16 novembro, 2007

 

16 de Novembro


Dia nacional do mar




http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar

http://www.mar-alto.com/

http://www.ccmar.ualg.pt/

Comments:
Pegada funda no mar

Primeiro atlas do impacto humano nos oceanos

Pesca excessiva, poluição, temperaturas superficiais médias a aumentar, corais em declínio - as actividades humanas afectam hoje negativamente 40% dos oceanos no planeta. É o que mostra o primeiro atlas global da pegada humana para o mar, hoje publicado na Science.

Este primeiro retrato global do impacto das actividades humanas nos oceanos, realizado por uma equipa internacional de cientistas, coordenada por Benjamin Halpern, do National Center for Ecological Analysis and Synthesis in Santa Barbara, na Califórnia, mostra também que apenas 4 % do mar permanece intacto e praticamente intocado.

De acordo com as observações feitas pela equipa, entre as regiões mais afectadas estão as Caraíbas, o mar do Norte e o mar do Japão. As zonas oceânicas menos afectadas encontram-se junto a ambas as regiões polares. Esta informação, defende o grupo de cientistas, poderá agora permitir desenhar planos de conservação e definir prioridades e projectos a esse nível.

A equipa liderada por Halpern compilou dados observacionais de várias fontes e introduziu-os num modelo computacional que assumiu como área geográfica unitária um quilómetro quadrado. Cada uma destas "quadrículas" ficou com um determinado valor atribuído pelo modelo, depois de feitas as contas, e esse valor representa o impacto global das actividades humanas nesse ponto. Os resultados mostram, assim, pela primeira vez os efeitos das actividades humanas em todos os oceanos. Do ponto de vista dos ecossistemas, por exemplo, as plataformas continentais (entre o litoral e o mar alto), as barreiras de coral, os fundos marinhos e os montes submarinos são os mais gravemente afectados.

"Este estudo permite quantificar pela primeira vez a extensão dos problemas cuja existência os oceanógrafos e biólogos marinhos conheciam há muito", disse John Bruno, da universidade da Carolina do Norte e co-autor da pesquisa, sublinhando que "não basta saber que os problemas existem, é necessário saber quais são, e onde estão".

É isso, defende ainda o mesmo autor, que este atlas vem agora fornecer. "Esta informação permite-nos perceber onde é preciso intervir para recuperar os ecossistemas. Os esforços locais e regionais são importantes, mas estes dados mostram que é necessário pensar também em soluções globais".

Outro dado que fica pela primeira claro também é o da extensão e localização geográfica precisa do aumento da temperatura da superfície oceânica, uma consequência das alterações climáticas. - F. N.

DN, 15-2-2008
 
Portugal à conquista de terreno no fundo do mar

FILOMENA NAVES

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar prevê que os países podem reclamar território no fundo marinho, até às 350 milhas, se conseguirem provar que ele tem características contínuas. Portugal está a fazer o trabalho de casa e quer estender-se mais 1,3 milhões de km2

A vocação atlântica de Portugal, que há 500 anos se materializou na aventura das navegações, e nas descobertas que transformaram a geografia do mundo, entrou num novo ciclo. Desta vez, a viagem faz-se rumo ao fundo marinho, onde há novos territórios e riquezas ainda não contabilizadas à espera de serem estudados e utilizados de forma sustentada: recursos marinhos e genéticos, minérios, jazidas de metais e toda uma gama de novos conhecimentos e oportunidades de negócio que eles podem gerar. A viagem, com os trabalhos de prospecção começados em 2005 pela Estrutura de Missão para Extensão da Plataforma Continental (EMPC), liderada pelo oceanógrafo físico Manuel Pinto de Abreu, já se iniciou.

No âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que está em vigor desde 1994, os países podem a reclamar a extensão do seu território na plataforma continental, através do fundo marinho, e para lá das 200 milhas estabelecidas para as respectivas Zonas Económicas Exclusivas (ZEE).

Nas 200 milhas de ZEE cada país tem direitos de soberania para a exploração, conservação e gestão dos recursos naturais na coluna de água e fundo marinho. A possibilidade de extensão da plataforma continental até às 350 milhas, no âmbito da CNUDM, confere aos países direitos exclusivos para a exploração e aproveitamento dos recursos naturais no leito e subsolo marinhos.

Mas o que é necessário para reclamar esse vasto território potencial? "É preciso demonstrar que a natureza geológica do fundo marinho é contínua até às 350 milhas, ou que ele é contínuo na sua forma", explicou ao DN Manuel Pinto de Abreu.

Desde 2005, a equipa que dirige, e os colaboradores científicos e operacionais (a Marinha e os seus navios oceanográficos) têm-se desdobrado em missões que permitam fundamentar cientificamente o pedido. A proposta tem que ser entregue até 12 de Maio de 2009.

DN, 12-7-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?