04 fevereiro, 2008

 

4 de Fevereiro


Dia mundial de luta contra o cancro


808 255 255 - número da Linha Cancro
http://www.rr.pt/PopUpMedia.Aspx?&FileTypeId=1&FileId=398852&contentid=235362

Voluntariado
http://www.rr.pt/PopUpMedia.aspx?fileid=398924&filetypeid=1&zoneid=&page=1&contentid=235403


http://www.ligacontracancro.pt/

Comments:
Nova linha no Dia Mundial
Contra o Cancro

O lançamento de uma nova linha telefónica de apoio
aos doentes oncológicos assinala, esta segunda-feira, o Dia
Mundial Contra o Cancro.
Mais do que informar, a nova linha visa "apoiar e ajudar os
doentes a encararem a doença de maneira mais positiva,
ajudando-os a encontrar formas e forças para lidar com todas
as implicações pessoais, profissionais e sociais da doença",
explica o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro
(LPCC), Vítor Veloso.
Uma equipa de psicólogos e enfermeiros dará “apoio psicoemocional
aos doentes”, adianta.
Através do 808 255 255, número da "Linha Cancro", irá ser
possível "esclarecer questões relacionadas com diagnóstico e
tratamento e direitos legais das pessoas com cancro", bem
como recolher "informações sobre prevenção e rastreio".
O serviço estará disponível todos os dias úteis, das 17h00 às
22h00.
Durante este ano, a LPCC propõe-se também reforçar a prevenção
e estar presente em todo o país com o rastreio do
cancro da mama, em colaboração com as Administrações
Regionais de Saúde (ARS).
O cancro é a segunda causa de morte em Portugal, logo a
seguir à morte por doença do aparelho circulatório e, em
2005, o total de óbitos por tumores malignos foi de 23232 –
mais 395 casos do que no ano anterior.
As mulheres são a maioria das vítimas de cancro da mama,
seguido pelos “tumores colorectal e do pulmão, enquanto o
cancro do pulmão é o que provoca mais vítimas no sexo masculino,
seguido do cancro colorectal e gastro", diz o presidente
da LPCC.

Voluntariado

Neste Dia Mundial contra o Cancro, lembramos o trabalho dos
voluntários que diariamente prestam apoio no Instituto Português de Oncologia (IPO).
No IPO de Lisboa trabalham 370 voluntários, que diariamente
vestem a bata branca e azul. Quando deixam o edifício, têm
de recarregar baterias e olhar para os problemas de outra
maneira. Apesar das dificuldades, o sorriso do doente é o maior prémio do voluntário, o que o faz continuar.

RRP1, 4-2-2008
 
Doença matou 23 mil portugueses no ano passado

Cancro é a segunda causa de morte em jovens adultos

Uma das doenças mais silenciosas de todos os tempos é, actualmente, a segunda causa de morte em Portugal, logo após as doenças do aparelho circulatório.

Na faixa etária entre os 20 e 44 anos, o cancro mata cerca de mil pessoas por ano, sendo também a segunda causa de morte entre jovens adultos.

De acordo com os dados da Direcção-Geral de Saúde (DGS) relativos a 2005 – divulgados no último mês – nesta faixa etária o cancro é. aliás, a doença que mais mata. Só os óbitos causados por causas externas, como acidentes, lesões ou envenenamento, ultrapassam aquele valor.

Para minimizar os efeitos da doença, a Liga Portuguesa Contra o Cancro tem, desde ontem, em funcionamento uma nova linha telefónica de aconselhamento a doentes oncológicos. Segundo Vítor Veloso, presidente da Liga, “uma equipa de enfermeiros e psicólogos dá apoio psicossocial aos doentes, porque é importante saberem que têm uma voz para os ajudar e encaminhar para os locais de tratamento mais adequado”.

A Linha Cancro 808 255 255 funciona todos os dias úteis, entre as 09h00 e as 22h00. O objectivo passa, sobretudo, por “apoiar e ajudar os doentes a encararem a doença de uma forma mais positiva, ajudando--os a encontrar formas e forças para lidar com todas as implicações pessoais, profissionais e sociais da doença”, afirma.

Nas primeiras duas horas, a linha recebeu 500 chamadas. As questões relacionaram-se com diagnósticos, terapêuticas e atribuição de subsídios pela Segurança Social.

Entre os cancros com maior índice de mortalidade estão o do cólon e recto (5714 mortes por ano), o do pulmão (3122) e o da mama (4358). No total, morrem por ano em Portugal mais de 23 mil pessoas vítimas desta doença.

NOTAS SOLTAS SOBRE A DOENÇA

RASTREIO

O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, anunciou ontem o alargamento do rastreio ao cancro da mama, actualmente mais activo no Centro, às regiões Norte e Sul do País.

COLO DO ÚTERO

O Governo aprovou a inclusão da vacina contra o cancro no colo do útero no Plano Nacional de Vacinação já este ano. A Liga tem no terreno projectos-piloto para criar programas de rastreio pelo País.

SEXO ORAL

Um estudo no ‘Journal of Clinical Oncology’ mostra que o papilomavírus humano está a tornar-se a segunda causa para o cancro oral nos homens. O aumento da prática de sexo oral explica a incidência.

Diana Ramos com Lusa

CM, 5-2-2008
 
Cancro mata 20 mil pessoas todos os dias

DIANA MENDES

Casos de cancro podem atingir 27 milhões em 2050

Todos os dias morrem 20 mil pessoas com cancro em todo em mundo, uma cifra que representa, aproximadamente, a mortalidade associada à doença só num ano em Portugal. O cancro é a causa de morte de 7,6 milhões de pessoas em 2007, de acordo com estimativas do relatório Global Cancer Facts & Figures, da American Cancer Society, hoje divulgado.

As projecções avançam ainda com o número de novos casos em todo o mundo, que rondam 12 milhões de pessoas (33 mil casos por dia), e voltam a colocar a tónica na desigualdade epidemiológica. Os países desenvolvidos registam 5,4 milhões de novos casos e 2,9 milhões de óbitos este ano. Aos países em vias de desenvolvimento cabe a maior fatia: 6,7 milhões de casos e 4,7 milhões de mortes.

"Os números são superiores ao que era conhecido. Em 2005, calculava-se a existência de 10 a 11 mil novos casos, o que vem provar que a incidência está a aumentar", explica ao DN Jorge Espírito Santos, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos. O relatório calcula que em 2050, os novos casos ascendam a 27 milhões de novos casos e 17,5 milhões de mortes. A razão é simples e está ligada ao crescimento e envelhecimento da população. Em Portugal, até 2020, espera-se uma subida de 20%. Os estudos mais recentes apontam para 23 mil mortes por cancro no País, 14% de cancro colorrectal e 13,9% do pulmão. Quase 1500 mulheres morrem anualmente de cancro da mama, enquanto o cancro da próstata está ligado a 1800 mortes.

Pulmão mata 18%

O nível económico de cada país ou região tem um impacto inegável na contabilização dos casos. Veja-se, por exemplo, o caso do cancro do colo do útero ou do estômago, muito associados a infecções. Uma das estimativas mais interessantes é a hierarquização dos tipos de cancro por sexo.

O cancro do pulmão é o mais frequente entre os homens (16,7%) e também o que mais mata (22,4%). No entanto, é apenas o quarto mais incidente entre as mulheres, visto que o cancro da mama afecta 1,3 milhões (22,8% dos novos casos). Os dados surpreenderam Jorge Espírito Santo, perante o aumento do consumo de tabaco entre as mulheres. O elevado número de casos justifica também a elevada mortalidade (de 14%), só depois seguida pela do pulmão (11,3%).

O cancro do pulmão é um dos que mais incide na população mundial (12,5% dos casos), mas o da mama, colo do útero e próstata continuam a ter muito peso na epidemia. O cancro pulmonar é, sem dúvida, um dos mais fatais. Líder na população masculina, é a segunda causa de morte entre as mulheres. Nas crianças, o cancro representa 2% do total, embora as estimativas apontem para 161 mil novos casos até aos 14 anos, em 2007. Apesar de os óbitos caírem em países desenvolvidos, as projecções apontam para 87 mil até ao fim do ano.

DN, 17-12-2007
 
Fumo associado a 16 500 novos casos de cancro em Portugal só em 2005

Em 2005, perto de 16 500 pessoas tiveram diagnóstico de cancro na sequência de hábitos tabágicos. As contas são difíceis de fazer, mas o grupo de Estudos Aplicados da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais (Universidade Católica Portuguesa) conclui ser este o panorama da doença em Portugal.

O cancro do pulmão é o mais relacionado com o tabaco, mas o relatório da American Cancer Society recorda que há pelo menos quinze tipos de cancro que, pelo menos parcialmente, estão ligados ao vício. "Em 2005, estimamos que tenham sido diagnosticados 35 507 novos casos da doença, 16 500 devido ao tabaco", diz Miguel Gouveia, coordenador do estudo nacional.

O cancro do pulmão, que concentrou 22,4% das mortes por cancro em homens no mundo (em 2007), tem um peso também elevado no País. Surgiram 4100 casos novos no ano em análise e 3450 ligados aos cigarros. O economista confessou alguma surpresa em relação ao cancro da bexiga, menos fatal ou dispendioso para o sistema de saúde, mas o que obteve maior número de casos (9360 ligados ao fumo). Outros, como o cancro da cabeça e pescoço, esófago, estômago e laringe também tiveram algum peso nas contas dos investigadores.

Dados anteriormente divulgados recordam os enormes custos que o tabaco tem para o Serviço Nacional de Saúde, ascendendo a 10% do orçamento anual, ou seja, 490 milhões de euros. Isto porque o tabaco foi a causa associada a 11,7% das mortes no País nesse mesmo ano. O vício é ainda ligado a 146 mil anos de vida perdidos.

Pais Clemente acredita que a descida do consumo é para continuar e que "Portugal está no bom caminho. Apesar de o consumo entre as raparigas estar a crescer, os dados globais apontam para uma redução". A nova lei, o aumento dos preços do tabaco e a maior sensibilização da opinião pública estão a ter um impacto positivo na sociedade portuguesa.

"Com estas medidas, o futuro passa por uma redução do consumo". Se o número de mortes a nível mundial poderá subir, em 2030, a 8,3 milhões, "Portugal deve estabilizar o número de mortes em 12 mil", conclui.

DN, 31-12-2007
 
MORTE POR CANCRO CAI 5% EM CINCO ANOS

DIANA MENDES

De 1984 a 2003, Portugal estava na cauda da Europa

A mortalidade por cancro em Portugal desceu 5% no espaço de cinco anos, disse ao DN Jorge Espírito Santo, o presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos. A estimativa tem por base os dados da Eurocare 4, um estudo que foi publicado em 2007 pela revista The Lancet Oncology. No estudo anterior, Portugal estava mal situado, ocupando o último lugar de 22 países europeus. Hoje, metade das pessoas com cancro sobrevivem mais do que cinco anos e Portugal, segundo os especialistas, já acompanha a média europeia. E apesar de a tendência ser para aumentarem os casos diagnosticados, por causa do envelhecimento da população, a verdade é que a tendência é também para aumentar a taxa de sobrevivência.

O próprio director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Sobrinhos Simões, disse ao DN que o cancro ainda mata 25 mil pessoas em Portugal. Mas o especialista fez questão em frisar que são diagnosticados 50 mil novos casos por ano, o que faz com que 50% sejam controlados.

A aposta por cá, no campo da prevenção, vira-se cada vez mais para os testes genéticos e para a colheita de sangue, técnica que permite diagnosticar o cancro precocemente. O DN traça-lha o retrato das doenças oncológicas e da investigação neste que é o Dia Mundial da Luta contra o Cancro.

Estudos da Eurocare

De 1984 para 2003, data do estudo Eurocare 3, a mortalidade por doença oncológica tinha aumentado 17% em Portugal, quando o objectivo europeu era reduzir em 15%. De 2003 para 2007 (dados de 1995 a 99, os últimos conhecidos), o País não só conseguiu aplacar a expansão do número de casos como "reduziu em 5% a mortalidade da doença".

Em causa está "a melhoria dos resultados associados à descentralização dos cuidados de oncologia, com mais serviços em hospitais, acesso de mais doentes e um tratamento multidisciplinar, o que já se notou neste último estudo", acrescentou José Espírito Santo.

Portugal está agora na média europeia dos países com investimento em saúde semelhante, com melhor sobrevida do que países como o Reino Unido ou a Dinamarca", sublinha, por sua vez, Joaquim Gouveia, coordenador nacional para as doenças oncológicas. No entanto, é ainda um dos países que menos gasta em cuidados de saúde por cabeça. No caso dos homens, a mortalidade abrange 55% dos casos oncológicos, valor que desce a 45% no sexo feminino.

Tipos de cancro

A sobrevivência ao cancro colorrectal, melanoma, mama e doença de Hodgkin em Portugal está um pouco abaixo da média da União Europeia. Se os programas de rastreio avançarem, no caso da mama ou do cólon e recto, ou o diagnóstico precoce melhorar, o cenário pode mudar no País.

À semelhança do resto da Europa, a sobrevivência ao cancro do pulmão é a mais reduzida (cerca de 15%), seguida pelo cancro do ovário (37%, aproximadamente), e colorrectal (50%). Com excepção do cancro da pele, que afecta dez mil pessoas por ano (o melanoma afecta 800), o cancro da próstata e da mama são os que afectam mais portugueses.

A mortalidade é, porém, mais elevada ao nível do pulmão.

O cancro do pâncreas, diagnosticado em 68 854 pessoas, é o mais fatal em toda a Europa, com uma taxa de sobrevivência de apenas 5,5% em cinco anos, de acordo com o Eurocare 4. O do pulmão, detectado em norma tardiamente, porque apenas apresenta sintomas numa fase avançada, é o quinto da lista, com uma sobrevida de 12,6%.

Os que têm melhores taxas

Do lado dos que têm melhores taxas de sobrevivência, estão carcinomas como o dos testículos, lábio ou tiróide, acima de 86,5%.

Segundo o estudo Eurocare, que analisa dados de 1995 a 1999, o cancro da próstata é também dos menos fatais a cinco anos (23%) e o da mama é apenas mortal, neste prazo, em 29% das mulheres.

A sobrevivência ao cancro da próstata e da mama é menor em idades mais jovens, ao contrário do que acontece com outros tipos, já que a mortalidade tende a aumentar em pessoas mais velhas. De todos os tipos de carcinomas englobados neste estudo, seis têm uma sobrevivência acima dos 80%, a cinco anos, e oito abaixo dos 20%.

com P.F.

DN, 4-2-2008
 
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