15 novembro, 2007
15 de Novembro
Dia nacional da linguagem gestual portuguesa
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Novos mistérios na criação da linguagem
Macacos podem processar o que significam os sons
Macacos e humanos processam de forma semelhante o significado de certos estímulos, o que sugere que as bases fisiológicas que levaram à linguagem já existiam nos antepassados de ambos. Os macacos não têm linguagem, mas os seus cérebros podem processar significados que estão associados a determinados sons.
Este é, em síntese, o conteúdo da investigação Toward an Evolucionary Perspective on Conceptual Representation, de um grupo liderado pelo investigador português Ricardo Gil-da-Costa, do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia. O trabalho, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, dos EUA, mereceu o Prémio ISPA de Investigação em Psicologia, que premeia trabalhos de investigadores nacionais publicados nos últimos três anos.
Gil-da-Costa usou técnicas de tomografia por emissão de positrões (que permite ver o funcionamento do cérebro) para detectar o efeito de vocalizações no cérebro de macacos rhesus acordados. "O que nos interessava era quais as redes neuronais, quais as áreas do cérebro envolvidas no processamento de um possível significado destes estímulos, estabelecendo correlações", explicou Gil-da-Costa, numa entrevista à Lusa.
No estudo, foram usados sons de macacos, tais como chamamentos com informação sobre predadores, comida e até sobre relações sociais. Nos humanos, ouvir uma palavra suscita uma imagem. A teoria era de que esse processamento se deve ao facto de termos linguagem. No estudo de Gil-da-Costa, as vocalizações dos macacos estimulavam áreas cerebrais associadas à percepção visual e memória. "Temos o mesmo tipo de resultados em macacos e humanos", explicou o investigador . "O que parece acontecer é que, tal como nos humanos, os macacos representam os conceitos de forma multimodal e distribuída. E representam o conceito de imagem como nós". Esta investigação sugere que os macacos possuem os mesmos mecanismos onde a linguagem pode ser criada. - L.N.
DN, 6-1-2008
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Macacos podem processar o que significam os sons
Macacos e humanos processam de forma semelhante o significado de certos estímulos, o que sugere que as bases fisiológicas que levaram à linguagem já existiam nos antepassados de ambos. Os macacos não têm linguagem, mas os seus cérebros podem processar significados que estão associados a determinados sons.
Este é, em síntese, o conteúdo da investigação Toward an Evolucionary Perspective on Conceptual Representation, de um grupo liderado pelo investigador português Ricardo Gil-da-Costa, do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia. O trabalho, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, dos EUA, mereceu o Prémio ISPA de Investigação em Psicologia, que premeia trabalhos de investigadores nacionais publicados nos últimos três anos.
Gil-da-Costa usou técnicas de tomografia por emissão de positrões (que permite ver o funcionamento do cérebro) para detectar o efeito de vocalizações no cérebro de macacos rhesus acordados. "O que nos interessava era quais as redes neuronais, quais as áreas do cérebro envolvidas no processamento de um possível significado destes estímulos, estabelecendo correlações", explicou Gil-da-Costa, numa entrevista à Lusa.
No estudo, foram usados sons de macacos, tais como chamamentos com informação sobre predadores, comida e até sobre relações sociais. Nos humanos, ouvir uma palavra suscita uma imagem. A teoria era de que esse processamento se deve ao facto de termos linguagem. No estudo de Gil-da-Costa, as vocalizações dos macacos estimulavam áreas cerebrais associadas à percepção visual e memória. "Temos o mesmo tipo de resultados em macacos e humanos", explicou o investigador . "O que parece acontecer é que, tal como nos humanos, os macacos representam os conceitos de forma multimodal e distribuída. E representam o conceito de imagem como nós". Esta investigação sugere que os macacos possuem os mesmos mecanismos onde a linguagem pode ser criada. - L.N.
DN, 6-1-2008
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