11 novembro, 2007

 

TDT


Televisão digital terrestre



http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_digital

http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryId=131319

Comments:
MAS, AFINAL, O QUE É ISSO DE TDT?

CATARINA VASQUES RITO e PAULA BRITO

A expressão entrou de mansinho no léxico dos portugueses, mas, de repente, em todo o lado se encontram as três letras que compõem a sigla que obrigará a revermos o conceito de televisão. TDT, eis a sigla de que se fala - televisão digital terrestre . E que está a fazer mexer o mercado. Para já, há mais de duas dezenas de empresas (grandes grupos de comunicação portugueses e até internacionais) interessadas no assunto.

Em Portugal, depois de um primeiro concurso, em Abril de 2001, que foi anulado em 2003, o Estado relançou a TDT em Agosto de 2007, com a publicação da nova Lei da Televisão. Depois de um período de consulta pública, que terminou a 15 de Outubro último, em que cerca de duas dezenas de entidades pediram esclarecimentos e deram sugestões, segue-se o relatório da Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações). Ao DN, fonte oficial deste organismo disse que o relatório da consulta pública deverá estar pronto em meados de Novembro, nunca antes disso. "O processo está a correr dentro da normalidade", tendo a "consulta [pública] sido muito participada". "Obviamente, destas 20, poderão não ir todas a concurso, assim como poderão candidatar-se outras entidades que não participaram na consulta pública", esclareceu.

De acordo com a nova Lei da Televisão, estão previstos dois concursos públicos: um para serviços de acesso não condicionado livre (o chamado canal em sinal aberto) e outro para serviços de programas de acesso não condicionado mas com assinatura, que comportam dois canais codificados e três frequências regionais.

É, porém, o primeiro concurso, destinado a um canal em sinal aberto, que está a gerar a verdadeira corrida dos últimos dias. Os canais privados já instalados, SIC e TVI, defendem a sua dama, dizendo que não há mercado publicitário para mais um canal. Ainda assim, pelo sim, pelo não, também surgem na lista dos interessados. O concurso, segundo as contas oficiais, deverá arrancar no primeiro trimestre de 2008.

Mas, afinal, o que tem de tão importante a TDT? Porque é ela importante para os espectadores? E em que medida é tentadora para os investidores?

A televisão digital terrestre é a implementação da tecnologia digital, de forma a providenciar um maior número de canais e uma melhor qualidade na imagem ou som, em relação à antena convencional do actual sistema analógico, concorrendo com o satélite e o cabo. Tradicionalmente, os serviços da televisão têm sido utilizados na plataforma terrestre usando a tecnologia analógica. No entanto, a TDT, utilizando o sistema DVB-T, permite uma interactividade que o analógico não permite.

Os serviços digitais dão uma maior definição à imagem transmitida e aumentam as possibilidades para os vários formatos dos ecrãs existentes. Providenciam uma maior flexibilidade para a introdução de novos serviços, como o aumento na escolha de programas, mobilidade e alta definição. Para além de tudo isto, é possível oferecer mais serviços ao consumidor como as multicâmaras, o pay-per-view (pagar para ver), entre outros. Ou seja, abrem--se novas perspectivas de negócio para os investidores e aumenta a capacidade de escolha para os espectadores.

Na sequência destas alterações, tendo em consideração os diferentes mercados existentes na Europa, cada país determinará o seu timing para deixar totalmente o sistema analógico (switch--off). Uma coisa é certa, porém. De acordo o prazo estipulado pela Comissão Europeia, todos os Estados membros têm de migrar para o digital até 2012. Portugal incluído.

Na Europa, a passagem do analógico para o digital já começou. O Reino Unido introduziu o sistema em 1998, a Suécia em 1999 e a Espanha em 2000, através da televisão por cabo. Em Espanha e no Reino Unido, porém, os projectos não correram bem financeiramente. Ao contrário do que se passou com a Boxer, a plataforma sueca paga, que provou ser um sucesso. Com CÁTIA ALMEIDA

DN, 1-11-2007
 
PT PREPARA MEGAOFERTA DE TELEVISÃO

CÁTIA ALMEIDA

A Portugal Telecom (PT) está a preparar uma oferta "arrasadora" no mercado da televisão por subscrição. Apesar da intenção de concorrer às licenças da televisão digital terrestre (TDT), a PT tem já elaborado um plano de uma oferta de televisão por satélite, com 120 canais, que poderá ser lançado em Março, apurou o DN.

Este serviço é visto como "uma bomba" no mercado, quer em termos de qualidade de serviço quer ao nível de preços. A oferta irá afectar sobretudo a TV Cabo, empresa que acaba de se separar do grupo PT e que detém mais de 80% de quota na televisão por cabo.

Fonte da PT disse ao DN que ainda não está certo o lançamento do serviço por satélite em massa, sendo, no entanto, uma das opções em cima da mesa. Outra das possibilidades é a concentração de esforços na televisão digital terrestre, cujo concurso irá ocorrer no primeiro semestre do próximo ano. Qualquer que seja a opção, será sempre desenvolvida em complemento do Meo, o actual serviço de triple play (pacote integrado de televisão, Internet e chamadas de voz fixa) da PT.

O problema do Meo é não poder ser massificado, pelo menos por enquanto, por exigir uma velocidade mínima de 8 megas. Para conseguir a massificação desejada já em 2008, a PT coloca a hipótese de oferecer uma "proposta arrasadora", qual como a classificaram fornecedores contactados pelo DN.

As vantagens do satélite é não depender de um concurso e de regras que ainda não estão claramente definidos. Além disso, o DN sabe que nem todas condições referidas no documento da consulta pública da TDT agradam à PT e que se não forem alteradas, a operadora pode mesmo desistir da corrida.

Uma dela é a condição imposta da cobertura da TDT ter de atingir 99% do território nacional. A segunda prende-se com a obrigatoriedade de uma cobertura total indoor, ou seja, dentro de casa, em todo o País (algo que obriga a um forte investimento). Por último, não é visto com agrado a possibilidade do operador vencedor ter de oferecer a caixa de recepção aos clientes (penalizando fortemente as receitas).

"A complementaridade natural do Meo é a TDT, embora existam outras alternativas tecnológicas, como o Wimax" afirmou ao DN. Contudo, as indefinições na TDT podem levar a PT a avançar com a opção do satélite. Abandonar o Meo é um cenário afastado, uma vez que é visto como um produto premium que pode concorrer lado a lado com uma oferta mais massificada.

Recorde-se que os objectivos apresentados no lançamento do Meo eram de atingir 30 mil no final deste ano e 100 mil no final de 2008. Números muito reduzidos quando comparados com os 1,5 milhões de clientes da TV Cabo.

"Guerra à PTM"

A oferta massificada de televisão da PT será o primeiro grande ataque à PT Multimédia, empresa que esta semana se separou definitivamente do grupo PT. É mais um concorrente no mercado das telecomunicações que poderá beneficiar os consumidores em termos de preços e ofertas de produtos.

Na quarta-feira, a PT deu por concluído o processo de spin-off, uma medida que resulta da estratégia defensiva da administração da PT face à oferta pública de aquisição de que foi alvo, por parte da Sonaecom. O grupo liderado por Henrique Granadeiro ainda detém 8,56% na PTM, mas garantiu que esta posição é para vender "assim que possível", desde que o comprador se comprometa a respeitar um período de "lock up" [período de impedimento de venda] de seis meses. A PT reiterou ainda que não terá influência na gestão da empresa liderada por Rodrigo Costa.

Para os accionistas da PT esta semana foi também histórica. A operadora transferiu para as suas contas 154,9 milhões de acções da PTM, correspondentes a 50,1% do capital.

Mas mesmo com o spin-off concluído, o processo continua a dar que falar. A sobreposição de accionistas não é vista por alguns concorrentes como uma verdadeira separação, uma matéria onde os próprios reguladores já mostraram reservas.

Porém, Daniel Proença de Carvalho, chaiman da PTM, voltou a destacar a indepedência da empresa, num almoço com a comunicação social realizado na terça-feira.

A Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santos são os maiores accionistas da PTM, como 15% e 12,2% respectivamente, dois bancos que também estão no "núcleo duro da PT". A Telefónica é outra das "grandes" que marca presença nas empresa ex-irmãs.

O mercado das telecomunicações já foi sinónimo de uma só empresa. Desde a liberalização do sector, houve novas empresas a nascer. Algumas ficaram pelo caminho outras juntaram-se a concorrentes. Nenhuma nasceu tão forte como a PT Multimédia.

DN, 7-11-2007
 
A EXASPERANTE INJUSTIÇA DOS GRANDES NÚMEROS

António Perez Metelo
Redactor principal
Há uma gritante desproporção entre grandes números. Eles vêm ao de cima nos debates orçamentais, aparentemente sem que ninguém avance das posições de partida. Por um lado, apontam-se as centenas de milhões de euros concedidos às empresas, especialmente às grandes empresas, na forma, internacionalmente autorizada, de incentivos ao investimento através de isenções fiscais. Por outro, contrapõem-se os magros aumentos de dezenas de cêntimos de aumento diário das pensões sociais mais baixas, com os quais milhão e meio de reformados se têm de conformar.

Este, como qualquer outro governo, foge desta contraposição incómoda, mas ela é real e não tem solução fácil. Quanto mais aberta se encontra uma economia de mercado, mais exposta está à concorrência na atracção de investimento directo, vindo de todo o mundo. A entrada de 600 milhões de trabalhadores em todo o mundo para as empresas exportadoras (desde 1980, passaram de 200 para 800 milhões) representa uma enorme pressão para os salários e as produtividades das empresas expostas a novas concorrências. Mas também uma maior despesa fiscal. Mesmo com ganhos na tecnologia e nos custos de contexto, a corrida aos descontos não pára e representa despesa fiscal crescente, se se quiser reforçar o aparelho produtivo que labora para o mercado global.

No pólo oposto, cada aumento de transferências sociais multiplicado por centenas de milhares ou milhões de beneficiários, desfia-se no bolso de cada um em quase nada. Mas, somados, voltamos à casa das dezenas ou centenas de milhões de despesa pública.

Eis um exemplo, o Complemento Solidário para Idosos. Hoje, garante 300 euros vezes 14 pagamentos anuais a 52 500 idosos, com 70 ou mais anos, que não têm comprovadamente outros meios de subsistência. Ao alargar-se o universo dos candidatos ao escalão dos 65 anos ou mais, é provável que o número dos beneficiários suba, em 2008, para cerca de 100 000.

Até agora, em média, o complemento anual ronda os mil euros, o que dividido por 14 dá uma boa ideia do que representa para cada rendimento dos que quase nada têm (71,40/ 228,60= +31%). Em 2008, o custo desta nova política social rondará, assim, os 100 milhões de euros. Só que o conceito do limiar de pobreza é relativo. Vai evoluindo com o tempo e com a progressão do salário médio e mediano nacional. Feitas as contas, em 2008, o limiar da pobreza já não se situará nos 4200 euros anuais, mas sim em 4830 euros. Em vez de 300, deveriam ser garantidos 345 em cada pagamento. O que atiraria a factura dos 100 para os 163 milhões de euros!

Uma só isenção fiscal pode pesar tanto como a actualização do limiar de pobreza para 100 000 idosos. Eis o peso dos grandes números e da sua exasperante injustiça social!

DN, 9-11-2007
 
Difusão digital em 2012

Se há 50 anos a “chuva” e o ruído na televisão eram
considerados normais, daqui a apenas cinco não deverão
existir.
Para 2012 está prevista a entrada em Portugal da Televisão
Digital Terrestre (TDT). Uma nova forma de receber e difundir
o sinal de T V, com superior qualidade de som e imagem.
“Não será possível assegurar que em nenhum caso deixa de
haver interferências, mas concerteza que haverá uma melhoria
muito significativa, quer porque a tecnologia facilita e
melhora a transmissão de sinal e a qualidade de sinal, como
a exigência técnica vai ser elevada” – salienta Eduardo Cardadeiro,
responsável da Autoridade Nacional de Comunicações
(ANACOM) para a Televisão Digital Terrestre.
Mas as melhorias não ficam por aqui: serão dezenas de canais
interactivos e pagos, muito semelhante ao serviço de cabo.
Quanto ao equipamento para receber o sinal, a larga maioria
já o tem em casa com os novos televisores e antenas.
A consulta pública para a TDT foi lançada no final de Agosto.
Esta fase do processo já está fechada e a ANACOM espera
entregar em breve ao Governo o relatório com as contribuições.

RRP1, 21-11-2007
 
Primeiras emissões de TV digital deficientes

SÉRGIO BARRETO MOTTA, Rio de Janeiro

Revista 'Veja' critica qualidade do arranque da TV digital em S. Paulo

No dia 2 deste mês, o Governo brasileiro anunciou, com pompa, o início das transmissões da TV digital para São Paulo. Em Abril o sistema deve chegar ao Rio de Janeiro e depois estender-se-á a todo o país, aos poucos. No entanto, a revista Veja, que não esconde a sua oposição ao Governo Lula, escreveu que a estreia foi um fiasco, escrevendo : "E quem assistiu à TV digital em São Paulo? Pouquíssima gente, apenas alguns vanguardistas, que haviam comprado conversores, a antena correcta e moram em bairros com cobertura UHF. Quem não preencheu tais condições viu apenas mensagens como 'sem sinal' ou 'sinal fraco". Na melhor das hipóteses viu imagens instáveis, como se sintonizasse uma emissora do planeta Marte." Conclui, referindo que São Paulo está a ser um laboratório para a mudança, que deverá ser " menos penosa" para o restante país. Os especialistas esclarecem: "Quem não for apressado, pode e deve deixar para o futuro a compra de um conversor, pois os preços irão cair e as novas TV já serão adaptadas ao sistema digital, acabando com a necessidade de comprar conversor."

No caso do lançamento, o fiasco foi limitado, pois a população praticamente não foi atingida pelo problema. Na verdade, bem menos de 1% dos telespectadores de São Paulo compraram o equipamento - um conversor - que permite receber a TV digital e os poucos que o fizeram não receberam boas imagens, por causa da pressa com que o sistema foi inaugurado.

DN, 16-12-2007
 
2008 será o ano da 'nova' e 'velha' televisão

PAULA BRITO

TDT, com 5.º canal generalista, dominará este ano

Este ano que agora se inicia terá a televisão digital terrestre (TDT) como principal acontecimento a ter em conta, quer pelos operadores de mercado (interessados em aí terem canais), quer pelos telespectadores, uma vez que significa a chegada de uma "nova" (oferta de) televisão.

Já na "velha" televisão, há que seguir de perto a entrada na RTP (até 2011) do seu novo presidente, Guilherme Costa, e da nova equipa administrativa. E, saído justamente desta mesma televisão para a SIC, eis que surge Nuno Santos, para quem estarão viradas todas as atenções em 2008. Tudo porque este director de programas conseguiu elevar a RTP ao 2.º posto das audiências, derrotando a estação para onde agora transita.

Também a SIC Notícias, que fechou 2007, a liderar no cabo com share de 3,7%, assiste a mudanças com a nomeação de António José Teixeira para a sua direcção, substituindo Ricardo Costa, que sobe a director-geral adjunto da SIC. Ainda no cabo, concretamente na TVI Cabo, a TVI prevê, para este Verão, o lançamento (há muito aguardado) de um canal de estilo noticioso.

Mas antes disso, o Governo conta decidir sobre o lançamento de um quinto canal em sinal aberto no âmbito da TDT, assim que receber os relatórios das entidades reguladoras sobre a consulta pública e antes mesmo de lançar, durante o 1.º trimestre de 2008, os dois concursos para esta plataforma - um para o acesso livre e outro para a parte paga.

Entretanto, o 29.º presidente da RTP junta à sua vasta experiência em empresas públicas e privadas a gestão da estação pública. Pela frente, segundo revelou recentemente ao DN, tem a missão de "continuar o esforço de viabilização financeira e de rigor que a administração presidida por Dr. Almerindo Marques conseguiu com êxito". Uma missão facilitada pelos resultados positivos de 15 milhões de euros e cash-flow operacional de 30 milhões de euros, esperados para 2007.

Mas há que continuar a "enfrentar os desafios, com criatividade e inovação, que se põem a todos nesta empresa", acrescenta referindo que a RTP "tem as pessoas capazes, por isso há que mobilizá-las".

DN, 2-1-2008
 
Selecção de operadoras concluída
até final do ano

A selecção de operadores para a Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal estará concluída até ao fim do ano, garante o ministro das Obras Públicas, Mário Lino.
Os regulamentos dos concursos que vão introduzir a TDT no nosso país são hoje publicados em Diário da República.
Mário Lino garantiu à Renascença que, depois de completo o processo de selecção de quem vai fazer a Televisão Digital Terrestre em Portugal, será aberto o concurso para o novo canal de televisão em sinal aberto.
“Teremos cinco canais em regime livre”, garante o ministro.
Quanto ao primeiro concurso, está em causa a atribuição de
frequências de televisão paga, assim como o licenciamento do
operador de distribuição do serviço TDT.
O objectivo deste concurso é, assegura Mário Lino, “promover
a migração” do sinal analógico, que termina, a nível da União
Europeia, em 2012, para sinal digital terrestre.
O ministro espera que, em poucos anos, possa ser atingida “99% da cobertura nacional”.
Seis licenças a concurso O Diário da República publica hoje o regulamento para os cinco
multiplexers (de B a F), assim como o regulamento do segundo concurso, relativo à transmissão de TDT em sinal aberto (multiplexer A), que é lançado pela Anacom.
Um multiplexer é um grupo de frequências que comporta um
conjunto de canais que pode, com a tecnologia actual, chegar a dez.
No multiplexer A ficam alojados RTP, a SIC e TVI, e será dirigido
pela Anacom- Autoridade Nacional de Comunicações-, uma vez que estas televisões já têm licença.
No concurso para os restantes multiplexers, a ideia é atribuir
duas licenças: uma de telecomunicações, para gerir a plataforma, e outra de distribuição, que permitirá ao gestor da parte paga da TDT seleccionar e agregar conteúdos. Estão disponíveis dois multiplexers de âmbito nacional e três de cobertura parcial, ou seja, de expansão regional.

RRP1, 25-2-2008
 
Maioria dos portugueses nunca ouviu falar de TDT

MARIA JOÃO ESPADINHA

Mais de quatro quintos dos portugueses (83,7%) nunca ouviu falar sobre Televisão Digital Terrestre, plataforma que irá substituir o actual sinal analógico de televisão em 2012. Nem tão-pouco têm conhecimento das funcionalidades que a tecnologia permite, aponta um estudo do Obercom.
89% dos ingleses sabem o que é a TDT
Poucos portugueses sabem o que é a Televisão Digital Terrestre (TDT) e as tecnologias a esta associadas. Esta é a principal conclusão de um estudo do Obercom (Observatório da Comunicação ), que aponta que apenas 16,3% dos portugueses conhece a plataforma que em 2012 vai substituir o actual sistema analógico de transmissão do sinal de televisão, em Portugal e em toda a Europa.

Ou seja, quatro quintos dos portugueses desconhece esta tecnologia, apesar desta pesquisa ter sido realizada em Fevereiro deste ano, mês em que a TDT era um assunto de agenda nos media, devido à abertura dos concursos para a atribuição de licenças. Segundo o relatório da Obercom, é necessário que consumidor seja integrado "no processo de conversão da televisão analógica para a digital", para que a implementação desta tecnologia possa ser "proveitosa".

Quando a questão é televisão digital e alta definição, o grau de conhecimento dos portugueses sobe, para 56,4% e 28,5%, respectivamente. No entanto, este volta novamente a cair, para menos de 10%, quando os inquiridos são questionados sobre conceitos relacionados com a TDT - switchover (3,2%), set-top box (5,3%) e DVB (4,8%). No entanto, há grupos com mais conhecimento sobre a tecnologia, como é o caso dos homens e dos mais jovens, acrescenta a Obercom. 23,8% dos indivíduos do sexo masculino já ouviu falar de TDT, face a 9,5% dos inquiridos do sexo feminino.

Em termos etários, a faixa entre os 25 e os 34 anos é onde o grau de conhecimento é maior, 25,4%, havendo um decréscimo progressivo com o aumento da idade.

Espanhóis conhecem TDT

O conhecimento dos portugueses nesta matéria está muito distante do que os espanhóis e ingleses possuem. Segundo este estudo, 82% da população de Espanha já ouviu falar de TDT e 51,5% está a par do switchover ou desligamento, segundo dados da Impulsa TDT. Também a grande maioria dos ingleses (89%) já ouviu falar desta matéria, de acordo com dados do Ofcom.

No entanto, esta diferença entre o conhecimento sobre estas matérias em Portugal e em Espanha e no Reino Unido pode estar relacionada com o patamar em que a TDT se encontra nestes países. O Reino Unido está a implementar a TDT desde 2002, enquanto a Espanha o faz desde 2006. Aliás, neste país a passagem para o digital será feita em 2010.

DN,20-6-2008
 
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