19 março, 2008

 

Depressão


na saúde


http://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o

http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=926892&sec=3

Solução(?):

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluoxetina

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Análise ao sangue poderá
diagnosticar depressão

Uma simples análise ao sangue permitirá diagnosticar a depressão e determinar se o tratamento com medicamentos anti-depressivos será eficaz, segundo um estudo publicado
hoje nos Estados Unidos.
Este avanço deve-se à identificação de uma proteína no cérebro que pode servir de marcador biológico para a depressão.
"A análise poderá permitir prever rapidamente a eficácia da terapia com anti-depressivos, em quatro ou cinco dias, evitando uma longa espera de um mês ou mais para determinar o tratamento adequado", afirma o principal autor do estudo,
Mark Rasenick, da Universidade do Illinois (EUA).
Os investigadores estudaram os cérebros de 16 pacientes
depressivos e com tendência para o suicídio e compararamnos com os cérebros de pessoas mortas, sem histórico de ordem psiquiátrica.
Determinaram assim que a proteína Gs alfa estava presente em maior proporção nos pacientes depressivos em células do cérebro chamadas "jangadas lipídicas".
"Essas 'jangadas' são espessas, viscosas, quase pegajosas, e tanto facilitam como impedem a comunicação entre as moléculas
da membrana", explica o cientista no "Journal of Neuroscience".
Quando esta proteína está presa nas "jangadas lipídicas", a
sua capacidade de activar os neurotransmissores fica reduzida.
"Os antidepressivos contribuem para deslocar a Gs alfa para fora dessas 'jangadas' e facilitar a acção de certos neurotransmissores", acrescenta.
Os antidepressivos demoram cerca de um mês a ser eficazes, quando, segundo estes investigadores, bastariam quatro a cinco dias para observar alterações nas células sanguíneas.

RRP, 12-3-2008
 
Antidepressivos têm pouco ou nenhum efeito

DIANA MENDES

Medicamentos devem ser usados, sobretudo nos casos mais graves

Afinal, as "pílulas da felicidade" nem sempre se revelam eficazes no tratamento da depressão. Entre as pessoas com sintomas mais ligeiros, sobretudo, os antidepressivos são pouco mais eficazes do que um placebo, embora o sucesso aumente nos casos mais graves da doença. As conclusões são de um estudo que analisou os dados de 47 ensaios clínicos diferentes (meta-análise) e que foi publicado no jornal Public Library of Science (PLoS) Medicine. Os especialistas portugueses questionam a sua relevância e alertam os doentes em tratamento que não devem parar de os tomar.

Os investigadores do departamento de psicologia da Universidade de Hull - que reuniram informação publicada e não publicada sobre a classe de medicamentos inibidores da recaptação da serotonina, entre outros-, concluem que estes fármacos apenas devem ser prescritos nos casos mais severos, ou quando os tratamentos alternativos não tiveram resultado. Esta classe de fármacos, que surgiu nos anos 80, tem menos efeitos secundários do que a anterior (menor toxicidade, por exemplo) e combate a doença através do aumento da quantidade da serotonina no cérebro, associada à regulação do humor, comportamento, memória, entre outros.

Irving Kirsch, da Universidade de Hull, diz que, numa escala de 51 pontos, esta classe de medicamentos trouxe melhorias dois pontos acima da substância placebo, quando o mínimo exigível para haver relevância clínica é de três pontos. No entanto, explicam os investigadores, o público e as autoridades reguladoras apenas tiveram acesso aos estudos que comprovaram uma maior eficácia.

"Não posso dar placebos a doentes!"

As conclusões não surpreendem o presidente do Colégio de Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, Marques Teixeira. Estes dados "confirmam, de maneira geral, a minha experiência clínica e aquilo a que vulgarmente se chamam boas práticas". As depressões ligeiras, muitas com origem num episódio negativo, "resolvem-se espontaneamente ou com mudanças no estilo de vida, acção psicológica ou psico-social. E é possível reagirem a placebos. Nos casos mais graves (geralmente de origem biológica) começamos pelo tratamento farmacológico. Temos de avaliar cada doente, o risco de suicídio..." No fundo, o estudo defende as linhas orientadoras que o psiquiatra considera serem cumpridas.

A psiquiatra Luísa Figueira disse ao DN que os efeitos de substâncias placebos não são novidade, "rondando os 30% de resposta. Mas estes fármacos têm respostas de 40%. O problema é que os médicos não conseguem identificar quais os doentes que reagem ou não".

Adriano Vaz Serra, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, acrescenta que nenhum destes medicamentos podia ser comercializado se o "efeito não ultrapassasse o do placebo e que, nos casos mais graves, há efeitos comprovados". O facto de estas substâncias activas serem utilizadas noutros quadros clínicos, como a fobia social, significa que "são um grande avanço. Não me atreveria a dar um placebo a um doente. Não podemos correr esse risco".

O estudo alerta para os tratamentos com fármacos nos casos menos graves, mas não os especifica, nem os contabiliza. Por outro lado, não tem em conta o efeito das dosagens, que têm efeitos dis tintos. Muitas vezes, os doentes em estado crítico acabam por ter de recorrer a outros fármacos e a acção psicológica.

A substituição desta classe de fármacos pela psicoterapia, por exemplo, seria difícil de cumprir. "Não há psicoterapeutas e nem todos o sabem fazer. São tratamentos que demoram e são caros. Não podemos correr o risco de um doente cometer suicídio ou deixar de trabalhar muito tempo", diz Luísa Figueira.

DN, 27-2-2008
 
Músicas 'pimba' e pop tratam depressões e AVC

A música clássica, o hip hop, o rock, o pop e até a 'pimba' pode ser utilizadas em tratamentos de musicoterapia em patologias tão diferentes como a depressão, a toxicodependência, os acidentes vasculares cerebrais (AVC), autismo ou hiperactividade. Apesar de ser uma terapêutica recente em Portugal, a musicoterapia começa a ser cada vez mais procurada pelas pessoas.

Em entrevista à Lusa, a presidente da Associação Portuguesa de Musicoterapia (APM), Teresa Leite, reconheceu que se trata de uma terapêutica recente em Portugal, apesar de o interesse "estar cá desde os anos 1960". "Em Portugal, o interesse surgiu nos anos 1960 e, tal como no estrangeiro, começou na psiquiatria com doentes profundos e mais tarde com pessoas ligadas à educação musical que trabalhavam com crianças deficientes e autistas", explicou.

Com o aparecimento de cursos na Madeira nos anos 1990, a musicoterapia foi ficando conhecida, suscitando o interesse de profissionais ligados às mais diversas áreas e já começa a ser uma profissão em Portugal, apesar de não estar classificada como tal, exigência que agora é feita pela associação.

"A musicoterapia é a utilização do som e da da música com objectivos terapêuticos, junto de pessoas que apresentam algum tipo de problemática, que precisam de ser ajudadas", explicou a responsável. O tratamento, adiantou Teresa Leite, pode ser feito através da escuta ou da prática musical, consoante o tipo de patologia que a pessoa apresenta.

Todos os tipos de música, frisou Teresa Leite, sejam eles rock, clássica, hip hop ou 'pimba', podem ser usados nos tratamentos. Têm é de ser da preferência da pessoa.

"A pessoa pode não saber tocar nenhum instrumento, pode nunca ter aprendido música, mas todos nós temos preferências musicais, compramos os nossos CD, ouvimos rádio, usamos a voz e nascemos e crescemos rodeados de ritmos, pelo que o ser humano tem capacidade para se envolver em experiências musicais", sustentou.

DN, 7-4-2008
 
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