02 fevereiro, 2008

 

Leilões,


leiloeiras e leiloeiros


http://www.megaleiloes.com/
http://www.miau.pt/home.html
http://www.bidbid.pt/
http://www.bidandbuy.pt/LeiloesSitio/

http://www.ebay.com/
http://www.ebay.es/
http://www.overstock.com/

http://www.egun.de/
http://www.egun.ch/

http://www.fischerauktionen.ch/
http://www.kesslerauktionen.ch/
http://www.bourseauxarmes.ch/v2/

http://www.archen-associes.com/

http://www.jcdevine.com/

http://www.leiloeira-rr.com/site.php
http://www.pcv.pt/
http://www.cabralmoncadaleiloes.pt/

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Leiloeiras devem 74 mil euros de direitos de autor

LEONOR FIGUEIREDO

Algumas leiloeiras devem à Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) 74 mil euros, relativos a transacções efectuadas durante licitações públicas de obras de arte originais. Esta verba é cumulativa desde Junho de 2006, quando foi publicada a nova legislação sobre os direitos de autor e direitos conexos. Mas a verba que a SPA tem a haver seria muito superior "se as leiloeiras declarassem a percentagem devida aos autores ou herdeiros de uma forma automática."

A revelação foi feita ao DN pelo director dos serviços jurídicos da SPA. Os 74 mil euros, explica Lucas Serra, são apenas "a facturação que temos de cobrar relativamente à realização de trinta leilões acompanhados por nós".

A SPA possui agentes que se deslocam a todo o País para assistirem aos muitos leilões que se multiplicam e cujas transacções são cada vez mais elevadas, nomeadamente no campo das artes plásticas.

Como a esmagadora maioria das leiloeiras não declara automaticamente a percentagem devida a autores e herdeiros, resta à SPA enviar esporadicamente fiscais, pelo menos para os leilões que anunciam obras de um certo vulto, ou então a pedido de algum autor. "As leiloeiras deviam informar o autor ou nós, SPA, como seu representante, mas normalmente não o fazem". Por outro lado, sustenta Lucas Serra, "em todos os mercados, e em especial nos latinos, há valores de venda que depois não correspondem ao valor formal".

A lei defende o direito do criador da obra - sejam pinturas, desenhos, serigrafias, tapeçarias, gravuras, fotografias, esculturas ou cerâmicas -, por um período de 70 anos.

Mas a maioria dos artistas portugueses não costuma solicitar os serviços da SPA quando se anunciam leilões com obras da sua autoria. "A maioria até nem sabe dos leilões", sublinha o responsável pelo contencioso". Nos poucos casos em que são alertados para o facto "serviços como intermediários e cobramos dez por cento pela nossa intervenção e pelos direitos de sequência que são devidos ao autor".

O contrário também acontece. "Há autores que receiam dificuldade de venda de obras suas em leilões se houver a nossa interferência", acaba por dizer Lucas Serra, apelando a uma maior eficácia da Inspecção Geral das Actividades Culturais.

DN, 22-1-2008
 
Objectos estranhos vendem-se no e Bay

Tosta com a cara de Obama está à venda por 209 euros no 'site'

Na Internet é possível encontrar tudo. Então quando se recorre a sites de vendas descobrem-se objectos realmente estranhos. No eBay, o maior site de leilões do mundo, é possível comprar coisas banais como automóveis ou roupas, mas também batatas-fantasmas. A maior colecção de música do mundo novo também está à venda no site. São três milhões de discos avaliados em 33 milhões de euros, mas a base de licitação é de apenas três milhões de euros. O leilão termina amanhã.

Vender a sogra por 1,11 euros ou alugar os filhos por mil euros por dia não são com certeza acontecimentos comuns. O primeiro caso teve lugar no Reino Unido, onde um homem desempregado e farto que a sogra se metesse na sua vida resolveu colocá-la à venda no eBay. "Oferta especial: vende-se sogra por apenas 1 libra", escreveu Steve Owen no anúncio. A sogra respondeu que ele podia ter começado a licitação nas cem libras (127 euros), afinal "sou mais bonita ao vivo". Quem resolveu oferecer os filhos para alugar foi um casal alemão. A menina de 11 anos e o rapaz de 13 foram descritos como duas crianças "carentes de calor familiar e carinho", que teriam um "enorme potencial de amor".

Na semana passada, Ian Usher pôs a sua vida à venda. Um desgosto amoroso levou o britânico, emigrado na Austrália, a leiloar todos os seus pertences, o emprego e até os amigos. Para ter uma vida nova, os interessados têm de desembolsar cerca de 250 mil euros.

Quem tem desejos mais imperialistas pode encontrar no eBay algumas oportunidades para alimentar o sonho. Recentemente, esteve à venda uma cidade-fantasma, que oferecia "uma escola, um salão de danças e um bar". Albert é uma pequena cidade, desabitada, a 100 km de Santo António, no Texas. O comprador foi um excêntrico italiano que pagou dois milhões de euros pela primeira cidade do mundo posta à venda. Um dos produtos mais cobiçados do mundo também se pode adquirir no eBay: o elixir da vida, à venda por apenas 8,55 euros.

Objectos mais em conta, mas não menos intrigantes, podem também ser adquiridos no site de leilões. Um torresmo de porco com a forma do estado do Minnesota e uma bolacha que lembra a cabeça do Mickey podem ser levados para casa por 6,32 euros cada.

Um corn flake com a forma do estado do Illinois custa 6,34 euros, mas uma torrada com a cara de John Lennon, dos Beatles, vale apenas 0,63 euros. A eleições americanas também já chegaram ao eBay. Uma tosta com a imagem do candidato Barack Obama está à venda pela módica quantia de 209 euros. - A.B.F.

DN, 28-3-2008
 
Leiloeiras em Nova Iorque em tempo de incertezas

NUNO CRESPO

Que o mercado da arte tem regras próprias é coisa que se sabe há bastante tempo. Existe uma relação com o resto da economia, mas não é uma relação directa. As crises dos mercados financeiros, do petróleo, etc., não se reflectem necessariamente no valor das obras de arte, nem nos volumes de vendas. Mas estas premissas têm sido postas em causa e é isso que nas duas próximas semanas se vai ver quando as duas leiloeiras mais famosas do mundo, a Christie's e a Sotheby's, realizarem em Nova Iorque as sessões dos seus leilões de Primavera. Nos dias 6 e 8 , terça e quinta-feira, são as sessões dedicadas à arte moderna, nos dias 13 e 14 é a vez da arte contemporânea do pós-guerra.

A expectativa é grande, porque com o aprofundar da crise nos EUA e nas vésperas das eleições para a presidência daquela que ainda é a economia mais influente do mundo ocidental as questões são sobre se os habituais comportamentos dos com- pradores se vão manter ou se a insegurança vai, finalmente, chegar às salas de leilão.

Para Pedro Cera, as suspeitas sobre o comportamento do mercado são infundadas: "Não existe crise no mercado da arte." Para este galerista de Lisboa, o que está acontecer é "uma muito importante correcção dos valores que alguns artistas atingiram no passado." Os valores das obras num leilão, que são diferentes dos valores praticados nas galerias, têm uma relação importante com o currículo dos artistas, isto é, com a sua visibilidade internacional: exposições, colecções de que fazem parte e recepção crítica.

"O que é importante nestes leilões", acrescenta Cera, "é que se trata das únicas ocasiões em que os valores dos negócios são públicos. Numa galeria, o valor tabelado a maior parte das vezes não corresponde ao valor final. Num leilão sabe-se sempre o valor final de venda." E é a fiabilidade da informação prestada pelas leiloeiras, a nível financeiro e da história da arte, que torna o que acontece nestes leilões em paradigmas das tendências de um certo tipo de mercado.

O desfasamento relativamente aos preços praticados no mercado primário (as galerias) deve-se ao "despique entre licitadores (a adrenalina do jogo) e à relação entre a procura e a oferta, que pode fazer com que as obras atinjam valores que nunca numa galeria atingiriam", confessa Pedro Cera.

"Estes valores não têm consequência na vida económica de uma galeria", acrescenta Miguel Nabinho. "São valores-bandeira e nada mais." E, concordando com Cera, este galerista afirma "que os leilões não são o mercado da arte, são uma sua parte, mas não o esgotam".

O mercado português não tem dimensão para que os resultados destes leilões o afectem: as galerias não colocam obras para venda nestas leiloeiras e a generalidade dos artistas portugueses não está presente. Excepção feita e Julião Sarmento, Paula Rego e Vieira da Silva, que são presenças habituais, e já aconteceu haver peças de Helena Almeida e Cabrita Reis.

DN, 3-5-2008
 
Número de casas em leilão duplica

PAULA CORDEIRO

São cada vez mais as casas colocadas em leilão pelos bancos, devido ao aumento do incumprimento. As principais leiloeiras não têm mãos a medir
Os leilões de casas pertencentes aos bancos, em resultado da execução de hipotecas por incumprimento, estão a aumentar consideravelmente. Nos primeiros seis meses deste ano, as duas principais leiloeiras imobiliárias que trabalham com bancos colocaram no mercado cerca de mil casas (nem todas vendidas), o dobro do leiloado no ano passado.

Não existem dados estatísticos sobre a venda de habitações com recurso a leilão. As duas principais empresas deste ramo a trabalhar com bancos - a Luso-Roux e a Euro - dividem o mercado entre si. Como referiu ao DN Diogo Livério, director comercial da Euro Estates, esta empresa já leiloou este ano cerca de 500 casas, o dobro do ano passado.

A Luso-Roux não adianta números, mas a sua directora, Ana Luísa Ferro, afirma : "Estamos a fazer mais leilões do que fazíamos", até porque "os bancos estão mais agilizados no tratamento destes imóveis e na sua colocação a leilão".

Fontes do mercado referem que a Luso-Roux colocará em leilão sensivelmente o mesmo número de imóveis que a Euro Estates. Ana Luísa Ferro revelou ao DN que põem à venda de cada vez cerca de 80 casas.

A Euro Estates, por seu lado, já efectuou este ano oito leilões, com um número médio de 60 lotes em cada um deles, praticamente o mesmo número de operações do género realizadas no ano passado.

Outro dado novo avançado pelas duas leiloeiras é o recurso generalizado por parte de toda a banca a esta forma de escoamento do seu stock de casas em carteira.

"Neste momento, todos os bancos estão a recorrer aos leilões", afirmou a directora da Luso-Roux. Diogo Libério revelou ainda que já trabalham com todos os bancos que concedem crédito à habitação. "A banca, com mais imóveis em mãos, já percebeu que o leilão é uma boa forma de vender", adiantou o director da Euro Estates.

Mas nem todas estas casas são vendidas. "Hoje é mais difícil escoar estes imóveis, a maioria em zonas periféricas das grandes cidades." A Euro Estates tem uma taxa de sucesso por leilão da ordem dos 75%.

DN, 18-7-2008
 
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