24 março, 2008

 

24 de Março


Dia Mundial da Tuberculose




http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose

http://www.antdr.org/

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Rede veio piorar cuidados continuados

RUTE ARAÚJO


Hospitais queixam-se de congestionamento que antes não existia

A rede de cuidados continuados não está a dar resposta aos pedidos dos hospitais para os doentes com tuberculose, afirmaram ontem responsáveis do Pulido Valente e de Santa Maria, em Lisboa. Para o director clínico do Hospital de Santa Maria, Correia da Cunha, "a situação piorou", uma ideia partilhada pelo director do serviço de pneumologia do Pulido Valente, Jaime Pina. "Tivemos uma doente que esteve 200 dias à espera", afirmou o clínico.

Para estes responsáveis, que sublinham a importância da criação desta rede, "antes, a situação resolvia-se de forma informal, recorrendo a acordos com os privados e sociais". Contudo, agora que há uma rede organizada, o escoamento de doentes é mais difícil, porque as camas são ainda insuficientes, em particular nas grandes cidades. E, ao mesmo tempo, a nova estrutura desmantelou os contactos anteriores.

O alerta foi dado no dia em que Jorge Sampaio visitou a unidade de pneumologia do Pulido Valente, antecipando o dia mundial contra a tuberculose. O ex-presidente da República anunciou que vai continuar por mais um ano como enviado especial das Nações Unidas para a Luta contra a Tuberculose, cargo que ocupa desde 2006. Sampaio alertou para a necessidade de reforçar o combate à doença, que mata 1500 pessoas no mundo todos os dias, e que é muitas vezes a causa de morte de doentes com VIH/sida.

Miguel Vilar, da Direcção-Geral da Saúde, avançou ontem os números provisórios da incidência da doença em Portugal. Os novos casos desceram 14% entre 2006 e 2007, atingindo 25,7 doentes por cada cem mil habitantes. Em 2006, eram 29,9 doentes por cem mil habitantes. A incidência da tuberculose associada à VIH/sida foi no ano passado de 13,6 por cada cem mil habitantes. Os números mostram uma descida, mas Portugal continua a ter as taxas mais altas da Europa. Pedro Silvério Marques, do GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/sida), lembrou que, apesar da descida, estes números ficam ainda aquém do desejável e acima dos objectivos definidos pela própria Direcção-Geral da Saúde - 18 por cada cem mil habitantes.

DN, 15-3-2008
 
Portugal tem das piores taxas na Europa
Assinala-se esta segunda-feira o Dia Mundial da Tuberculose,
doença que em Portugal apresenta
uma elevada taxa de incidência.
Apesar da tendência de descida nos últimos cinco anos, foram
registados, em 2007, mais de 2700 novos casos. Por distritos, é
o Porto que apresenta pior situação, seguido de Lisboa, Faro,
Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real.
Os dados são da Direcção-Geral da Saúde e abrangem os arquipélagos
dos Açores e da Madeira. A incidência de novos casos
em Portugal é de 25, 7 por cem mil habitantes – um número
acima da média europeia e que nos tornam um país de incidência
média.
Em 2007, ainda assim, os casos de co-infecção representaram
13, 6% do total, a maior percentagem de toda a Europa.
Estes dados demonstram também que a tuberculose, em território
nacional, é um problema bem português, dado que os
imigrantes representam apenas 11% dos casos.
A idade média dos doentes situa-se entre os 34 e os 44 anos.
A luta contra a tuberculose multi-resistente é considerada
prioritária no plano de acção da Direcção-Geral da Saúde, no
curto e médio prazo. A forma mais temível deste tipo de
tuberculose, a extensivamente resistente, é quase impossível
de tratar.
Os casos existentes em Portugal estão praticamente circunscritos
às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
“É onde há maior concentração de doentes e onde se concentram
outros factores, como toxicodependência, HIV/SIDA, muitas
vezes não cumprimento das terapêuticas e, por isso, maior
facilidade de aparecimento de multi-resistências”, explica
Teles de Araújo, da Associação de Tuberculose e Doenças Respiratórias.
Em 2007, há registo de 28 novos casos de tuberculose resistente,
o que representa 1,6% do total. Destes 28,9 são casos de
tuberculose extensivamente resistente.

RRP1, 24-3-2008
 
Tuberculose: Diagnosticados 35 casos nos Açores em 2007

Trinta e cinco casos de tuberculose foram diagnosticados em 2007 nos Açores, mas as autoridades regionais de saúde asseguram que a tendência da doença infecciosa nas ilhas é de diminuição.
A directora regional da Saúde adiantou hoje à agência Lusa que os casos de tuberculose diagnosticados em 2007 no arquipélago abrangem tanto homens como mulheres, com maior prevalência nos grupos etários entre os 20-34 anos e os 35-49 anos.

Teresa Brito revelou, também, que em 2007 foram diagnosticados mais cinco casos do que em 2006, acrescentando, porém, que a situação "não é alarmante".

"É preciso dizer que existe um tratamento eficaz para esta doença, mas muitas vezes falta por parte dos doentes o cumprimento rigoroso da terapêutica e basta isso para disparar o número de casos", afirmou Teresa Brito, salientando que a tendência nas ilhas é para a diminuição do número de casos de tuberculose.

Segundo disse, essa tendência de decréscimo do número de casos de tuberculose não significa a diminuição do nível de alerta, antes uma atenção redobrada de todos os profissionais de saúde na formação da população para evitar situações de contágio.

A tuberculose é uma doença causada por um micróbio chamado "Bacilo de Koch" que pode atacar os pulmões e outros órgãos de qualquer pessoa.

Este micróbio só pode ser visto com o uso de um microscópio.

A doença, que mata anualmente cerca de dois milhões de pessoas em todo o mundo, transmite-se de um doente para uma pessoa saudável através da tosse ou espirro.

A pessoa contagiada queixa-se de tosse seca ou escarro, por mais de três semanas, às vezes com sangue. Dores no peito e mal-estar, falta de apetite, emagrecimento, suor e febres à noite são outros dos sintomas da tuberculose.

DD, 24-03-2008
 
Jorge Sampaio mobiliza cidadãos para a saúde no espaço lusófono

FILOMENA NAVES

Combate à tuberculose, sida e malária é prioridade de reunião paralela à cimeira da CPLP

Participam membros de ONG, universidades e centros de investigação

A tuberculose ainda é um problema de saúde em Portugal, com três mil novos casos diagnosticados todos os anos. Mas esta doença infecciosa, e a sida e malária são flagelos nos restantes países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). As três doenças, e a actuação conjunta necessária ao seu combate, estarão por isso, hoje, em discussão no Primeiro Fórum para as Questões da Saúde da Sociedade Civil dos países de língua portuguesa, que decorre paralelamente aos trabalhos da VII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP.

A realização do fórum, no Centro Cultural de Belém, é uma iniciativa do ex-presidente da República Jorge Sampaio, actual Enviado Especial da ONU para a Luta Contra a Tuberculose e também Embaixador da Boa Vontade da CPLP para as questões da Saúde.

Criar uma "plataforma de diálogo entre os governos e as organizações da sociedade civil dos membros da CPLP" para as questões da saúde, como é o combate à sida, malária e tuberculose, entre outras doenças infecciosas, é o objectivo central deste primeiro encontro para a saúde.

"É fundamental a criação de uma rede sólida e funcional de representantes das organizações da sociedade civil que possa actuar de forma coordenada junto dos governos e da CPLP, gerar sinergias e conjugar esforços e recursos com vista a obter progressos no domínio da saúde pública", explica Jorge Sampaio, sublinhando que "só através do reforço da cooperação no espaço da CPLP e de uma melhor inserção multilateral da própria CPLP" será possível "a melhoria da saúde pública e a erradicação das grandes pandemias".

Para concretizar estas metas, o primeiro fórum da saúde estabelece desde já quatro objectivos, que passam pela criação de uma rede da sociedade civil no espaço da CPLP, com representantes em cada um dos países membros, a criação de um comité para acompanhar as políticas da saúde nos países de língua portuguesa e a promoção da mobilização conjunta de recursos para a melhoria da saúde pública no mesmo espaço, entre outros.

No fórum, participam representantes da sociedade civil de todos os países da CPLP - Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Brasil, Timor e Portugal -, vocacionados para a área da saúde pública, pertencentes a organizações não governamentais (ONG), grupos activistas, fundações, institutos de investigação e universidades, entre outros.

Convidados a participar foram também representantes dos governos da CPLP, da União Africana, Organização Mundial, Fundo Global para Sida, Malária e Tuberculose, e ONUSIDA.

Novos casos todos os anos

As doenças infecciosas, com destaque para as três que estão hoje em foco no encontro paralelo à cimeira de chefes de Estado e de governo dos países de língua portuguesa, matam actualmente milhões de pessoas no próprio espaço da CPLP.

Portugal regista, por seu turno, anualmente cerca de três mil novos casos de tuberculose, numa taxa considerada pelos especialistas como superior à meta estabelecida pela OMS. Ontem mesmo, foi divulgado pela agência Lusa que durante o primeiro semestre deste ano foram diagnosticados oito novos casos da doença nos Açores. Uma situação que "apesar de não ser alarmente, exige atenção", nas palavras de Domingos Cunha, secretário regional dos Assuntos Sociais.

DN, 24-7-2008
 
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