06 fevereiro, 2008

 

Quaresma


Depois da abundância...


http://pt.wikipedia.org/wiki/Quaresma

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Quaresma começa hoje

Os católicos iniciam hoje a Quaresma, período de
preparação para a Páscoa que se baseia em penitência e
reflexão.
No inicio deste tempo, recordamos a mensagem do Papa centrada
na importância da caridade: dar esmola é uma maneira
de ajudar quem mais precisa e uma forma de nos libertarmos
do apego aos bens materiais.
Para Bento XVI é fundamental partilhar com os outros aquilo
que possuímos, de forma discreta e sem nunca nos vangloriarmos
disso. Esta partilha traz ao cristão a melhor recompensa
- a alegria em dar e dar-se.
O Padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia
anti-Pobreza e pároco nas paróquias portuenses de São
Nicolau e Vitória, lembra, em declarações à Renascença, a
importância desta mensagem, pois são muitos os que precisam
da nossa esmola. Existem cerca de dois milhões de
pobres em Portugal, muitos dos quais nem sequer pedem
ajuda. É a chamada “pobreza envergonhada”.
No plano litúrgico, a Quaresma é o tempo de conversão, que
não se cinge à Igreja Católica, mas se estende à Igreja Anglicana
e a algumas protestantes.
Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, os católicos que assistirem a
uma missa receberão na fronte uma cruz, desenhada com as
cinzas das palmas queimadas no Domingo de Ramos do ano
anterior, como lembrança de que a vida é transitória, acompanhada
da frase bíblica "lembra-te que és pó e ao pó voltarás".
A mensagem do Cardeal Patriarca
Na sua mensagem para esta quadra, o cardeal Patriarca de
Lisboa lembra que a Quaresma é um tempo para aprofundar
o essencial do ser cristão. Trata-se de um caminho pessoal
para o qual D. José Policarpo aponta quatro atitudes fundamentais:
conversão, fé, esperança e caridade.
Num tempo em que o sentido de pecado se diluiu e o homem
decide a sua vida como se Deus não tivesse nada a ver com
ela, o Patriarca de Lisboa convida os fiéis à conversão e a
conhecerem mais a fundo a Palavra de Deus, sobretudo neste
ano dedicado a São Paulo e a aprofundarem o verdadeiro
sentido da esperança.
D. José Policarpo recorda o apelo à esmola feito pelo Papa
para a Quaresma deste ano e convida os lisboetas a ajudarem
as igrejas que mais precisam.

RRP1, 6-2-2008
 
Papa lembra necessidade
de aprender a esperança

O Papa Bento XVI disse ontem, no Vaticano, que, graças
à acção conjunta da oração, jejum e esmola, o tempo da
Quaresma é um tempo privilegiado para aprender a esperança.
Na Quarta-feira de Cinzas, Bento XVI cumpriu a tradição,
presidindo a uma missa na Basílica Romana de Santa Sabina,
com o rito da bênção e a imposição das cinzas.
Na homilia desta tarde, Bento XVI interligou a sua recente
encíclica sobre a esperança com o sentido da Quaresma e da
oração.
“A verdadeira oração é o motor do mundo, porque o mantém
aberto a Deus. Por isso, sem oração não há esperança, mas
tão-somente ilusão. De facto, não é a presença de Deus a
alienar o homem, mas a sua ausência. Sem o verdadeiro
Deus, pai do senhor Jesus Cristo, as esperanças tornam-se
ilusões que induzem à evasão da realidade”, disse.
O Papa renovou também o seu apelo à prática do jejum e da
esmola, como lugares onde também se exerce e aprende a
esperança cristã.

RRP1, 7-2-2008
 
Patriarca apela à conversão

O Cardeal Patriarca de Lisboa lembrou, na homilia da
missa de Quarta-feira de Cinzas que a conversão não é só
uma correcção moral, mas uma mudança do coração
Na celebração que assinala o início da Quaresma, D. José
Policarpo explicou que “a conversão não é primariamente
uma correcção moral. Esta acontecerá naturalmente, como
expressão de um amor reencontrado. A conversão é a abertura
do coração a um amor esquecido – porventura atraiçoado.
Trata-se de recuperar uma fidelidade de amor, supõe uma
experiência feita de ser amado e de amar. A conversão é
necessariamente uma mudança de coração”, disse D. José.
Para esta mudança se verifique, D. José Policarpo deixou na
Sé de Lisboa algumas pistas: “Há muito egoísmo a vencer,
muita superficialidade a colmatar, muita vaidade a corrigir,
mas o primeiro campo da conversão é o regresso ao amor
amado, à fidelidade interrompida, ao ideal desiludido.
Venham todos connosco, façamos em conjunto um caminho
de regresso à liberdade e, quem sabe, talvez nesse regresso,
encontremos a ternura de Deus. A Páscoa, sendo celebrada
pela igreja, é sempre uma festa de toda a humanidade”.

RRP1, 7-2-2008
 
O papel da Igreja na compreensão da palavra de Deus

Na Catequese do quarto domingo da Quaresma, o Cardeal Patriarca de Lisboa falou sobre a importância das Sagradas Escrituras, “os livros inspirados” e do papel da Igreja para ajudar á sua compreensão.
D. José Policarpo lembrou que Deus falou aos profetas para se revelar ao Seu povo e recordou que muitos textos foram aparecendo - não só os dos quatro Evangelhos conhecidos - e que isso criou alguma confusão. Dai a importância do papel da Igreja na compreensão da palavra de Deus.
O Cardeal pede é que se ouça “a Palavra em Igreja” e que se escute “humildemente o seu ensinamento, pois só ela garante
que todos os cristãos escutem a Escritura da mesma maneira”. D. José Policarpo indica ue “continua a ser a Igreja que, na Liturgia e no Magistério, indica ao Povo de
Deus quais são os livros que, porque inspirados, nos comunicam
a Palavra de Deus”.
O Cardeal Patriarca refere, por outro lado, que hoje em dia há muita curiosidade no estudo dos textos bíblicos e dá um exemplo: “Ainda recentemente um tal «evangelho de Judas» encheu páginas de jornais e programas de televisão. Há tendência para os considerar em paralelo com os verdadeiros Evangelhos ou mesmo de se lhes contrapor. É uma curiosidade justa se for apenas cultural”.

RRP1, 3-3-2008
 
D. José Policarpo defende
importância da oração

No quinto domingo da Quaresma, o Cardeal Patriarca considerou que “só na oração contínua orientada para Deus é que é possível dar sentido à existência humana”.
D. José Policarpo explicou que esta é uma das formas de tornar o ser humano capaz de construir a paz e ser sinal de esperança para o mundo.
“Rezaremos tanto melhor quanto mais presente estiver, no
íntimo da nossa alma, a orientação para Deus. Quanto mais a referida orientação constituir a base de apoio de toda a nossa existência, tanto mais havemos de ser homens de paz; tanto mais seremos capazes de suportar a dor, de compreender
os outros e de nos abrirmos a eles. A esta orientação que
impregna toda a nossa consciência, a esta presença silenciosa de Deus na base do nosso pensar, meditar e ser, chamamos «oração contínua». E, no fundo, é também isso que
entendemos quando falamos de «amor de Deus»; ao mesmo tempo é a condição mais íntima e a força motriz do amor ao próximo”, disse.
Na Sé de Lisboa, o Cardeal reforçou ainda que, mais do que
um rito, a celebração da eucaristia é acção do próprio Jesus
Cristo.
D. José Policarpo alertou para alguma pobreza que às vezes se nota nas celebrações criada pelo modo deficiente como são preparadas.
“A celebração da Eucaristia é o momento mais exigente da verdade da Igreja. Ela é mais que um rito; antes de ser acção da Igreja é acção do próprio Jesus Cristo, Palavra eterna de Deus, que comunica ao coração da Igreja a Palavra que Deus tem hoje para lhe dizer. Mas para o acolher a Ele, Palavra viva, a Igreja precisa de começar por escutar a Escritura. O
modo como se cuida a proclamação da Palavra na celebração da Eucaristia, condiciona a própria comunhão eucarística. E a pobreza das nossas celebrações começam exactamente por aí, pela maneira como se proclama e acolhe a Palavra”.
D. José Policarpo lembrou um ensinamento do Concílio Vaticano
II: “Na celebração da Liturgia, a Sagrada Escritura tem grande importância. É dela que são tirados os textos que se lêem e a homilia explica, bem como os Salmos que se cantam;
é sob a sua inspiração e no seu élan que as orações, as súplicas e os hinos litúrgicos foram surgindo; é dela que as acções e os símbolos recebem o seu significado”.
Nesta celebração, o Cardeal Patriarca reafirmou o que já tinha dito na semana passada: “É importante saber ler e escutar a palavra de Deus” e deixou um apelo: É importante que os cristãos valorizem sempre o sentido da oração pessoal e comunitária.

RRP1, 10-3-2008
 
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