14 janeiro, 2008

 

Telemóveis e combustíveis


Más companhias ?




http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=896651&sec=3

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Governo alerta
para uso de telemóveis

A ministra da Saúde francesa recomenda prudência na
utilização do telemóvel por parte dos mais novos, uma vez
que os vários estudos científicos realizados até agora têm
tido resultados inconclusivos.
O aparecimento no mercado de aparelhos desenhados para
crianças está na origem do alerta.
“Como hipótese, o risco não pode ser totalmente excluído e
a precaução é justificável”, lê-se no comunicado emitido por
Roselyne Bachelot-Narquin, que recomenda a utilização de
telemóveis com moderação, especialmente entre as crianças.
“Deve utilizar-se o telemóvel sensatamente, evitando chamadas
quando a recepção é má ou durante uma viagem a
grande velocidade. Finalmente, deve manter o telefone longe
de áreas sensíveis do corpo e utilizar o sistema mãos
livres”, aconselha ainda a ministra.
Um estudo da Organização Mundial do Trabalho de Novembro
de 2006 refere não haver evidência de que a longa exposição
à rádio-frequência ou à radiação micro-onda dos telemóveis
tenha efeitos adversos na saúde.
Porém, a OMS avisa haver também estudos que apontam para
um aumento do risco de tumores em pessoas que utilizavam
um telemóvel analógico há mais de 10 anos.
Uma investigação britânica de Setembro de 2007 refere que
os telefones móveis não colocam riscos para a saúde a breve
prazo, mas os cientistas sublinham que nenhum estudo até
agora teve como base pessoas que utilizassem o telemóvel há
mais de dez anos.
Por cá, a Direcção-Geral da Saúde, em 2006, alertava para o
perigo que poderia representar o uso excessivo de telemóveis
por parte das crianças, dado que a radiação penetra com
maior facilidade numa caixa craniana mais fina.
Na ocasião recomendava o uso de auricular e a adopção de
uma capa protectora para o telemóvel.
Também a Provedoria de Justiça emitiu um comunicado a
alertar para a necessidade de precaução neste domínio.
Outro estudo realizado, também em 2006, pelo Centro Regional
de Saúde Publica do Norte, que dava conta de que 70%
das crianças com 10 anos possuíam telemóvel.

RRP1, 3-1-2008
 
Telemóveis vão permitir vigiar filhos

CÉU NEVES

Cada vez mais serviços, cada vez menos privacidade

Localizar, sejam carros ou pessoas, é uma das grandes inovações tecnológicas dos pequenos aparelhos que invadiram o nosso quotidiano e rapidamente se tornaram imprescindíveis, os telemóveis. A primeira chamada por telemóvel foi feita em Nova Iorque em 1973, mas o invento só chegou a Portugal 18 anos depois.

Localização Celular é o serviço da Vodafone lançado em finais de 2000 para empresas. Basta disponibilizar um telemóvel para cada funcionário que o sistema permite localizá-lo, nomeadamente "no interior dos edifícios e zonas densamente arborizadas", anuncia a operadora.

A localização é feita através do cartão SIM, circuito impresso tipo smart card utilizado para "identificar, controlar e armazenar dados do telefone celular" e é também possível nas outras operadoras. A TMN chama-lhe Localizz e a Optimus Geo SMS. Entretanto, o sistema foi alargado aos automóveis, o que permite sempre saber onde está cada viatura.

Agora, pretende-se alargar o serviço a particulares, de forma a que seja possível a localização de pessoas, tendo o porta-voz da TMN garantido que o seu lançamento está para breve. O público-alvo são as crianças e o sistema surge como uma forma dos encarregados de educação garantirem a segurança dos menores. Esta é a versão soft, porque também se pode considerar que os pais estão a violar a privacidade dos filhos.

O serviço causou polémica em França quando foi introduzido pela Alcatel, há cinco anos. O telemóvel avisa os pais mal os filhos se afastam do percurso habitual, o que levou os menores a protestar, dizendo que estavam a ser "policiados".

A porta-voz da TMN reconhece que "este tipo de serviços são um pau de dois gumes". E argumenta: "Podemos considerar ter uma utilização que entra na privacidade, mas a localização de uma criança pode ser, também, uma questão de segurança."

Àqueles serviços, juntam-se o sistema de GPS ou Google Map, que permitem saber sempre onde estamos. Nós e os outros. E o Aqui Perto, informações sobre restaurantes, farmácias, etc., por localidades.

As operadoras justificam que qualquer daqueles serviços pode ser retirado sempre que o cliente quiser e que não há interferência humana no tratamento da informação. Dados que apenas são disponibilizados a pedido dos tribunais e das autoridades policiais. Aliás, é na localização de pessoas desaparecidas que se tem revelado uma boa ajuda.

Total controlo

Está sem rede, sem bateria ou pura e simplesmente desliga o telemóvel porque não quer ou não o pode atender. Não está preocupado com quem lhe telefona e, se estiver, pode sempre recorrer à "opção chamadas perdidas", recuperar os números e só falar com quem entende. Já não é assim. Mal ligue o telefone, a operadora avisa todos os que lhe telefonaram que "já está disponível".

O serviço chama-se Contacto Disponível e foi lançado pela TMN há pouco mais de um mês. A empresa anuncia-o como "um alerta inovador, simples e gratuito" e mais uma melhoria nas relações com os clientes. É pioneira, mas rapidamente, estará disponível nas operadoras concorrentes.

Os consumidores é que poderão não achar graça e sentir que lhes estão a invadir a privacidade. Se não quiser (puder) atender, não se poderá desculpar com a falta de rede ou de bateria.

DN, 13-4-2008
 
Peritos querem proibir telemóveis a crianças

PEDRO SOUSA TAVARES

Especialistas internacionais falam em indicadores "inquietantes"

Direcção-Geral de Saúde diz que para já não há motivo para alterar a lei

Um grupo de 20 especialistas internacionais publicou ontem, na imprensa francesa, um alerta sobre os efeitos dos telemóveis onde, entre outras recomendações, pede a proibição do uso deste equipamento por crianças, excepto em situações de emergência. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) diz que ainda não existem provas que justifiquem uma medida desta natureza, mas renova as recomendações de que o uso por menores seja restrito.

Os autores do alerta, coordenado por David Servan-Schreiber, professor de psiquiatria na Universidade de Pittsburgh, concordam que não existem evidências de que os telemóveis sejam prejudiciais à saúde, mas avisam que os riscos justificam medidas preventivas: "Estamos na mesma situação que há 50 anos com o amianto e o tabaco. Ou não se faz nada e se aceita um risco ou se admite que há um leque de argumentos científicos inquietantes", diz Thierry Bouillet, especialista em cancro no hospital Avicenne de Bobigny (França).

Calor do telemóvel é perigoso

Contactado pelo DN, José Robalo, subdirector-geral de Saúde, explicou que, para sugerir alterações legislativas, a DGS teria primeiro de se basear em factos e, apesar de "haver alguns estudos que apontam para uma ligeira subida de incidência de tumores" em utilizadores de telemóveis, ainda "não foi possível, a nível experimental, perceber qual foi o mecanismo de acção que levou a esse aparecimento. Há suspeitas, mas não casos comprovados", resumiu. Porém, frisou, "já existem uma série de recomendações", subscritas pela DGS, para "evitar a utilização frequente" de telemóveis por crianças.

Até porque há outras suspeitas, relacionadas com as consequências do calor emitido por estes aparelhos: "Nas crianças, há uma diminuição da espessura do osso da calote [crânio], que muitas vezes ainda não está completamente estruturado", explicou. "Os telemóveis aquecem e esse calor pode ser transmitido para dentro da caixa craniana", avisou, referindo que o aumento de temperatura poder ser "de um a dois graus". Porém, esta é outra questão sobre a qual ainda não há provas conclusivas. A DGS baseia as suas recomendações em "estudos próprios" e nos relatórios da Comissão Europeia e da Organização Mundial de Saúde.

DN, 16-6-2008
 
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