06 fevereiro, 2008

 

Kadhafi


Líder líbio




http://algathafi.org/html-portuguese/index.htm

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Os 31 da vida airada: Kadhafi e as virgens

CADI FERNANDES

As guarda- costas do líder líbio são treinadas para matar, mas também gostam de usar verniz nas unhas
Robustas, musculadas, matulonas, entroncadas, portentosas, ganchos certeiros, fulminantes no gatilho. É assim que os homens gostam delas. Sobretudo as que lhes guardam as costas. Enfim, homens, no plural, talvez não, mas homem, no singular, singularíssimo, definitivamente sim. Falamos, claro, de Muamar Kadhafi, one man show, e das suas 30 amazonas virgens - melhor, alegadamente virgens - que juram morrer, se necessário, para manter vivo o coronel. Como sucedeu em 1998, quando rebeldes líbios atentaram contra o Presidente e uma delas morreu cravejada de balas, ao proteger com o seu o corpo o corpo que fora treinada a guardar.

Estes "31" já mereciam um filme de Hollywood, afigura-se, dada a riqueza do argumento, mas, por enquanto, ficam-se por um musical britânico. Em Londres, em 2006. O equivalente - depois do atentado de Lockerbie - a um espectáculo abonatório de luz, som e música em Nova Iorque sobre a vida do líder da Al-Qaeda, Ussama ben Laden - após o 11 de Setembro. O papel de Kadhafi, de turbante beduíno e óculos de sol, coube ao bem parecido actor Ramon Tikaram. As virgens fizeram de coro. Enfim, uma hip hopopereta, a lembrar Evita, mas em versão masculina. Chama-se, muito modestamente, Kadhafi: Um Mito Vivo.

Os "31" inspiraram também um documentário. Realizado, dois anos antes do musical, em 2004, por uma jovem, Rania Ajami, de origem libanesa. Em As Guarda-Costas de Kadhafi: As Sombras de um Líder, fala-se do outro lado destas mulheres. Da sua feminilidade, das suas unhas pintadas, das jóias, dos saltos altos. "Borrachos", algumas ("knockouts", como escreveu, a propósito, a jornalista do New York Times Lynda Richardson). Nada que propicie malandrices ("hanky panky"), porém, garantiu Rania a Lynda. Isto apesar de partilharem todos a mesma tenda.

O exotismo de Kadhafi também se fica a dever a elas. É vê-los a chegarem de avião a qualquer capital do mundo. O líder à frente e as damas atrás, de camuflado verde tropa ou azul pretróleo, conforme, e armadas. Armadas com armas, não armadas em nada de especial. Louras, morenas, lábios carnudos, olhar profundo, algumas chegam a fazer lembrar Angelina Jolie, presumido-se, desta forma, o efeito letal que exercem sobre os homens. Por mais viris e destemidos que sejam.

A virgindade dar-lhes-á força, em vez de as quebrantar. Resultado: sempre que viaja, Kadhafi "arrasta" consigo 0,0071% da população da Líbia (400 pessoas, incluindo as 30 senhoras, mais ele), população que, no total, é composta por 5 673 000 milhões de habitantes, ninguém consegue tirar os olhos delas e elas não conseguem tirar os olhos dele. A imprensa britânica costuma referir-se-lhes usando maiúsculas. "Virgens." Não se sabe se por respeito ou por salivação, acto que, quando em excesso, é também apelidado de esputação.

A ver vamos já na próxima semana quando o "circo"for montado em Espanha. A ver vamos se as atenções dos mirones ficam vidradas no andrajoso líder, de barba mal semeada, ou nas beldades que o acompanham, como sucedeu recentemente em Portugal. Nesta quinta-feira, em Paris, Kadhafi foi ver a Gioconda e a Vénus de Milo ao Louvre. Chegou numa limusina branca. Atrás seguia um carreiro de 20 viaturas. À grande e à líbia!

DN, 15-12-2007
 
Sócrates diz que Líbia é "parceiro estratégico"

Chefe do Governo reuniu com Kadhafi para inverter balança comercial desfavorável

O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou ontem, em Trípoli, que os projectos de investimento mútuos entre Portugal e a Líbia são "muito ambiciosos", sublinhando que o ideal será equilibrar a "grandemente desfavorável" balança comercial portuguesa com a Líbia.

Após um encontro com o líder líbio Muamar Kadhafi, Sócrates salientou a importância dos acordos ontem assinados. "Portugal importa da Líbia cerca de 1500 milhões de euros, maioritariamente petróleo, e apenas exporta produtos no valor de 10 milhões de euros", disse. "Temos de diversificar as nossas exportações e a Líbia é um dos nossos parceiros estratégicos."

Os dois países assinaram um acordo global de cooperação e quatro memorandos de entendimento. O Acordo Quadro entre Portugal e a Líbia permitirá o fornecimento a Portugal de gás liquefeito e petróleo líbios.

Já o ministro Manuel Pinho assinou um memorando de entendimento entre a Libyan Investment Authority e o Ministério da Economia, que visa explorar oportunidades de investimento em Portugal em diversos sectores, como o imobiliário, turismo, petrolífero e petroquímico.

A Galp e a NOC, a empresa estatal líbia ligada ao sector da energia, assinaram um memorando de entendimento. O mesmo aconteceu entre a LIA e a EDP.

O Grupo Espírito Santo (GES) subscreveu ainda um outro acordo com a Libyan Africa Investments Portfolio para discutir participações cruzadas, criar joint-ventures na gestão da carteira de activos e no sistema bancário.

DN, 20-7-2008
 
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