21 janeiro, 2008

 

21 a 26 de Janeiro de 2008


Semana europeia de prevenção do cancro do colo do útero




http://www.passaapalavra.com/

http://linhacancrodocolodoutero.blogs.sapo.pt/


http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=907927&sec=3

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Vacina mantém-se no mercado

A vacina contra o cancro do colo do útero da marca “Gardasil” não vai sair do mercado, uma vez
que não foi provada uma relação
causal entre a morte de duas mulheres e a sua administração.
A garantia é dada pela Direcção-Geral da Saúde. No mesmo
sentido, vão as explicações do laboratório farmacêutico esponsável
pelo fármaco.
A directora técnica da Sanofi Pasteur MSD esclarece, em
declarações à Renascença, que, desde a aprovação da vacina,
o laboratório tem disponibilizado relatórios periódicos de
segurança a todas a entidades competentes e que, até ao
momento, não foi detectada qualquer situação que possa
colocar em causa a administração do medicamento.
Ana Paula Silva reforça que, antes de chegar ao mercado, a
vacina passou todos os testes de segurança.
“Teve ensaios clínicos em mais de 25 mil mulheres e decorreu
tudo na normalidade”, diz.
A Gardasil está autorizada em mais de 90 países e é vendida
em Portugal há pouco mais de um ano, tendo já sido vacinadas
19 mil mulheres.

RRP1, 25-1-2008
 
Jovens de 13 anos serão vacinadas em 2008

Ministério poderá comparticipar jovens não abrangidas pelo plano

O Ministério da Saúde está ainda a analisar a hipótese de comparticipar a vacina contra o vírus que causa o cancro do colo do útero para as raparigas que não sejam abrangidas pela vacinação gratuita.

Ontem, o ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou que, a partir de Setembro de 2008, as raparigas de 13 anos serão gratuitamente vacinadas com a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), mas ainda não decidiu qual das duas marcas de vacina disponíveis no mercado será incluída no Plano Nacional de Vacinação e mantém em aberto a possibilidade de comparticipar uma delas para as jovens que não forem abrangidas pela vacinação gratuita.

Esta é uma medida que Luís Graça, presidente do colégio da especialidade de ginecologia e obstetrícia da Ordem dos Médicos, considera "correcta" e uma óptima notícia para a saúde pública. Na sua opinião, a administração da vacina aos 13 anos é "oportuna", pois, em princípio, as raparigas ainda não iniciaram a sua vida sexual, o que confere uma maior eficácia à profilaxia. Assim, acredita, a vacinação irá "conduzir à redução de dois terços do cancro do colo do útero em Portugal".

Correia de Campos garantiu que os contactos com as duas empresas que comercializam as vacinas já começaram e que decorrerá agora a fase de negociação. "Apelo a que disputem e compitam entre si pela melhor relação custo-efectividade", afirmou o ministro.

Questionado pelos jornalistas sobre as negociações para comparticipar uma das vacinas para as jovens não abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação, Correia de Campos admitiu que esta questão possa ser usada como arma negocial.

As duas vacinas existentes em Portugal contra o cancro do colo do útero têm 100% de eficácia, distinguindo-se uma da outra na quantidade de vírus a que se direccionam e no tipo de resposta imunitária. A vacina comercializada pela GlaxoSmithKline custa 433,23 euros (e dirige-se a dois vírus), menos 48 euros do que a vacina da Sanofi Pasteur (eficaz contra quatro vírus).

Actualmente, há em Portugal cerca de 900 casos anuais desta doença, que é responsável por cerca de 300 mortes por ano.

DN, 11-12-2007
 
Rastreio do cancro do colo do útero 'não teve retorno' por ter falta de qualidade

DIANA MENDES

Portugal tem despendido milhares de euros em exames de rastreio do cancro do colo do útero sem que tenha havido retorno. Daniel Pereira da Silva, director do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra, explica que o investimento em citologias por parte das administrações regionais de saúde "não tem tido retorno porque não existem programas de rastreio organizados e sujeitos a uma monitorização de qualidade".

O problema subsiste um pouco por todo o País, com excepção da região centro, onde existe um programa desde os anos 90. À margem de um encontro no âmbito da semana europeia de prevenção do cancro do colo do útero, o médico refere que, em 12 anos, a região reduziu para metade o número de casos da doença. "Em 1990 tínhamos 400 casos de cancro e em 2002 tivemos 200."

A estratégia de prevenção, que alcançou 70% da população-alvo, fez com que a região tivesse um número de casos inferior à média europeia. "Em 2002 tivemos 9,73 casos por 100 mil mulheres, contra 10,3 na Europa", diz. A média nacional é de 13,5. Ontem, a Liga Portuguesa contra o Cancro e o Alto-Comissariado da Saúde firmaram uma parceria com vista a uniformizar o rastreio do cancro da mama no País. Vítor Veloso, o presidente da Liga, disse ao DN que "se os protocolos estiverem assinados em dois meses, é possível que Portugal tenha um programa organizado dentro de dois anos".

DN, 24-1-2008
 
Alerta sobre vacina após duas mortes

DIANA MENDES E RUTE ARAÚJO

Duas jovens morreram súbita e inesperadamente na Áustria e na Alemanha depois de terem sido vacinadas com Gardasil, uma das duas imunizações disponíveis contra o cancro do colo do útero. Os casos, que ocorreram no Verão de 2007, foram tornados públicos ontem pela Agência Europeia para o Medicamento (EMEA). Mas, de acordo com os peritos, os estudos realizados não estabeleceram uma relação causa/efeito entre a toma da vacina e as mortes. E, por isso, o produto vai manter-se no mercado sem alterações.

"Com base na evidência disponível, o comité científico de medicamentos de uso humano da EMEA considera que o benefício do Gardasil continua a ser superior ao risco e que não é necessário alterar o folheto informativo", refere o comunicado da agência europeia.

A vacina é comercializada em Portugal desde Janeiro de 2007 e pode vir a ser escolhida no concurso público que vai determinar a marca que será dada gratuitamente às jovens portuguesas. O Infarmed diz que não houve reacções adversas registadas no país desde que a vacina está à venda. E a ocorrência destes dois casos não vai provocar mudanças no concurso público, de acordo com a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas. A Direcção-Geral da Saúde é também da opinião que não há motivo de alerta em relação à vacina. "Nestes casos, há apenas uma relação temporal entre a morte e a toma da vacina. Não há uma relação de causa e efeito.

A morte das duas jovens ocorreu há vários meses e as entidades apuraram que a vacina não estava implicada. "Estas ocorrências foram investigadas e a causa não foi encontrada. Aqui, o processo funciona por exclusão. Excluíram-se os efeitos tóxicos e imunológicos e, posteriormente, outras causas. A vacina foi excluída por essa razão", sublinha.

Quando são notificadas reacções adversas num medicamento, as autoridades podem tomar várias decisões. Entre elas, retirar o produto do mercado, reavaliar a segurança com um novo estudo, colocar o medicamento sob alerta ou mudar o folheto informativo para dar conta de novos riscos na toma.

Neste caso, os dois primeiros registos de mortes em mulheres que tomaram a vacina, a EMEA e o Infarmed entenderam desnecessário optar por qualquer destes cenários. Em vez disso, "irão monitorizar a segurança do Gardasil, como a de todos os medicamentos comercializados".

O Infarmed sublinha que não está em causa a segurança de quem toma o produto, que pode continuar a ser utilizado como até aqui.

Graça Freitas defende que a Alemanha e a Áustria investigaram devidamente a situação e que a EMEA, que é habitualmente muito rigorosa na medição dos riscos, não encontrou qualquer motivo de alarme. Até porque, neste países "comparando períodos homólogos, não foram registados mais casos de morte por causas desconhecidas do que é habitual nestas idades", depois de a vacinação ter começado.

A Sanofi Pasteur em Portugal apelidou a ligação da Gardasil às duas mortes de "não caso". Um ocorreu em Junho de 2007, na Alemanha, e o outro aconteceu na Áustria três meses depois. E considera que a toma da vacina contra o cancro do colo do útero foi apenas uma coincidência.

O laboratório farmacêutico refere que a EMEA não lançou um alerta, mas uma comunicação no âmbito da monitorização da segurança dos medicamentos. "A EMEA e a Food and Drugs Administration (FDA) [a agência do medicamento norte-americana) garantem a vigilância dos medicamentos. Se não fossem seguros, nunca se manteriam no mercado", afirma Ana Paula Silva, a directora clínica do laboratório. Por essa razão, voltam a defender a segurança e a eficácia da vacina.

A farmacêutica exclui a intenção de se realizarem novos estudos para comprovar a segurança do produto "porque não há necessidade". A própria EMEA referiu que não ia fazê-lo e que a vacina continua a ter mais benefícios do que riscos para a saúde", refere a responsável do laboratório farmacêutico.

DN, 25-1-2008
 
Portugal decide compra de vacina em Abril

O nome da vacina que vai integrar o Plano Nacional de Vacinação (PNV) será conhecido em Abril, de acordo com a Direcção-Geral da Saúde. "O concurso vai abrir em breve", garante a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, uma vez que a fase preparatória está concluída.

Em concurso estão duas vacinas, a Gardasil e a Cervarix, dos laboratórios Sanofi Pasteur e GlaxoSmithKline. São diferentes e têm, por isso, preços distintos. Uma delas é quadrivalente, protegendo contra quatro estirpes de papiloma vírus humano distintos. A outra é bivalente e serve de protecção apenas para duas estirpes. O facto de serem produtos com custos e benefícios diferenciados tem sido uma das razões para que a sua avaliação e os concursos tenham sido mais demorados.

Depois de meses de pressão, a inclusão da vacina no PNV foi decidida em Novembro pelo Ministério da Saúde, que decidiu avançar com e inscrevê-la no Orçamento do Estado para 2008. E e deverá arrancar já em Setembro, com a imunização de 55 mil jovens de 13 anos, o que vai implicar um investimento estatal de cerca de 15 milhões de euros. Em 2009, a vacinação irá recair sobre as jovens nascidas em 1996 e, em 2010, serão protegidas as que nasceram em 1997. Entre 2009 e 2011 está também prevista a imunização das raparigas que tenham completado 17 anos.

A primeira vacina a entrar no mercado português foi a Gardasil, precisamente há um ano. A concorrente Cervarix foi apresentada em Outubro, perto da data do anúncio da inclusão da vacina no PNV.

Apesar da boa notícia, resta ainda definir se, fora destas idades, a vacina terá algum apoio estatal. De acordo com o Infarmed, a avaliação da comparticipação continua a ser estudada, tal como aconteceu com as outras vacinas que estão hoje à venda em farmácias (como a da hepatite B).

Até agora, 19 200 mulheres e raparigas decidiram tomar a vacina, o que implicou um investimento de cerca de dez milhões de euros. Só a Gardasil, que está há mais tempo no mercado, foi adquirida por 19 mil mulheres.

O rastreio do cancro do colo do útero é outra das medidas que a Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas pretende implementar para reduzir o número de mortes e a incidência anual de casos nas mulheres portuguesas, uma das mais elevadas da Europa. No nosso país, registam-se 900 casos novos por ano e morre praticamente uma mulher por dia. Se o rastreio fosse bem implementado, era possível reduzir 80% dos casos da doença.

DN, 25-1-2008
 
Vacina tem "elevado sucesso" na prevenção

JOANA DE BELÉM
CARLOS JORGE MONTEIRO

As vacinas contra o cancro do colo no útero "são umas das melhores medidas para prevenir o vírus, até agora perfeitamente seguras e do melhor que temos para oferecer às mulheres, com elevadíssimo sucesso na prevenção".

Quem o afirma é Rui Medeiros, investigador do Instituto Português de Oncologia do Porto e coordenador do simpósio "VPH, vacinas e cancro do colo do útero: o rastreio e a prevenção na era da vacina", que ontem decorreu no IPO/Porto, e que hoje tem lugar na Faculdade de Medicina de Lisboa.

Referindo-se à morte súbita de duas jovens na Áustria e na Alemanha que tinham tomado aquele fármaco, o também dirigente da Sociedade Portuguesa de Papilomavírus (SPPV) acrescenta que "já foram administrados milhões de doses com efeitos verdadeiramente fantásticos" e que "não é possível estabelecer nenhuma relação causa/efeito entre a toma do medicamento e estes óbitos".

Apesar de admitir que "qualquer caso de morte deve ser investigado" (recorde-se que o comunicado emitido pela Agência Europeia para o Medicamento 'iliba' o medicamento mas não aponta as causas das mortes), o investigador ressalva que, "aparentemente, estes casos não têm a ver directamente com as vacinas em causa".

Entre os oradores no encontro encontrava-se Kari Syrjanen, da Universidade de Kuopiuo, na Finlândia, e membro da Comissão Executiva da Sociedade Internacional do Papilomavirús, que assume estar "confiante no sucesso da vacina", apesar de actualmente ela só ser eficaz contra quatro tipos de vírus, quando existem mais de cem: "O desafio do futuro é desenvolver as vacinas de segunda geração". Sobre as ocorrências mortais, "têm de ser analisadas cuidadosamente, apesar de poderem ser coincidências".

Até porque pode ser alarmante e os opositores ao uso da vacina podem usar isso contra a mesma", disse Kari Syrjanen, para quem outra das grandes questões se prende com o tempo que demorará até que a vacina seja eficaz em larga escala.

Rui Medeiros afirmou que, "com vontade", é possível realizar um rastreio nacional ao cancro do colo do útero num período de seis meses a um ano. "É possível rastrear todas as mulheres em Portugal, porque existem os meios e há tecnologia. Haja vontade", sustentou.

O investigador, que estuda o VPH há 15 anos, salientou que este rastreio "tem que ser feito de uma forma organizada", ou seja, deve existir um local central de recolha de informação, para que os resultados possam ser coordenados.

"Só assim será possível conhecer os perfis de cada região, uma vez que hoje os próprios HPV mudam com as pessoas", defendeu.

DN, 26-1-2008
 
Técnica com ultra-sons elimina tumores benignos do útero

Médicos espanhóis desenvolvem método que evita cirurgia para retirar útero

Mais de 20% das mulheres com mais de 35 anos são afectadas

O Instituto Cartuja de Técnicas Avanzadas de Sevilha desenvolveu uma técnica pioneira que permite tratar os miomas, tumores benignos do útero, sem operar. Este problema afecta entre 20% a 40% das mulheres portuguesas com mais de 35 anos.

A técnica desenvolvida em Sevilha consiste na utilização de ultra- -sons para eliminar as células afectadas sem danificar o restante tecido do útero.

Os ultra-sons são guiados através de uma ressonância magnética; atingem temperaturas entre 65 e 90 graus e provocam a necrose térmica da zona afectadas, isto é, a morte das células.

Foram precisos vários anos e mais de dois milhões de euros para desenvolver este método, mas o médico Jerónimo Suárez aponta várias vantagens. Em declarações à Europa Press, o director do Instituto referiu que, em primeiro lugar, não necessita de anestesia por ser pouco invasiva, em segundo, não necessita de radiação e oferece maior precisão.

O médico espanhol acredita ainda que esta técnica poderá ser aplicada a quase "todo o tipo de tumores" e vai "revolucionar a cirurgia".

Os miomas crescem no interior do músculo e do tecido do útero, podendo surgir isoladamente ou em conjunto. Em grande parte dos casos, não apresentam sintomas, mas uma em cada quatro mulheres afectadas tem hemorragias, dor na região pélvica, obstipação, sensação de aumento de volume e peso. Uma vez que o tumor não motiva muitas queixas por parte das mulheres, é aconselhado que apenas se trate o problema quando há sintomas. - P.J.

DN, 25-6-2008
 
Tribunal vai decidir vacina do cancro do útero

ANA BELA FERREIRA

Farmacêutica apresentou documento depois do prazo

Sanofi Pasteur questiona transparência do concurso público

A farmacêutica Sanofi Pasteur interpôs uma providência cautelar que contesta uma decisão do júri do concurso para a escolha da vacina contra o cancro do colo do útero. Em causa está o facto de o júri da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) ter aceite um documento da outra farmacêutica concorrente, a GlaxoSmithKline, já depois do processo ter arrancado.

O Tribunal Administrativo de Lisboa deve decidir sobre o caso na próxima segunda-feira, segundo a Lusa. A providência cautelar foi interposta na semana passada. A ACSS afirmou ao DN já ter respondido na terça-feira ao tribunal, com "uma resolução fundamentada".

Ao que o DN apurou, a Sanofi Pasteur duvida da transparência do concurso. No entanto, a Direcção- -geral da Saúde já garantiu que a decisão do tribunal não vai colocar em risco a validade do concurso e que não vai atrasar a inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação. Uma integração agendada para Setembro.

As candidaturas para a escolha da vacina abriram no final de Maio. Depois desta data, o júri detectou que faltava um documento no processo da GlaxoSmithKline. A farmacêutica apresentou então um recurso hierárquico que foi aceite pelo júri, no final de Junho.

Entretanto, no início deste mês houve nova apresentação de propostas. A Sanofi contestou então judicialmente a decisão.

As duas farmacêuticas asseguram que estão preparadas para cumprir os prazos estabelecidos para o fornecimento da vacina de forma a cumprir o programa de Governo.

A vacina comercializada pela Sanofi é a Gardasil, previne o cancro e os quatro tipos de vírus mais cancerígenos. Custa 480 euros, nas farmácias. A GlaxoSmithKline comercializa a Cervarix que protege contra dois tipos de cancro do colo do útero. Actualmente custa nas farmácias 433,23 euros.

DN, 19-7-2008
 
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