05 novembro, 2007
ponte d maria
aniversario
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'Melhor forma de ver a ponte é devagarinho'
O JN está a publicar entrevistas sobre os 130 anos da ponte Maria Pia e sua reabilitação. O professor Emídio Gardet é o entrevistado de hoje.
Como vê a situação actual da ponte Maria Pia?
É uma situação de abandono, que está errada. Desde que passou o último comboio na ponte, as entidades responsáveis esqueceram-se de que ela existe. Mas sei que há um grupo de pessoas preocupadas com o estado de degradação da estrutura e que lutam pela sua requalificação.
Na sua opinião, o que poder ser feito para reabilitar a ponte?
Gostei do projecto do arquitecto Pedro Ramalho, que visa a pedonalização da ponte. Penso que os outros projectos apresentados, em que se prevê a passagem de elétrico ou do comboio, não são exequiveis. Além disso, acho que a melhor forma de dignificar o monumento é apreciá-lo devagarinho, enquanto se passeia. Mas também reconheço que só as pessoas com muita coragem é que se vão atrever a atravessar a ponte a pé!
É um monumento importante...
Importante e raro, quase único. Marca uma época muito importante de desenvolvimento tecnológico.
Crê que o projecto poderá avançar a curto prazo?
Tudo faria para que a proposta fosse avante, mas não tenho certezas. Há tantas propostas diferentes que só reunindo uma série de vontades, sobretudo por parte da REFER, é que qualquer projecto pode avançar.
É presidente do Grupo de Acção para a Reabilitação do Ramal da Alfândega. Como está essa situação?
Semelhante à da ponte parada. Um dos incovenientes que é apontado à hipótese de reabilitação do ramal da Alfândega é o facto de a enconsta ser muito encrespada e não garantir segurança em caso de emergência. Mas a verdade é que todas as linhas construídas na época têm estas características. O nosso grupo tenta pressionar as autoridades, mas somos poucos, temos pouco poder, e o país está apontado para o TGV. De qualquer forma, continuamos a achar que o comboio seria uma forma interessante e económica de reabilitar e servir uma zona que está ao abandono.
Seria também uma aposta turística...
Sim. O barco e o comboio podiam sair frente a frente.
Os carris estão lá, era só
aproveitá-los.
JN, 8-11-2007
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O JN está a publicar entrevistas sobre os 130 anos da ponte Maria Pia e sua reabilitação. O professor Emídio Gardet é o entrevistado de hoje.
Como vê a situação actual da ponte Maria Pia?
É uma situação de abandono, que está errada. Desde que passou o último comboio na ponte, as entidades responsáveis esqueceram-se de que ela existe. Mas sei que há um grupo de pessoas preocupadas com o estado de degradação da estrutura e que lutam pela sua requalificação.
Na sua opinião, o que poder ser feito para reabilitar a ponte?
Gostei do projecto do arquitecto Pedro Ramalho, que visa a pedonalização da ponte. Penso que os outros projectos apresentados, em que se prevê a passagem de elétrico ou do comboio, não são exequiveis. Além disso, acho que a melhor forma de dignificar o monumento é apreciá-lo devagarinho, enquanto se passeia. Mas também reconheço que só as pessoas com muita coragem é que se vão atrever a atravessar a ponte a pé!
É um monumento importante...
Importante e raro, quase único. Marca uma época muito importante de desenvolvimento tecnológico.
Crê que o projecto poderá avançar a curto prazo?
Tudo faria para que a proposta fosse avante, mas não tenho certezas. Há tantas propostas diferentes que só reunindo uma série de vontades, sobretudo por parte da REFER, é que qualquer projecto pode avançar.
É presidente do Grupo de Acção para a Reabilitação do Ramal da Alfândega. Como está essa situação?
Semelhante à da ponte parada. Um dos incovenientes que é apontado à hipótese de reabilitação do ramal da Alfândega é o facto de a enconsta ser muito encrespada e não garantir segurança em caso de emergência. Mas a verdade é que todas as linhas construídas na época têm estas características. O nosso grupo tenta pressionar as autoridades, mas somos poucos, temos pouco poder, e o país está apontado para o TGV. De qualquer forma, continuamos a achar que o comboio seria uma forma interessante e económica de reabilitar e servir uma zona que está ao abandono.
Seria também uma aposta turística...
Sim. O barco e o comboio podiam sair frente a frente.
Os carris estão lá, era só
aproveitá-los.
JN, 8-11-2007
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