06 fevereiro, 2008

 

Rede Europeia de Empresas

Mais uma oportunidade

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Nova rede vai apoiar
pequenas e médias empresas

A Comissão Europeia lança, amanhã, uma nova rede destinada a apoiar os esforços de inovação e competitividade, vocacionada para as cerca de 23 milhões de pequenas e médias empresas (PME) da Europa.
Esta nova "Rede Europeia de Empresas", criada a partir das
anteriores redes "Euro Info Center" e "Innovation Relay Center", reúne cerca de 600 organizações em mais de 40 países
da Europa, entre as quais nove em Portugal - caso do IAPMEI.
Os parceiros da rede fornecerão aos clientes informação e
aconselhamento no acesso a programas, oportunidades de
financiamento e políticas comunitárias, sendo um dos objectivos encorajar as PME a tornarem-se mais inovadoras e ajudá-las a desenvolver novos produtos, aceder a novos mercados
e informá-las sobre as oportunidades e actividades na
União Europeia.
Outra das funções da rede europeia será a de apoiar as empresas na identificação de potenciais parceiros comerciais,
especialmente noutros Estados-membros.
"A nova rede europeia de empresas é um marco na política da Comissão para promover o empreendedorismo e crescimento das empresas na Europa", comentou o comissário
europeu responsável pelas Empresas e Indústria, Gunter Verheugen, que participará quinta-feira, em Bruxelas, na cerimónia de lançamento da nova rede única, antecedida de um jantar de gala hoje, também na capital belga.
Os serviços da rede estarão disponíveis para todas as empresas,
centros de investigação e universidades da Europa, mas
são especialmente concebidos a pensar nas PME, enquadrando-
se numa aposta de Bruxelas para fortalecer as pequenas empresas como forma de modernizar o mercado único europeu.

RRP1, 6-2-2008
 
As falências que não são sempre sinal negativo

O número de falências aumentou mais de 60% em 2007. Dito assim, de forma seca, parece uma calamidade. Uma análise mais fina e serena poderá, no entanto, permitir outra leitura. A alteração da legislação sobre falências e insolvências, que data de 2004, está ainda a produzir um efeito exponencial, que se esbaterá - espera-se - nos próximos anos. É um pouco como a estatística dos divórcios depois da revisão do Código Civil de 1976 - como a dissolução do casamento católico era proibida, a estatística dos últimos anos da década de 70 ficou enviesada, já que todo o caudal de divórcios adiados veio desaguar nessa altura. A legislação sobre falências está hoje mais desempoeirada e era quase inevitável que o número dos que recorrem a essa figura jurídica subisse. Junte- -se a isso uma conjuntura económica desfavorável e está (quase) tudo explicado.

A análise que o DN hoje publica (no DN bolsa) revela ainda que é no têxtil e no calçado que os pedidos de falência mais pesaram. Logo atrás, aparece o sector da construção. Pouca surpresa, conhecendo-se a fragilidade empresarial, atomização e agressiva concorrência externa nestes sectores. Numa economia em prometida mudança de paradigma, é sempre assim: uns caem para aparecerem outros. Resta esperar que estes outros - leia-se, sectores com maior valor e tecnologicamente mais avançados - não tardem em ditar a sua lei.

DN, 4-1-2008
 
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