06 fevereiro, 2008

 

Fotojornalismo


Jornalismo com mais impacto?



http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotojornalismo


http://sweet.ua.pt/~a28481/fotojornalismo/site/index.html

http://premiofotojornalismo.visao.pt/


http://www.reichrosa.com/

Comments:
"Fotojornalismo deve inspirar confiança"

CADI FERNANDES

Entrevista. Amem-na ou odeiem-na. Vicki Goldberg, gargalhada sempre pronta, é uma das críticas fotográficas mais conhecidas, senão a mais conhecida, dos EUA. Dedica-se há duas décadas e meia à paixão pelas imagens. Tem uma ampla obra publicada em vários países. O DN entrevistou-a em Lisboa
Fotografia é uma arte?

Para mim, não é importante que lhe chamem arte ou não. Eu adoro fotografia. Desde a década de 70, quando ainda quase ninguém fazia crítica fotográfica.

E o fotojornalismo?

Escrevi um livro sobre isso, intitulado O Poder da Fotografia - Como as Fotografias Mudaram as Nossas Vidas. Foi em 1991, mas continua a ser regularmente reeditado. Guerras, eleições, reformas sociais, tudo o que o fotojornalismo capta faz parte das nossas vidas e não tem necessariamente de ser arte, basta ser verdade.

Também fotografa esse tipo de acontecimentos?

Não conseguiria fazer duas coisas bem ao mesmo tempo, portanto prefiro elogiar - e criticar, se necessário - o trabalho dos outros.

Photoshop: o que pensa desta técnica que, em algum tipo de fotografia, se tornou quase básica? No fotojornalismo, por exemplo, "retocar" as imagens para se obter este ou aquele efeito...

Fotojornalismo não é definitivamente a mesma coisa que arte fotográfica, independentemente de ser artístico ou não. Por isso, penso que a característica principal do fotojornalismo deve ser o grau de confiança que inspira em quem a vê. Uma imagem publicada numa revista ou num jornal deve ser fiável. Daí a necessidade sentida pelos bons media - que ainda os há - de impor regras nesta área...

Para que não aconteça como, em Agosto de 2006, durante a guerra do Líbano, quando a Reuters publicou uma imagem de Beirute cheia de fumo, tirada pelo freelancer Adnan Hajj, mas que veio a descobrir-se que passou primeiro pelo Photoshop?

Sim, mas esse homem foi despedido e a agência retirou centenas de fotografias suas que tinha em arquivo. E muito correctamente, na minha opinião. Porque se não confiamos nas notícias, em quê iremos confiar? Onde estamos, afinal? Já se pode inventar tudo, nesse caso.

E quando são as próprias agências noticiosas a pressionar os profissionais da imagem, exigindo-lhes sempre mais?

Isso não é de agora, faz-me lembrar aquela história de 1898, durante a guerra americano-espanhola, quando o fotógrafo Richard Hardy Davis foi enviado especial e depois informou 'volto para casa, não há guerra nenhuma'. Então, o director William Randolph Hearst escreveu-lhe o seguinte: 'Mande as fotografias que eu trato da guerra.'.Foi o que ele fez. Serve isto para dizer que esse ramo do jornalismo tem uma grande responsabilidade: o compromisso com a verdade. Mas nem é preciso recorrer ao Photoshop para, eventualmente, adulterar o que vemos. Tiramos uma fotografia, não fazemos acrescentos nenhuns, mas podemos ter a tendência de só mostrar aspectos positivos ou negativos de uma dada situação.

Aceita a censura a priori que consiste no hábito de os famosos só aceitarem a publicação de imagens suas retocadas?

Não tenho muito a ver com celebridades (risos)... Quando Elizabeth Taylor apareceu a publicitar um perfume, há uns anos, a cara parecia a de uma criança de quatro anos, parecia que estava assim há anos e anos... Mas isto faz parte do mundo da moda e da publicidade. Penso que as pessoas sabem disso e aceitam. Até porque ninguém está à espera de algo diferente. Tudo depende do sítio onde se publica. Mas com notícias é diferente. Se uma fotografia é publicada na primeira página do New York Times é bom que seja verdade, fiável. Se é publicada num tablóide, daqueles que costumam inventar notícias, que diferença faz? Há muitos anos, um desses jornais tinha uma manchete a dizer "russos aterram na Lua" e a fotografia era um avião na Lua. Ora, o avião era quase tão grande como a Lua (risos). Ninguém com um mínimo de juízo acreditou que aquilo era real.

DN, 10-12-2007
 
Prémio de fotojornalismo bate recorde de inscrições

FILIPE FEIO

A edição deste ano do Prémio de Fotojornalismo Visão/Banco Espírito Santo bateu o recorde de sempre de candidaturas, com 227 fotógrafos e 6 848 fotografias a concurso. Os vencedores da oitava edição vão ser conhecidos depois de amanhã, anunciou ontem a organização.

O júri, que se reúne a partir de hoje para decidir quais as imagens premiadas, é presidido por Jean- -François Leroy, director do Visa pour L'Image, festival internacional de fotojornalismo que se realiza em Perpignan, na França.

A seu lado estará Susan Smith, directora adjunta de fotografia da revista National Geographic, Yuri Kozyrev, fotojornalista que tem acompanhado a guerra do Iraque, Philip Blenkinsop, que se notabilizou pela cobertura de guerrilhas no sudoeste asiático, e Noël Quidu, da agência Gamma, estes últimos três distinguidos com diversos prémios, entre eles o World Press Photo.

O processo de selecção utilizado no Prémio Fotojornalismo Visão/BES é igual ao do World Press Photo: quando são aceites a concurso, as fotografias passam a estar identificadas apenas por um número, permanecendo anónima a autoria.

Quanto aos critérios de escolha, "não há", como dizem os elementos do júri para quem escolher as melhores fotos é "fácil e rápido". "À primeira vista escolhemos logo, somos profissionais e não há objectividade na escolha, tentamos apenas ser honestos", afirmou Jean-François Leroy em conferência de imprensa. "Tem tudo a ver com o impacto que a fotografia causa em cada um de nós. Mas dois fotógrafos podem sentir-se atraídos por duas fotografias diferentes", explicou o jurado.

Os vencedores serão anunciados numa cerimónia que se realiza quinta-feira, às 18.30, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

DN, 1-4-2008
 
Videoamadores procuram TV com intenção da partilha

PAULA BRITO

SIC e TVI emitiram imagens exclusivas do tiroteio na Quinta da Fonte em meados de Julho. Foram vendidas por valores "simbólicos", no caso da SIC. No entanto, chega todos os dias à estação muito material do género, um ponto de partida para trabalhos, mas com os devidos cuidados

SIC pratica "pagamento simbólico"

A grande maioria das imagens de videoamadores que chegam às televisões são resultado da vontade da partilha do telespectador. Esta é a realidade e a convicção da SIC, já que a RTP diz que raramente recebe imagens da população e a TVI não respondeu, até ao fecho da edição.

Alcides Vieira, director de informação da SIC, uma das estações que emitiu as primeiras imagens exclusivas de uma câmara fotográfica do tiroteio da Quinta da Fonte (12 deste mês), disse ao DN que o telespectador tem uma grande proximidade com a estação. É pois graças a essa relação e à vontade que o telespectador - com vasta tecnologia ao seu dispor - tem de partilhar as suas experiências que chegam vários vídeos à SIC. "Muitos têm importância regional e aproveitamo-los para o site", explica Alcides Vieira. "Ou até para serem desenvolvidos na rubrica do Jornal da Noite Nós por Cá, já com cinco anos."

No entanto, outras imagens "podem ser um bom ponto de partida de trabalho", acrescenta o mesmo responsável. "Há factos captados que acabam por resultar", diz o director de informação da SIC, que alerta para a necessidade da sua "confirmação, confronto entre as partes envolvidas e contextualização".

Perante uma situação do género da Quinta da Fonte e quando não existe iniciativa de um qualquer videoamador, o que a SIC faz é procurar alguém que tenha filmado. "Por enquanto ainda não há o hábito de fazer leilão entre televisões", diz Alcides Vieira. Até porque o pagamento em qualquer situação da SIC é "sempre simbólico, para fazer face à despesa que o telespectador teve", diz.

Já à RTP raramente chegam imagens de videoamadores. Sobretudo do género das que foram emitidas pela SIC e TVI. Nesta situação concreta, Judite de Sousa, directora adjunta de informação da estação pública, esclareceu que "houve imagens oferecidas, a coordenadora avaliou--as, mas chegou à conclusão que não tinham interesse jornalístico e não as comprou". Logo, não emitiu.

O mail é, segundo Judite de Sousa, o meio privilegiado para o telespectador contactar com a estação. "Chega-nos muita informação - histórias individuais, situações do meio em que vivem, laborais, algumas delas com potencial noticioso", diz. E com possível ponto de partida para reportagens de média duração no programa 30 Minutos, um espaço que vive de reportagem, histórias de vida muito centradas numa pessoa. "Parte do individual para o geral", conclui Judite de Sousa.

DN, 31-7-2008
 
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