05 março, 2008

 

Música


on line






http://pt.wikipedia.org/wiki/Last.fm
http://www.lastfm.pt/

http://en.wikipedia.org/wiki/Qtrax
http://www.qtrax.com/download.html

http://www.centralmusical.pt/

http://www.musicovery.com/

http://cotonete.clix.pt/

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Last.fm cria maior serviço de música gratuita 'online'

TIAGO PEREIRA

A comunidade virtual Last.fm lançou ontem o maior serviço de música gratuito criado até hoje. Através de streaming (audição em tempo real sem download), é possível ouvir os temas seleccionados na íntegra até três vezes. Links directos para as lojas digitais online facilitam, depois, uma eventual compra das canções.

Estão já estabelecidos acordos com as quatro multinacionais da indústria discográfica (EMI, Warner, Universal e SonyBMG) e com mais de 150 mil editoras independentes para permitir o acesso aos respectivos catálogos. As vendas de canções e parte das receitas publicitárias do Last.fm garantem o financiamento do serviço e o pagamento às editoras pela cedência dos direitos das obras. Já os artistas sem editora serão "recompensados" pelo Last.fm com royalties relativos ao número de streamings registados. O serviço está já disponível nos mercados norte-americano, britânico e alemão. Nos próximos meses deverá ser consolidada a instalação da nova aplicação nos restantes países onde o Last.fm está alojado, incluindo Portugal (em www.lastfm.pt).

Em declarações à BBC, um dos fundadores do Last.fm, Richard Jones, afirmou que a vontade do serviço é "disponibilizar música de forma gratuita e legal para quem a queira, ao mesmo tempo que os artistas que a assinam são recompensados". A nova proposta do Last.fm segue o exemplo do Spiral Frog, sistema criado no ano passado e que oferece downloads gratuitos e legais. O pagamento às editoras é feito também com base nas receitas publicitárias, mas os anúncios surgem agregados às canções trans- feridas, num único ficheiro. Richard Jones explica, desta forma, o fraco sucesso do Spiral Frog e garante que o Last.fm vai utilizar publicidade através de banners, ou seja, anúncios alojados na página do serviço e não nos ficheiros.

Richard Jones lembrou também que este é apenas mais um projecto para "um novo modelo de revitalização de uma indústria em declínio, aproveitando o online". As grandes editoras associadas à iniciativa esclareceram, no entanto, que vão estar atentas à procura de música por streaming e ao comportamento dos internautas registados no Last.fm, para avaliar a continuidade do projecto.

DN, 24-1-2008
 
Venda global de música caiu 10% em 2007

TIAGO PEREIRA
RODRIGO CABRITA

As vendas de música a nível global desceram 10% em 2007 face aos valores registados no ano anterior. O balanço foi ontem revelado pela Federação Internacional para a Indústria Discográfica (IFPI). Quanto ao mercado português, para já a As- sociação Fonográfica Portuguesa (AFP) apenas revelou a informação relativa ao primeiro semestre de 2007, que dá conta de uma diminuição de 11,72% face a igual período de 2006 (espera-se para breve a divulgação dos números anuais).

No maior mercado de música do mundo, o norte-americano, a diminuição do total de vendas de álbuns foi de 15%. Já na Grã-Bretanha, a redução fixou-se nos 10%. Na mesma comunicação ontem divulgada, a IFPI confirmou que a diminuição das vendas de música em suporte físico não foi compensada pela subida de 40% do mercado digital. Em 2007, as receitas de transferências efectuadas através da Internet ou por telemóvel chegaram aos três mil milhões de dólares (mais de dois mil milhões de euros). Neste momento, as vendas digitais representam uns estimados 15% do mercado global. Em 2006 a taxa fixava-se nos 11% e há cinco anos era simplesmente nula.

As vendas digitais cresceram também em Portugal. De acordo com dados revelados pela Nielsen Sound Scan, foram efectuadas 261 mil transferências de canções através da Internet, um aumento de 110 mil unidades face a 2006.

Contudo, a IFPI alerta para os números da pirataria, que permanecem elevados. Dezenas de milhares de milhões de ficheiros foram transferidos ilegalmente em 2007, com um rácio entre canções piratas e legais de 20 para 1. O chefe executivo da IFPI, John Kennedy, lembrou ontem que "se os ISP [fornecedores de acesso à Internet] desempenhassem o seu papel teriam um efeito dramático nesta realidade", apelando à interferência de tais entidades nos conteúdos transferidos online. Recordou ainda a medida das autoridades francesas, que decidiram bloquear o acesso ao ciberespaço a quem fizer pirataria.

Um representante da indústria fonográfica britânica respondeu de imediato, afirmando que a auto-regulação, em cada país, é uma necessidade. Mas não descartou a possibilidade de acesso bloqueado se as negociações entre as diferentes partes não resultarem numa redução da pirataria.

Outra decisão inédita apontada pela IFPI como exemplo a seguir é a de uma ordem judicial na Bélgica, que obrigou um ISP a bloquear qualquer transferência de ficheiros não autorizada. Representando a indústria musical internacional, a IFPI garante que tais medidas se revelam inevitáveis para travar a pirataria que continua a crescer e ameaça cada vez mais o negócio fonográfico.

DN, 25-1-2008
 
Novo 'site' promete 'download' gratuito de 25 milhões de canções

TIAGO PEREIRA

Novo 'site' promete 'download' gratuito de 25 milhões de canções

Qtrax deveria ter sido colocado 'online' ontem mas foi adiado
O Qtrax, que promete downloads gratuitos de música inteiramente legais, continua a aguardar pelo lançamento oficial. Depois de confirmada para ontem, a abertura do serviço foi adiada por razões não especificadas. Ao mesmo tempo, as quatro multinacionais da indústria discográfica (EMI, Universal, Warner e SonyBMG) negaram a existência de qualquer acordo para disponibilizar cada um dos catálogos no site.

O Qtrax pretende seguir o modelo instituído pelo Spiral Frog durante o ano passado. Ou seja, oferecer canções via download, apresentando contrapartidas financeiras às editoras através de receitas publicitárias. Mas com uma diferença substancial: a biblioteca musical anunciada é de mais de 25 milhões de canções. Ou seja, cinco vezes mais que o catálogo da iTunes, a maior loja de música digital na Internet. Os responsáveis pela nova plataforma garantem que existe um entendimento com as grandes editoras, ainda que não tenha sido firmado um acordo formal.

A pesquisa, o download e a reprodução dos ficheiros vão ser efectuados através de um software disponível no site www.qtrax.com (que ontem ainda não estava disponível) e vai ser acompanhados pelo sistema de digital rights management (DRM) utilizado pelos ficheiros Windows Media Audio (wma). Assim, a transferência das canções para leitores portáteis será limitada. No entanto, os responsáveis pelo Qtrax garantem que em breve serão desenvolvidas soluções para adaptação ao iPod. Quanto à possibilidade de gravação de CD com as canções transferidas, os responsáveis pelo Qtrax não adiantaram ainda detalhes. O mesmo software vai também disponibilizar o acesso a conteúdos relacionados com os artistas pesquisados pelos utilizadores (como vídeos, toques de telemóveis, letras ou notícias).

Em declarações à Reuters, o administrador do Qtrax, Allan Klepfisz, disse que este é o "equilíbrio perfeito" entre as vantagens do p2p e a obrigatória retribuição aos artistas.

DN, 29-1-2008
 
Venda de música digital vai quadruplicar até 2012

TIAGO PEREIRA
RODRIGO CABRITA

Nos próximos quatro anos, a venda de música digital vai quadruplicar. Depois de em 2007 ter batido todos os recordes e atingido os 10% do mercado global, em 2012 o download pago deverá já representar 40% do mercado fonográfico mundial. A projecção é avançada pela In Stat, empresa que estuda o mercado das novas tecnologias. Ao mesmo tempo, a revista americana Wired garante que, caso mantenha os actuais níveis, o serviço iTunes, da Apple, controlará 28% da distribuição online.

Para o crescimento previsto nos próximos anos vão contribuir, de acordo com a In Stat, a expansão da banda larga a nível mundial, a crescente procura de downloads de canções isoladas e o contínuo alargamento dos catálogos disponíveis através das diferentes lojas digitais. Contribuição decisiva é também a da venda de música para telemóveis, que mantém o registo de aumentos significativos fora do Japão, principal mercado deste formato.

Quanto aos obstáculos que continuam a fazer face à música online, a In Stat aponta a pirataria como principal adversário. O analista Stephanie Ethier (através do comunicado divulgado ontem) refere também que "as dificuldades na compatibilidade entre os formatos dos ficheiros, o software de DRM [Digital Rights Management] e os leitores multimedia impedem um crescimento ainda mais significativo que o registado". A ainda reduzida utilização de serviços de subscrição, como o Napster, também impede que a Internet venda ainda mais música.

Quanto ao iTunes, continua a ser o serviço mais utilizado (o software da Apple está instalado em 30% de todos os computadores do mundo) e assim permanecerá nos próximos anos. Em 2012, quando cumprir nove anos de existência, vai garantir mais de um quarto das vendas globais de música, mesmo que não avance com algumas das transformações anunciadas para breve.

O iPod é um dos principais motores do sucesso do iTunes. E ainda que o leitor multimedia tenha já atingido o seu nível máximo de crescimento de vendas (a Apple já despachou mais de 150 milhões de unidades), novas propostas deverão assegurar a actual prestação da loja online. O iPhone (que congrega as capacidades de um telemóvel de última geração com as do iPod) tem correspondido às expectativas da Apple (mais de dez milhões de aparelhos vendidos). E uma possível adaptação da loja de acordo com um sistema de subscrição mensal poderá representar novo impulso. É também de salientar a vontade já expressa por Steve Jobs, presidente da Apple, de apostar na criação de conteúdos exclusivos, distanciando--se da indústria global de entretenimento.

DN, 29-4-2008
 
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