25 novembro, 2007

 

25 de Novembro


Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher




http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=918053&sec=3

http://www.saynotoviolence.org/index.htm

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Oito mil denúncias de agressões a mulheres


Pedidos de ajuda de vítimas aumentaram 10% desde o ano passado

Vila Franca de Xira, Agosto. Ao fim do dia, Maria Isabel saía do café, onde trabalhava, quando foi atingida por disparos. O agressor era o marido, que há meses ameaçava matá-la. Felizmente para a mulher, não conseguiu. Este foi um dos 9218 casos de violência doméstica registados durante os primeiros nove meses deste ano em Portugal. A esmagadora maioria (7938) foram agressões a mulheres.

Ao longo da sua vida, uma em cada cinco mulheres europeias é vítima de violência doméstica. Esta é a mensagem, o slogan que a Associação de Apoio à Vítima (APAV) lança hoje, para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Em Portugal, os números das autoridades policiais mostram que quase oito mil mulheres já foram vítimas dessa situação só desde Janeiro último. Ou seja, mais 514 do que no mesmo período do ano passado.

A procura de ajuda por parte das mulheres que sofreram violência doméstica junto da APAV aumentou, de resto, cerca de 10% no primeiro semestre deste ano, em relação a 2006. Um outro estudo apresentado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, citado pela Lusa, revelou, por seu lado, que 39 mulheres portugueses foram mortas pelos maridos no ano passado e que 43 ficaram gravemente feridas. No balanço global dos homicídios em todo o País, 16,4% ocorrem no âmbito da relação conjugal.

Segundo dados da Polícia de Segurança Pública (PSP), das 9218 denúncias de violência doméstica que já ocorrem desde Janeiro, 6618 dizem respeito a violência contra o cônjuge. As outras (343) foram relativas a agressões a menores de 16 anos e a idosos (703).

Entre 2000 e 2006, o número de ocorrências de violência doméstica registadas pelas forças de segurança no País quase duplicou, passando de 11 mil, em 2000, para mais de 200 no ano passado. Um indicador que os peritos pensam corresponder sobretudo a uma maior visibilidade do fenómeno e não ao aumento do fenómeno em si. Segundo os dados da APAV, em 2006, 112 por dia foram vítimas de agressões no seio familiar.

Para combater mais eficazmente o fenómeno em Portugal, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) defende, pela voz da sua presidente, Elizabete Brasil, uma acção mais estruturada, nomeadamente "em termos de procedimentos legislativos e policiais", que proteja efectivamente as vítimas. - F.N.
 
Portugal está na rota
da escravatura sexual

Um estudo que hoje é apresentado na Universidade de Coimbra revela que as autoridades só conhecem uma
pequena parte do que é a realidade do tráfico sexual para Portugal.
As mulheres da América do Sul continuam a ser os principais
alvos das redes e a exploração sexual aliada à violência física
e tortura são uma realidade no nosso país.
Estes são alguns dos dados de um estudo realizado por investigadores
do Centro de estudos Sociais de Universidade de Coimbra.
Brasileira, entre os 22 e os 30 anos e solteira - este é o perfil
da vítima de tráfico sexual em Portugal.
Madalena Duarte, uma das autoras do estudo, garante que a
realidade é bem mais “negra” do que mostram os dados oficiais,
pois a escravatura sexual é uma indústria que se esconde na sombra.
“Acreditamos, que o retrato qualitativo que nós traçamos
deste fenómeno é de facto a ponta do icebergue para um fenómeno que provavelmente tem um lastro ainda maior”, afirma.
As brasileiras são as principais vítimas, mas, logo a seguir,
estão as mulheres oriundas de Cabo Verde, Serra Leoa, Europa de Leste e ultimamente até da China. Por isso, tendo em conta os países de origem, as rotas variam.

RRP1, 7-2-2008
 
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