medina, que irá coordenar a elaboração do currículo para os médicos de família, disse ao DN que "o que se pretende é que todos estejam bem preparados nesta área e haja uma uniformização da formação". Até ao fim do ano, deverá ser definido o currículo, que será posteriormente proposto à Direcção-Geral da Saúde (DGS). Apesar de ainda não estar definido, a opinião que todos os médicos que tratem diabéticos devem ser formados, uma questão que terá de ser "articulada com a DGS".

O objectivo é que haja formação específica ao nível dos médicos de família (que tratam 80% dos doentes), clínicos dos hospitais e nos cuidados continuados. Para já, os grupos de trabalho estão a definir quais as necessidades.

Glicemia pós-refeições

A formação deverá passar, entre outros aspectos, pela divulgação de linhas orientadoras actualizadas, como as da International Diabetes Federation. Num workshop organizado pela Bayer, em Basileia, Antonio Ceriello, presidente desta associação, focou a importância de se combater e controlar a glicemia pós-prandial, ou seja, duas horas após as refeições.

O responsável defendeu que é determinante medir os níveis de açúcar no sangue "mesmo em casos de diabetes recentemente diagnosticadas" e que, cada vez mais, os níveis devem ser controlados "de modo a estarem cada vez mais próximos dos normais". Ao fim das duas horas, a glicemia deve estar abaixo dos 140.

E qual a importância deste controlo? É fundamental para reduzir a mortalidade e eventos cardiovascu- lares, que sobem significativamente com a subida daqueles níveis. O mesmo acontece com a retinopatia e o cancro, especialmente do pâncreas. Oliver Schnell, do Diabetes Research Institute, em Munique, referiu que o número de problemas não fatais e fatais reduz drasticamente em pacientes que fazem controlo de níveis de glicemia e que "se a isto se juntar um correcto acompanhamento, é ainda mais eficaz. O cuidado do doente é um valor adicional", diz.

A educação dos doentes, que muitos médicos não conseguem fazer por faltar tempo de consulta, é uma das formas de evitar problemas graves derivados da diabetes. E o controlo da glicemia e da alimentação fazem parte dos autocuidados do doente. José Manuel Boavida diz que "a maior parte dos doentes não mede a glicemia, mas devia fazê-lo todo o dia". O controlo é feito de forma um pouco aleatória e os doentes acabam por andar mal compensados. A medição dos níveis após o pequeno-almoço e almoço, sobretudo, seriam essenciais. "São linhas orientadoras que nos podem levar mais longe. Os nossos doentes têm níveis muito acima do preconizado", frisou.

A jornalista viajou a convite da Bayer

DN, 21-4-2008
 
Gel para úlceras aumenta mortes por cancro

PATRÍCIA JESUS

Alerta. Decobertos novos riscos de gel utilizado por diabéticos

Medicamento é comercializado em Portugal

A agência norte-americana que regula os medicamentos, a Food and Drugs Administration (FDA), alerta que o Regranex, um gel utilizado pelos diabéticos para a cicatrização de feridas, aumenta a mortalidade por cancro. O medicamento é comercializado em Portugal e o Infarmed diz estar a acompanhar a situação.

O alerta da FDA surge depois de ter recebido, em Março passado, os dados de um estudo que sugeria que os diabéticos que aplicavam este gel tinham maior incidência de cancro. A monitorização do medicamento continuou após a aprovação porque o Regranex favorece a divisão mais rápida das células. Depois de rever os resultados do estudo, a FDA concluiu esta semana que a probabilidade de morrer de cancro é cinco vezes maior para doentes que tenham usado três ou mais tubos de Regranex, quando comparado com outros que não tinham usado o gel.

No entanto, não foi verificado um aumento de casos de cancro no grupo mais geral de doentes ou nos que tinham utilizado o medicamento em quantidades menores, mas a agência salienta que o estudo foi demasiado curto para detectar novos casos.

Assim, a agência emitiu um comunicado em que diz que "o Regranex não é recomendado a pacientes que tenham um historial conhecido de tumores malignos."

No entanto, a autoridade norte-americana reconhece que quando o medicamento é usado com bons cuidados médicos aumenta as hipóteses de cura das úlceras diabéticas, um tipo de ferida que tem poucas alternativas de tratamento. Por isso, recomenda que o gel seja usado só quando os benefícios superarem os riscos. Recomendou também que esta nova informação seja incluída na bula do medicamento.

Nos Estados Unidos, a empresa que detém o Regranex já adicionou um aviso sobre este risco. A Johnson & Johnson's, que vende o produto no mercado norte-americano, disse ainda que o alerta foi emitido com base em quatro casos de cancro entre doentes que utilizarem três ou mais tubos.

O Infarmed está a seguir a revisão do estudo feito pela FDA no sentido de se apurar se os benefícios oferecidos pelo medicamento são superiores aos riscos.

Carlos Pires, da Autoridade nacional do medicamento disse ainda ao DN que o Infarmed seguirá as recomendações que forem decididas a nível europeu. No entanto, a Agência Europeia do Medicamento ainda não fez nenhuma recomendação.

DN, 9-6-2008
 
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