02 novembro, 2007

 

3 de Novembro


Dia europeu contra o cancro do cólon


www.europacolon.pt

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Doentes com cancro colo-rectal
têm linha de apoio

A Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino,
Europacolon Portugal, anunciou a criação da primeira linha
telefónica de apoio às vítimas desta doença.
Os doentes ou familiares podem ligar para o número
(gratuito) 808 200 199 (das 14h00 às 20h00).
A iniciativa arrancou há duas semanas e já somou 120 chamadas
para pedidos de informação.
O atendimento é feito por enfermeiras superiores e um médico
de medicina interna, uma médica nutricionista, um advogado
e voluntários que respondem a todas as questões.
Em comunicado enviado, Vítor Neves, Presidente da Europacolon
Portugal, explica que esta linha “procura esclarecer a
população portuguesa sobre eventuais sintomas da doença,
locais de rastreio e diagnóstico, aconselhamento, atitudes
preventivas, apoio psicológico e ainda esclarecimento sobre
os direitos dos doentes.”
A Europacolon lançou recentemente o site
www.europacolon.pt onde procura alertar a população para
os sintomas e formas de prevenção da doença.
Segundo um inquérito divulgado este ano por esta associação,
metade dos portugueses desconhecerá os sintomas do
cancro colo-rectal e um terço não saberá sequer que órgãos
são afectados por este carcinoma.

RRP1, 13-12-2007
 
Tratamento 65% mais eficaz no cancro do cólon

DIANA MENDES

Portugal está a testar uma nova combinação de tratamentos para o cancro colorrectal, com resultados bastante superiores aos obtidos só com quimioterapia. De acordo com os dados deste ensaio clínico de fase II, 58% dos doentes melhoraram, o que significa um aumento médio de 65% em relação à anterior taxa de sucesso (de 30% a 40%). O estudo, coordenado pelo Grupo de Investigação do Cancro Digestivo (GICD), vai ser apresentado no Congresso da American Society of Clinical Oncology.

A investigação ERBICOX abrangeu 48 doentes de onze hospitais, recrutados entre Setembro de 2005 e Outubro de 2006. O investigador principal do estudo, Sérgio Barros, refere que "estes doentes tinham cancro colorrectal em fase avançada, já metastizado para outros órgãos, e não tinham feito qualquer tratamento prévio com quimioterapia".

A diferença está na combinação de dois fármacos utilizados em quimioterapia com cetuximab, medicamento que já era usado há três anos, mas apenas quando a quimioterapia não tinha resultados positivos. "Verificámos que ao fim de cinco ciclos de tratamento, 54,8% dos doentes melhoraram parcialmente e que a doença desapareceu num doente (3,2%), explica o oncologista do Hospital de Évora. No máximo, só podem ser realizados oito ciclos deste tratamento (seis meses no total). E cada ciclo tem um custo adicional "de cerca de 600 euros com o cetuximab".

Por enquanto, ainda é cedo para se conhecer qual os ganhos de sobrevivência, visto que os dados ainda são preliminares. Para já, "a sobrevivência média deste doentes é de dois anos, quando chegou a ser de cinco a seis meses".

A expectativa "é a cura, fazer com que estes doentes vivam tanto tempo como as restantes pessoas". Além da taxa de sucesso, os tratamentos revelaram-se seguros e pouco tóxicos). "O tratamento liga-se aos receptores das células tumorais, inibe o seu funcionamento e leva à sua destruição, não agredindo as células saudáveis".

Vítor Sapo, um doente com 47 anos, integrou o maior ensaio clínico realizado no País e hoje diz que "o problema está ultrapassado", apesar de continuar a ser seguido. Agora, toma o fármaco por prevenção.

Recorde-se que o cancro colorrectal mata dez pessoas por dia em Portugal, surgindo todos os anos seis mil novos casos. É um dos dois cancros mais fatais no País, em conjunto com o do pulmão.

DN, 30-5-2008
 
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