11 março, 2008
9 a 16 de Março
Semana Internacional do Cérebro
http://www.cienciaviva.pt/divulgacao/semanacerebro2008/home/
http://brainweek.dana.org/
http://www.spn.org.pt/
http://www.spneurologia.org/
Comments:
<< Home
Coração e cabeça matam-nos
PATRÍCIA JESUS
Doenças do coração são as segundas mais mortíferas
As doenças vasculares são a principal causa de morte em Portugal. O cérebro e o coração sofrem pelos mesmos motivos: um estilo de vida pouco saudável.
Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) matam cerca de 16 mil portugueses por ano, um número ainda muito alto se comparado com o resto da Europa, onde ficam em terceiro na lista das principais causas de morte. No entanto, o número tem vindo a descer, assegura o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Castro Lopes. Aliás, o neurologista acredita que o número seja ainda mais baixo e que haja uma sobrevalorização induzida pelo preenchimento incorrecto das certidões de óbito. Opinião partilhada pelo vice--presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE), Mário Carreira.
A segunda doença que mais mata em Portugal também se inclui no grupo das doenças do aparelho circulatório, mas afecta outro órgão fundamental: o coração. A doença isquémica cardíaca - na maior parte dos casos falamos de enfartes - mata mais de oito mil portugueses por ano mas, neste caso, a situação até é favorável quando comparada com o resto da Europa. O epidemiologista Mário Carreira explica que Portugal, tal como os outros países do sul da Europa, tem corações mais saudáveis. A dieta mediterrânica é muitas vezes apontada como a razão destes números, mas o médico diz que não é tão claro como isso. Afinal, há o chamado "paradoxo francês". Com uma alimentação com mais carne, manteiga e natas, os franceses deviam estar a morrer como no resto dos países da Europa, mas não estão. "Uma das explicação possíveis é o consumo de vinho", mas os motivos não são claros, insiste.
Cancro continua a aumentar
A mortalidade por cancro continua a aumentar, em grande parte devido ao crescimento do colorectal, que já é o que mais mata em Portugal. O do pulmão também contribui para este número. É o segundo que mais mata no nosso país - cerca de 3600 pessoas por ano. A incidência tem vindo a subir desde os anos 80, em grande parte devido ao consumo de tabaco, explica Mário Carreira.
Por outro lado, os números do cancro do estômago têm vindo a descer. O epidemiologista explica que esta evolução está relacionada com a generalização dos frigoríficos: à medida que se abandonou a conservação da carne através do fumeiro e da salga, diminuiu o aparecimento de tumores no estômago. Aliás, as regiões onde estes têm maior incidência são o distrito de Beja e o litoral Norte, diz o médico, regiões onde o consumo de enchidos é maior.
Para as mulheres, o cancro da mama continua a ser o mais mortífero. Em 2005, morreram 1479 portuguesas por causa desta doença. Desengane-se no entanto quem pensa que é uma doença só de mulheres: no mesmo ano morreram 19 homens com cancro da mama.
Jovens morrem em acidentes
Os acidentes são a principal causa de morte nas crianças e nos jovens. Além disso, geram um grande número de situações de deficiência, com custos sociais e económicos elevados, segundo dados do Plano Nacional de Saúde.
DN, 13-4-2008
Enviar um comentário
PATRÍCIA JESUS
Doenças do coração são as segundas mais mortíferas
As doenças vasculares são a principal causa de morte em Portugal. O cérebro e o coração sofrem pelos mesmos motivos: um estilo de vida pouco saudável.
Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) matam cerca de 16 mil portugueses por ano, um número ainda muito alto se comparado com o resto da Europa, onde ficam em terceiro na lista das principais causas de morte. No entanto, o número tem vindo a descer, assegura o presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Castro Lopes. Aliás, o neurologista acredita que o número seja ainda mais baixo e que haja uma sobrevalorização induzida pelo preenchimento incorrecto das certidões de óbito. Opinião partilhada pelo vice--presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE), Mário Carreira.
A segunda doença que mais mata em Portugal também se inclui no grupo das doenças do aparelho circulatório, mas afecta outro órgão fundamental: o coração. A doença isquémica cardíaca - na maior parte dos casos falamos de enfartes - mata mais de oito mil portugueses por ano mas, neste caso, a situação até é favorável quando comparada com o resto da Europa. O epidemiologista Mário Carreira explica que Portugal, tal como os outros países do sul da Europa, tem corações mais saudáveis. A dieta mediterrânica é muitas vezes apontada como a razão destes números, mas o médico diz que não é tão claro como isso. Afinal, há o chamado "paradoxo francês". Com uma alimentação com mais carne, manteiga e natas, os franceses deviam estar a morrer como no resto dos países da Europa, mas não estão. "Uma das explicação possíveis é o consumo de vinho", mas os motivos não são claros, insiste.
Cancro continua a aumentar
A mortalidade por cancro continua a aumentar, em grande parte devido ao crescimento do colorectal, que já é o que mais mata em Portugal. O do pulmão também contribui para este número. É o segundo que mais mata no nosso país - cerca de 3600 pessoas por ano. A incidência tem vindo a subir desde os anos 80, em grande parte devido ao consumo de tabaco, explica Mário Carreira.
Por outro lado, os números do cancro do estômago têm vindo a descer. O epidemiologista explica que esta evolução está relacionada com a generalização dos frigoríficos: à medida que se abandonou a conservação da carne através do fumeiro e da salga, diminuiu o aparecimento de tumores no estômago. Aliás, as regiões onde estes têm maior incidência são o distrito de Beja e o litoral Norte, diz o médico, regiões onde o consumo de enchidos é maior.
Para as mulheres, o cancro da mama continua a ser o mais mortífero. Em 2005, morreram 1479 portuguesas por causa desta doença. Desengane-se no entanto quem pensa que é uma doença só de mulheres: no mesmo ano morreram 19 homens com cancro da mama.
Jovens morrem em acidentes
Os acidentes são a principal causa de morte nas crianças e nos jovens. Além disso, geram um grande número de situações de deficiência, com custos sociais e económicos elevados, segundo dados do Plano Nacional de Saúde.
DN, 13-4-2008
<< Home