25 abril, 2008
25 de Abril
Dia do ADN
http://www.igc.gulbenkian.pt/static/medpub_docs/media/dna/what_is_dna.html
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=342113&tema=37
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Dia do ADN debate testes genéticos
Investigador português é contra o monopólio das patentes
A Sociedade Europeia de Genética Humana (ESGH) associa-se, pela primeira vez, às comemorações do Dia do ADN, que hoje se celebra. A ocasião serve também para lançar o debate sobre patenteamento de genes. Ontem, realizou-se uma conferência sobre o tema, em Bruxelas, na qual esteve presente o investigador português Jorge Sequeiros, professor da Universidade do Porto.
O cientista é co-autor de um texto publicado hoje no European Journal of Human Genetics, que recomenda medidas concretas sobre o licenciamento de testes genéticos, nomeadamente sobre como evitar monopólios relativos a testes genéticos e como podem ser aplicados testes múltiplos. Jorge Sequeiros revela que a posição defendida "é a de que as patentes, em geral, podem ser benéficas para a sociedade se conduzirem à inovação e promoverem o progresso científico".
O docente considera que actualmente existe "um bloqueio da investigação em consequência do processo de patentes e ao encarecimento e, portanto, à diminuição do acesso a importantes serviços como alguns testes genéticos". Por isso, o documento espelha "uma situação de compromisso" entre os geneticistas europeus. Paralelamente, põe em causa "o valor exagerado que se tem dado ao patenteamento como motor do desenvolvimento e promotor de inves- tigação".
O artigo agora publicado surgiu na sequência da oposição de alguns cientistas europeus às patentes detidas pela companhia Myriad Genetics, juntamente com a Universidade de Utah (EUA), de dois genes para cancro de mama e do ovário (BRCA1 e BRCA2), entendidas como demasiado abrangentes e abusivas, explicou Jorge Sequeiros. A companhia norte-americana conseguiu assim deter o monopólio dos testes e o controlo de um banco de amostras de cancro da mama que começaram a criar grandes obstáculos à investigação de novos genes para este cancro e a dificultar a prestação de serviços por outros laboratórios de genética, acrescentou o investigador e membro da ESGH.
Mas estes dois genes são apenas exemplos, segundo Jorge Sequeiros. Partindo deste contexto, a ESGH trabalhou nos últimos anos na elaboração deste conjunto de recomendações.
O melhoramento dos mecanismos que já fazem parte do sistema de patentes e a redefinição do conceito de "utilidade" na legislação sobre patentes, de modo a levar em conta a experiência clínica que se segue à sua aplicação, são mais duas medidas que constam na carta publicada no jornal oficial da entidade europeia.
DN, 25-4-2008
Investigador português é contra o monopólio das patentes
A Sociedade Europeia de Genética Humana (ESGH) associa-se, pela primeira vez, às comemorações do Dia do ADN, que hoje se celebra. A ocasião serve também para lançar o debate sobre patenteamento de genes. Ontem, realizou-se uma conferência sobre o tema, em Bruxelas, na qual esteve presente o investigador português Jorge Sequeiros, professor da Universidade do Porto.
O cientista é co-autor de um texto publicado hoje no European Journal of Human Genetics, que recomenda medidas concretas sobre o licenciamento de testes genéticos, nomeadamente sobre como evitar monopólios relativos a testes genéticos e como podem ser aplicados testes múltiplos. Jorge Sequeiros revela que a posição defendida "é a de que as patentes, em geral, podem ser benéficas para a sociedade se conduzirem à inovação e promoverem o progresso científico".
O docente considera que actualmente existe "um bloqueio da investigação em consequência do processo de patentes e ao encarecimento e, portanto, à diminuição do acesso a importantes serviços como alguns testes genéticos". Por isso, o documento espelha "uma situação de compromisso" entre os geneticistas europeus. Paralelamente, põe em causa "o valor exagerado que se tem dado ao patenteamento como motor do desenvolvimento e promotor de inves- tigação".
O artigo agora publicado surgiu na sequência da oposição de alguns cientistas europeus às patentes detidas pela companhia Myriad Genetics, juntamente com a Universidade de Utah (EUA), de dois genes para cancro de mama e do ovário (BRCA1 e BRCA2), entendidas como demasiado abrangentes e abusivas, explicou Jorge Sequeiros. A companhia norte-americana conseguiu assim deter o monopólio dos testes e o controlo de um banco de amostras de cancro da mama que começaram a criar grandes obstáculos à investigação de novos genes para este cancro e a dificultar a prestação de serviços por outros laboratórios de genética, acrescentou o investigador e membro da ESGH.
Mas estes dois genes são apenas exemplos, segundo Jorge Sequeiros. Partindo deste contexto, a ESGH trabalhou nos últimos anos na elaboração deste conjunto de recomendações.
O melhoramento dos mecanismos que já fazem parte do sistema de patentes e a redefinição do conceito de "utilidade" na legislação sobre patentes, de modo a levar em conta a experiência clínica que se segue à sua aplicação, são mais duas medidas que constam na carta publicada no jornal oficial da entidade europeia.
DN, 25-4-2008
Leilão de puros-sangues lusitanos rende 190 mil
PEDRO COIMBRA DO AMARAL, Évora
15 mil euros por uma égua foi o valor mais alto
"Dez mil euros, um, dois, três, vendido ao senhor ali de cima....". É assim há mais ou menos um século. Ontem repetiu-se. Milhares de criadores e apreciadores do cavalo puro-sangue lusitano compareceram ontem no centenário leilão anual de equinos na Coudelaria de Alter do Chão, Portalegre.
Anualmente, a Fundação Alter Real (que gere a Coudelaria) leiloa os seus melhores exemplares para quem gostar, quiser e - acima de tudo - tiver dinheiro para os comprar. Ontem foram 33 a leilão.
A preparação para o grande dia dura meses. É preciso preencher uma ficha detalhada de cada animal, a ascendência, a descendência, as características da pelagem, o peso, as qualidades morfológicas, um universo de informação disponível aos interessados que é quase codificada aos olhos de quem está por fora do mundo dos cavalos.
Os resultados que atestam a saúde "perfeita" dos equinos poderão durante a mostra, ser observados pelos criadores que pretendem adquirir um determinado exemplar.
"São duzentos e tal anos de aperfeiçoamento genético que estão aqui", explica Vítor Grácio, veterinário que trabalha no Hospital da coudelaria. A FAR fundada em 1748 por D. João V, tem como objectivo promover a preservação do património genético animal de raça Lusitana, quer na linha genética da Coudelaria Nacional, quer na linha Alter Real, assim como das raças Sorraia e Garrano. "São cavalos muito procurados, em Portugal e no estrangeiro para montar, para touradas ou atrelagem por exemplo", complementa.
Ao final do dia, Vítor Barros, presidente da Fundação, está "satisfeito". Afinal, de ano para ano nota-se o crescimento no número de visitantes e no valor final do negócio. Este ano, o objectivo era ultrapassar um valor final de negócio acima dos 150 mil euros.
"A uma hora do fim do leilão, conseguimos e esperamos ultrapassar esse valor. Aqui não temos crise! Porquê?! Muitos dos compradores também são estrangeiros, e depois os aficcionados, que gostam e têm verdadeiramente paixão por isto e poder de compra, acabam por comprar quando um animal os atrai". Feitas as contas, os negócios de ontem chegaram aos 190 mil euros.
O valor da égua Suíça II, vendida a um criador espanhol, foi o mais elevado, durante toda uma tarde quente e cheia de público: custou 15 mil euros num dia em que os valor médio das licitações rondou os cinco mil euros por cavalo.
A árvore geneológica
"O mais importante neste meio é a genética, quem são os pais, os avós, quantos filhos teve...". Por isso, este valor foi tão elevado. A égua é descendente do por estas bandas mítico Rubi. Trata-se de um garanhão de mérito, denominação determinada pela Associação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusitano, e que leva em conta as características físicas e o potencial procriador do animal, através de um espermograma.
Atingida esta denominação, o animal chega a reproduzir cerca de quarenta vezes por ano. Os frascos de sémen de cada cavalo oscilam entre os 350 e os mil euros - depende da qualidade do garanhão, explica-nos um veterinário. Na FAR, existem actualmente, cerca de quinhentos exemplares da raça lusitana.
DN, 25-4-2008
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PEDRO COIMBRA DO AMARAL, Évora
15 mil euros por uma égua foi o valor mais alto
"Dez mil euros, um, dois, três, vendido ao senhor ali de cima....". É assim há mais ou menos um século. Ontem repetiu-se. Milhares de criadores e apreciadores do cavalo puro-sangue lusitano compareceram ontem no centenário leilão anual de equinos na Coudelaria de Alter do Chão, Portalegre.
Anualmente, a Fundação Alter Real (que gere a Coudelaria) leiloa os seus melhores exemplares para quem gostar, quiser e - acima de tudo - tiver dinheiro para os comprar. Ontem foram 33 a leilão.
A preparação para o grande dia dura meses. É preciso preencher uma ficha detalhada de cada animal, a ascendência, a descendência, as características da pelagem, o peso, as qualidades morfológicas, um universo de informação disponível aos interessados que é quase codificada aos olhos de quem está por fora do mundo dos cavalos.
Os resultados que atestam a saúde "perfeita" dos equinos poderão durante a mostra, ser observados pelos criadores que pretendem adquirir um determinado exemplar.
"São duzentos e tal anos de aperfeiçoamento genético que estão aqui", explica Vítor Grácio, veterinário que trabalha no Hospital da coudelaria. A FAR fundada em 1748 por D. João V, tem como objectivo promover a preservação do património genético animal de raça Lusitana, quer na linha genética da Coudelaria Nacional, quer na linha Alter Real, assim como das raças Sorraia e Garrano. "São cavalos muito procurados, em Portugal e no estrangeiro para montar, para touradas ou atrelagem por exemplo", complementa.
Ao final do dia, Vítor Barros, presidente da Fundação, está "satisfeito". Afinal, de ano para ano nota-se o crescimento no número de visitantes e no valor final do negócio. Este ano, o objectivo era ultrapassar um valor final de negócio acima dos 150 mil euros.
"A uma hora do fim do leilão, conseguimos e esperamos ultrapassar esse valor. Aqui não temos crise! Porquê?! Muitos dos compradores também são estrangeiros, e depois os aficcionados, que gostam e têm verdadeiramente paixão por isto e poder de compra, acabam por comprar quando um animal os atrai". Feitas as contas, os negócios de ontem chegaram aos 190 mil euros.
O valor da égua Suíça II, vendida a um criador espanhol, foi o mais elevado, durante toda uma tarde quente e cheia de público: custou 15 mil euros num dia em que os valor médio das licitações rondou os cinco mil euros por cavalo.
A árvore geneológica
"O mais importante neste meio é a genética, quem são os pais, os avós, quantos filhos teve...". Por isso, este valor foi tão elevado. A égua é descendente do por estas bandas mítico Rubi. Trata-se de um garanhão de mérito, denominação determinada pela Associação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusitano, e que leva em conta as características físicas e o potencial procriador do animal, através de um espermograma.
Atingida esta denominação, o animal chega a reproduzir cerca de quarenta vezes por ano. Os frascos de sémen de cada cavalo oscilam entre os 350 e os mil euros - depende da qualidade do garanhão, explica-nos um veterinário. Na FAR, existem actualmente, cerca de quinhentos exemplares da raça lusitana.
DN, 25-4-2008
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